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Luísa estava toda de preto no funeral de seus pais, seus olhos esboçavam uma tristeza imensa, por alguns momentos a garota chorava incansavelmente, sua amiga, Caterine preocupada com ela havia lhe dado vários calmantes para que ela permanecesse estável, era nítido que a garota que ficará órfão não estava nada bem e se encontrava sob efeitos de drogas(remédios). Caterine, havia lidado com todos os trâmites do funeral, era o que ela considerava o melhor a fazer por sua amiga.
Depois, de quase todas as pessoas forem embora, um carro de grande luxo, chegou ao estacionamento do edifício em que ocorria o funeral, um homem de semblante elegante se dirigia ao salão, no qual as últimas despedidas eram feitas, todos os olhares se voltavam para aquela figura misteriosa que atravessava o salão para prestar suas condolências, ao se aproximar, a postura rígida daquele homem mudará rapidamente para uma postura calma e triste.
A frente dos caixões havia uma menina esguia e abatida, que se debruçava sobre os corpos a frente, com uma respiração frenética e olhos que lacrimejavam, a dor dela podia ser sentida por todos os presentes. Caterine saiu em direção a querida amiga na tentativa de tirá-la de lá para que dessem continuidade ao funeral, mas a mesma não sabia com agir diante a situação, o homem ao lado da garota vendo a situação, estende sua mão em direção a garota inconsolável, se aproxima do ouvido direito e diz:
- Sinto muito por seus pais, mas agora é hora de deixá-los descansar, eles estarão num lugar muito melhor.
A voz do homem era calma, como a calmaria que vem depois de uma tempestade, a mão sobre a menina aumentará a pressão no ombro, fazendo com que ela saísse sobre os corpos a sua frente, esta mesma mão a puxará para seus braços, abafando as lágrimas e o soluços da garota.
Caterine permanecia imóvel diante a situação, um ponto de interrogação formava-se em sua cabeça, quem era aquele homem? qual a relação com sua amiga?
Luísa estava tão fora de si que não conseguia se livrar daquele abraço reconfortante, mesmo que nem soubesse quem a abraçava, ela necessitava de tal gentileza.
Após o enterro dos pais, o homem com quem Luísa ficará abraçada em pleno salão foi até Caterine, a garota percebeu que tal figura vinha em sua direção, ela deu uma boa avaliada naquele que vinha até ela, um breve pensamento passou por sua cabeça "Luísa realmente tem gosto bom para homens...", ela foi interrompida em seus delírios por uma voz séria e forte:
- Onde está a Luísa?
Embora o homem fosse muito bonito era arrogante e grosso na opinião de Caterine.
- O que quer com ela?
A voz do homem ficou calma de repente.
- Como ela está?
- Ela vai ficar bem, mas... quem é você?
- Você não sabe quem sou eu? Me surpreende você como amiga dela, não saber quem eu sou?
Lord deu um sorriso malicioso.
Caterine, ficou ainda mais curiosa.
- Bom, se ela não falou, é porque não é tão importante assim para ela.
Um minuto depois, a garota se arrependia de ter dito aquilo, o homem a olhava com uma frieza incalculável, como seus ossos pudessem ser congelados por seu olhar.
- Talvez, você não seja tão importante assim para ela, pois ela nem contou que sou seu anjo salvador.
Caterine ficou incrédula com o que ouvira, Luísa havia confidenciado a amiga sobre o homem que a salvará da morte, como esquecer tal ato, como ela pode se esquecer quem este homem era.
Gabriel percebeu seu semblante de confusão e vergonha, o clima naquele ambiente parecia pesado, ambos permaneciam em silêncio, perdidos em seus pensamentos.
Até que o silêncio que divagava naquele ambiente fora interrompido por Gabriel Lord:
- Bom... então acho que vou indo, cuide bem de sua amiga, ah... não a deixe muito tempo sozinha, não sei até onde ela te contou sobre nossa "relação", mas não nós conhecemos em circunstâncias muito agradáveis
- Sim, pode deixar vou cuidar dela, ah... só mais uma coisa, porque venho até aqui hoje? você sente algo pela Luísa?
Caterine estava constrangida pelas perguntas que fizera, elas soavam um tanto invasivas.
- Na verdade, eu não tinha ideia de que iria encontra-la aqui hoje, Charles, meu assistente me comunicou que o advogado da nossa empresa havia falecido, mas eu não sabia que luísa era sua filha. Acredite se quiser, tudo não passa de coincidência. E sobre o abraço, aquilo foi mera empatia, eu não consigo imaginar o que sua amiga tem passado todos estes dias. Por favor, seja gentil com ela.
Caterine assentiu afirmativamente com a cabeça e despediu-se de Gabriel.