Capítulo 7 Um dia muito triste.

Luísa Alcântara.

' Eu estava na cozinha preparando algo para a chegada de minha melhor amiga, pensando na vida e como iria retribuir o grande presente que meu anjo Salvador meu deu, que sem mesmo me conhecer salvou a minha vida e ainda bancou as despesas do hospital. Era quase louco pensar que alguém como um empresário tão bem sucedido poderia salvar me naquelas circunstâncias e ainda se preocupar com roupas para mim no dia seguinte do acidente... '

Os pensamentos de Luísa foram interrompidos pela campainha que tocava sem parar. Ela nem precisa abrir a porta para saber quem estava do outro lado, era óbvio que era Caterine.

Ao abrir a porta Luísa foi entorpecida por carinho e amor, Caterine sentia que precisa fazer sua amiga se sentir bem e feliz, tudo que havia acontecido era tão trágico e triste, algo que nem ela conseguia suportar ideia, quem dirá sua amiga abatida a frente.

- Como você está meu docinho?

- Levando né amiga. Mas estou bem melhor agora, obrigada por voltar e me ajudar com tudo isso. Não sei o que seria de mim sem você.

Lágrimas encheram aquele rosto abatido, enquanto mãos de acalento limpava-as.

- Imagina, é o mínimo que posso fazer.

- Entre, estou preparando algo para comermos.

- Nossa. você adivinhou meus pensamentos!

- Imaginei que estaria morta de fome.

As mulheres se dirigiram para a cozinha, depois de preparem uma deliciosa refeição, sentaram-se para saborear o que haviam preparado, e logo iniciaram uma conversa.

- Então amiga preciso lhe contar algo que aconteceu nos últimos dias.

- O que foi Luísa?

- É um pouco difícil para mim tocar nesse assunto. Mas preciso desabafar com alguém, não posso guardar isso só para mim.

- Ai amiga, você está me deixando nervosa.

- Eu... eu... tentei cometer suicídio.

Luísa tinha noção do que havia feito e de quanto isto era grave, ela precisava de ajuda, já fazia algum tempo que estava fechada para si mesma e sem ânimo para nada. A notícia da morte de seus pais causou nela um grande estrago, levando-a um colapso de estresse e insegurança.

Do outro lado da mesa Caterine, ficou branca como se as palavras da pessoa a sua frente tivessem sugado todo o sangue de seu corpo. Ela estava confusa e sem palavras com a declaração da amiga.

- Você ficou maluca? perdeu a noção do perigo? Luísa no que estava pensando? Sim, com certeza precisamos conversar, aliás precisamos de um psicólogo ou psiquiatra para te ajudar. Meus Deus, para mim suas palavras ainda não fazem sentido.

- Vou contar para você, como tudo aconteceu e como estou bem agora, depois de refletir muito. Eu sei que fiz uma idiotice, mas prometo nunca mais fazer algo parecido novamente.

- NÃO você tem que me prometer que nunca mais irá PENSAR em fazer isso.

- Prometo.

- Então agora me conta como tudo aconteceu.

- Bom, tudo aconteceu quando eu recebi a notícia do acidente que meus pais sofreram...

Enquanto Luísa contava o que havia passado, ela desabava em choro, sua amiga a consolava da melhor maneira que conseguia. Quando Luísa contou tudo, inclusive sobre seu anjo salvador. Caterine a abraçou fortemente e lhe disse que tudo ficaria bem.

- Amiga já faz algum tempo que quero ficar mais próxima da minha família. Se não tiver problema posso morar com você e te ajudar a passar por isso.

- Mas e a sua faculdade? O seu trabalho? Eu sei que não está querendo fazer isso só para ficar mais próxima da sua família é por causa do que te disse.

- Sobre minha faculdade eu faço uma transferência de matrícula. O trabalho posso encontrar outro e eu realmente quero ficar aqui. O que você acha?

- Eu iria amar ter você aqui comigo todos os dias. Obrigada por fazer tanto por mim.

- Não precisa me agradecer, você sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, agora é hora de retribuir todo o carinho que você e seus pais me deram.

As duas amigas ficaram conversando, até altas horas da noite e foram dormir juntas, uma cuidava da outra, sempre foi assim desde a infância.