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Luísa Alcântara.
'Abro meus olhos lentamente, vejo um ambiente todo branco, será que eu morri? um desespero tomou conta de mim, mas quando recobro totalmente minha visão e consciência, percebo que na verdade estou em uma sala de Hospital, por sinal uma sala muito bem equipada e espaçosa, sala particulares como essa são em geral caras. Eu estou completamente sozinha, meu braço está doendo um pouco, ele está ralado, como será que vim parar aqui? tendo me lembrar, mas a única coisa me lembro é que bebi e... putz foi aquele anjo branco, anjo??? não pode ser, eu estou ficando louca, anjos não existem, não neste plano da vida, deve ter sido a mesma pessoa que me trouxe para cá, tenho que descobrir quem foi, para agradecê-lo por me salvar, não sei o que deu em mim, como pude tentar tirar minha vida, meus pai...'
Lágrimas escorreram dos olhos brilhantes de Luísa, pensar em seus pais a machucava, talvez ela nunca superasse esta perda, mas com toda certeza precisava viver bem e manter-se segura, era isso que seus pais iriam querer.
Lentamente ouviu-se passos na sala, um homem de jaleco branco, cabelos loiros, olhos verdes, sorriso bonito, alto de ombros largos venho na direção da garota. A menina frágil agora tentava esconder seu rosto molhado pelas lágrimas enxugando-as com as costa da mão e tentando manter a calma.
- Olá, como está se sentindo?
- Oi, me sinto bem, Você é meu anj... Quero dizer você trabalha aqui?
Luíza por um momento pensou que aquele homem a havia ajudado noite passado, mas lembrava bem dos olhos negros do seu salvador, então descartou a hipótese.
- Sim, eu trabalho aqui, eu sou Doutor Lyan.
A garota, ficou surpresa com a informação, pois o rapaz a sua frente parecia bastante jovem. Já Lyan ficou com vontade de rir da confusão e timidez da garota.
- Doutor, já posso ir embora?
Luíza não queria ficar ali mais nenhum minuto, o quarto particular provavelmente lhe custaria uma nota, então ela precisava ir embora o quanto antes, para que o valor não saísse tão caro.
- Bom, sua saúde física está bem, você teve sorte não quebrou nada, apenas teve alguns arranhões. Mas a sua saúde mental não parece muito legal. Você quer conversar um pouco sobre o que está acontecendo?
- Não, eu estou bem, só exagerei na bebida.
- É mesmo?
- Sim
Lyan não caiu naquele papo furado ela não era do tipo que parecia beber bastante e se atirar sobre carros, além do mais ela estava com uma camisola quando chegou, tudo parecia um pouco estranho, mas como ele não poderia segurá-la no hospital contra a própria vontade dela, ele a deixaria ir.
- Tudo bem, vou deixar você ir, mas antes preciso que me diga o seu nome e preencha este formulário? Precisamos colocá-la nos registros.
- Meu nome é Luíza.
- Prazer em conhecê-la Luíza. Antes de você ir, preciso que espere um minuto aqui antes de sair do quarto preciso te dar algo.
- Tudo bem.
Lyan saiu do quarto da paciente e fora para sua sala, seu amigo enviara roupas para a mulher essa manhã, por sinal o cara tinha bom gosto, eram bonitas e caras. Lyan estranhou o cuidado de Gabriel com a garota, ele nunca fazia esse tipo de coisa, mas seu amigo ao telefone de manhã lhe lembrou que a menina chegará ao hospital com uma camisola ensopada da chuva e que não tinha roupas para ir embora, e ele se preocupará com o fato de que ele havia batido nela com o carro por estar em alta velocidade, se tivesse mais devagar teria tempo suficiente de parar o carro antes de bater nela, então se sentia um pouco culpado pelo incidente. Lyan não se sentiu convincente com a explicação de seu amigo, mas não queria aborrecê-lo hoje, ele já tinha problemas demais com sua mãe querendo lhe arrumar uma noiva.
Enquanto isso, Luíza ficou preenchendo a papelada do hospital, no registro pedia nome completo, telefone, nome dos familiares, residência, entre outras informações, quando ela já estava quase acabando, o médico retornou a sua sala com uma sacola preta em mãos.
- Olha aqui tem algumas roupas que você pode vestir para ir embora.
- Não, não preciso, eu vou usar as minhas roupas, onde est...
- Vai usar uma camisola úmida para sair na rua?
Luíza ficou sem resposta, como ela podia ter esquecido, que estava apenas de camisola noite passada. Lyan por outro lado, se divertiu com a garota em choque e com as bochechas rosadas.
- Me desculpe, mas acho que vou aceitar a sua gentileza, depois lhe pago pelas roupas.
- Não precisa me pagar e me agradecer, não fui eu que comprei.
- Hã?
- Foi o meu amigo que mandou elas para você, ontem ele lhe trouxe para cá, ele mandou pedir desculpas por ter lhe machucado e pediu que não beba exageradamente da próxima vez.
Luíza ficou em choque que só conseguiu responder 'ahãm', porque aquele anjo salvador se importava com ela?
- Não se preocupe com a conta do hospital também, ele já pagou.
Quando Lyan estava prestes a sair para deixá-la se trocar, Luíza saiu de seu choque emocional e perguntou:
- Qual é o nome dele?
- O nome do seu anjo?
Lyan riu com o canto dos seus lábios. Enquanto a garota ficou constrangida com a brincadeira.
- Sim, qual é o nome?
- Gabriel, você já deve ter ouvido falar dele. Ele é dono do grupo Lord, eles são bem famosos aqui na cidade.
Luíza não fazia ideia de quem era Gabriel, mas já tinha ouvido falar no grupo Lord, era uma empresa de grande porte.
- Obrigado Doutor.
Lyan saiu do quarto satisfeito, por algum motivo achava que a garota iria atrás de seu amigo, ele estava doido para ver os próximos capítulos dessa novela.