/0/2504/coverbig.jpg?v=a93a22ea0c6601fad08c12934dba15d3)
Luísa chegou em casa, ela estava um pouco ansiosa e triste, pegou seu celular e havia várias chamadas de Caterine, sua melhor amiga desde a infância. Imediatamente, ela retornou a ligação.
- Bom dia amiga, como você está?
- Bom diaaaa, como eu estou não importa. Recebi a notícia do acidente dos seus pais, estou voltando para a cidade agora, daqui a pouco chego na sua casa, vou te ajudar com tudo que precisar. Eu realmente sinto muito amiga, meus pêsames, logo estarei aí, mas agora tenho que desligar.
A Caterine era uma amiga muito fiel, uma garota que fazia de tudo para ajudar as pessoas, principalmente seus amigos. Quando ela ficou sabendo do acidente dos país de Luísa, seu coração se partiu em um milhão de pedaços, ela sempre fora muito bem tratada por eles, quando era pequena passava mais tempo na casa de sua amiga do que na própria casa. Então, ela além de voltar para a cidade para confortar a amiga, queria resolver todos os problemas do enterro, para que Luísa não tivesse que lidar com algo tão doloroso.
Luísa estava pensativa, ligará para a funerária e em algumas horas o velório seria feito, a pessoa responsável por resolver tudo, ainda que de longe foi sua amiga, ela ficou realmente comovida com o gesto de carinho e amizade.
Contudo que estava acontecendo em sua vida, começou a pensar em como iria viver daqui para frente, o dinheiro que ganhava em seu trabalho, não daria nem para bancar a casa, quem dirá a faculdade de odontologia. Foi quando percebeu que teria que abandonar seus estudos pelo menos por um tempo, até as coisas se equilibrarem, outro ponto, é que precisava devolver o dinheiro da estadia do hospital para seu anjo salvador, isso levaria um tempo para conseguir até que celular começou a tocar.
- Alô, quem é?
- Alô, aqui é o Sr. Albert, da advocacia em que seu pai trabalhava, Sra. Alcântara, sei que é um momento delicado, mas queria pedir que você viesse aqui amanhã, eu sei que ainda está tudo tão estressante para você, mas preciso ter uma conversa com você, é de seu interesse. Ah... e meus pêsames, seu pais eram pessoas maravilhosas.
- Obrigada Sr. Albert, eu irei. Obrigada.
- Fique bem senhorita.
- Você também.
Luísa sabia quem era Albert, ele muitas vezes viera a sua casa com a esposa, ele era um dos amigos do trabalho do seu pai mais próximos, então o que ele lhe tinha a dizer deveria ser muito importante.
Ao pensar em seus pais novamente, a tristeza batia forte, lembrar de cada sorriso, olhar, brincadeiras, tudo, o cheiro, o jeito, o modo de falar e andar, estavam tão presentes em suas memórias, ficar naquela casa era agoniante e sufocante. Lágrimas brotavam em seu rosto, ela ficou sentada por alguns minutos afogada em sua solidão.
Depois de tanto chorar, ela se levantou e foi até a cozinha e fez um miojo para comer, enquanto comia o macarrão, pensou em tudo que acontecerá de ontem para hoje e prometeu a si mesma que nunca mais tentaria contra a própria, ela estava frágil e desolada, mas aquilo não aconteceria novamente, seus pais chamais a perdoariam se fizesse algo estúpido, como o que fizera ontem. Enquanto pensava em tudo, prometeu a si e aos seus pais, que viveria a vida como se você seu último minuto, tentaria ser ao máximo feliz, para deixá-los orgulhosos e principalmente para honrá-los. Pois eles sempre tiveram muito amor pela vida, eles era muito jovens, tinham tantas experiências maravilhosas pela frente que não iriam se concretizar, então ela precisava fazer sua vida valer a pena.