Vendida - Parte 1
img img Vendida - Parte 1 img Capítulo 5 "Eu odeio ele!"
5
Capítulo 11 "O que mais pode acontecer a uma garota que já está machucada " img
Capítulo 12 "O que está acontecendo " img
Capítulo 13 "Apenas atração " img
Capítulo 14 "Eu quero muito mais..." img
Capítulo 15 "Você beija muito bem" img
Capítulo 16 "Garantia de quê " img
Capítulo 17 "Quem é você, Pedro " img
Capítulo 18 "O acordo de milhões" img
Capítulo 19 "Romance proibido " img
Capítulo 20 "Bronca da irmã mais nova " img
Capítulo 21 "O que estão me aprontando " img
Capítulo 22 "A melhor noite da minha vida " img
Capítulo 23 "Uma noite de princesa " img
Capítulo 24 "Finalmente minha primeira vez " img
Capítulo 25 "Um beijo que só a lua pode lembrar" img
Capítulo 26 "Dormindo de conchinha" img
Capítulo 27 "Eu quero você" img
Capítulo 28 "Emocionada " img
Capítulo 29 "Flagrando a irmã com o melhor amigo " img
Capítulo 30 "O mesmo Pedro de antes " img
Capítulo 31 "Sonhar não é errado" img
Capítulo 32 "Uma noite sem vergonhas" img
Capítulo 33 "Uma noite com o irmão da melhor amiga" img
Capítulo 34 "Uma festa ou enterro " img
Capítulo 35 "Um monstro que... chora " img
Capítulo 36 "Loucura de irmãos ou... traição " img
Capítulo 37 "Estamos namorando img
Capítulo 38 "O inferno seria bom se você estivesse lá." img
Capítulo 39 "Era tudo uma mentira " img
Capítulo 40 "Lucas do mal " img
Capítulo 41 "Em quem ele deve acreditar " img
Capítulo 42 "A despedida mais dolorosa" img
Capítulo 43 "O presente incrível da adorável Mia" img
Capítulo 44 "Eu te amo" img
Capítulo 45 "Uma noite inesquecível" img
Capítulo 46 "Eu também te amo" img
Capítulo 47 "A vingança " img
Capítulo 48 "Eu escolhi te amar para sempre" img
Capítulo 49 "Livre " img
Capítulo 50 "Boquinha de Mel" img
Capítulo 51 "Mais uma vez... sozinha " img
Capítulo 52 "Entre deuses e monstros, acho que sou um anjo no jardim do mal" img
Capítulo 53 "A surpresa que ele fez para mim... acho que nunca verei" img
Capítulo 54 "O que é pior que a morte " img
Capítulo 55 "Uma despedida silenciosa" img
Capítulo 56 "Às vezes o amor é sobre deixar ir" img
Capítulo 57 Epílogo - "Não é o fim, e sim um novo começo" img
img
  /  1
img

Capítulo 5 "Eu odeio ele!"

Capítulo 4

Ainda estou respirando. Estou viva. Ainda estou aqui, deitada na cama observando as horas passarem como se fossem minutos, com a cabeça nas nuvens, ou além delas.

Não faço ideia se acabei adormecendo ou apenas deixei de sentir, mas decidi no fundo da minha alma que gostaria de viver. Mesmo sem um propósito, acho que achar um durante o caminho é o objetivo. Apenas quero viver como se não houvesse amanhã. Aproveitar a sensação do vento na minha pele enquanto estou sentada num gramado cheio de vida, próxima a um lago, sentindo o quão bom não é viver acorrentada por problemas e depressão. Quero sorrir e dizer que sou feliz, ou apenas ter motivos para sorrir. Quero gastar todo o meu dinheiro com comidas que eu nunca cheguei a experimentar e ter alguém do meu lado que comemore pelo simples fato de eu existir.

Eu... quero... viver!

Em certo momento naquele mesmo dia, após eu tomar banho e voltar para cama, Mia veio ao meu encontro. Ela ficou no quarto comigo até anoitecer, e eu não fiz questão de comentar sobre o seu irmão ter aparecido. Apenas deixei que ela me distraísse, contando sobre uma pessoa que ela está gostando ao mesmo tempo em que sente medo das pessoas ao seu redor reprovarem. Ela também falou sobre a sua escola, e sinceramente... Eu amei ficar ouvindo sobre seus problemas.

Todos eles eram... normais demais para mim. Eu queria estar no lugar dela, que consegue ficar feliz apenas ao assistir o programa que gosta ou ao sair com suas amigas.

No dia seguinte, eu fui acordada pela mesma, que me trouxe café da manhã e uma sacola com salgadinhos para que eu ao menos pudesse me distrair com comida. A porta ficou aberta e um homem veio instalar uma enorme televisão em meu quarto. Foi quando Mia me disse para tomar um banho, que hoje eu estaria livre para ficar passeando pela casa se fosse na sua presença.

Não sei dizer se isso me deixou tranquila ou mais nervosa, já que a minha mente estava deteriorando aos poucos, sozinha naquele quarto, ou nervosa pela possibilidade de encontrar aqueles olhos vazios mais uma vez. Porém não pude negar o seu pedido, e logo tinha acabado o banho e estava descendo a escada da enorme casa.

- Com o que você trabalha? - Ela questiona enquanto ando atrás dela, observando todos os quadros expostos nas paredes.

- Huum... Eu cuido de uma garotinha... o nome dela é Clara. Mas não sei mais se quando eu voltar ainda terei um emprego.

Ela olha para mim de soslaio, como se sentisse muito. Mas eu entendo que não há nada que ela possa fazer, a não ser o que já está fazendo.

- Hoje vai ter churrasco? Por que não me avisaram? - Mia pergunta quando enfim chegamos no final da escada, e é quando eu noto a presença dele.

Ele está com uma roupa um pouco mais casual que antes, um braço ao redor do ombro da mesma garota que Mia estava discutindo na noite em que cheguei, e na sua outra mão uma garrafa que eu conheço bem como álcool. O cheiro me traz más lembranças e me faz querer voltar correndo para o quarto, mas sei que isso pareceria suspeito.

Do outro lado, perto do balcão da cozinha, Enzo está pondo uns pedaços de carne no espetinho. E consigo ver Lucas do lado de fora da cozinha, na área da piscina, na churrasqueira. Eu fico extremamente surpresa por vê-los de forma tão descontraída, muito diferente de quando os conheci e eles pareciam tão ameaçadores.

Porém a minha tranquilidade durou pouco tempo, pois quando eu me aproximei deles em silêncio, ao lado de Mia, uma arma em cima da mesa me deixou alarmada e apavorada. Deus... nunca vi uma de perto, e posso sentir um calafrio percorrer a minha espinha ao imaginar o que eles fazem com ela.

- Opa, acabei esquecendo ela aqui. Vou ter mais cuidado da próxima vez. - Enzo diz, pegando a arma de cima da mesa com um sorriso sem graça.

- Então essa é aquela que vocês falaram... a que foi vendida pelo próprio pai. - A morena dá um passo para frente, se virando na minha direção com um sorriso, como se isso fosse algo engraçado. - Olhando para ela consigo entender o motivo dele ter abrido mão dela tão rápido...

- Olha, Nora! Pode parar, tá querida?! Você fala isso mas se dependesse dos seus pais você já estaria fora de casa, sem remorso algum. - Mia comenta claramente chateada com Nora.

Posso presumir que elas não se dão bem.

- É aberto. - Falo baixinho e ambas olham para mim, confusas. - Você disse que não entendia o motivo dele ter "abrido" mão de mim. Está errado, é aberto. - Concluo e o sorriso que surge no rosto de Mia é o suficiente para que eu me sinta mais aliviada.

Eu posso jurar que mesmo de lado, eu consegui notar um rastro de sorriso nos lábios de Pedro. Ele deve ser do tipo que se diverte com discussão entre mulheres. Ela deve ser a sua namorada, e mesmo assim parece tranquilo dela discutir com a sua irmã.

- Olha lá... parece que a princesinha realmente não entendeu a sua posição! - Nora soa um pouco alterada e é quando Lucas chega, vindo na minha direção com o mesmo sorriso de antes.

Eu não sei se gosto dessa aproximação...

- Até que enfim apareceu. As coisas já estavam começando a ficar chatas sem você aqui. Você gosta de churrasco? - Ele pergunta também pondo um braço ao redor do meu ombro, o que me deixa momentaneamente desconfortável e encolhida.

- Sai de perto dela, garoto! - Mia vem até meu encalço, afastando Lucas que sorri como se não entendesse. - Enquanto vocês estão aqui embaixo se preparando, eu vou subir com Emma para pôr um biquíni. Vem comigo!

Quando Mia me puxou novamente em direção a escada, confesso que senti um calafrio de mal pressentimento percorrer a minha espinha ao perceber que havia mais uma pessoa que se mantinha na área da piscina, e que só foi possível que eu visse pelo reflexo que ele causava no vidro da porta aberta.

Já em seu quarto, Mia pôs o seu biquíni, falando sobre como está ansiosa por conta da presença de Enzo, o que me deixou curiosa sobre ela parecer gostar dele. Eu aproveitei para perguntar sobre Nora, já que a mesma me tratou de forma hostil sem nenhum motivo, o que me surpreendeu, mesmo com a minha situação atual.

- Ah... Nora... bem, ela é terrível! Fica com Ph e já se acha a dona de tudo e que pode sair por aí mandando nas pessoas. Mas a verdade é que nunca vi ninguém tão má falada. Chamam ela de "marmita" do pessoal lá na comunidade. Eu até me importaria se ela fosse gente boa, mas ela é nojenta! Não leve as ofensas dela para o lado pessoal e só ignore.

Após a sua descrição bem reveladora, ela me puxou mais uma vez lá para baixo após perguntar se eu gostaria de usar um biquíni, o que neguei imediatamente. Ninguém precisa ver as marcas que carrego, ainda mais se tratando deles, que ainda são completos desconhecidos para mim.

Quando Mia me puxa para a área de piscina, todos eles estão sentados ao redor de uma mesa redonda de vidro, com os pratos e a carne que está sendo servida por Lucas. Pedro está parado e parece sério, o que me lembra do que ele me disse naquela noite, e isso me causa uma sensação ruim. Do outro lado, tomando o que me parece ser uma cerveja, eu vejo aquele homem que eu tinha visto pelo reflexo do vidro, me encarando como se estivesse me analisando.

Novamente um calafrio percorre a minha espinha ao notar uma certa malícia no seu olhar. Isso é extremamente desconfortável, porém Mia, me puxando para o lado vazio e contrário deles, não percebe a presença do homem.

- Vamos ficar aqui, um pouco afastadas deles para eu não me estressar. - Ela diz enquanto põe uma toalha sobre a cadeira onde sentou sobre ela, me lançando um sorriso. - Você está se sentindo bem? Se preferir eu posso subir com você para ficarmos assistindo enquanto comemos, apesar de eu estar morrendo de vontade de pular na piscina.

Mordo o meu lábio virando minha cabeça para a água limpa e azul da piscina. O meu rosto reflete na mesma, e sinto um aperto no peito ao perceber como pareço uma morta. Pálida, olhos inchados e rosto mais magro que o normal. É, eu não consigo evitar. Essas são apenas uma parte pequena das consequências que ficam em mim após eu ter uma crise de ansiedade. Se eu não fizer nada por mim daqui para frente, eu posso morrer, sei bem disso. Foi o que o médico disse quando avaliou o meu caso e me pediu para procurar fazer terapia.

Por mais que tudo aconteça na minha mente, afeta todo o meu físico. Sinto falta de ar, emagreço de forma exagerada e meu corpo dá sinais de fraquezas, tanto meu cabelo quanto unha enfraquecem. Eu odeio toda essa bagagem que tenho que carregar, mesmo sendo muito nova. Mas já aceitei que é apenas o preço pago pela morte da minha mãe. Foi o que o meu pai disse...

- Emma?

Me viro um pouco assustada para Mia, que me encara com um olhar preocupado em seu rosto.

- Hum... podemos ficar aqui. - Respondo rapidamente, pois a sensação do calor do sol na minha pele é realmente muito mais agradável do que o frio que é estar dentro daquele quarto fechado.

Ela sorri e eu posso afirmar que me senti confortável pelo tempo que ficamos ali conversando. Almoçamos devagar, enquanto eu a ouvia falar das suas diversas aventuras. Sorri várias vezes, aliviada de que ao menos ao conversar com ela, a realidade já não me parecia muito mais cruel. Quando foi que eu me senti assim depois de tantos anos? Eu sequer lembro!

Em um momento específico enquanto eu estava olhando para o céu, admirando o belo formato das nuvens que de repente me pareciam menos assustadores que da última vez que parei para observar, eu notei Mia indo para a sala, onde Enzo havia entrado apenas alguns segundos atrás. Pode ser apenas um delírio, mas a julgar pela forma em que Mia cita o seu nome, eu poderia dizer que ela tem sentimentos por ele. Ao menos soou parecido como quando Nathalia falava de Matheus, que na época era um "crush" e amigo meu, porém que logo foi embora por conta do emprego dos seus pais na outra cidade. Agora quando eu paro para pensar, tanto o fato de Nathalia ter gostado do mesmo garoto que eu, quanto o desse garoto ter ido embora, nada disso realmente foi doloroso e posso afirmar que voltaria no tempo para essa época em que eu me sentia verdadeiramente feliz.

Suspiro sentindo um calafrio percorrer a minha espinha, e quando me dou conta e olho ao redor, não há mais ninguém. Apenas Pedro e eu, sozinhos... ambos se encarando. Eu não gosto nada dele, e seu olhar continua tão vazio e assombroso quanto naquela noite. Isso me amedronta, pois não gosto da ideia de estarmos sozinhos e de ser tão vulnerável ao ponto dele conseguir fazer o que quiser comigo

Por isso me levanto com as mãos tremendo e vou correndo para a cozinha, atrás de Mia. Do outro lado da ilha da cozinha, eu consigo ver Lucas e Nora sentados no sofá da sala, ambos muito afastados um do outro, como se também não se falassem. Mas nada que indique a presença de Mia e Enzo. Mas onde será que ela está?

- Perdida?

O meu coração salta de susto quando uma voz soa logo atrás de mim, tão perto que sinto sua respiração em meu pescoço. Me virei assustada para o mesmo homem que até agora se mantinha uma incógnita e eu não fazia ideia de quem fosse. Ele está me encarando com o mesmo sorriso sugestivo de antes, e isso me deixa sem reação.

- Ah, é que... Estou procurando Mia. Ela estava comigo e agora não sei onde ela está. - Respondo o encarando nervosamente, me afastando um pouco para não me sentir claustrofóbica.

Ele assente sorrindo, passando a língua pelos meus lábios.

Por que ele está abaixando o olhar dos meus olhos? Por que está olhando de forma tão vulgar para o meu corpo? Isso é... nojento!

- Ah, sim. Você só pode andar pela casa na presença dela, não é? Pois então por que não deixa que eu te acompanho até o seu quarto, vai ser um prazer. - Balanço minha cabeça para os lados, sem conseguir pensar em algo para responder. O "não" já bastava, mas minha voz parece presa na garganta. - Vem comigo...

Ele diz de forma manhosa, pondo a sua mão sobre o meu braço, porém me afasto rapidamente, temendo que suas intenções não sejam agradáveis.

- Não. Eu vou ficar esperando por ela.

Ele não parece ter entendido, ou pelo menos, ignorado, pois já estava novamente tentando segurar o meu braço.

- Vamos, eu te levo. Não vão gostar de te ver aqui sozinha.

- Eu não quero! Posso voltar sozinha! - Digo me sentindo brava por ele estar simplesmente ignorando o meu pedido.

- Não se faça de sonsa, não é como se você tivesse escolha, vadia! Agora cala a boca e faça o seu trabalho!

Ele me puxa bruscamente até o seu peito, e é quando eu entro em descontrole. Nunca ninguém tentou me segurar ou forçar algo comigo, e sempre pensei, baseado na minha personalidade, que não conseguiria agir e ficaria em completo choque. Mas agora...

- ME SOLTA! SEU BABACA! ME SOLTA! - Grito enquanto me debato em seus braços, que me apertam com tanta força que sinto dor.

Bato em seu peito tentando o afastar, mas o mesmo parece não se abater, principalmente pelo sorriso que se alarga cada vez mais.

Eles disseram que não me machucariam caso eu não fizesse besteira, então por que esse cara está tentando algo tão sujo? Eu sequer tenho forças para me defender, como eu poderia sair daqui sem me machucar? Eu estou no meio de pessoas que não conheço, com caráter questionáveis, ou seja, a qualquer momento posso ser agredida de todas formas possíveis.

Se algo assim acontecesse... seria... eu não... não conseguiria aguentar. Se eles baterem, posso suportar. Machucados somem e a dor para, mas se eles fizerem além disso... Eu não posso...

- Não deveria gritar com as visitas.

A voz de Pedro foi o que fez com que o babaca que estava me segurando, me soltasse. Porém pela risada que ele deu logo em seguida, eu soube que ele não temia ser punido por suas ações.

Eu me afastei bruscamente dele, me virando para Pedro que está me encarando com uma sobrancelha erguida. A essa altura meus olhos se encontram cheios de lágrimas e eu não consigo evitar de pensar em como algo assim pode acontecer a qualquer momento caso eu continue aqui...

- Ele estava me agarrando a força! - Digo prestes a chorar, o encarando como se lá no fundo, esperasse que ele pudesse me tirar dessa.

Mas seu olhar... ele ainda me dá medo.

- Isso é motivo para você gritar? Eu odeio barulho aqui dentro de casa, deveria fazer mais silêncio da próxima vez.

Arregalo os meus olhos, sentindo o meu peito se contorcer em meu peito. Como ele pode falar algo assim? Como pode insinuar para eu deixar um homem me abusar? Eu não espero que se importe, mas não pensava que veria essa situação como algo normal.

- É esse tipo de cara que se acha no direito de julgar as pessoas? Que tipo de pessoa diz para outra fazer silêncio quando está sendo agarrada à força? - Questiono me sentindo completamente desacreditada de pessoas realmente assim existirem. - Pode me manter presa naquele quarto o quanto quiser... mas nunca... nunca vai ter controle sobre mim.

Levanto o meu olhar, tentando transparecer o meu ódio por ele nesse momento. Talvez minhas palavras tenham saído de forma tão rápida que eu sequer consegui pensar nas consequências que elas me trariam, mas nada do que eu disse é mentira. Não importa o que façam comigo, não vou deixar isso afetar o que tenho que fazer. O meu objetivo!

Após isso não lembro de muita coisa além de Lucas me levando de volta para o meu quarto após perceber que eu havia acabado de desafiar o seu amigo e ele ter ficado parado mesmo quando eu fui embora.

Isso pode ser o preço que estou pagando pela sua morte, ou apenas uma passagem na minha vida que me tornaria forte.

Acredito na segunda opção, pois desde o dia que cheguei nessa casa, consegui me deitar novamente na cama e reprimir a vontade de chorar e apenas pensar numa forma de aguentar até eu ir embora.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022