Capítulo 6 3 dias depois...

Emma fechou os olhos, sentindo a brisa do mar bagunçar seus cabelos.

Estavam voltando para Florença, após Enrico tê-la convencido a passar aqueles dias com ele em seu iate de luxo.

Depois daquela noite em seu apartamento, Enrico insistiu para que ficasse mais um pouco.

Emma sentiu suas faces arderem ao recordar como ele havia sido persuasivo até obter o que queria.

Ela imaginara que ele correria após descobrir que seria seu primeiro amante, mas, ou ele não havia percebido isso, ou então simplesmente ignorara.

Depois que o desconforto passou, Emma aproveitou de cada carícia e cada beijo que ele lhe dava, adorando as sensações que ele provocava em seu corpo.

E o brilho de desejo nos olhos de Enrico...

Ela nunca se sentira desejada por ninguém, em toda a sua vida, começando por sua mãe.

Mas a maneira como ele a fitava, a fazia sentir-se especial.

Claro que devia manter em sua cabeça que tudo não passava de sexo.

De alguma forma ela atraíra as atenções de Enrico, mas agora chegava o momento em que ela voltaria para sua vida normal e se despediria daquele homem que fazia seu corpo estremecer com um simples olhar.

_ Está pensando em quê? _ ouviu sua voz grave soando bem perto, antes de sentir suas mãos enlaçando sua cintura por trás.

Enrico encostou o corpo másculo contra o dela, fazendo com que sentisse sua ereção contra seu traseiro, fazendo o corpo dela reagir de imediato.

_ Eu senti sua falta na cama... _ ele murmurou contra seu ouvido, antes de tomar o lóbulo de sua orelha entre os dentes, fazendo Emma gemer baixinho e se recostar ainda mais em seu corpo.

_ Passamos mais tempo na cama do que fora dela, Enrico. _ ela protestou, apesar de não reclamar, enquanto ele deslizava as mãos por seu ventre até lhe alcançar os seios e apertá-los suavemente, testando seu peso, antes de provocar seus mamilos com a ponta dos dedos.

_ Podemos fazer muitas coisas divertidas e satisfatórias na cama, Emma. _ ele murmurou, rouco, mordendo levemente a curva de seu pescoço.

Emma sentiu a umidade entre suas coxas, assim como sentia Enrico ficando ainda mais duro contra seu traseiro.

Ela pousou as mãos sobre as dele, parando seus movimentos, quando se lembrou que não estavam sozinhos no barco.

_ Enrico, não estamos sozinhos! _ ela o lembrou.

_ Então volte para a cama antes que eu deite você aqui mesmo e faça tudo o que eu desejo fazer com você, Emma...

Esse homem era insaciável! Ela pensou.

_ Preciso ajeitar minhas coisas, Enrico. _ ela respondeu. _ Franco me disse que estamos voltando para Florença.

Enrico suspirou, afastando-se apenas o suficiente para virá-la em seus braços e observar sua expressão.

Sua intenção era levar Emma para a cama por uma única noite, mas na manhã seguinte, ao acordar ao seu lado, ele simplesmente não pudera deixá-la partir.

E saber que havia sido seu único amante apenas piorara a situação.

Queria mostrar a ela o que era o prazer, ensinar-lhe tudo sobre o sexo.

E ainda não se sentia satisfeito.

_ Eu preciso voltar e tomar o meu lugar na empresa. _ respondeu ao ver a pergunta em seu olhar. _ Não deveria ter ficado nem mesmo esses três dias fora.

Seu pai estava completamente furioso por não voltar após deixar Emma em casa e continuar com o seu papel de anfitrião de seus acionistas e parceiros de negócios.

E mais furioso ainda por Coraline não ter aparecido até aquele momento.

Sua fuga aquela noite lhe proporcionou ótimos momentos com sua amiga Emma, mas ele também estava ficando preocupado.

Notou um brilho de decepção passar pelos olhos de Emma, antes que ela o disfarçasse.

Nada de murmúrios, beicinhos ou cobranças, como outras mulheres teriam feito.

Coisas que o irritavam sobremaneira.

Mas Emma não fizera nada disso, apenas desviou o olhar do dele por alguns segundos e quando voltou, não havia mais nada em seus olhos que denunciasse seus pensamentos.

_ Então é melhor voltarmos rápido, assim você pode voltar aos seus afazeres e eu posso voltar para casa.

Emma definitivamente era diferente, ele pensou enquanto se aproximava para beijar seus lábios macios e rosados.

_ Ainda temos uma hora pela frente... _ ele murmurou contra seus lábios, mudando propositalmente de assunto. _ Podemos aproveitar mais um pouco da companhia um do outro, o que acha?

Emma não conseguiria dizer não, mesmo que quisesse.

Seu corpo necessitava do dele, ansiava pelos prazeres que ele lhe proporcionaria assim que voltassem para o quarto.

Uma despedida... ela pensou, enquanto se afastava e aceitava a mão que ele lhe estendia.

Assim que adentraram o quarto, Enrico a pegou em seus braços e a levou para cama, colocando-se sobre ela em seguida antes de beijar sua boca de maneira ardente.

Suas mãos deslizavam frenéticas por seu corpo, livrando-a da camiseta e dos shorts que ela vestira para sair do quarto e respirar um pouco lá fora.

Em pouco tempo ambos estavam completamente despidos e Enrico abria a embalagem de um preservativo, colocando-o sob o olhar repleto de desejo de Emma.

Seu olhar, enquanto ele protegia a ambos, era o suficiente para deixá-lo ainda mais duro, quase a ponto de gozar ali mesmo, diante de seus olhos.

Havia algo naquela mulher que mexia com ele, mas ainda não sabia exatamente o que era.

A única coisa que sabia, pensava ele enquanto se encaixava em sua entrada e penetrava seu corpo quente, sentindo seu sexo envolvendo-o como uma luva, era que não estava pronto ainda para deixar Emma ir.

Ele nunca mantivera uma mulher por mais do que uma semana.

As levava para todos os lugares onde deveria aparecer acompanhado, dava-lhes presentes, assim como lhes dava prazer.

Mas tudo isso terminava e na semana seguinte outra mulher tomaria o seu lugar.

Algo lhe dizia que o mesmo não aconteceria com Emma, mas inexplicavelmente isso não o incomodava.

Até aquele momento ela não lhe fizera cobranças ou perguntas. Apenas se entregara a ele em completo abandono.

Ela era adulta e com certeza já ouvira falar dele e de seus hábitos com mulheres.

Ele lhe daria prazer e o que mais ela pedisse. Roupas e sapatos de marca, joias... Qualquer coisa desse tipo, enquanto ela lhe desse prazer em troca e lhe fizesse companhia quando fosse a eventos sociais.

Mas não seria um relacionamento.

Enrico colou seu corpo ao dela, enquanto a penetrava lentamente, acomodando-se em seu corpo curvilíneo e sensual.

Tomou seu mamilo entre os lábios, enquanto Emma gemia baixinho e enlaçava sua cintura com as pernas esguias, permitindo que ele deslizasse ainda mais fundo em seu corpo quente.

_ O que você faz comigo, mulher...! _ ele gemeu, perdendo o controle e se ajoelhando no colchão, observando-a morder os lábios à medida que ele se retirava e entrava em seu corpo novamente em uma investida profunda. _ Diga a quem você pertence, Emma!

Ele ordenou, brincando com seu clítoris, enquanto aumentava o ritmo de suas estocadas.

Ele podia senti-la espremendo-o, claramente muito perto de alcançar o clímax.

Emma respondeu algo baixinho, ofegante.

Ele precisava ouvir...

_ Diga a quem você pertence, Emma! Ou eu não vou deixar você gozar. _ ele ameaçou, fingindo que ia parar.

Emma protestou, abrindo os olhos e encarando-o profundamente, seus olhos espelhando seu desejo e prazer.

_ A você! _ ela respondeu entre gemidos roucos, antes de Enrico acelerar e fazê-la estremecer em seus braços. _ Eu pertenço a você, Enrico!

Ele sorriu, satisfeito, enquanto estocava cada vez mais rápido e mais forte.

Voltou a manipular seu clítoris, notando o quanto ela ficava sexy quando mordia o lábio para conter um grito de prazer ao alcançar o clímax.

Mas no fim ela sempre gritava seu nome.

_ Enrico! _ ela gemeu alto, e a maneira como ela pulsava ao seu redor fez com que Enrico perdesse o controle e se permitisse alcançar seu prazer.

Caiu exausto, sobre ela, as respirações de ambos, ofegante.

Definitivamente ele não estava pronto ainda para deixá-la ir.