Capítulo 9 Vergonha antecipada

Emma sonhava com Enrico e no sonho ele deslizava as mãos por seu corpo enquanto seus lábios e língua brincavam com seu mamilo, provocando-lhe arrepios de prazer.

Uma de suas mãos se insinuou entre suas coxas, seus dedos penetrando o tecido fino da calcinha que ela vestia e deslizando por suas dobras.

_ Enrico... _ ela gemeu seu nome baixinho, erguendo os quadris para que ele continuasse.

Enrico inseriu um dedo e depois outro em sua abertura, espalhando sua umidade.

_ Mesmo dormindo, você sempre está pronta para mim, Emma... _ ele murmurou, rouco, em seu ouvido.

Emma abriu os olhos imediatamente ao perceber que não era um sonho, e seus olhos encontraram os de Enrico enquanto ele deslizava a pequena peça de renda por suas pernas.

_ Enrico... _ ela pousou sua mão na dele, que estava sobre uma de suas coxas, para mantê-la aberta para ele.

_ Eu estava ansioso para chegar em casa e provar novamente o seu sabor, Emma... _ Enrico disse, seus olhos encontrando os dela, repletos de desejo.

Emma queria dizer que ansiava pela mesma coisa, mas era tímida demais para isso.

Portando apenas mordeu os lábios e semicerrou os olhos quando sentiu a língua de Enrico rodeando seu clitóris antes de tomá-lo entre os lábios e sugá-lo, arrancando outro gemido profundo de Emma.

Enrico voltou a penetrá-la com os dedos enquanto lambia e chupava seu sexo de maneira faminta.

Emma podia sentir aquela onda gigantesca se formando em seu interior e apertou os dedos nos lençóis quando seu corpo convulsionou de prazer.

Estava fraca e seu sexo ainda latejava quando Enrico de ajoelhou na cama e fez com que se virasse e se pusesse de joelhos, de costas para ele.

_ Eu quero me enterrar em você, Emma. _ ele disse e Emma pode ouvir o som de plástico se rasgando enquanto ele abria uma embalagem de preservativo.

Em seguida, ele voltava para junto dela, encaixando a ponta grossa e firme de seu sexo em sua entrada, entrando e saindo em um vai e vem torturante.

Ansiosa por tê-lo dentro dela, Emma gemeu baixinho, implorando.

_ Enrico, por favor...

Enrico riu baixinho enquanto se deixava escorregar para dentro de sua umidade, gemendo roucamente enquanto praguejando algo em italiano que Emma não compreendeu.

_ Tão apertada e molhadinha, Emma... _ ele disse, antes de penetrá-la com uma estocada firme antes de praticamente se retirar por inteiro.

Deslizou a palma de uma de suas mãos pelas costas de Emma e então em direção ao seu seio, apertando-o e beliscando seu mamilo enquanto voltava a penetrá-la com mais intensidade.

_ Eu poderia passar horas me deliciando com essa bocetinha apertada e quente...

Emma não podia imaginar que ficaria ainda mais excitada com a maneira como Enrico falava.

Mas foi exatamente o que aconteceu e não levou muito tempo para que uma nova onda de orgasmo a tomasse.

_ Enrico! Eu... Ah...

_ Emma... _ ele praticamente gritou seu nome enquanto apertava seus quadris com mais força e acelerava suas estocadas, antes de cair praticamente exausto sobre ela. _ Porra... Eu não consigo me cansar de você, mulher!

Emma respirava com dificuldade, não só pelo peso de Enrico sobre seu corpo mas também pela exaustão.

Ela não sabia se ficava chateada por Enrico querer se cansar dela ou feliz por ele não conseguir fazê-lo.

Enrico se afastou momentos depois para se livrar do preservativo usado e quando retornou Emma já dormia profundamente.

Pegou uma colcha no armário e cobriu seu corpo nu, com um sorriso nos lábios.

Por mais que quisesse voltar para aquela cama e se aconchegar ao lado do corpo quente e macio de Emma, ele precisava manter aquele espaço entre eles se quisesse que tudo ocorresse exatamente como queria.

Sem envolvimento emocional.

Sem promessas.

Apenas uma semana de puro sexo e a companhia agradável de uma mulher bonita.

Ele já quebrara uma regra ao trazê-la para casa.

Não podia se permitir a quebrar mais uma dormindo com ela em sua cama todas as noites como se fossem um casal.

Emma acordou espreguiçando-se na cama e recordou os momentos ao lado de Enrico na noite anterior.

Um sorriso se formou em seus lábios antes mesmo de abrir os olhos, mas ao fazê-lo é deparar-se com o outro lado da cama vazio, o mesmo se desfez de imediato.

A cama era muito grande e o fato de apenas o seu lado da cama estar bagunçado era prova o suficiente de que Enrico não passara a noite ali.

Emma fechou os olhos novamente, tentando lembrar a si mesma que era apenas sexo e que o envolvimento que tinham um com o outro tinha prazo de validade.

_ Bom dia, bela adormecida.

Emma abriu os olhos imediatamente ao ouvir a voz de Enrico vindo da porta de seu quarto.

_ Bom dia. _ ela respondeu, ajeitando o lençol sobre os seios timidamente, mas isso apenas atraiu o olhar de Enrico para aquela área de seu corpo.

A luxúria brilhou nos olhos dele no mesmo instante, fazendo o corpo de Emma reagir diante de seu olhar.

_ Pensei que já tinha saído para o trabalho. _ ela comentou para quebrar aquele clima sensual que surgira no ambiente.

Enrico estava vestido, apesar de sua camisa ainda estar completamente aberta revelando o torno bem definido.

_ Saio em poucos minutos. _ ele respondeu e então pareceu se lembrar de algo. _ Você possui algum vestido de noite?

Emma se ajeitou na cama franzindo o cenho enquanto se recostava nos travesseiros.

_ Não. Eu não saio muito e Cora havia me emprestado aquele vestido para vir em seu evento.

Enrico assentiu.

_ Tire o dia hoje para ir ao Shopping comprar alguns vestidos e sapatos. _ ele pediu, abotoando os botões da camisa lentamente.

Emma ficou confusa.

Não sabia porque haveria de comprar vestidos de festa se não pretendia sair.

Tinha certeza que Enrico a manteria escondida em sua casa durante aquela semana para que o envolvimento de ambos não vazante na mídia.

_ Não entendi... _ ela murmurou.

_ Tenho que comparecer a um jantar essa noite. _ ele respondeu tranquilamente, enquanto se aproximava da cama.

_ E você quer que eu vá junto? _ ela perguntou, surpresa, enquanto o observava sentar-se na beirada da cama.

Enrico riu baixinho, enquanto ajeitava uma mecha de seus cabelos par trás de sua orelha.

_ Claro que sim. Matarei um grupo de velhos esnobes de inveja, por aparecer ao lado de uma linda mulher.

Emma corou diante de seu elogio, mas ainda ficou insegura, porque não saberia como deveria se portar diante dos companheiros de negócios de Enrico.

Ela não era sua namorada e não tinha certeza se gostaria de ser reconhecida como uma amante.

_ Acho melhor eu ficar aqui, Enrico. Não tenho o costume de ir a eventos desse tipo e muito menos saberia qual o melhor vestido para usar em um jantar...

Enrico a interrompeu com um gesto de mão, antes de sugerir:

_ Cora está de volta e seria a pessoa certa para ajudá-la.

Emma arregalou os olhos.

Ela não poderia pedir a ajuda de sua amiga, já que ela era irmã de Enrico.

Como poderia explicar que, ao invés de estar novamente em seu país, ela ainda estava ali na Itália e dormindo com seu irmão?!

Cora a odiaria.

Jamais iria querer falar com ela novamente.

Decidiu revelar seus pensamentos para Enrico, assim ele entenderia sua recusa.

_ Não posso pedir isso para Cora!

_ E, por que não? _ Enrico insistiu. Ele realmente queria Emma ao seu lado naquela noite. _ Pensei que vocês duas eram amigas...?

_ E somos! _ Emma se apressou em afirmar. _ Por isso mesmo não acho certo pedir sua ajuda para escolher um vestido com o qual irei a um jantar com seu irmão!

Foi então que Enrico entendeu tudo.

Ela não queria que Cora descobrisse que estavam dormindo juntos.

Ela queria manter aquilo apenas entre eles até o momento de sua partida e ele sabia que era o certo a se fazer.

Ele deveria querer a mesma coisa.

Mas já não tinha certeza do que realmente queria.

Ele meio que gostava de saber que chegaria em casa e teria uma bela loira a sua espera.

No dia anterior ele não conseguira se concentrar no trabalho, pois seus pensamentos sempre viajavam de volta para uma bela mulher em sua casa. Em suas curvas, seu perfume...

A maneira como ela se entregava a ele em completo abandono e estremecia de prazer em seus braços.

Por isso chegara tão tarde em casa.

Porque ao invés de se concentrar no trabalho a sua frente, ele se perdia em pensamentos e no relógio digital em sua mesa, ansiando pelo momento em que voltaria para casa e a teria novamente.

Emma tinha uma grande oportunidade nas mãos para aparecer ao seu lado e poderia usar isso a seu favor.

Mas ao invés disso, ela queria manter aquilo entre eles, apenas no quarto.

Ainda confuso com o quanto se sentia incomodado com isso, Enrico lhe roubou um beijo rápido, antes de se levantar e terminar de ajeitar a camisa.

_ Cora não ficará chateada, eu garanto a você. Então você pode enviar uma mensagem para ela e convidá-la para ir às compras, ou eu mesmo o farei. _ ele avisou. _ Quero você ao meu lado essa noite, Emma. E não vou aceitar um "não" como resposta.

Emma abriu e fechou a boca algumas vezes, pensando no que poderia dizer para fazê-lo mudar de ideia, mas desistiu.

Ela iria embora em poucos dias.

E nunca mais veria Enrico novamente.

_ Tudo bem, eu vou. _ respondeu e ele parou na porta do quarto com um ligeiro sorriso de satisfação nos lábios.

_ Ótimo. Quando estiver pronta, desça e tome o seu café da manhã. Deixarei meu cartão com Charles e não precisa se preocupar com as despesas. _ ele disse, pousando a mão na maçaneta da porta na intenção de fechá-la. _ Preciso ir agora, porque estou atrasado. Nos vemos mais tarde, Emma.

Enrico deu uma piscadela e saiu fechando a porta atrás de si, deixando Emma sentada imóvel na cama.

Estava sentindo antecipadamente a vergonha de revelar a Cora que ela fizera justamente o que dissera que jamais faria.

Se envolver com o mulherengo do seu irmão!