Capítulo 7 Fique...

Emma seguiu em silêncio dentro do carro, enquanto Enrico trabalhava em seu tablet.

Enfim, chegara o momento da despedida.

Quando ele largou o aparelho de lado, Emma quebrou o silêncio que se instalara entre eles.

_ Pode pedir ao seu motorista para me deixar no aeroporto, Enrico? _ ela pediu.

Enrico pareceu ficar tenso por alguns segundos, antes de se voltar para ela.

_ O que a espera em Los Angeles? _ ele perguntou de repente.

Emma o encarou por um momento, confusa com sua pergunta.

_ Meu futuro. _ respondeu. _ Algo que tenho planejado por um tempo e acho que finalmente vou conseguir.

Ela não queria entrar em um assunto tão pessoal com Enrico.

A partir daquele dia eles não tornariam a se ver, então era melhor que permanecessem como dois estranhos que partilharam de sexo quente e prazeroso.

Talvez, nem fosse preciso que Cora soubesse sobre o que tinha ocorrido entre eles naqueles últimos três dias.

Pensar em Cora fez com que Emma pegasse o telefone da bolsa, verificando se havia alguma mensagem da amiga.

Nada!

Estava começando a se preocupar.

Em um momento Cora saía da festa, deixando-a sozinha com seu irmão para ir falar com seu pai.

No outro ela avisava que precisava ir e simplesmente saía em disparada para fora da casa, deixando-a sozinha com Enrico.

Enrico tomou sua mão na dele, encarando-a fixamente.

_ Fique. _ ele pediu.

Ficar? Ela abriu os lábios em surpresa.

O que ele queria dizer com aquilo?

_ Enrico, eu realmente não posso ficar...

_ Você pode ficar comigo em minha casa. _ ele sugeriu, deixando-a ainda mais confusa. _ Nos damos bem juntos e acho que podemos aproveitar tudo isso um pouco mais...

Como sua amante... Ela constatou.

Enrico não estava lhe oferecendo um relacionamento nem nada parecido.

Ele apenas queria seu corpo em sua cama sempre que quisesse.

_ Enrico, eu...

Enrico tocou sua face, acariciando sua pele suavemente antes de trazê-la para junto de si e beijar seus lábios de maneira sedutora.

_ Eu quero você, Emma. _ ele confidenciou, murmurando. _ É um desejo enorme e incontrolável. Agora mesmo, tenho vontade de me enterrar em você aqui, no banco de trás do carro...

Emma suspirou tremulamente quando sentiu os lábios de Enrico em seu pescoço, exatamente no ponto em que sabia que lhe era mais sensível.

Isso enviou uma descarga de desejo por seu corpo, entumecendo -lhe os mamilos e fazendo com que sentisse necessidade de apertar as coxas uma na outra para conter sua ansiedade por senti-lo dentro dela novamente.

_ Nós não estamos sozinhos, Enrico... _ ela sussurrou, tentando afastá-lo antes que o motorista percebesse o que eles estavam fazendo.

Enrico deslizou uma de suas mãos por sua coxa, subindo lentamente e fazendo-a estremecer.

Seu olhar refletia o desejo que ele alegava sentir e Emma de repente ficou pensando se poderia ficar um pouco mais e aproveitar daqueles momentos ao lado daquele homem.

Quando um homem como Enrico olharia uma segunda vez para ela?

Uma garota que não era desejada nem mesmo pela própria mãe.

Que não tinha onde cair morta.

Quando retornasse a Los Angeles, ela teria que ficar com Vincent em seu apartamento até que pudesse arcar com um lugar para si mesma.

Aqueles últimos três dias ao lado dele a fizeram se sentir desejada.

Seria errado aproveitar isso um pouco mais?

O que Cora diria quando soubesse que estava dormindo com seu irmão?

_ Eu realmente desejo que fique, Emma. _ ele murmurou em seu ouvido.

_ Por quanto tempo? _ ela se pegou questionando.

Não poderia simplesmente deixar seus planos de lado para atender aos desejos de um homem, mesmo um homem tão perfeito como Enrico.

_ Pelo tempo que você quiser ficar... _ ele respondeu.

Ela queria perguntar o que aquilo significava, mas achou melhor não.

Se ficasse, deveria manter seu coração protegido de Enrico D'Angelo.

Emma suspirou, vencida.

Ela precisava ir embora enquanto ainda podia, mas também desejava muito ficar e aproveitar um pouco mais da presença de Enrico.

Do calor do seu corpo junto ao dela, na cama, de seus beijos e carícias que a levavam a loucura...

Ela sentia que estava fazendo uma péssima escolha, mas decidiu deixar a razão de lado mais uma vez.

Vincent lhe dissera para não ter pressa, que esperaria por seu retorno.

_ Eu ficarei mais uma semana. _ ela se pegou dizendo.

Enrico se afastou, com um sorriso satisfeito erguendo -lhe o canto dos lábios.

_ E então eu vou embora. _ ela finalizou, notando um brilho estranho passar pelos olhos dele, enquanto ele se afastava e concordava.

_ Então teremos que aproveitar cada minuto de sua estadia em minha casa, Emma... _ ele sugeriu, seu tom de voz denunciando o verdadeiro significado de suas palavras.

O carro luxuoso parou em frente à casa onde ela estivera três dias atrás, deixando Emma confusa.

Ela acabara de decidir que ficaria, mas era como se ele já soubesse sua resposta, pois a levara diretamente para sua casa ao invés de levá-la para o apartamento que dividia com Cora.

Emma o acompanhou para dentro da casa, agora completamente arrumada, sem nenhum vestígio da festa que ele dera noites atrás.

_ Eu posso ficar no apartamento com a Cora... _ ela ofereceu, imaginando que seria melhor colocar um certo espaço entre eles para que não acabasse por confundir as coisas.

Era apenas sexo entre eles, e ela precisava se lembrar disso constantemente.

Enrico negou, tomando sua mão e guiando-a para dentro da casa e em direção às escadas.

_ E como farei para aproveitar cada momento dessa semana que me deu, se estiver a quilômetros de distância? _ ele perguntou, pegando-a no colo e lavando Emma para o andar de cima. _ E eu pretendo aproveitar cada minuto que eu puder, Emma... Começando por agora.

Emma olhou em volta, percebendo que ele adentrava um quarto com ela em seus braços.

No momento seguinte ele a colocava no chão e a livrava das roupas.

_ Enrico, não faz muito tempo que nós... _ ela engasgou com suas palavras quando ele lhe abocanhou um seio já exposto, enquanto a empurrava em direção à cama, afastando-se em seguida e fazendo com que ela se sentasse na beirada.

Enrico se livrou da camisa rapidamente, seu olhar o tempo todo fixo no dela.

_ Posso garantir que estou completamente disposto, querida. _ ele afirmou, desafivelando o cinto e abrindo o botão da calça, revelando sua ereção sob a cueca bóxer.

Quando ele terminou de se livrar das roupas, Emma encarou seu membro ereto.

Enrico deu um passo em sua direção e Emma estendeu a mão para tocá-lo, sentindo seu membro firme pulsar em suas mãos enquanto Enrico semicerrava os olhos de prazer com o seu toque.

Ela não podia acreditar que tudo aquilo coubera dentro dela.

Umedeceu os lábios, de repente sentindo uma vontade imensa de prová-lo, assim como ele fizera com ela diversas vezes.

Mas Enrico pousou uma mão na sua, afastando-a de seu membro e frustrando seus planos.

_ Emma... _ ele murmurou, rouco. _ Eu gostaria muito de ir devagar e aproveitar o seu toque, mas nesse momento eu preciso me enterrar em você urgentemente.

Emma não retrucou, apesar de ter ficado um pouco decepcionada.

Ela sentia a mesma urgência de tê-lo dentro dela, então apenas assentiu e aceitou o beijo de Enrico enquanto ele se deitava sobre ela, deslizando as mãos por seu corpo.

Enrico estendeu a mão em direção ao criado ao lado da cama e abriu a gaveta, retirando um preservativo de lá de dentro.

Pouco tempo depois ele a preenchia por completo, tomando seus lábios em um beijo ardente enquanto se movia dentro dela até fazê-la se perder nas sensações que ele provocava em seu corpo.