Mentiras Doces Contadas por Você
img img Mentiras Doces Contadas por Você img Capítulo 3 Vizinho
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Capítulo 16 A doença img
Capítulo 17 A armadilha img
Capítulo 18 Cuidando de Yusuf img
Capítulo 19 A comida de Maya img
Capítulo 20 Congee de abóbora img
Capítulo 21 Compaixão img
Capítulo 22 Uma noite sem sonhos img
Capítulo 23 Café da manhã img
Capítulo 24 Compras para o Festival da Primavera img
Capítulo 25 Amigos img
Capítulo 26 Véspera do Ano Novo img
Capítulo 27 Abraçando a perna de Maya img
Capítulo 28 O segundo dia do Ano Novo img
Capítulo 29 Grace img
Capítulo 30 Ayla img
Capítulo 31 A megera img
Capítulo 32 O namorado img
Capítulo 33 Um encontro inesperado img
Capítulo 34 História do passado img
Capítulo 35 Vermelha de vergonha img
Capítulo 36 Espionando Maya img
Capítulo 37 Uma música melancólica img
Capítulo 38 A família Xu img
Capítulo 39 Buscando Maya img
Capítulo 40 Um acidente constrangedor img
Capítulo 41 O banquete de Maya img
Capítulo 42 Ruby Xu img
Capítulo 43 Trabalho em equipe img
Capítulo 44 Os bastidores do plano img
Capítulo 45 Problemas no trabalho img
Capítulo 46 O encontro img
Capítulo 47 Ficando próximo de Maya img
Capítulo 48 Tensão no ar img
Capítulo 49 O segredo img
Capítulo 50 O que não falar em público img
Capítulo 51 Coração acelerado img
Capítulo 52 O rei do cinema img
Capítulo 53 Primos img
Capítulo 54 A família Zhou img
Capítulo 55 O problema do casamento img
Capítulo 56 Viagem para Hengdian img
Capítulo 57 As preocupações de uma mãe img
Capítulo 58 A equipe de filmagem img
Capítulo 59 Momentos íntimos img
Capítulo 60 Rival no amor img
Capítulo 61 Ficando resfriada img
Capítulo 62 Surpresa img
Capítulo 63 Se dando bem img
Capítulo 64 Segurando pela cintura img
Capítulo 65 Confissão img
Capítulo 66 Yusuf contra Ethan img
Capítulo 67 O presidente img
Capítulo 68 O assalto img
Capítulo 69 Um pequeno gesto img
Capítulo 70 Conquistando-a img
Capítulo 71 Um flerte inesperado img
Capítulo 72 Identidade img
Capítulo 73 A menina malandra img
Capítulo 74 Câncer img
Capítulo 75 Truque de sedução img
Capítulo 76 Sentindo-se abandonado img
Capítulo 77 Primos img
Capítulo 78 Mudanças img
Capítulo 79 Brigas infantis img
Capítulo 80 Vamos jogar cartas img
Capítulo 81 Sarah img
Capítulo 82 Os desejos se tornam realidade img
Capítulo 83 Flor do verão img
Capítulo 84 Uma história sobre Sarah img
Capítulo 85 Verdadeiras intenções img
Capítulo 86 A rejeição img
Capítulo 87 No set de filmagem img
Capítulo 88 Sim! img
Capítulo 89 Namorados img
Capítulo 90 Melhor amiga img
Capítulo 91 O assistente img
Capítulo 92 Condição crítica img
Capítulo 93 Morte img
Capítulo 94 Depressão img
Capítulo 95 Gratidão img
Capítulo 96 Rejeitado novamente img
Capítulo 97 Tenho saudades de você img
Capítulo 98 Vá atrás dela até o Japão img
Capítulo 99 Confissões img
Capítulo 100 Vingança img
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Capítulo 3 Vizinho

Maya ficou observando o homem levar seu animal de estimação para fora de lá. De repente, a cadela deu meia volta e latiu como se estivesse zombando dela.

Ao que parecia, o homem percebeu que tinha alguma coisa errada e virou a cabeça para ver o que fez sua cachorra latir, percebeu que Maya os estava olhando. No mesmo instante, ele desviou calmamente o olhar e se inclinou, com um sorriso, para acariciar a cabeça do animal. Logo em seguida, os dois continuaram seu caminho em direção à porta.

Maya tinha ficado imóvel, sem palavras. 'Meu Deus!', pensou. Ela tinha passado por dois momentos de constrangimento na frente daquele homem desconhecido.

'O que foi que você fez?', perguntou-se mal-humorada.

Maya balançou a cabeça e saiu dali direto ao supermercado. Não queria voltar para casa com as mãos vazias. Ela aproveitou a oportunidade para comprar algumas coisas gostosas para se acalmar, principalmente depois de ter feito papel de boba.

Depois de encher o carrinho com itens que considerou serem suficientes para uma semana, Maya pegou uns salgadinhos, doces e uns absorventes íntimos. Maya observou um grupo de idosas, animadas, fazendo compras para o Festival da Primavera antes de pegar um aquário e colocar cuidadosamente em seu carrinho. Tinha acabado de decidir dar uma nova casa para a tartaruga.

Finalmente, ela estava se sentindo feliz e animada com os braços cheios de sacolas grandes e pequenas. Ela tinha vindo de uma família pobre e, apesar de não ter muito dinheiro quando nova, gostava de fazer compras de vez em quando. Mesmo assim já se sentia muito satisfeita naquela época. Agora ela estava indo muito bem no trabalho e ganhando o suficiente para se manter.

Além do mais, já não tinha mais medo de ficar sem dinheiro por ter que pagar as contas de compras que inconscientemente tinha feito em excesso.

No caminho para casa, a temperatura ainda estava tão baixa que ela começou a ficar com o corpo dormente. Ao sair do táxi, ela sentiu o vento gelado cortar o seu rosto como se fosse uma faca. Maya não queria mais sair de casa, agora só depois do Festival de Primavera. Ela também já tinha pagado o suficiente de água e eletricidade para poder ligar o climatizador todos os dias.

Seus pais tinham lhe perguntado quando voltaria para casa para comemorar o Festival da Primavera, mas ela não pretendia voltar naquele ano. Ela se sentia quase como uma intrusa todas as vezes que voltava para casa. Talvez se sentisse assim por não estar mais acostumada a lidar com sua família.

Seus pais sabiam muito bem como ela podia ser teimosa quando queria. Não importava o quanto eles insistissem, Maya não iria ceder. Eles só conseguiram convencê-la a voltar durante os primeiros dias do Festival da Primavera.

"Olá garota, você voltou!", cumprimentou um velho vizinho.

Maya tinha morado ali por dois anos. Durante esse tempo, só saía de casa quando era realmente necessário, assim, não tinha esperado que alguém a fosse reconhecer. Ela tinha ficado um pouco atônita e só conseguiu esboçar um sorriso forçado ao velho.

"Voltei", respondeu ela, entrando imediatamente no elevador para ir direto para casa.

Maya era uma garota muito caseira e não saía muito. Ela tinha 24 anos e trabalhava como roteirista profissional. Ela veio de uma cidade muito pequena, a Cidade S, mas depois de se formar na faculdade, preferiu permanecer na Cidade T.

Embora estivesse trabalhando como roteirista atualmente, ela tinha sido uma escritora desconhecida da Internet por quatro anos, e tinha conseguido um emprego como roteirista somente no ano anterior. Por estar no início de sua carreira, seu salário ainda não era suficiente para ela sobreviver na Cidade T, uma cidade de primeira linha. Felizmente, ela tinha uma amiga rica que sempre a ajudou.

Essa amiga era Crosby Liu. Elas se conheceram no ensino médio, quando tinham sido colegas de mesa. Crosby era conhecida por ter um temperamento frio e distante. No entanto, quando se tornaram amigas e Maya passou a conhecê-la melhor, descobriu que ela não era apenas bonita, mas também inteligente e engraçada.

Além disso, Crosby gostava de arte, mais especificamente de pintura, e de vídeo games. Ao contrário de Crosby, Maya era tímida, principalmente com desconhecidos. Só quando conhecia melhor as pessoas que se comportava de uma maneira mais espontânea e divertida.

A amizade delas era tão improvável e inexplicável que parecia um filme de ficção científica. Para começar, nunca tinham tido os mesmos gostos. A única coisa que tinham em comum era que as duas eram pessoas caseiras.

Bem, voltemos para Maya.

A casa em que morava era bastante grande, com dois quartos e uma sala de estar. Maya adorava ficar por lá, sem fazer nada além de escrever roteiros, dia após dia. E sempre usava o tempo livre para limpar e arrumar a casa.

Naquela noite, decidiu preparar um delicioso bife para o jantar. Além de escrever roteiros e gostar de assistir novelas à televisão, esta roteirista profissional também tinha estudado gastronomia. Pouco depois de se formar, ela chegou a aprender quase todas as receitas da gastronomia chinesa e internacional.

Maya era muito confiante em sua habilidade culinária. Tão confiante que tinha certeza de que Crosby, caso se casasse, iria visitá-la de vez em quando só para poder comer de sua culinária impecável.

Depois de um tempo, Maya finalmente terminou o último capítulo do roteiro e enviou para o editor chefe. Logo, resolveu tomar um banho e ir para cama, ela adormeceu em seguida.

No meio da noite, um barulho repentino, vindo do lado de fora, a despertou bruscamente.

Apesar do bom isolamento acústico da casa, ela podia ouvir os latidos de um cachorro ressoarem pelo ambiente. De repente, a campainha tocou, fazendo seu coração perder o compasso.

"Quem poderia ser? Já é tão tarde!", sussurrou Maya, passando as mãos pelos cabelos e indo em direção à porta de chinelos. Ainda um pouco surpresa, ela espiou pelo olho mágico da porta e ficou perplexa com o que viu.

'O que ele faz aqui?', perguntou para si mesma, sem entender o que se passava. O homem que estava tocando sua campainha era o dono da cadela samoieda que tinha encontrado naquele dia.

Ela pegou o taser cautelosamente de dentro do armário de sapatos e o segurou, escondido, atrás das costas. Só então que ela abriu a porta, limpando a garganta. "Oi, em que posso ajudar?", perguntou ela para o homem alto e atraente que estava à sua porta.

Ao que parecia, ele não a tinha reconhecido. O homem apontou para uma pilha de coisas atrás de si e para dois homens da empresa de mudança. "Sou novo aqui", respondeu ele. "Será que você poderia cuidar do meu cachorro por alguns minutos? Venho buscá-la assim que terminar de limpar e colocar as coisas em ordem."

Pega de surpresa, Maya ficou sem saber o que responder por um momento.

Ela olhou, relutante, para o animal gordo e de volta para o homem, que a observava com um olhar inocente, quase suplicante. Ele parecia ter medo de que ela se recusasse e acrescentou rapidamente, a critério de justificativa: "Minha cadela não suporta poeira. Prometo que vou terminar de limpar tudo logo!"

Maya realmente não sabia o que responder.

Esta seria a primeira vez que cuidaria de um cachorro tão delicado, que se chamava Preciosa e não suportava poeira.

'Espere um pouco! Ele é novo aqui? Isso significa que será meu vizinho?', pensou.

            
            

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