Joca: O dono do Morro
img img Joca: O dono do Morro img Capítulo 7 Minha
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Capítulo 10 Acordando img
Capítulo 11 Eu que mando img
Capítulo 12 Salsicha img
Capítulo 13 Jantar na casa do Ed img
Capítulo 14 Medo img
Capítulo 15 Faxineira img
Capítulo 16 Revelação img
Capítulo 17 Pedido de desculpas img
Capítulo 18 Favela img
Capítulo 19 Chuva img
Capítulo 20 Gatilho (Drogas e violência) img
Capítulo 21 Desmoronamento img
Capítulo 22 Desastre img
Capítulo 23 Pressão img
Capítulo 24 Sem memórias img
Capítulo 25 Sem despedida img
Capítulo 26 Banho img
Capítulo 27 Injeção (Gatilhos Violência) img
Capítulo 28 Círculo vicioso img
Capítulo 29 Lembranças img
Capítulo 30 Luz no fim do túnel img
Capítulo 31 João Carlos Alves da Silva (Joca) img
Capítulo 32 Ligação img
Capítulo 33 Dinheiro envolvido img
Capítulo 34 Amiga img
Capítulo 35 Para a casa de Leonardo img
Capítulo 36 Novidades img
Capítulo 37 Patrícia quase recai img
Capítulo 38 A vida bate img
Capítulo 39 Audiência img
Capítulo 40 Prisão img
Capítulo 41 O tempo passa img
Capítulo 42 Pulseira img
Capítulo 43 Jantar img
Capítulo 44 De volta ao morro img
Capítulo 45 Chama Gêmea img
Capítulo 46 Compromisso img
Capítulo 47 Juntos enfrentam qualquer coisa img
Capítulo 48 Meses img
Capítulo 49 Tenho outra img
Capítulo 50 Identidade secreta img
Capítulo 51 Desculpa img
Capítulo 52 Recuperando img
Capítulo 53 Final img
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Capítulo 7 Minha

Joca

Os caras estão a todo vapor, hoje todo mundo quer terminar o serviço mais cedo pra estar top no baile, ainda mais que os pagodeiros vão vir dar um showzinho pra nós. Saio de casa para conferir umas coisas pessoalmente, quando me deparo com aquele corpinho gostoso parado em uma esquina. Os cabelos soltos, estavam enrolados, e colocados para um dos lados. Parei a moto ao lado dela, e ela pareceu se assustar. Mas é muito gata!

- Está interessada? - Mexo com ela, quando ela pergunta a minha idade. Essa menina vai me fazer pirar, meu päu treme dentro das calças de tesãö por ela, e nem mesmo a beijei ainda. Não aguento o jeito inocente e perdido dela.

- Sobe aí! - Vejo-a empalidecer, e em seguida negar, dizendo ter medo. Há! Aposto que nunca nem andou numa moto e diz que tem medo! Sinto as mãos dela me apertando, enquanto ando com ela até o seu barraco, mas ao estar chegando, decido levá-la para um passeiozinho.

Ela grita se apertando contra mim enquanto gargalho, com o vento batendo no rosto. Ah como amo essa sensação de voar. Aproveito o momento, sentindo o corpo pequeno pressionado ao meu. Quando paro em frente a sua casa, ela não desgruda.

- Está entregue! - Digo sorrindo.

- Estou trêmula, deixa eu me acalmar um pouquinho... - Ela diz baixo e seguro o riso. Aperto as mãos dela em minha cintura, e logo ela as retira.

- Tá... obrigada pela carona. - Ela diz com a voz trêmula e ofegante. Assinto e saio levantando poeira, mas pelo espelho vejo que ela ficou lá parada, me olhando sair. Ai ai Vivi... você vai ser minha!

O resto do dia passa rápido, quando me dou conta já são 17 horas, e os caras estão pedindo para liberá-los, para se ajeitarem pro baile. Libero todo mundo e vou me ajeitar também, porque hoje, eu vou buscar a gatinha nova do morro, para ficar no meu camarote. Ah como eu amo ser o dono da pörra toda! Tomo um bom dum banho. O clima ainda está quente, estamos do meio pro final do verão. Mais um pouco e entramos no outono, minha estação favorita. Os dias nublados, uns dias mais frescos, outros quentes, aquela loucura de chuvas e tempestades. Só é ruim pelos deslizamentos e ventanias que acabam destelhando alguns barracos. Mas eu amo esse clima... ai ai...

Ajeito os cabelos, meus cabelos não são completamente lisos, mas se fosse para descrever descreveria como lisos, tem fios grossos, e é preto, uso barba, vez ou outra tiro ou aparo, mas a mantenho em um tamanho médio no rosto, é bem escura, combinando com minhas sobrancelhas, que da um charme do bom. Visto uma camiseta azul marinho, uma calça jeans escura, uma pulseira de couro num pulso, dois anéis de prata, que eram do meu pai, e uma clássica corrente de prata no pescoço. Desodorante, perfume e enxaguante bucal. To daquele jeito, pra arrasar com o coração e o corpo daquela menina. Um sorriso estampa o meu rosto. Subo na minha moto e desço, já passa das 19 horas, o pessoal já está subindo, chegando próximo ao espaço de eventos, que é próximo ao meu barraco. Os pagodeiros ficaram de chegar as 21 horas e só saem no amanhecer, daí vai um dos caras pros aparelhos e começa o funk, o sertanejo, e o que o pessoal mais quiser ouvir. Nesses dias de baile, são os dias que mais lucramos. Vem pessoal de fora, que aproveita e faz as compras da semana, então atenção redobrada. Claro que os de fé, ganham folguinha, pra relaxar, pegar umas gatas, e olha que com esse morro cheio, o baile de favela, é de arrancar suspiros.

Paro em frente a casa da Vitória, e subo até a porta dela. Mas antes de bater escuto a voz do Salsicha.

- Estou te dando, é presente, não precisa pagar!

- Mas não posso aceitar! É um celular novo! ... eu nem sei mexer nisso. - Escuto uma risada da Vitória, e um ciúme me atinge. Bato na porta e Salsicha vem abrir. Já tá até se achando o dono da casa já? O perfume dele chega até mim, e sinto a raiva brotar no peito. Porque raios o Salsicha tava tão arrumado e cheiroso, na casa da minha gata?

- E aí, Joca?! - Salsicha ergue a mão e engulo o ódio e o cumprimento.

- Vim buscar a Vih... - Digo fingindo uma intimidade, que se Deus quiser, vou conseguir essa noite. - Para o baile, vou mostrar meu camarote pra ela. - Vejo um sorriso de canto nele brotar, então se vira para Vitória, e só então reparo nela, em sua roupa, e em como está fantástica.

- Estou indo, Vih, e já sabe, nada de me pagar. - Vejo Vitória dar um sorriso terno e ir até ele. Ela abraça-o e ele me olha de rabö de olho. Aquele filho da mãe ia ver só! Vejo ele a afastar logo. - Vou nessa, nos vemos no baile. - Ele diz e sai, passando por mim, sem me tocar. Há, e o medo, né? Frouxo!

- Oi. - Vitória me diz, e eu sinto que como se derramassem água fervendo em cima de mim. Ela está com os cabelos soltos, jogados de lado, ondulados e brilhosos. Os olhos expressivos, estavam levemente pintados de preto, e os cílios maiores. Usava um vestido que ia até o meio da coxa bem torneada, em um tom rosa claro, e uma sandalinha baixa nos pés.

- Tá um arraso mulher! - Vejo-a engolir um sorriso, e me aproximo. É nítido que a afeto, isso só precisa de um empurrãozinho. Toco em seu rosto com as pontas dos dedos, e minha mão grande, explana e escorrega para sua nuca. Ela não se move, apenas me encara dentro dos olhos, com os olhos assustados e a respiração ofegante. Me aproximo mais alguns centímetros, e a boca dela entreabre, a minha vontade era meter a língua direto, mas quero ser delicado. Ela parece tão novinha, se bem, que as novinhas são as mais safadas. Ela pisca e baixa os olhos para a minha boca, e caramba! Foda-se! Puxo a sua nuca para frente, fazendo nossas bocas se chocarem, viro a cabeça de lado levemente, seguro a sua cintura forte, e a pressiono contra mim, querendo que ela sinta o tamanho do desejo que eu estou. A boca dela é quente, macia e saborosa. Ela não parece saber beijar, pois mal movimenta a boca, mas isso é o que menos importa, eu posso ensiná-la a fazer muito mais que beijar. Sinto as mãos pequenas e abertas tentarem me empurrar e aprisiono em meus braços, apenas afastando as bocas. - Deliciosa. - Digo ainda com o rosto muito próximo.

- Calma... - Ela tenta me afastar mas não deixo.

- Estou calmo, Vih. - Digo e vejo os olhos cor de mel brilharem. Ôh gostosa demais! Ela engole em seco.

- Va-vamos? - Ela diz e eu sorrio.

- Só depois de pelo menos mais um beijo. - Vejo nos olhos grandes que ela quer, a puxo novamente e beijo, com vontade, descendo a mão que estava na cintura e apertando aquela bünda arrebitada. Ela tenta se esquivar, mas eu a pressiono contra meu membro completamente rijo, e falo com a boca grudada na dela. - Você é minha, Vitória. - Percebo o corpo dela se arrepiar, e é isso aí. O primeiro passo foi dado.

            
            

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