Natália- Eu ajudo a senhora. É bom que distrai a cabeça.
Dona Maria ri. Estou ajudando ela até a Pamela aparecer com a mesma roupa de ontem.
Maria- Qualquer dia seu irmão vai descobrir e você vai estar encrencada, menina.
Pamela- Ele não vai saber se a senhora não falar.
Olho para as duas sem entender nada do que elas estão falando.
Pamela- Depois eu te conto. Não me olha assim com esta cara de fofoqueira.
Comecei a rir. Ela me chamou de fofoqueira, eu não disse nada.
Natália- Eu não falei nada e a única fofoqueira aqui é você. - Mostro a língua para ela.
Ela ajudou a arrumar a mesa para o café da manhã. Terror apareceu na cozinha. Dá um abraço na dona Maria e um beijo na cabeça da Pamela.
Terror- Natália, prepara pra mim dois pão e quero café puro.
Pamela- Você não tem mão não, Nathan? Lia não é sua empregada.
Natalia- Pam, deixa. Eu faço o pão dele. Não quero que brigue por mim. Sério.
Vejo o Terror mostrar o dedo para Pamela. Eu não aguento e caio na risada. Faço o pão e coloco o café na xícara, deixo tudo na sua frente, faço o meu e tomamos café no silêncio até a chegada dos amigos do Terror.
Terror- Minha casa virou a casa da mãe Joana foi?
Grego- Calma, amor. - Fala com a voz fina.
Terror- Vai tomar no cú com caralho de amor.
Eu, Pamela e o VK caímos na risada.
Grego- Bom dia, gatas.
VK- Bom dia, minas. Fala aí, feia. - Ele abraça a Pamela.
Pamela- Feia é teu rabo. Eu sou gostosa.
Natalia- Bom dia... VK, né? - Pergunto. Vai que erre o nome do menino.
Vk - Isso mesmo, Lia.
Terror- É Natalia pra você, fi.
Todos olham para o Terror que encara nós também.
Terror- Perderam o cú na minha cara, foi porra?
Grego- Seja bem-vinda ao rebanho de doido, Lia - Fala olhando para Terror que se levanta e sai da cozinha.
Minutos depois, Terror volta para a cozinha e me olha.
Terror- Natalia, vamos até o quarto comigo.
Natalia- Para quê? - Pergunto com medo.
Terror- Pra porra nenhuma. Vem logo.
Me levanto da mesa e subo para o quarto. Terror fica parado na porta, quanto eu me sento na cama de frente pra ele.
Terror- Você vai cuidar da casa. Dona Maria vai ter que ficar fora por alguns dias.
Natalia- Tá bom, sem problema.
Ele sai do quarto e eu fico até eu ver ele saindo com seus amigos de moto. Saio do quarto e vou para cozinha. Pamela está comendo ainda.
Pamela- O que o idiota do meu irmão queria? - Fala com a boca cheia.
Natalia- Pra avisar que vou ter que cuidar da casa, porque a dona Maria vai ficar fora por algumas semanas.
Pamela- Ele só pode estar louco. Semana que vem nós começamos aqui na UPA. Eu vou falar com ele, Lia.
Natalia- Não quero que brigue com o seu irmão por mim e eu também gosto de arrumar a casa e você pode ajudar, preguiçosa.
Pamela se levanta e me ajuda a limpar a casa. Ela limpa o andar de cima e eu limpo o andar de baixo. Limpei a sala, a cozinha e a área de lazer. Já está tudo limpo. Volto para dentro e começo a procurar as coisas pra fazer o almoço.
Pamela- Lia, já limpei. Vai fazer o almoço, amiga. Queria te ajudar, mas sou péssima na cozinha.
Natalia- Oh amiga, eu amo cozinhar. Vou fazer arroz, feijão, lasanha e carne acebolada, mas não tem nada pra fazer lasanha nem cebola.
Pamela- Vou mandar mensagem pro Natan. Ele compra e traz.
Pamela liga para o Terror e escuta ele falar que vai comprar e trazer daqui a pouco. Enquanto isso, eu coloco o feijão e o arroz no fogo e começo a temperar a carne. Vinte minutos depois, Terror entra na cozinha cheio de sacolas com um rapaz que deixa as sacolas na mesa e sai de casa. Terror coloca o restante das sacolas no balcão.
Terror- Está tudo aí.
Natalia- Tá bom. Obrigada.
Terror sai da cozinha e vai para sala. Peço ajuda da Pamela para montar a lasanha e depois de quase tudo pronto, colocamos na mesa. Escutamos as vozes do Terror, Grego e o VK. Eles estavam rindo e gritando.
Já estava tudo na mesa. Pamela vai lá e chama os meninos pra almoçar. Tiro a minha comida e a do Terror. Ele se senta do meu lado. Depois que terminamos o almoço, Pamela me ajuda a lavar a louça, depois ficamos assistindo filme no quarto dela. A tarde passou rápido. Eu ajeito tudo e vou para o quarto, porque hoje estou com dor de cabeça e acabo dormindo.
Acordo com a Pamela, pulando na cama sem parar.
Saímos de casa e entramos no carro do Terror. Grego foi na frente e pela cara, ele está morrendo de ciúmes de Pamela. Descemos a ladeira e chegamos no tal baile. Tinha muita gente. Mesmo assim, todos abriram caminho para nós passar. Terror pega no meu braço, Pamela segura a minha mão e eu olho tudo, mas todo mundo parece gostar muito. O som é alto demais. Fomos para uma área mas separada da multidão. Acho que era tipo uma área VIP. Ao chegar lá em cima, Terror me puxou de lado e falou no meu ouvido.
Terror- Toma cuidado. Só fica aqui em cima e só do lado da Pamela. Não fica com ninguém, porque senão, eu mato você e a pessoa que chegar perto.
Depois de falar, nem esperou eu responder e saiu. Ele vai para uma mesa cheia de homem. Volto a ficar do lado da Pamela encostada na grade olhando para a multidão lá embaixo.
Pâmela- Lá vem as putas do morro.
Natalia- Quem são, Pam?
Ela aponta para a escada que dá acesso ao camarote.
Pamela- Aquela ali é a puta da Letícia. Já passou na mão de todos os vapores do meu irmão. Ela e as suas amiguinhas querem pagar de fiel do Terror, do Grego e do VK.
Natalia - Ah tá, entendi, Pam.
Vejo a tal Letícia sentar no colo do Terror e olhar para mim. Ela se levanta. O Terror só observa de longe.
Letícia- Então é você, né puta? Que anda dentro da casa do meu macho.
Natalia- Oi, fofa, não estou entendendo.
Letícia- Não se faça de sonsa.
Natalia- Já que ele é seu macho, não parece.
Letícia- Vou te avisar. Saia da casa do meu macho ou eu quebro você na porrada.
Pamela- Com quem você pensa que está falando, boneca de voodoo?
Ela fica com raiva e vai para cima da Pamela. Eu segurei ela pelos cabelos duros e jogo ela no chão. Vejo o Terror vindo em nossa direção.
Natalia- Se quer ameaçar, vai em frente. Agora se você encostar na Pamela, eu mesma quebro você, fofa. Se quer que eu vá embora, manda o seu macho dar minha liberdade.
Terror- Que porra aconteceu aqui, Natalia?
Letícia- ela me bateu, amor.
Terror- Cala a porra da boca, caralho e Menor, tira esta merda daqui vai. Tô esperando você duas falar.
Pamela- Perguntei para porra da Letícia, Terror, ela aí me bater. Natália só me defendeu. - Ele me olha.
Natalia- Amiga, já deu. Quero voltar para casa.
Pamela- Vamos, amiga. Vou chamar o Grego para nos levar.
Pamela sai e Terror se aproxima de mim.
Terror- Você é minha. Nunca vou te dar sua liberdade, Lia.
Ele termina de falar e sai. Vejo ele entregando a chave pro Grego.
Grego nos deixou na frente do portão e voltou. Entramos para dentro de casa, fui direto para o quarto, tiro a roupa e jogo uma água no corpo. Coloco uma camisola quase transparente junto da calcinha vermelha, deito e durmo.