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Capítulo 3 Cap 3

{Augusto Cipriatti}

Já são quase dez da noite e meu celular vibra com uma notificação.

Dom: "Cadê você porra?"

Eu: "Em casa, saindo em alguns minutos"

Dom: "Os Albaneses já estão aqui, e Polo quer iniciar reunião, eles detestam atrasos e você sabe disso caralho".

Ignoro, sem responder, eles sabem que logo menos estarei lá. O fato principal aqui é que eu estou de saco cheio dessa merda toda, a cadeia logística do tráfico é algo muito puxado, nem mesmo os maiores especialistas em transporte, ou os maiores administradores de tempo e espaço, dariam conta dessa porra toda.

Existem muitos detalhes, muitas pessoas envolvidas, e eu confesso que desde o início que os Albaneses nos procuraram para iniciarmos o fornecimento das anfetaminas, eu estou com um pé atrás, um não, os dois mesmo. A Albânia é o único país da Europa que ainda não estamos dentro fornecendo, muito por conta de rixas antigas entre chefes da máfia local. Mas, o comando mudou recentemente de mãos, e claro que o novo chefe fez questão de me contactar pessoalmente para organizar essa "parceria de milhões", palavras usadas por ele mesmo.

Cacete.

Pego as chaves do meu Porche GT3, e saio porta a fora para resolver essa merda logo e mandar os Albaneses de volta para casa, lugar este, de onde nem deveriam ter saído.

Paro em frente ao vallet do PUB, hoje especialmente o local está lotado, a fila já dobra a esquina. Essa juventude de hoje tem mesmo muito tempo de sobra, quem me dera que meu único problema neste momento fosse apenas esperar na fila para entrar. Ao sair do carro, já consigo sentir em mim vários olhares, e escuto alguns burburinhos enquanto entrego as chaves para o motorista do vallet.

Na fila duas jovens perfeitas, me encaram com um sorriso cheio de intenções, e no mesmo instante me aproximo delas, as colocando para dentro comigo. Cada uma sussurra em um dos meus ouvidos: "Te esperamos mais tarde gostoso" "Estamos te devendo um favor, e faremos questão de recompensar". Bom, eu já tinha garantido a minha foda de hoje, eu estava mesmo precisando me enfiar no meio de uma buceta nova, nesse caso seriam duas, melhor ainda.

Me afasto delas, passo pela porta ao lado do balcão de bebidas, subindo as escadas que dão acesso ao roof top do PUB, local este que apenas nós, e nossos convidados temos acesso.

-Boa noite senhores, desculpem meu atraso. Como estão?

Me aproximo da mesa de centro, que fica na área coberta do terraço. Poucas luzes iluminam o ambiente, o som abafado do PUB, fica distante e uma música baixa toca suave pelas caixas de som do andar de cima.

Reno Assalani está sentado na mesa, ao lado de mais dois que não identifico a primeira vista. Reno assumiu o controle da Máfia Albanesa há menos de um mês, após a morte de seu tio. A família Assalani comanda a máfia de lá há milhares de anos, durante muito tempo o foco deles, não era o trafico de drogas, era o trafico de armas e de mulheres, isso mesmo, mulheres.

Filhos de uma puta.

Me enjoa pensar sobre isso, e pior ainda pensar em fazer negócio com esses filhos de uma puta, por isso relutei por anos, mas Reno me garantiu que o trafico humano tinha acabado, que o FBI estava em cima disto fortemente e que acharam melhor por hora sair do meio.

-Cada dia mais forte, imponente e bem apessoado Sr. Cipriatti, faz tempo que não nos vemos. Muito bom estar aqui em seu território, a propósito, as mulheres de Londres são definitivamente as mais belas. – Ele me fita, após dizer esta ultima frase em um tom abaixo.

Desgraçado.

-Bom, já falamos sobre isto, e dada as condições, nós concordamos em iniciar o fornecimento para a Albânia, precisaremos de apenas umas duas semanas para organizar a operação, certo Polo?

-Talvez menos até, mas isso poderei dizer melhor nos próximos dias. – Polo indaga, sem tirar seus olhos da tela do seu notebook disposto em seu colo.

-Mas...

-Mas? Ele me fita conflitando para que eu siga.

-O acordo cai por terra, se a condição imposta for violada. – Falo, com o semblante fixo e sem pestanejar, eu jamais seguiria com essa parceria de merda se ele quebrasse sua promessa sobre o tráfico de mulheres. - E uma guerra seria iniciada, tenho certeza de que ninguém aqui vai querer isto é claro.

-É claro que não meu amigo, negócio fechado então. Agora se me dão licença vou descer um pouco com meus irmãos, beber da sua famosa Ginger Beer, e desfrutar da beleza Londrina enquanto estamos por aqui, certo? Me acompanham?

-Sintam-se em casa, logo mais já descemos também. Eu separei uma mesa mais ao fundo para os senhores, vou pedir que o hosting os direcione até ela. Dom, cordialmente, responde antes mesmo de eu poder abrir a boca, pois certamente o mandaria ir para a puta que o pariu e sair do meu PUB, da minha cidade, do meu país e tirar as mulheres londrinas da sua boca suja do caralho.

Eles descem as escadas cumprimentando-nos e agradecendo a nova parceria.

-Filho de uma puta – rosno, soltando o ar dos meus pulmões.

-Calma lá Guto, o cara só quer curtir umas bucetinhas novas, você faz isso todo dia, santa hipocrisia.... - Dom, me corta colocando um leve sorriso em seu rosto, me deixando ainda mais irritado.

-Acontece que eu não sou um filho de uma puta que sequestra mulheres para escravizar do outro lado do planeta.

-Isso já é passado Guto, enquanto estávamos aqui com eles, eu estava na deep web confirmando que o tráfico humano parou na Albânia. E pelo menos por hora, a informação foi confirmada.

-Menos mau... Agora vamos, já garanti minha foda de hoje, e sendo bem honesto com vocês, eu quero me afundar dentro delas pra esquecer essa porra toda...

-Delas? – Dom, me questiona unindo as sobrancelhas em com sua maior cara de pau existente.

-Vai se foder Dom, ou melhor, vai foder alguém e me erra caralho.

-Bom, eu vou ficar por aqui mais um pouco ainda, depois me junto a vocês se ainda estiverem por lá. – Polo fala, mas não tira os olhos do notebook a sua frente.

– E Guto, se eu entendi bem, só para lembrá-lo novamente, porque diacho, eu acho que esse deve ser o carma da minha vida, você está com uma costela quebrada porra, como vai foder com duas mulheres? Amanhã temos que estar presente no evento da Deep's no Mayfer Club, todos nós...

-Minha costela está quebrada, mas meu pau não. – Viro as costas e saio na frente e Dom vem logo atrás, não o vejo, mas aposto tudo que um sorriso sarcástico esta estampado em sua boca.

Polo sabe ser chato quando quer, um puta chato do caralho. Empata foda.

            
            

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