KAI - UM MAFIOSO IMPIEDOSO SÉRIE MAFIOSOS IMPIEDOSOS LIVRO 9
img img KAI - UM MAFIOSO IMPIEDOSO SÉRIE MAFIOSOS IMPIEDOSOS LIVRO 9 img Capítulo 1 1
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KAI - UM MAFIOSO IMPIEDOSO SÉRIE MAFIOSOS IMPIEDOSOS LIVRO 9

AutoraAngelinna
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Capítulo 1 1

Sinopse

Nera

Numa noite de sangue e morte, o destino nos uniu.

Pensei que estava salvando a vida de um homem inocente, um homem que nunca mais veria.

Estava errada.

Uma ligeira mudança no ar.

Um brilho de olhos prateados na escuridão.

Posso não vê-lo, mas sei que ele está lá.

Meu anjo da morte, à espreita nas sombras, cuidando de mim. Protegendo-me,

Antes de desaparecer no ar, Até nos encontrarmos novamente.

Um homem que levou um tiro por mim, mas não me toca, não me ama,

nem mesmo compartilha seu nome.

Kai

Escuridão. Dor. Sangue.

É tudo que eu já conheci.

Uma casca vazia de um ser humano,

Sem coração. Sem alma. Sem sonhos.

Cercado pela morte, eu era um homem morto caminhando.

Mas então, a luz dela brilhou através da minha escuridão, dando vida à minha alma morta.

Minha destemida tigresa, Minha única razão para continuar vivendo.

Cada vez que tenho que deixá-la na luz,

Meu coração negro se parte e sangra, Enquanto me retiro para as sombras, Onde pertenço.

Não posso mudar o passado, não posso retirar o que fiz.

Meu pecado mais sombrio.

Nota da Autora

Meu querido leitor,

Gostaria de pedir um favor a você. Ao deixar a resenha, por favor, mantenha-a livre de spoilers! Permita que outros leitores descubram por conta própria qual é o pecado mais sombrio de Kai. Como pode imaginar, esse é o elemento-chave que move a história, e revelá-lo antecipadamente pode influenciar o prazer de outros amantes de livros como você.

Muito obrigada.

Espero que ame a jornada de Kai e Nera tanto quanto eu.

Com amor,

Angelinna Fagundes

Aviso de Conteúdo

Esteja ciente de que este livro tem conteúdo que alguns leitores podem achar perturbador, como sangue, violência, tentativa de agressão sexual (não pelos

personagens principais), abuso, ferimentos autoinfligidos, crueldade contra animais

(não pelos personagens principais, esse capítulo será indicado no livro caso você precise pular) e descrições gráficas de tortura.

Esta é uma obra de ficção. Não tente realizar nenhum dos procedimentos médicos descritos em casa. Se precisar de ajuda, consulte os serviços profissionais.

Prólogo

Dias Atuais

Leone Villa, Boston

(Kai 34 anos, Nera 24 anos)

Nera

Ele está aqui.

Meus olhos ainda não estão ajustados à escuridão circundante, então não

consigo discernir nada, exceto as formas gerais dos móveis da minha sala de estar.

Nada se move. Nenhum som, a não ser o da minha respiração.

Nada.

Mas sei que ele está aqui.

É um sexto sentido que se infiltrou em meus ossos anos atrás, desde o primeiro momento em que o conheci. Sua presença cria uma mudança imperceptível no ar, agitando os próprios átomos ao meu redor. Não preciso vê-lo ou ouvi-lo se mover para saber que ele está lá. Meu corpo e minha mente podem senti-lo. Sempre puderam.

Fecho os olhos e começo a me virar lentamente, sem ouvir nada além

dos batimentos cardíacos. Está mais rápido do que o normal, mas constante. Estou quase completando a curva quando meu coração dispara. Lá. Quando abro os olhos, a escuridão ainda é a única coisa que me recebe, mas isso não importa. Sei que ele está bem na minha frente.

Meu coração sempre sabe.

- Faz muito tempo que não nos vemos, tigresa. - A voz profunda e rouca me invade.

Ouvir isso é como ser envolvida por um cobertor grosso e fofo. Estou segura e protegida, em um lugar onde ninguém pode me fazer mal. Por algumas batidas rápidas, eu deixo que ele se afunde, absorvendo as vibrações de seu tom. O som é diferente da última vez que o vi, sua voz é mais crua de alguma forma, mas é ele. Quantas noites sem dormir eu passei enrolada em minha cama, tentando reviver o timbre específico dele? Provavelmente centenas.

A lâmpada de leitura na mesa lateral se acende e seu brilho fraco ilumina parcialmente a enorme estrutura masculina recostada na poltrona reclinável. Na maior parte do tempo, seu rosto permanece nas sombras; apenas dois olhos prateados parecem brilhar na escuridão ao redor.

É um soco no peito vê-lo novamente depois de todo esse tempo.

- Pensei que estivesse morto, - eu me engasguei.

Ele inclina a cabeça para o lado e mais luz incide sobre seu rosto,

permitindo-me vislumbrar seus lábios apertados e mais... Uma cicatriz na bochecha esquerda - uma linha irregular de carne levantada, que começa no canto da boca e se curva em direção à orelha. Outra mancha a pele acima da sobrancelha esquerda e outras duas são visíveis no queixo, um pouco obscurecidas pela barba escura que cobre o maxilar. Nada disso marcava seu rosto na última vez em que o vi.

O desejo de correr até ele me domina, mas eu o elimino. Meus pés permanecem firmes no chão, meus olhos fixos no homem que já foi tudo para mim. Em muitas noites, fiquei deitada na cama imaginando como seria vê-lo novamente. Eu sabia que iria doer. Mas não esperava que fosse doer tanto.

O tempo é uma coisa complicada. Horas. Dias. Anos. O cérebro humano tem uma capacidade limitada de armazenar informações e, à medida que o tempo passa, lentamente e sem noção, ele se esquece das coisas. Sons. Cheiros. Palavras. Situações. As lembranças se desprendem e são varridas pelos ventos do tempo, como folhas secas esvoaçando na brisa pouco antes do início do inverno. E quando a primavera chega, a única coisa que resta é uma vaga consciência de sua existência passada.

Tempo.

Dizem que o tempo cura todas as feridas.

Tudo isso é mentira e um monte de besteira.

O tempo não tirou minhas lembranças dele, mesmo que eu tenha desejado isso em várias ocasiões. Ainda me lembro de tudo sobre esse homem.

- Sentiu minha falta? - ele pergunta com aquela voz rouca, o tom que me faz lembrar de uma tempestade que se aproxima, no instante anterior ao primeiro estalo do trovão.

Sentir falta dele? Não, essa palavra não descreve a angústia e o

desespero dos últimos quatro anos. A esperança desesperada que senti ao vasculhar cada canto escuro, rezando para vê-lo de relance. E depois, a inevitável decepção e agonia ao descobrir que ele não estava lá. Como sempre senti seus olhos em mim, mesmo quando não podia vê-lo, a súbita certeza de que ele realmente havia partido foi esmagadora. O horror tomou conta de mim quando finalmente aceitei que ele havia morrido e que eu nunca mais o veria.

- É difícil sentir falta de um homem cujo nome eu nem sei. - Uma dor quase física aperta meu peito. Durante todo esse tempo, ele me deixou acreditar que estava morto.

Um canto de seus lábios se inclina para cima, tornando a nova cicatriz em seu rosto mais proeminente.

- Também senti sua falta, tigresa, - ele sussurra, levantando uma grande arma preta, equipada com um supressor. - Não se mova.

Minha respiração para.

O disparo abafado de uma arma ecoa pelo ar.

            
            

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