ÁRIA E LUCA - SÉRIE SANGUE MAFIOSO
img img ÁRIA E LUCA - SÉRIE SANGUE MAFIOSO img Capítulo 8 8
8
Capítulo 11 11 img
Capítulo 12 12 img
Capítulo 13 13 img
Capítulo 14 14 img
Capítulo 15 15 img
Capítulo 16 16 img
Capítulo 17 17 img
Capítulo 18 18 img
Capítulo 19 19 img
Capítulo 20 20 img
Capítulo 21 21 img
Capítulo 22 22 img
Capítulo 23 23 img
Capítulo 24 24 img
Capítulo 25 25 img
Capítulo 26 26 img
Capítulo 27 27 img
Capítulo 28 28 img
Capítulo 29 29 img
Capítulo 30 30 img
Capítulo 31 31 img
Capítulo 32 32 img
Capítulo 33 33 img
Capítulo 34 34 img
Capítulo 35 35 img
Capítulo 36 36 img
Capítulo 37 37 img
Capítulo 38 38 img
Capítulo 39 39 img
Capítulo 40 40 img
Capítulo 41 41 img
Capítulo 42 42 img
Capítulo 43 43 img
Capítulo 44 44 img
Capítulo 45 45 img
Capítulo 46 46 img
img
  /  1
img

Capítulo 8 8

Um mês depois,

LUCA

"A Sphere ainda está forte, mas a Pergola está se aproximando. Apesar dos russos tentarem nos afundar, ainda estamos fazendo um monte de dinheiro com nossos clubes. E Pergola será o clube mais famoso da cidade no ano que vem, eu posso sentir isso," disse Matteo ao verificar os ganhos do mês passado em nossos clubes de dança.

Eu realmente não dava à mínima se nós possuímos os clubes mais famosos da cidade. Nosso negócio principal eram as drogas, e os números no meu laptop me disseram que não estávamos vendendo tanto quanto podíamos. "A heroína está diminuindo. As pessoas por toda parte querem estas drogas," eu disse. "Precisamos garantir que nosso distribuidor entregue no prazo. Eu não dou à mínima se os laboratórios estão produzindo o mais rápido possível.

Não é rápido o suficiente. Faça uma visita a eles."

Os lábios de Matteo se contorceram num sorriso assustador. "Vou fazer."

Eu balancei minha cabeça com um sorriso próprio. "Você é doente."

"É preciso ser um para reconhecer outro."

Meu telefone tocou. Eu tirei do meu bolso e olhei para a tela. Romero.

"Sim, Romero?"

"Sandro está desmaiado na cozinha. Aria e Gianna se foram."

Minha pulsação disparou. Os russos. "Repita isso." Fechei o laptop e me endireitei na cadeira. Os olhos de Matteo se inclinaram em mim, a atenção banindo seu sorriso.

"Ele foi drogado e amarrado com fita adesiva. Um dos carros desapareceu. Gianna e Aria devem ter feito algumas malas porque faltam roupas no guarda-roupa. Não há sinal de ataque. Elas devem ter fugido."

Fugir? Meus olhos encontraram a pintura grafite que Aria me dera há quatro meses, pendurada na parede atrás da minha mesa.

"O que está acontecendo?" Matteo perguntou, fechando o laptop e guardando.

Eu fiquei de pé. A fúria fervia sob minha pele e outra emoção. Uma emoção fraca que eu não daria espaço. Uma emoção com a qual nunca me preocupei até Aria, e agora ela se foi. Ela foi embora. "Romero encontrou

Sandro drogado e amarrado no chão da cobertura. Aria e Gianna se foram."

Matteo se levantou devagar. "Você está brincando, porra."

Seu rosto espelhava o meu, com muita raiva, estava me queimando por dentro. Irritado e preocupado. Preocupado para caralho porque minha esposa tinha ido embora. Aria fugiu. Fugiu de mim.

"Você acha que eu ia brincar com algo assim?"

"Eu pensei que Aria estava apaixonada por você," Matteo disse sarcasticamente.

Meus dedos coçaram para fechar em torno de sua garganta. Para esmagar alguma coisa. Porra, me senti tão bem quando esmaguei a garganta do último homem. Mas Matteo não tinha me traído. Eu deveria querer machucar minha esposa por fugir de mim, mas eu não quero. Porra. Maldita seja Aria. Maldita por me fazer me importar.

Eu saí do porão da Sphere. Alguns dos meus homens que se demoravam no bar me observavam com curiosidade. Outros se levantaram como se quisessem se juntar a mim em qualquer cruzada em que eu estivesse. Mas eu não podia arriscar que eles descobrissem que minha própria esposa tinha fugido, que eu não podia nem mesmo controlar a mulher ao meu lado.

Amor. A raiz da fraqueza. É o que nosso maldito pai chamava. Eu não gostava do homem, odiava-o com todas as fibras do meu ser, mas talvez ele tivesse razão pela primeira vez. Aria estava me transformando em um idiota, e eu tinha permitido que ela fizesse isso.

Matteo seguiu logo atrás de mim.

Se ele não tivesse querido a ruiva, nada disso teria acontecido. A coisa toda foi, sem dúvida, a porra da ideia de Gianna.

"Isso é culpa de Gianna. Essa garota é a raiz de todo problema. Porque você não pôde ficar longe dela como eu te disse?"

"Provavelmente pela mesma razão pela qual você deixou Aria brincar com você," Matteo murmurou.

Foda-se. Matteo era meu irmão. Se outros homens começassem a pensar da mesma maneira, eu teria que fazer uma declaração sangrenta - de novo. Tudo por causa de Aria. Entrei no meu carro e Matteo montou sua bicicleta, depois saímos para nos encontrar com Romero.

Ele estava esperando por nós na minha cobertura, ao lado de um delirante Sandro. Aquele idiota deveria ter prestado atenção em Aria e Gianna; em vez disso, ele deixou duas mulheres destreinadas nocauteá-lo. Ele não encontrou o meu maldito olhar, e eu me concentrei em Romero antes de acabar matando aquele filho da puta inútil. "Cuspa," foi tudo o que eu tirei da minha garganta apertada.

"Dez mil dólares e dois passaportes desapareceram. Parece que elas planejaram isso por um longo tempo."

Eu balancei a cabeça, tentando mascarar o que esta informação fez para mim. Aria me disse que me amava. Eu tinha dito a ela que eu a amava, tinha tratado ela tão bem quanto pude, nunca tinha machucado ela, e agora isso?

Eu vou para onde você for, não importa quão escuro seja o caminho

Os últimos meses foram um show de merda? Mas ninguém poderia atuar tão bem assim. Isso foi Gianna. A porra da culpa de Gianna.

"Precisamos ir procurá-las," Matteo murmurou, como se eu não soubesse disso.

Eu olhei "E onde você quer começar? Elas poderiam estar em qualquer lugar. Elas dificilmente levarão seus malditos celulares com elas."

"Pode valer a pena tentar de qualquer maneira," sugeriu Romero em voz baixa.

Tentei me acalmar e pensar direito, em seguida, dei um aceno de cabeça apertado, antes de pegar meu telefone e abrir o aplicativo de rastreamento. E um segundo depois, o celular de Aria apareceu. Surpresa, então alívio seguido de suspeita passou por mim. Ela estava saindo da cidade, para o norte.

"Você acha que são elas?" Matteo olhou para o meu celular. "Elas são espertas demais para manter seus telefones."

"Talvez isso seja um truque, mas é tudo o que temos agora," eu disse. Antes de Matteo e eu saímos para caçar nossas mulheres, eu disse a Romero: "Ligue para mim no momento em que tiver notícias."

ARIA

Eu dirigi por um longo tempo, primeiro em uma direção, depois na outra. Eu tinha certeza de que eles haviam descoberto Sandro e sabiam que Gianna havia fugido. Luca pensaria que eu tinha ido com ela? Que as palavras que eu falei para ele tinham sido uma mentira? Eu não tinha certeza. Meu coração doeu quando pensei nisso. Luca não era um homem que confiava facilmente.

Mas eu tinha a confiança dele. Talvez não mais.

Eu olhei para o relógio no painel. O voo de Gianna para Schiphol tinha saído há quase uma hora. Eu precisava ir para casa. Se eles tivessem rastreado meu celular, já deviam estar no rastro errado e não suspeitavam que Gianna tivesse pegado um avião. Luca tentou me ligar várias vezes. Ele provavelmente estava furioso.

Eu virei o carro e voltei para Manhattan, meu batimento cardíaco aumentando o mais perto que chegava da minha casa.

No momento em que entrei na garagem subterrânea, o recepcionista observando tudo em seus monitores provavelmente já estava notificando Luca do meu paradeiro.

Peguei o elevador até a nossa cobertura. Quando as portas se abriram, Romero estava me esperando. Ele balançou a cabeça, algo próximo da raiva em seu rosto. Ele nunca demonstrou abertamente a raiva contra mim. Ele ergueu o celular até o ouvido, mas não tirou os olhos de mim.

Eu não precisava perguntar para quem ele estava ligando. Passei por ele em direção às janelas e olhei para fora. Gianna estava em um avião para a liberdade. Ela estaria pousando em Amsterdã em algumas horas, onde ela iria começar uma nova vida. Longe de tudo isso. Longe da máfia e casamentos arranjados. Longe de gaiolas de ouro e regras feitas pelo homem.

Eu esperava que Gianna fosse inteligente o suficiente para fugir de seus perseguidores, porque não havia dúvida em minha mente de que meu pai mandaria seus homens sair para pegá-la. E eu tinha a sensação de que Matteo não a deixaria escapar tão facilmente também. Ela teria que encontrar alguém que pudesse lhe dar uma nova identidade. Neste país, ninguém iria contra a máfia, exceto a Bratva, e contatá-los seria colocar o prego final em nossos caixões. Mas acima de tudo eu esperava que Gianna encontrasse o que ela estava desejando.

"Luca, ela está aqui," Romero disse finalmente. "Não, sozinha. Sim. Eu vou."

Romero veio até mim. Eu olhei por cima do meu ombro para a sua alta forma. "Eu não vou correr. Você não precisa ficar dois passos atrás de mim para ter certeza disso," eu disse brincando.

Romero não sorriu. Ele deu outro passo mais perto, mais perto do que costumava ficar, seus olhos castanhos se endurecendo. "Luca é Capo. E ele é o melhor que já existiu. Porque ele governa sem piedade. Porque ele recompensa aqueles que são leais. Porque ele protege aqueles que merecem proteção."

Eu me virei para ele completamente, atordoada com a ferocidade de suas palavras e não tenho certeza onde ele estava indo com elas.

"Você o traiu." Ele praticamente cuspiu as palavras para mim.

"Eu não traí-"

Romero me interrompeu. "Você foi pelas costas dele e fugiu. Eu não me importo porque. Em nosso mundo isso significa traição e você deveria saber melhor do que ninguém, Aria."

Eu olhei para ele, abalada. Foi assim que Luca também viu minhas ações?

"Com qualquer outra pessoa, Luca não hesitaria em punir severamente. Traição significa morte, tortura no mínimo. Mas você tem certeza de que está segura," disse ele. Ele se inclinou mais perto, e novamente me lembrei que o homem na minha frente era um assassino, apesar da sua natureza descontraída. "Nunca se esqueça de que Luca ainda é um Capo que precisa manter o rosto na frente de seus homens. Não o empurre longe demais. Não o obrigue a fazer algo de que nenhum de vocês se recuperará." Eu engoli em seco, olhando para o meu bracelete.

Na hora mais sombria você é minha luz.

Romero não estava me ameaçando como eu pensara. Ele estava preocupado. Eu não tinha pensado que era uma grande coisa.

Não, isso não estava certo. Eu suspeitava do quão ruim seria se eu ajudasse Gianna a fugir, mas não podia deixar de ajudar. Ela era minha irmã e eu a amava.

A porta do quarto de hóspedes se abriu e Sandro saiu cambaleando, a camisa saindo da calça e enrugada. Ele parecia pálido e desorientado. Quando seus olhos se fixaram em mim, a raiva brilhou em seu rosto, então ele olhou para Romero ao meu lado e abaixou a cabeça. Eu havia ferido o orgulho dele, que era a pior vergonha possível para um Homem Feito.

"Você está bem?" Eu perguntei a ele, me sentindo mal por tê-lo drogado, mas ele não teria deixado Gianna e eu sairmos.

Ele caminhou em direção ao sofá e se afundou. Ele recostou-se devagar, mas não disse nada.

"Ele está ferido?" Eu perguntei a Romero quando ficou claro que Sandro estava determinado a me ignorar.

Romero deu de ombros. "A névoa da droga será o menor dos seus problemas. Sua confusão vai lhe causar problemas maiores, acredite em mim.

Luca não tolera incompetência."

Sandro estremeceu visivelmente.

"Luca não vai puni-lo, vai? Eu tenho que falar com ele-"

"Não," disse Romero bruscamente. "Você deveria começar a pensar em autopreservação, Aria."

Eu fechei minha boca.

O elevador entrou em movimento. Meus olhos correram para a tela. Estava indo para a garagem subterrânea. Luca.

Meu estômago se apertou. Eu estava nervosa. As palavras de Romero haviam deixado um impacto. Mas eu conhecia Luca. E ele me conhecia. Ele iria entender. Eu não fui contra ele. Eu só ajudei Gianna. Certo?

Eu percebi que poderia parecer diferente do lado de fora. Deus. O medo começou a borbulhar no meu estômago. Voltei para as janelas, precisando de tempo para controlar minha expressão.

Eu tinha estragado tudo?

O elevador parou no nosso andar e o som de Luca e Matteo em algum tipo de discussão chegou até mim. Na janela, pude ver a estrutura alta de Luca elevando-se acima de seu irmão. Matteo era alto, mas Luca era... Luca.

Magnífico. Seu olhar encontrou o meu no reflexo da janela.

Engoli.

Ele estava vindo em minha direção. Ele não disse nada. Eu estava prestes a pedir desculpas quando seus dedos fortes apertaram meu antebraço e ele me virou. Eu mordi de volta um suspiro. Seu aperto era forte, embora eu soubesse que ele devia estar se contendo. Eu olhei para ele e estremeci. Seu rosto era uma máscara de raiva mal controlada. Ele ainda não disse nada, e isso me fez perceber o quão ruim a situação realmente era. Matteo avançou em mim. "Onde está Gianna?" Eu o ignorei, preso no olhar de Luca.

"Responda," disse Luca baixinho.

Eu tentei puxar de seu aperto, mas ele não soltou. De repente, uma sugestão de raiva surgiu em mim. Ele estava mostrando seu poder na frente de todos, tentando agir como macho e capo.

"Ela se foi," eu disse.

"Oh sério?" rosnou Matteo. "Você acha que não sabemos disso? Mas onde ela foi? Você fugiram juntas, planejaram tudo juntas."

"Eu não sei." Dei de ombros. "Decidimos que seria melhor se eu não soubesse."

"Baboseira." Matteo sorriu cruelmente. "Você sabe exatamente onde ela está."

"Aria." A voz de Luca era de aço quando ele trouxe minha atenção de volta para ele. "Até agora ninguém sabe disso. Nem mesmo seu pai e a Outfit. Em breve teremos que lhes dizer que sua irmã escapou enquanto estava sob minha proteção."

Isso o faria parecer incompetente. Ele era o Capo. Ele queria parecer invencível. Eu odiava essas lutas de poder. Por que os homens não podiam simplesmente deixar para lá?

Eu pressionei meus lábios.

Matteo rosnou. "Eu a encontrarei de qualquer maneira, mesmo se eu tiver que procurar em todos os clubes de Nova York. Ela quer me provocar. Se eu a encontrar fodendo com outro cara, ela vai se arrepender."

Raiva surgiu através de mim. "Você nunca a encontrará. Ela está muito longe. E Gianna não vai voltar. Nunca."

"Muito longe," disse Matteo com um olhar para Luca. "Então você sabe onde ela está."

Eu fiquei tensa. "Não importa. Eu não vou contar." Sandro soltou um bufo.

A expressão de Luca ficou ainda mais sombria. Matteo andou muito perto de nós. Ele deu a seu irmão um olhar implacável. "Precisamos encontrá-la. Não só porque a quero, mas porque refletirá mal na Famiglia. Matteo me avaliou. Sua expressão me assustou. Eu tinha começado a gostar dele. Talvez eu facilmente tenha esquecido que tipo de homem ele era, que tipo de homem ele e Luca eram. "Precisamos obter as informações dela."

Engoli. Eu estava prestes a dizer a ele de novo que não diria nada quando percebi onde ele estava indo com seus argumentos.

"Se você não pode fazer isso, Luca, deixe-me lidar com isso," disse Matteo em um murmúrio implorando. "Eu não acho que vou ter que machucá-la demais. Ela não está acostumada a suportar a dor."

Eu puxei o aperto de Luca. Meus olhos voaram de Matteo para Luca. "Você não pode estar falando sério," eu sussurrei duramente. Eu poderia dizer que Romero e Sandro estavam assistindo com interesse.

"Silêncio," Luca rosnou, e eu respirei fundo. Ele voltou seu olhar para seu irmão. "Eu sou seu Capo, Matteo. Eu cuidarei da minha própria esposa. Você não vai colocar um dedo nela."

Matteo encolheu os ombros. "Então, lide com ela, Capo," disse ele em um tom desafiador. Ele estava desafiando abertamente Luca como Capo? Ele estava perdendo a cabeça? Ele estava obcecado com Gianna para arriscar até mesmo seu relacionamento com Luca?

Mas o que eu fiz? Eu arrisquei meu relacionamento com Luca também por Gianna. No entanto, eu acreditava que era diferente. Eu fiz isso por amor fraternal. Matteo queria Gianna por possessividade.

Luca me puxou para longe do irmão e na direção dos degraus que levavam ao segundo andar. "Luca," eu comecei, mas ele apertou seu aperto de aviso e eu fiquei em silêncio. Todos estavam nos observando. O que precisava ser dito era algo que era apenas entre Luca e eu.

Eu o segui para dentro do quarto, depois tentei de novo. "Luca"

Ele bateu a porta do quarto atrás de nós e me puxou com força contra ele. O ar saiu dos meus pulmões do impacto contra o torso musculoso.

Se eu não estivesse casada com Luca há meses, teria me encolhido sob sua carranca, mas eu o amava e ele me amava. Eu tive que confiar nisso.

"Onde está Gianna?" Ele rosnou.

Eu estremeci com a corrente de fúria em sua voz.

"Eu não vou te dizer. Não importa o que você faça."

Ele beijou minha garganta, me apoiando contra a porta fechada. "Não diga isso." Quando ele levantou a cabeça, sua expressão havia mudado. Ele levantou suas barreiras, me desligou. Ele olhou para mim, em seguida, prendeu meus pulsos acima da minha cabeça, seu aperto à beira de ser doloroso. Eu estremeci. Um sorriso sem alegria torceu sua boca. Seus olhos estavam guardados como se ele estivesse me considerando de novo, como se ele estivesse tentando me avaliar. Calculando.

O medo se instalou na boca do meu estômago. Medo do que ele faria. Mas ainda pior: medo que eu estivesse perdendo ele. Que eu perdi a confiança de um homem que nunca antes se permitiu confiar em alguém tanto quanto eu.

Luca assentiu. "Esse olhar em seus olhos. Eu já vi isso milhares de vezes nos olhos de outras pessoas, mas já faz um tempo com você."

Seu polegar pressionou contra o meu pulso e eu podia sentir meu pulso martelando contra ele, mas eu não podia fazer nada contra isso.

"Eu sou um jovem Capo, Aria. Mais jovem do que a maioria dos subchefes são. Muitos deles querem que eu vá embora. Eles estão à espreita por um sinal de fraqueza." Ele inclinou a cabeça. Eu tentei vislumbrar a máscara que ele tinha colocado, mas pela primeira vez eu não consegui. "Não seja essa fraqueza."

Eu tentei me libertar de seu aperto, mas ele não se mexeu. Ele era muito mais forte do que eu. Finalmente, estreitei os olhos para ele. Eu não era um de seus soldados, e muito menos uma fraqueza. "Eu não sou uma fraqueza. Deixe-me ir e deixe de ser cruel."

"Eu não estou sendo cruel com você," ele rosnou. "Você nunca testemunhou meu lado cruel, Aria. Você nunca viu nada perto disso. Se você acha que essa é a extensão da minha crueldade, então você não me conhece de jeito nenhum." Ele balançou a cabeça. "Você é uma fraqueza que não posso pagar. Seria fácil mudar isso. Eu sei que não demoraria muito para você desistir de seus segredos. Não porque você não quer mantê-los, mas porque eu sou muito bom em quebrar as pessoas. Eu poderia te quebrar muito facilmente."

Nos meses de nosso casamento, ele tentou me manter fora do negócio, mas eu não era idiota.

"Eu sei," eu sussurrei.

Você nem teria que colocar uma mão em mim para fazer isso.

"Você não sabe, esse é o maldito problema. Eu queimei e bati e cortei. Eu estrangulei e afoguei pessoas. Eu fiz todas as coisas terríveis sobre as quais você tem apenas pesadelos, Aria. O destino de Gianna está a menos de um minuto de distância, se eu tentar."

Por Deus, eu sabia. Eu tinha visto vislumbres do que ele era capaz quando ele lidou com os outros. Eu tinha visto o sangue, tinha visto a escuridão e o brilho animado em seus olhos. Eu sabia exatamente que tipo de homem ele era. Mas Deus me ajude, eu o amava apesar de tudo. Amava-o mais do que qualquer outra coisa neste mundo. Forcei meu corpo a relaxar em seu aperto, apesar de ter sido a coisa mais difícil que já fiz. Luca também sentiu, e suas sobrancelhas se juntaram.

"Então faça o que você deve fazer, Luca," eu sussurrei, e eu podia dizer sem hesitação, porque eu sabia que não importava o quão zangado ele estivesse, não importava quão escuros fossem os tempos, ele nunca me machucaria. Eu confiava nele completamente.

Ele sorriu sem alegria e se inclinou mais perto, seu polegar pressionando contra o meu pulso. "Isso trai seus verdadeiros sentimentos, Aria. Eu sei que você está com medo."

Meu corpo teme você, mas meu coração não. "Eu estou," eu admiti. "Mas não da dor e não de você." Isso era uma mentira - a perspectiva de dor me assustou muito - e nós dois sabíamos disso, mas eu continuei: "O que mais me assusta é que você não confia mais em mim, que arruinei a melhor coisa da minha vida, que magoei a pessoa que mais amo."

A expressão de Luca poderia ter derrubado mundos com sua intensidade. Ele me soltou como se tivesse sido queimado e girou ao redor, então ele entrou no banheiro. Eu sabia que não deveria, mas o segui. Ele estava segurando o lavatório, encarando seu reflexo. Seus olhos cinzentos brilhavam de fúria. Quando ele me viu no espelho, ele levantou as mãos e arrancou o lavatório da parede. "Maldita seja você, Aria. Maldito seja o seu amor. Porra." Ele soltou o lavatório que caiu no chão, quebrado. Eu dei um passo em sua direção porque eu simplesmente não conseguia ficar longe dele.

"Você está me transformando em um idiota," ele rosnou.

E então ele estava em cima de mim, alto e imponente. Ele agarrou meus quadris e me levantou do chão, então me levantou contra a parede de azulejos. Seu corpo pressionou contra mim e sua boca caiu sobre a minha. Eu provei sangue, não tenho certeza se era meu ou dele, e não me importo. Sua língua reivindicou minha boca sem piedade, e retornei o beijo. Seus dedos apertaram minhas coxas dolorosamente enquanto ele me segurava. Ele empurrou minha saia para cima, em seguida, arrancou minha calcinha. Eu o ouvi desfazer seu cinto e abrir o zíper de suas calças, e então ele empurrou em mim em um golpe duro. Meu suspiro foi engolido por sua boca. Ele não esperou que meu corpo se adaptasse como de costume; em vez disso, ele começou a bater em mim com força e rapidez, suas mãos segurando minha bunda, sua boca implacável. E eu me rendi completamente a ele. Eu me agarrei ao seu pescoço, êxtase se misturando com a dor quando Luca me levou mais forte do que nunca.

Ele ofegou, olhos furiosos, enquanto se aproximava da borda. Ele parou de me beijar e só olhou nos meus olhos com o olhar mais intenso que eu já vi.

Ele ainda me amava. Eu não o perdi.

E então ele ficou tenso, seu pênis se expandindo em mim, e ele rosnou, sua cabeça caindo para frente. Eu enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e me permiti chorar enquanto me agarrava a ele e ouvia sua respiração áspera e batimentos cardíacos irregulares. Seu cheiro almiscarado encheu meu nariz. Luca exalou bruscamente, os músculos amolecendo sob minhas mãos antes de me levantar gentilmente e sair lentamente. Eu não pude deixar de estremecer. Eu estava dolorido. Luca me colocou no chão e nossos olhos se encontraram. Lentamente, seu olhar viajou até seu pênis, que estava manchado de rosa. Eu não pude descrever o olhar em seu rosto então. Arrependimento. Tristeza. Raiva. Ele caiu de joelhos e pressionou o rosto contra o meu estômago.

"Droga, Aria," ele disse asperamente. "Eu jurei que nunca machucaria você."

"Não é nada," eu disse.

Ele balançou a cabeça, e por um tempo ficamos assim: o rosto dele descansando contra mim, minhas mãos no cabelo dele. "Eu sou seu marido e seu Capo," disse ele finalmente, antes de pressionar um beijo na carne macia do meu estômago e seus olhos cinzentos encontraram os meus. "Nunca mais me traia."

Era meio ordem, meio pedido. Havia tanta coisa que o amor dele por mim podia suportar; eu entendi isso agora. Ele era um predador, um monstro. Ele era meu. "Eu não vou," eu prometi, e eu esperava que pudesse manter essa promessa.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022