ÁRIA E LUCA - SÉRIE SANGUE MAFIOSO
img img ÁRIA E LUCA - SÉRIE SANGUE MAFIOSO img Capítulo 9 9
9
Capítulo 11 11 img
Capítulo 12 12 img
Capítulo 13 13 img
Capítulo 14 14 img
Capítulo 15 15 img
Capítulo 16 16 img
Capítulo 17 17 img
Capítulo 18 18 img
Capítulo 19 19 img
Capítulo 20 20 img
Capítulo 21 21 img
Capítulo 22 22 img
Capítulo 23 23 img
Capítulo 24 24 img
Capítulo 25 25 img
Capítulo 26 26 img
Capítulo 27 27 img
Capítulo 28 28 img
Capítulo 29 29 img
Capítulo 30 30 img
Capítulo 31 31 img
Capítulo 32 32 img
Capítulo 33 33 img
Capítulo 34 34 img
Capítulo 35 35 img
Capítulo 36 36 img
Capítulo 37 37 img
Capítulo 38 38 img
Capítulo 39 39 img
Capítulo 40 40 img
Capítulo 41 41 img
Capítulo 42 42 img
Capítulo 43 43 img
Capítulo 44 44 img
Capítulo 45 45 img
Capítulo 46 46 img
img
  /  1
img

Capítulo 9 9

LUCA

Eu dei uma última olhada em Aria. Suas costas viradas para mim. Ela estava nua da cabeça aos pés, cada centímetro daquela perfeita pele de porcelana que só eu poderia tocar. Suas omoplatas e bochechas estavam vermelhas de onde esfregaram os azulejos quando eu a fodi.

Porra de raiva. Isso era algo que eu nunca quis fazer com a Aria, mas algo tinha me quebrado, e eu me odiei por isso. Odiava que eu a havia machucado, mesmo que ela dissesse que não era nada. Ela era minha para proteger. Ela era minha, minha até a porra do fim. Ela não correra e não o faria. Eu sabia disso agora.

Virando-me, abri a porta do quarto e desci as escadas enquanto puxava meu celular do bolso para ligar para alguns contatos no aeroporto. Eu não poderia perder tempo. A notícia sobre o voo de Gianna se espalharia como um incêndio, e eu teria que me certificar de que não se transformasse em algo que eu não pudesse controlar. Todos os meus tios e os maridos das minhas tias tinham os olhos fixos na minha posição. Eles pensavam que poderiam ser melhores como Capo. Gottardo havia dito na minha cara. A única razão pela qual ninguém fez nada foi porque eles brigavam entre si, mas eu não poderia contar que isso durasse para sempre. Talvez eles chegassem a um acordo em algum momento. Eu precisava ter certeza de que meus homens eram leais demais a mim para dar qualquer tipo de apoio. E parecer fraco não o faria.

Matteo me crucificava com olhar quando me viu. "Não me diga que você não conseguiu tirar nada dela."

Enviei-lhe uma carranca em resposta. Ele era meu irmão, mas ele estava começando a me irritar. Ele precisava parar de me desrespeitar quando os outros estavam por perto. "A única coisa que sei é que Gianna pegou um avião do JFK. Aria não me contará nada, mas nossos informantes me avisarão para onde Gianna está indo em breve."

"Ótimo," ele murmurou, seus olhos deslizando de volta até a porta do meu quarto antes de se virar para mim. Eu não gostei desse olhar nem um pouco. "E então o que? Aria conhece o plano de Gianna. Eles contam tudo uma para a outra. A única maneira de encontrar Gianna é através de sua esposa."

Romero e Sandro estavam nos observando e avancei no rosto de Matteo. "Ela não vai me dizer nada."

O filho da puta tentou passar por mim e subir as escadas. "Então me deixe ter uma conversa com ela."

Eu o empurrei para trás, rosnando. "Você vai ficar longe dela, Matteo." Irmão ou não, se ele chegasse perto da Aria, se ele machucasse sequer um fio de cabelo de seu corpo, eu acabaria com ele.

"Você deixou ela roubar seu dinheiro, seu passaportes. Você deixou que ela atacasse nossos homens." Ele apontou para Sandro, que ainda estava olhando. "Você deixou ela te fazer bobo e te trair. Você deveria querer punila. Você é o Capo."

Eu nos trouxe peito a peito, então Matteo teve que inclinar a cabeça para trás. "Aria é minha esposa. Não é da sua conta como eu lido com ela. Eu te disse que Gianna significava problemas, mas você não queria ouvir. Você nunca deveria ter pedido a mão dela, mas você tinha que pensar com o seu pau," eu rosnei.

Ele saiu para o terraço da cobertura. Foi melhor assim. Nós teríamos atacado um ao outro em breve.

Virando-se para os meus homens, disse a Sandro: "Saia. Eu não tenho tempo para lidar com você agora. Nem uma única palavra sobre isso para ninguém." Ele saiu do sofá imediatamente e correu em direção ao elevador e desapareceu, fodidamente aliviado por não ter sua bunda chutada hoje. Então me virei para Romero. "Vá ligar para Sami e descubra para onde Gianna está indo." Romero deu um aceno rápido, em seguida, pegou o telefone e se dirigiu para a área da cozinha.

Com um suspiro, levei meu celular ao ouvido, odiando o que tinha que fazer agora. Depois de alguns toques, Scuderi atendeu. "Luca, eu não esperava sua ligação." Havia uma suspeita na voz do idiota. E ele estava certo. Nós erramos. Eu tinha estragado tudo.

"Tenho más notícias. Gianna fugiu."

Houve silêncio do outro lado. Então, finalmente, "Fugiu?" Scuderi soou como se quisesse atravessar seu telefone e me estrangular. "Você jurou que a protegeria. Eu confiei em sua palavra. Em Chicago, a palavra de um Capo significa alguma coisa."

Foda-se ele. Como se as coisas sempre saíssem de acordo com o plano de Dante. "Sua filha não é exatamente fácil de vigiar, como você sabe muito bem. Não é a primeira vez que ela agiu." Eu tentei manter minha voz civilizada - afinal, era um dos meus homens que tinha fodido com tudo e se deixado drogar.

"E Aria, ela ajudou a irmã?"

Ele não precisava saber que Aria estava envolvida. Já estava ruim o suficiente. Não havia necessidade de adicionar lenha na fogueira. "Não, ela não sabia de nada. Matteo irá procurar por Gianna imediatamente. Ela não fugirá por muito tempo."

"Eu enviarei dois dos meus homens com ele. Eu não confio em você para lidar com isso sozinho."

Eu tive que morder minha língua para não insultá-lo. Nós precisávamos de paz entre a Outfit e a Famiglia. "É compreensível, mas asseguro-lhe que Matteo a encontrará. Ele está muito interessado em se casar com ela."

"Mesmo assim? Ela pode estar se prostituindo enquanto falamos."

Eu duvidava que Gianna usasse a viagem de avião para foder um cara aleatório; ela estaria ocupada tentando descobrir uma maneira de ficar à nossa frente. Mas depois? Sim, ela iria abrir as pernas, sem dúvida, mas isso não era problema meu.

Romero apareceu no meu campo de visão e sussurrou: "Amsterdã.

Schiphol."

"Nós sabemos que ela pegou um avião para Amsterdã. É para onde Matteo estará indo no próximo avião."

"Eu vou fazer arranjos para que meus homens estejam lá o mais rápido possível. Dante não ficará feliz com isso. Isso eu posso te prometer. Isso terá que ser profundamente discutido."

Eu não dava a mínima para Dante. Nova York era minha preocupação, a Famiglia era. "Claro." Eu desliguei, sufocando o desejo de jogar meu telefone na parede. Em vez disso, usei-o para reservar uma passagem para Matteo no próximo vôo. Foi o pior momento para perder meu melhor soldado. Tudo por causa de Gianna e Aria. Uma nova onda de fúria cega rolou sobre mim, e eu realmente pensei que iria perder minha cabeça, mas eu precisava manter a calma e permanecer no controle. Eu era o Capo.

Eu fui para fora e parei ao lado de Matteo, que estava apoiado contra o corrimão com uma expressão determinada em seu rosto. Ele acharia Gianna. Era só uma questão de tempo. "Eu liguei para Scuderi. Ele está furioso e nos culpa, é claro."

"Claro," ele disse baixinho.

"Ele está enviando dois de seus homens em busca de Gianna."

Ele ainda não estava olhando em minha direção. Ele ainda estava chateado porque eu tinha poupado Aria. Como se ele fosse torturar Gianna para obter informações. Nós éramos assassinos, talvez até mesmo sádicos, mas definitivamente não para as mulheres com quem nos importávamos.

"Eu irei com eles," disse ele.

"Eu imaginei que você iria. Eu também disse isso a Scuderi. Você os encontrará em Amsterdã."

Isso chamou sua atenção. Ele se endireitou e se virou para mim.

"Amsterdã?"

Eu assenti. "Eu soube que ela pegou um avião para Schiphol." "Quando partirei?" Ele estava entrando no modo caçador.

"Em quatro horas."

"Eu preciso sair mais cedo."

"Impossível. Eu tentei tudo o que pude."

"Droga. Gianna estará muito longe quando eu chegar."

"Você vai encontrá-la. Você é o melhor caçador que conheço. Ela não tem chance."

Ele tocou meu ombro. "Você me deixa ir mesmo precisando de mim aqui."

A Famiglia precisava dele. Eu precisava mais dele. A Bratva era uma dor no rabo. Minha família traidora estava respirando no meu pescoço. "Você não é muito útil para mim se tudo o que você pode pensar é Gianna." Até mesmo a minha confiança em Matteo tinha seus limites. Ele não precisava saber o quanto eu confiava em seu apoio.

"Pode levar semanas," ele disse. "Eu não vou voltar até que eu a pegue."

"Eu sei. Se Aria tivesse fugido, eu teria feito o mesmo." Eu a teria seguido até o fim do mundo. Eu não queria casar, mas Aria havia mudado tudo. Ela era minha esposa e eu nunca a deixaria ir.

Ele assentiu.

"Vou fazer alguns arranjos para entregar armas a você em Amsterdã. Vou verificar se consigo encontrar Rolfo para que ele possa ligar para a família dele na Holanda. Vá fazer suas malas. Você precisa estar no aeroporto em duas horas."

"Você deveria dizer a Rolfo para conseguir uma porra de celular. O cara ainda está preso na década de 1970."

"Ele tem quase setenta anos. Eu duvido que qualquer coisa neste mundo pudesse convencê-lo a usar um celular. Eu vou até o Roma. Ele estará jantando lá. Estarei de volta antes que você tenha que sair." Com isso, fui para dentro. De passagem eu disse a Romero: "Eu vou sair por algumas horas. Certifique-se de que Aria fique no apartamento."

"Pode deixar, chefe," disse ele quando entrei no elevador. Romero não deixaria ninguém drogá-lo.

ARIA

Eu estava cansada e sentia falta de Luca. Depois do meu rápido banho, eu me arrastei na cama. Eu ainda estava dolorida, mas não me importei. Eu só queria que as coisas entre Luca e eu voltassem a como eram antes de hoje. Não era nem tão tarde ainda, apenas por volta de sete horas, mas os eventos do dia estavam me esgotando. Sentei-me quando a porta do quarto se abriu. O movimento foi muito cauteloso, muito quieto para ser Luca. Eu deslizei para fora da cama quando Matteo entrou no quarto, então se virou para mim.

Minha coluna endureceu. "O que você está fazendo aqui? E onde está Romero?" Eu me movi em volta da cama, mas parei na metade do caminho entre ela e a porta.

Os lábios de Matteo se abriram em um sorriso perigoso. "Ele está do lado de fora, obedecendo a ordem de Luca."

Por um momento nenhum de nós se moveu. Eu não sabia o que fazer. Eu não queria gritar a Romero por ajuda - ainda. Por um lado, eu não tinha certeza se ele poderia me ouvir no terraço, e eu não queria exagerar. Se eu ligasse para Romero agora, ele teria que contar a Luca sobre isso, e então as coisas entre ele e Matteo ficariam complicadas. Eu não queria que isso acontecesse por minha causa. Eu já tinha feito bagunça o suficiente.

Ele avançou em mim e eu cambaleei de volta. "Por que você está aqui?" Eu perguntei com uma calma forçada, mas não pude reprimir o pequeno tremor na minha voz.

A frieza nos olhos de Matteo apertou meu estômago com medo gelado. "Obtendo as informações que Luca é incapaz de obter. Nós dois sabemos que você planejou tudo com Gianna." Ele se aproximou e eu me esquivei. Este não era Luca. Este era Matteo e ele era um homem a procura de sangue. Um homem que estava acostumado a conseguir o que queria, e Gianna era a única coisa que ele queria mais do que tudo. Corri em direção à mesa de cabeceira, pegando a arma na gaveta. Eu não tinha certeza do que fazer com isso. Eu mal poderia atirar em Matteo. Meus dedos roçaram na alavanca quando as mãos de Matteo apertaram meus quadris. Eu estava suspensa no ar por um segundo, antes de pousar de costas no colchão, o ar deixando meus pulmões no mesmo momento. E então ele estava em cima de mim e eu congelei. Eu nunca tinha estado na cama com alguém além de Luca. Eu comecei a tremer.

Os olhos de Matteo estavam calculando, enquanto ele prendia meus pulsos ao meu lado, seu corpo abrangendo minhas pernas. "Talvez a dor não seja a coisa que você mais teme," disse ele em voz baixa. Ele estava me avaliando como um meio para um fim. Matteo abrigava o mesmo monstro que Luca, mas o seu não estava contido na minha presença.

Eu não tinha certeza do que eu mais temia agora. Matteo estava muito exaltado, mas havia também o medo do que isso significaria em seu relacionamento com Luca. Eu duvidava que Luca perdoasse Matteo por isso; ele o mataria e isso, por sua vez, mataria Luca. "Deixe-me ir antes de você fazer algo que você vai se arrepender," eu murmurei com falsa bravura. Arrepios surgiram por toda a minha pele. Os olhos de Matteo levaram minha reação. Sua calma calculada me assustou.

Ele ainda não tinha feito nada. Ele estava em conflito. Eu podia ver isso na cara dele. Eu precisava usar essa abertura. Matteo gostava de mim, talvez não o suficiente para impedi-lo, mas amava Luca e Luca me amava. "Eu só estive com Luca. Esta é a primeira vez que estou na cama com outra pessoa, Matteo," eu sussurrei.

Matteo soltou meus pulsos. "Você é de Luca," ele disse baixinho. "Eu nunca desonraria você assim. Nem mesmo quando é óbvia a facilidade com que eu obteria as respostas que eu quero se o fizesse. Isso não é Vegas e eu não sou esse tipo de homem."

Ainda em cima de mim, ele alcançou atrás de suas costas e tirou uma de suas facas. Este não era Luca. Matteo não me amava. E eu ouvi as histórias. Eu sabia o que ele poderia fazer, o que ele gostava de fazer. Como Luca, ele não conhecia piedade, mas com Matteo não havia amor me protegendo.

"Eu não vou te dizer onde ela está," eu menti, porque só poderia ser uma mentira. Eu não era tão forte assim.

"Você vai," disse ele. A lâmina brilhava à luz fraca que entrava pelas janelas. "Ninguém pode segurar seus segredos quando eu lido com eles."

"Se eu gritar, Romero estará aqui em um piscar de olhos. Ele vai me proteger."

"Ele vai tentar. E Quem disse que vou te dar a chance de gritar?"

Ele levantou a bainha da minha camisola e eu comecei a me contorcer, não acostumada com a proximidade de outra pessoa assim. Eu parei quando a ponta da lâmina tocou minha pele abaixo do meu umbigo. "Esta é uma área muito sensível. Há muitas terminações nervosas. Até mesmo um pequeno corte será muito doloroso."

"Matteo, por favor," eu sussurrei. Grite, dizia uma voz insistente na minha cabeça, mas eu precisava dar outra chance, por Luca.

Ele levantou os olhos da lâmina para o meu rosto.

"Eu sei que você está bravo que Gianna fugiu. Você está com raiva de mim por ajudá-la. Eu sei que você faria qualquer coisa para recuperá-la, mas

Luca não vai te perdoar por isso."

"Ele vai me matar, como deveria," murmurou Matteo.

Matteo e eu nos encaramos por um tempo porque nós dois sabíamos que era a verdade. Lentamente, Matteo levantou a lâmina, mas não a guardou.

Ainda estava lá, ainda entre nós, ainda muito perto da minha pele.

"Ele confia em você," eu disse.

Matteo olhou para o jeito que ele ainda estava em cima de mim. Meu medo estava começando a desaparecer, sabendo que minhas palavras haviam chegado até ele. Eu poderia ter chorado de alívio.

A boca de Matteo se estreitou. "Isso é traição. Você é dele. Eu não deveria estar aqui."

Ele saiu de cima de mim e eu rapidamente me sentei e corri para o fundo da cama. Matteo me observou, um lampejo de arrependimento passando por seu rosto antes que desaparecesse.

"Somos monstros, Aria. Luca e eu. Nós sempre fomos. Nós sempre seremos. Não cometa o erro de esquecer isso. Todos achavam que ele ia te quebrar, que você se mataria dentro de semanas do seu casamento. Mas aqui está você. Que Luca te trata do jeito que ele faz é um presente que você deve amar e não pisar."

Ele se virou para sair.

"Eu não vou dizer a ele sobre isso," disse rapidamente, antes que ele pudesse abrir a porta.

Matteo olhou para mim por cima do ombro, as sobrancelhas escuras se juntando. "Você deveria contar a ele. O que fiz foi errado."

"Sim, foi, mas não, eu não vou dizer a ele," eu disse, determinado. "Eu não quero que ele perca você." E nós dois sabíamos que isso iria acontecer. Luca tentaria matar Matteo por hoje, e mesmo que ele não o fizesse, nunca seria como antes. Luca precisava de Matteo. Eu não tiraria isso dele.

Matteo inclinou a cabeça. "Eu juro que nunca vou ameaçá-la novamente." Ele não esperou pela minha resposta; em vez disso, saiu e fechou a porta sem um som.

Eu soltei um suspiro e coloquei a mão sobre o meu coração, que batia forte. Minhas mãos estavam tremendo. Bom Deus.

Eu ainda estava abalada pelo meu encontro com Matteo quando Luca voltou mais tarde na noite. Eu fiquei acordada lendo para me distrair de tudo que havia acontecido, mas minha mente continuava se desviando. Seus olhos ainda estavam apertados de raiva e desapontamento com o que eu fiz quando ele se despiu e veio em direção à cama. "Matteo está a caminho de Amsterdã agora. Ele pode ter sumido por semanas ou até meses até ele pegar sua irmã" ele disse com uma voz tensa.

Meus dedos se apertaram no meu livro com a menção de Matteo. "Você o viu antes de ir para o aeroporto?"

"Não, ele já tinha ido embora quando eu voltei."

Mordi o lábio, tentada a pedir desculpas a Luca, mas sabia que teria feito isso de novo - ajudar Gianna, é claro - e ele também sabia disso. Luca deslizou sob as cobertas, seus olhos cinzentos duros enquanto eles procuravam meu rosto. Larguei o livro e meus dedos ainda tremiam levemente. Eles não pararam desde o meu encontro com Matteo.

Luca pegou minha mão. Claro que ele notou. Seus olhos suavizaram quando ele levou meus dedos aos lábios e os beijou. "Eu não deveria ter ido tão duro com você hoje, mas você me empurrou para uma merda, Aria."

"Eu sei," eu disse baixinho. "Mas eu nunca quis trair você. Eu te amo, Luca."

Ele se inclinou, sua mão em volta do meu pescoço, e me puxou em direção a ele para um beijo. Sua língua deslizou em minha boca enquanto sua outra mão se movia sob a minha camisola, as pontas dos dedos subindo pelas minhas costelas até que encontraram meu mamilo, que endureceu sob o seu toque. Ele se afastou. "Eu tenho que fazer as pazes com você por ter gozado antes de você," ele rugiu, e eu senti gotejar entre as minhas pernas com o timbre baixo de sua voz e a fome em seus olhos.

Ele me ajudou a sair da minha camisola, então deslizou para baixo da minha calcinha enquanto seus olhos deixavam uma trilha possessiva ao longo do meu corpo. Ele deitou-se, segurou meus quadris e me levantou em seu estômago.

"Monte meu rosto, principessa. Eu quero provar você."

Meu corpo se inundou com necessidade enquanto eu me arrastava, até que eu estava posicionada sobre o seu rosto. Suas mãos desceram nos meus quadris e ele me segurou no lugar, me impedindo de me abaixar em sua boca como o meu corpo queria fazer. Seus olhos focados no meu rosto, sua língua percorreu minhas dobras, lentamente, mal me tocando, não o suficiente. Ele recuou sorrindo. "Tão molhada para mim." Eu inclinei minha cabeça para baixo para encontrar seu olhar. Eu adorava vê-lo, assim como ele amava me ver. Não havia nada mais quente. Ele mergulhou a ponta da língua entre as minhas dobras e eu empurrei em sua mão, mas ele ainda não me permitiu abaixar o meu corpo.

"Luca," eu ofeguei.

Mais uma vez, uma longa e lenta lambida até o meu clitóris, seguido por um pequeno empurrão na ponta. Um gemido baixo escapou dos meus lábios, mas eu precisava de mais.

"Paciência," Luca raspou contra a minha carne aquecida, em seguida, manteve seus golpes provocantes. Segurei a cabeceira da cama e entregueime a sua doce tortura. A cada golpe de sua língua, eu ficava mais excitada, e Luca sorriu enquanto deslizava sua língua ao longo da minha abertura, deixando escapar um zumbido baixo enquanto ele me provava. E então, finalmente, felizmente, seu aperto nos meus quadris afrouxou. Eu afundei, pressionando-me contra sua boca. Seus lábios se fecharam sobre o meu clitóris e ele chupou. Eu gritei e quase gozei, mas me retive, querendo prolongar esse sentimento. Seus dedos amassavam minha bunda enquanto me movia contra ele. Eu não tinha certeza de quanto tempo eu seria capaz de me segurar. Eu estava chegando lá rápido demais. Meus dedos apertaram, minhas costas se endireitaram e então meu corpo explodiu com o meu orgasmo. Eu arqueei para trás e Luca me manteve no lugar, contra sua boca. Eu balancei para frente, ofegando, estremecendo.

Eu assisti através com olhos embaçados enquanto sua língua me guiava através do meu orgasmo com lambidas lentas. Seus olhos estavam cheios de sua própria necessidade, sua fome por mim e uma pitada de raiva. Ele recuou e depois lambeu o lábio superior. "Nada melhor do que seus sucos na minha boca," ele murmurou, e eu tremi com os restos do meu orgasmo. "Outra rodada," disse ele antes de sua boca pressionada novamente e ele continuou suas ministrações. Eu ainda estava sensível, mas por baixo disso outro orgasmo estava lentamente se formando. Eu descansei minha cabeça contra a cabeceira da cama e me permiti mais alguns momentos para aproveitar a boca gentil de Luca. Seus dedos voltaram para a minha cintura, e ele me ergueu de volta até que eu montei seu estômago antes dele se levantar e sentar contra a cabeceira da cama. Eu não precisava de encorajamento. Eu me posicionei sobre seu pênis puxando até sua ponta escovar minha abertura, então eu o tomei centímetro por centímetro até que ele me encheu completamente. Nós dois gememos quando nossos corpos se conectaram. Inclinei-me para frente, meus lábios encontrando a boca de Luca, sentindo o gosto dele. Torci meus quadris enquanto nossas línguas deslizavam umas contra as outras sem pressa.

O prazer estava crescendo dentro do meu núcleo. Eu me movi mais rápido, mais profundo, moendo e girando, e os quadris de Luca se ergueram, encontrando meu impulso com o dele. Meus olhos se fecharam quando ele mergulhou mais fundo em mim com cada estocada. "Tão fodidamente linda," ele rosnou enquanto bombeava em mim, e os cantos da minha boca se levantaram, minhas pálpebras se abrindo. Eu pressionei minhas palmas contra seu peito musculoso, uma mão sobre sua tatuagem da Famiglia, sobre seu coração.

"Eu vou aonde quer que você vá, não importa o quão escuro o caminho," eu sussurrei.

Seu aperto nos meus quadris se intensificou, os tendões em sua garganta se destacando. Ele estava perto. Sua mão desceu sobre meu estômago, encontrou meu clitóris e pressionou, e eu gozei novamente, seu próprio clímax seguindo um segundo depois. Eu observei seus olhos se fecharem e seus lábios se separarem. Eu amei a visão dele encontrando liberação. Seus braços me envolveram e ele me esmagou contra seu peito, nossos corpos escorregadios de suor. Eu pressionei meu nariz na curva de seu pescoço, respirando seu perfume almiscarado, esperando que estivéssemos bem. Seus dedos percorreram minha espinha, depois subiram de novo e acabaram brincando com meu cabelo, como tantas vezes fazia. Matteo estava certo. Eu precisava valorizar o amor de Luca, sua ternura, sua confiança. Não era algo que ele dava livremente, ou para todos, e para mim ele sempre tinha muito.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022