Com isso ela encerrou a ligação.
Na mansão Jones, Agnes e Callie encarava o matriarca ao telefone,na espera de que pudesse fechar o acordo, já que Callie não queria casar com o filho da família Miller pela a fama que ele carregava de mulherengo e vadio,e se diziam também que ele era o filho abastado da família Miller, mas devido a um contrato feito pelos os avós de ambas as famílias, o primogênito da família Miller teria que casar com a legítima Senhorita Jones.
-Então querido ela vira? Farei a melhor refeição para o retorno de Bridget a nossa casa.
-Sim, vamos recebê-la da melhor forma possível.
-Papai, tomara que dê tudo certo nesse acordo, não quero me relacionar com esse abastado, o bom que os dois combinam até nisso, hahaha...
-Callie não fale assim apesar de tudo ela ainda é sua irmã, ilegítima mas é (Agnes sempre fazendo questão de lembrar que Bridget não é filha legítima da família Jones).
-Sorte nossa que temos um trunfo nas mangas para fazer esse acordo dá certo. vamos minha linda Callie as compras para esquecer todo esse estresse.
Bridget se preparava para um encontro com suas amigas no shopping, suas amigas de infância estavam mortas de saudades, afinal havia um bom tempo que não se viam desde a partida de Bridget a New York.
-Menina Bri aqui esta os vestidos que a senhorita selecionou para o encontro.
Cida havia entregado a Bridget 2 lindos vestidos distintos mas altamente renomados e elegantes.
-Obrigada Cida, cuidou tão bem deles que merece um abraço e uma surpresa.
Enquanto Bridget decide qual vestido vestir ela recebeu uma notificação de sua BFF.
-OiÊ Bri, tudo certo pra hoje, tenho um monte de assunto pra colocar em dias viu, tirei essa folga somente para aproveitar a sua volta e limpar a vista no shopping
- Está confirmado sim, Camila estou em duvida qual vestido usar, estou entre o recatado porém sensual ou o totalmentente recado verde .
-O verde cairia bem se fossemos a missa amiga, hoje é dia de encontrar um homem gostoso kkkkk
-kkkkk, Ca você sempre com esse bom humor né, vou me arrumar e encontro você e Vitória em breve, bye.
Esse astral de Camila sempre animava o ambiente, por isso Bridget nunca conseguiu se desfazer dessa amizade muito especial, já que a mãe dela e das suas amigas foram melhores amigas e tiveram suas gestações no mesmo período, as 3 eram gêmeas de data de nascimento. Por conta desse vínculo Bridget nunca se sentiu só no mundo
O sol brilhava forte no céu quando Bridget estacionou seu carro no shopping mais badalado da cidade. Vestindo o vestido vinho recatado, mas sensual, que Cida havia cuidado com tanto carinho, ela sentiu-se confiante. Fazia anos que não via Camila e Vitória, suas melhores amigas de infância, e o dia prometia ser divertido.
Ao entrar no saguão movimentado, não demorou a avistar as duas. Camila, com seu sorriso elétrico e inconfundível, abanava animadamente de uma das mesas de um café. Vitória, mais reservada, já segurava um copo de café gelado, mas seus olhos brilhavam com expectativa.
Briiii! – gritou Camila, correndo para abraçá-la. – Você está linda demais, amiga! Esse vestido é um arraso!
Eu disse que o verde era pra missa – completou Vitória com um sorriso, enquanto puxava Bridget para um abraço caloroso.
Bridget riu, sentindo-se em casa. Apesar dos anos e das mudanças, a dinâmica das três permanecia intacta. Sentaram-se, e em minutos, estavam rindo e fofocando como se o tempo não tivesse passado.
Camila liderava a conversa, falando sobre seus encontros
desastrosos e flertes no trabalho. Vitória, sempre a sensata, tentava moderar os exageros da amiga, mas nem ela conseguia conter as gargalhadas.
Então, Bridget, como foi voltar pra essa cidade cheia de memórias? – perguntou Vitória, com um tom mais sério.
Bridget suspirou e mexeu na colher dentro de sua xícara de café.
É estranho. Bom por rever vocês, claro, mas... complicado. Estou lidando com a Agnes e a Callie de novo, e meu pai continua sendo o fantoche de sempre. Parece que tudo o que eu faço é uma luta para recuperar o que é meu.
Agnes continua sendo a bruxa da cidade? – Camila perguntou, revirando os olhos. – Se precisar, podemos nos unir e dar um jeito nela.
Obrigada, mas acho que essa batalha é minha – disse Bridget, com determinação.
Camila abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompida pelo som de vidro quebrando ao fundo. Quando todas se viraram para ver o que acontecia, Bridget sentiu o coração disparar.
Um homem alto e charmoso, com cabelos desgrenhados e um terno desleixado, estava parado em frente a uma vitrine quebrada. Ele parecia desorientado, como se não entendesse bem o que tinha acontecido. E então, ele virou o rosto e seus olhos encontraram os de Bridget.
Era ele: o homem da janela.
Andrew sentiu o impacto do olhar de Bridget como um raio. Era impossível não reconhecê-la, mesmo que nunca tivessem se falado antes. Por alguma razão, ele sabia que aquele era o momento em que suas vidas colidiriam – literalmente.
Andrew? – chamou uma voz ao lado dele. Era Marcos, que tentava segurá-lo pelo braço. – Você está bem? Você entrou direto na vitrine!
Eu... estou bem – respondeu Andrew, mas seus olhos ainda estavam presos aos de Bridget.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Camila murmurou ao lado de Bridget:
Amiga, quem é aquele Deus grego e por que ele está te encarando assim?
Eu... não sei – respondeu Bridget, desviando o olhar rapidamente, tentando não parecer tão abalada quanto estava.
Andrew, entretanto, parecia não ter a mesma habilidade de disfarçar. Decidido a aproveitar a oportunidade, ele começou a caminhar em direção à mesa delas. Mas, em sua pressa,
acabou tropeçando em uma pequena mesa próxima, derrubando uma bandeja cheia de cafés.
O caos foi imediato. O café respingou para todos os lados, e Andrew, com a gravata já manchada, olhou para Bridget, que agora tentava segurar o riso.
Bem, isso foi... catastrófico – disse ele, ajeitando a gravata com um sorriso sem graça. – Olá, eu sou Andrew.
Bridget levantou-se, ainda tentando não rir.
Oi, Andrew. Acho que nos conhecemos agora, do jeito mais... incomum possível.
Camila e Vitória estavam quase chorando de rir, enquanto Marcos, ao fundo, balançava a cabeça em desaprovação.
Você sempre encontra um jeito único de causar uma boa impressão, hein? – disse Marcos, cruzando os braços.
Andrew ignorou o amigo e estendeu a mão para Bridget.
Bem, já que fiz essa entrada dramática, seria um desperdício não aproveitar a oportunidade para te conhecer.
Bridget hesitou por um momento, mas acabou apertando sua mão. A conexão foi instantânea, quase elétrica.
Sou Bridget – respondeu, sentindo um calor estranho no peito.
Prazer, Bridget – disse ele, com um sorriso que parecia genuíno, apesar da situação desastrosa.
E assim, no meio de um shopping lotado, entre gargalhadas e vitrines quebradas, o destino começou a traçar o caminho de Andrew e Bridget – mesmo que, por enquanto, nenhum dos dois compreendesse completamente o que aquilo significava.