Casada com meu Algoz
img img Casada com meu Algoz img Capítulo 1 Execução
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Capítulo 8 Questionando img
Capítulo 9 Assinatura img
Capítulo 10 Minha! img
Capítulo 11 Algoz img
Capítulo 12 Fugir img
Capítulo 13 O divórcio img
Capítulo 14 Desce, agora! img
Capítulo 15 Nua img
Capítulo 16 Costurar img
Capítulo 17 Você decide img
Capítulo 18 Nunca! img
Capítulo 19 Bêbada img
Capítulo 20 Domínio img
Capítulo 21 Fascínio img
Capítulo 22 Clara img
Capítulo 23 Justo agora img
Capítulo 24 Bonitinho img
Capítulo 25 A velhinha img
Capítulo 26 Velho tarado img
Capítulo 27 Rapel img
Capítulo 28 Acordo img
Capítulo 29 Velho arrogante img
Capítulo 30 A ligação img
Capítulo 31 Furioso img
Capítulo 32 Papel a cumprir img
Capítulo 33 Já chega! img
Capítulo 34 Maldita! img
Capítulo 35 LIAM! img
Capítulo 36 Estava consciente img
Capítulo 37 Ofegante img
Capítulo 38 Quem é ela img
Capítulo 39 Diferença de beijo img
Capítulo 40 Alvo img
Capítulo 41 Não ouse img
Capítulo 42 Com Joseph img
Capítulo 43 Mais um atirador img
Capítulo 44 A senha img
Capítulo 45 Eu pago img
Capítulo 46 Fazendo birra img
Capítulo 47 Provocando img
Capítulo 48 Seminarista img
Capítulo 49 Posse img
Capítulo 50 Limpa img
Capítulo 51 Surpreenda-me img
Capítulo 52 A velha img
Capítulo 53 Cobertura img
Capítulo 54 Na casa de Samuel img
Capítulo 55 Patética img
Capítulo 56 Sem ar img
Capítulo 57 Meu Algoz vai te matar img
Capítulo 58 Um cheque img
Capítulo 59 Um, dois img
Capítulo 60 Assassino pior img
Capítulo 61 Raiva img
Capítulo 62 Entediada img
Capítulo 63 A velha de novo img
Capítulo 64 Nikashi fira da puta img
Capítulo 65 O rabo do japonês img
Capítulo 66 O balde img
Capítulo 67 O gelo img
Capítulo 68 Provocar img
Capítulo 69 Jogo img
Capítulo 70 Avô img
Capítulo 71 O tio img
Capítulo 72 Poder img
Capítulo 73 O câncer img
Capítulo 74 Defendendo img
Capítulo 75 Não se ache img
Capítulo 76 Vilarejo img
Capítulo 77 Filhos img
Capítulo 78 Amou img
Capítulo 79 Mudanças img
Capítulo 80 Irresponsável img
Capítulo 81 Estranho img
Capítulo 82 A matei img
Capítulo 83 Um muro img
Capítulo 84 Maldita Vânia img
Capítulo 85 Plano img
Capítulo 86 Dono img
Capítulo 87 Me conhece img
Capítulo 88 Meu Algoz img
Capítulo 89 Pervertido img
Capítulo 90 Tabuleiro img
Capítulo 91 Resolver sozinha img
Capítulo 92 Coral img
Capítulo 93 Ele img
Capítulo 94 Existe Eliza img
Capítulo 95 Morta img
Capítulo 96 Companhia img
Capítulo 97 Não nasci assassino img
Capítulo 98 Eu falhei img
Capítulo 99 A única que amei img
Capítulo 100 Vício sexual img
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Casada com meu Algoz

Edilaine Beckert
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Capítulo 1 Execução

Capítulo 1

Eliza Altheron

No dia em que completei 21 anos, quem apareceu no portão do internato não foi meu pai.

Foi um estranho: alto, de ombros largos, olhos verdes como gelo e uma expressão que não revelava nada.

Horas depois, dois tiros ecoaram - secos, cruéis - e meus pais caíam diante de mim, o sangue se espalhando pela calçada como uma mancha impossível de apagar.

Naquele instante, achei que aquele homem seria meu algoz.

Até encontrar um envelope escondido no cofre.

E nele, a assinatura do meu próprio pai... autorizando a minha morte.

Foi assim que tudo começou.

.

Eu imaginei que veria o motorista da família ou até meu pai, com o semblante carrancudo e os braços cruzados. Mas aquele homem não parecia ter vindo para me levar de volta. Parecia mais... um presságio.

- Foi... foi papai quem te enviou? - perguntei, hesitante.

Ele não respondeu. Apenas entregou um envelope lacrado ao segurança do colégio. O homem leu, analisou os documentos e assentiu. Um gesto simples - e minha liberdade foi entregue nas mãos de um desconhecido.

- Traga suas coisas. Não posso entrar lá - disse o estranho, a voz grave, sem emoção.

Talvez fosse só um novo guarda-costas, pensei. Ou talvez eu estivesse louca. Arrumei minhas malas rapidamente; já estavam prontas para o dia seguinte. Ele caminhou até elas como se soubesse exatamente onde estariam, pegou todas sem esforço e seguiu para o carro preto parado na frente.

Entrei no banco de trás, tentando controlar a inquietação. O silêncio era sufocante.

- Qual o seu nome? - arrisquei.

- Você trabalha com meu pai há muito tempo?

- Eles estão bem?

Nada. Nenhuma resposta. Só o ronco dos pneus contra o asfalto. Cada quilômetro percorrido fazia meu coração bater mais rápido.

O carro parou. Reconheci de imediato a entrada da minha casa. O peito se encheu de alívio e saudade. Desci correndo, as lágrimas queimando nos olhos. Estava de volta.

Mas em segundos, tudo desabou.

Pah! Pah!

Dois tiros secos. Definitivos.

Meus pais tombaram diante de mim.

- N-não... - minha voz saiu em um sussurro, quase sem ar. - Não, por favor!

Caí de joelhos. O mundo ficou em silêncio absoluto, como se tivesse desmoronado comigo.

- O que você fez? Eles não te fizeram nada! - gritei, sem forças. - Por quê?

O cano frio da arma encostou na lateral da minha cabeça.

A voz dele, cortante, quebrou meu desespero.

- Pegue o que for precisar. Depois, entre no carro.

O som metálico de engatilhar não deixou espaço para dúvida. Tremendo, levantei-me e entrei em casa.

A mesma casa onde aprendi a andar, onde comemorei aniversários... agora manchada pelo sangue dos meus pais.

No escritório, fui direto até o painel escondido atrás da estante. Eu sabia: ali havia uma arma carregada. Vi meu pai guardá-la tantas vezes.

Abri o painel com as mãos trêmulas. O metal frio da pistola trouxe uma sensação estranha de controle. Mas algo chamou minha atenção: um envelope branco preso atrás da arma.

O selo vermelho me fez congelar. O brasão da minha família.

Meu nome estava escrito à mão na parte da frente, com a caligrafia precisa do meu pai. O coração bateu tão forte que doeu. Abri. Dentro, apenas uma folha.

Nome: Eliza Altheron.

Execução: 23 de abril, às 14h30 - portão do internato.

Autorizado por: Reginald Altheron.

A assinatura era dele.

Meu pai.

O mesmo homem que me deu uma boneca feita à mão quando completei sete anos. O mesmo que me ensinou a nadar aos gritos. O mesmo que dizia que um dia eu entenderia seus motivos.

Ele havia me condenado.

Senti o chão sumir. O sangue pulsava nos ouvidos. A respiração falhou. Tudo fazia sentido: o silêncio no carro, o executor, os tiros...

Mas... por quê?

Por que meu próprio pai quis me matar?

E por que esse homem, o executor, não cumpriu a ordem? Por que veio um dia antes?

Guardei a arma no cós da calça, escondendo-a com a blusa. Dobrei o papel e enfiei no bolso. O choro secou. A dor deu lugar a frieza.

Saí até a porta. Ele me esperava encostado no carro, impassível. Olhou-me como quem mede um adversário. Eu o encarei de volta, com algo novo no olhar.

Eu queria respostas.

Eu queria vingança.

- Vamos - murmurei, entrando no carro sem desviar os olhos dele.

Se ele não ia me matar, então seria ele quem me mostraria a verdade.

E, dessa vez, eu é que apontaria a pistola para a nuca dele.

            
            

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