Casamento Relâmpago com o Mafioso
img img Casamento Relâmpago com o Mafioso img Capítulo 8 Para a sua segurança
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Capítulo 11 Você não faz ideia img
Capítulo 12 Tire a blusa img
Capítulo 13 Não é o suficiente img
Capítulo 14 Uma mulher de valor img
Capítulo 15 Também sei brincar img
Capítulo 16 Eu apenas me defendi img
Capítulo 17 Não foi firme img
Capítulo 18 De olhos abertos img
Capítulo 19 Cachorrinho img
Capítulo 20 Bom marido img
Capítulo 21 Um casal img
Capítulo 22 Lisonjeada img
Capítulo 23 Não se atreva! img
Capítulo 24 Azedando img
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Capítulo 8 Para a sua segurança

MELANIE

'Oh, droga!', pensei e apertei os lábios. Coloquei um sorriso nos lábios e virei-me. Um homem que eu não conhecia me olhava.

"Ah, oi!" eu disse e quis me estapear por isso. Por favor, 'oi'? "Eu estava apenas passeando. Me senti um pouco mal e precisei de um ar."

O homem era bem mais alto do que eu, com os cabelos loiros curtos, em estilo militar, os olhos azuis penetrantes.

"Na hora da cerimônia?" ele perguntou em um tom que era de deboche. Como ele se atrevia?c

"Sim. Não é como se eu pudesse escolher a hora de passar mal, não é mesmo, senhor?" Eu juro que estava tentando manter a compostura, mas acabei devolvendo a pergunta no mesmo tom que ele tinha usado.

O homem se aproximou ainda mais de mim e tirou a arma do coldre. Foi aí que eu me dei conta de que tinha falado demais. Do jeito errado e agora, provavelmente ganharia uma bala no meio da minha testa. Droga!

"Vadias como você eu vejo aos montes. Se infiltrando para pegar informações?", ele perguntou, apontando o cano da arma para a minha cabeça e com um sorriso sinistro nos lábios. "Vou mandar a sua cabeça pro seu chefe!"

O som do clique soou e a pupila do homem se dilatou.

"Do que foi que você chamou a minha mulher?" ouvi a voz de Cesare e, eu devo dizer, acho que desde que aquele estranho tinha entrado na minha vida, eu nunca tinha ficado tão feliz por ele estar por perto!

O homem de olhos azuis abaixou a arma, deixando que a mesma escorregasse pelo dedo dele e girasse, enquanto levantava as mãos e se virava para Cesare, que tinha a arma apontada para o homem.

"Senhor Varricchio!", ele disse e Cesare olhou rapidamente para mim, fazendo sinal com a cabeça para que eu fosse para trás dele. Eu não precisaria de um segundo convite!

"Você estava chamando a futura senhora Varricchio de vadia?" Cesare perguntou novamente e, antes que o homem respondesse, ele atirou na mão dele. Soltei um gritinho, ou deveria, mas acho que minha voz foi engolida pelo medo que ameaçava me engolir de vez.

"Que porra?" Magno perguntou e olhou para o homem, apontando também uma arma para ele.

"Ele desrespeitou a sua cunhada, irmão," Cesare disse e o semblante de Magno mudou imediatamente.

"Cuidarei dele," foi o que Magno disse, antes de pegar o homem por trás do pescoço e o arrastar para sei lá onde.

"Melanie?" A voz de Cesare parecia distante, até que senti a mão dele no meu ombro e dei um pulo, afastando-me de uma vez.

"Você... você atirou naquele homem!", eu disse e apontei para a mão de Cesare, que já não segurava arma alguma. "Eu vi, Cesare, eu vi!"

"Tudo bem, fique calma..."

"Não!", afastei as mãos dele que tentavam segurar meus ombros e dei alguns passos para trás. "Eu quero ir embora. Agora!"

Cesare não discutiu, ele assentiu e pediu que eu o acompanhasse. Um dos motoristas me levaria para casa. O problema foi que ele entrou no carro comigo.

"O que está fazendo?" perguntei, indo para a outra extremidade do carro, enquanto Cesare mantinha a postura impecável.

"Você é minha noiva. Vou acompanhá-la."

"Não!"

Ele moveu os olhos em direção ao motorista e eu compreendi que ele estava ainda encenando. Engoli em seco e apenas olhei para a janela. Eu não queria falar com Cesare. Ele tinha atirado em uma pessoa!

Certo, o homem provavelmente teria me matado, mas toda aquela noite foi cheia de mistério e perguntas não respondidas.

Assim que o carro parou em frente ao meu prédio, Cesare saiu do veículo e estendeu a mão para mim. Eu apertei os lábios e aceitei, saindo do carro.

"Vou te levar lá em cima."

"Não é necessário."

Cesare segurou a minha cintura de lado e sussurrou:

"É pra sua segurança, Melanie."

Que piada! Mas se uma coisa eu tinha aprendido naquela noite era que eu deveria dançar conforme a dança. Ainda mais quando eu estava lidando com pessoas que andavam armadas!

Chegamos ao meu apartamento e olhei para Cesare, indicando que ele deveria ir embora.

"Não vai pegar a chave que você esconde no pote de planta?" ele perguntou e eu abri a boca, porque queria que ele fosse embora para não ver meu esconderijo secreto! "Ah, e aqui..."

Ele enfiou a mão no bolso do paletó e tirou de lá meu celular e a chave da minha casa, bem como a minha carteira.

Apertei os lábios e peguei os itens sem muita delicadeza.

"Não vai agradecer?"

"Você os pegou sem consentimento. Não fez nenhum favor ao devolver o que me pertence!", retruquei e, pelo visto, os ensinamentos daquela noite não ficaram tão gravados na minha mente, não é mesmo? Ouvi Cesare soltar uma leve risada.

"Amanhã eu passo aqui."

"E pra quê?" perguntei, antes de abrir a porta de casa.

"Como 'pra quê'? Vamos nos casar."

"Não, não vamos. Eu decidi que não quero ter nada a ver com você e com a sua família! Passar bem!"

Abri a porta do meu apartamento, mas Cesare entrou junto comigo e meu rosto logo estava colado a ela.

"Chega de brincadeira, Melanie Walton. Amanhã, você e eu estaremos casados," senti o dedo dele passando pela lateral do meu corpo, que, como bom traidor que é, pareceu gostar. "Um ano. Vamos ficar casados por um ano."

Ele aproximou a boca do meu pescoço, eu senti a respiração dele, porém, no segundo seguinte, ele me tirou do caminho e saiu pela porta, deixando-me sozinha no meu apartamento.

Assim que meu telefone ligou, o nome de Spencer apareceu no visor.

"Alô?"

"ALÔ? ISSO É TUDO O QUE VOCÊ TEM A DIZER?", Spencer gritou do outro lado da linha. "Você tem ideia do quão preocupado eu fiquei, Melanie? Tem? Liguei várias vezes e seu telefone só dava desligado! Fui aí, fiquei batendo como um lunático até o seu amável vizinho ameaçar chamar a polícia pra me prender!"

Fechei os olhos e me joguei na cama, exausta. Spencer só me chamava de 'Melanie' em vez de 'Mel' quando ele estava irritado comigo.

"Desculpe. Eu precisei sair e meu telefone tinha que ficar desligado."

"Pensei que aquele homem podia ter feito algo contra você!", ouvi a respiração acelerada de Spencer, enquanto ele tentava se controlar. "Você tá bem?"

"Estou. Agora, eu preciso dormir," eu fechei os olhos, pensando que ainda teria que retirar a droga daquela maquiagem toda!

"Ele ainda tá aí?"

"Não. Amanhã nos falamos, tudo bem?"

Spencer não insistiu, ele sabia que quando eu falava daquele jeito, é porque eu realmente precisava descansar.

Olhei para o teto e apreciei o silêncio do ambiente, tão diferente da casa dos Varricchio. Deus, eu esperava não pisar mais naquele lugar!

Acabei dormindo e, quando acordei com o meu despertador, amaldiçoei Cesare Varricchio e o estresse que ele me fez passar.

Tomei banho - e finalmente tirei a maquiagem - e me preparei para o dia. Era um domingo, mas eu tinha que passar no abrigo. Com menos gente ajudando, eu não podia ficar em casa.

Enquanto estava à caminho do abrigo, lembrei que Cesare mencionou casamento hoje, domingo. Não seria possível, porque o cartório não abriria. Eu sorri e, quando chegou a hora do almoço e não tive qualquer sinal de Cesare ou de qualquer um do meio dele, meu dia foi ficando mais e mais alegre.

Talvez ele tivesse dito aquelas coisas porque precisava. E aproveitou para me amedrontar. Agora, num novo dia, ele deve ter pensado melhor e se casaria com outra. Atanasia, por exemplo. Quase senti pena dele. Quase.

"Mel, eu não sei por quanto tempo mais poderemos aguentar," Gem disse. Ela era a pessoa que estava à frente do abrigo. O rosto bonito de Gem estava claramente cansado. As olheiras debaixo dos olhos azuis como o mar não deixavam dúvidas.

E eu me lembrei que quando aceitei o trato com Cesare, não pedi uma garantia! Agora, o desgraçado sumiria no mundo e eu teria passado por toda aquela merda à troco de nada!

"Eu vou ver o que consigo fazer, Gem. Farei horas extras,"

Ela colocou a mão no meu ombro.

"Querida, isso não vai ser suficiente. Pedi ao banco um empréstimo, mas não sei se vão liberar. Ficaram de me responder amanhã."

Ela soltou um suspiro e, após conversarmos um pouco, eu saí dali depressiva. Porém, nem cheguei a virar na esquina quando alguém segurou a minha mão e eu me virei, meu rosto empalidecendo.

"Eu disse que nos casaríamos hoje, não disse?"

            
            

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