Casamento Relâmpago com o Mafioso
img img Casamento Relâmpago com o Mafioso img Capítulo 9 Quem casa quer casa
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Capítulo 11 Você não faz ideia img
Capítulo 12 Tire a blusa img
Capítulo 13 Não é o suficiente img
Capítulo 14 Uma mulher de valor img
Capítulo 15 Também sei brincar img
Capítulo 16 Eu apenas me defendi img
Capítulo 17 Não foi firme img
Capítulo 18 De olhos abertos img
Capítulo 19 Cachorrinho img
Capítulo 20 Bom marido img
Capítulo 21 Um casal img
Capítulo 22 Lisonjeada img
Capítulo 23 Não se atreva! img
Capítulo 24 Azedando img
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Capítulo 9 Quem casa quer casa

CESARE

O desgraçado do Raniero Cappa não aguentou muito, quando Magno resolveu 'brincar' com ele. Eu apenas assisti ao show. Não importava se Melanie e eu não estávamos juntos por amor, se era uma conveniência. Ela era a minha mulher! Mesmo que ela negasse.

Enquanto estávamos no carro, eu a observei pelo canto do olho e devo admitir, ela era bellissima! Ainda que o rosto dela estivesse carrancudo, ela não perdia em nada a beleza. Conforme as luzes da cidade refletiam nos cabelos de Melanie, os fios dourados brilhavam.

Quando a puxei para mim, pela cintura, pude sentir o calor do corpo dela, mas nada se comparou a quando a empurrei contra a porta. O cheiro de Melanie era delicioso e a reação do corpo dela ao meu toque me fez imaginar as muitas coisas que eu adoraria fazer com ela, por isso, me afastei e saí daquele apartamento.

Ao chegar em casa, Magno me esperava, tivemos nossa diversão com Raniero e, depois, precisei que o médico desse uma olhada em mim.

"O que diabos andou fazendo?", meu pai perguntou, olhando para o sangue do meu abdômen. "Você saiu da festa sem falar comigo e volta desse jeito?"

"Pai, por favor, o fratello estava com a noiva,", Magno falou e piscou para mim.

"Ainda assim!", meu pai reclamou e passou a mão pelos cabelos. "Será que não consegue nem esperar o ferimento ficar melhor para então colocar as mãos na sua noiva?"

"É que... é mais forte do que eu, pai. Eu a amo," falei na maior cara de pau e meu pai apenas balançou a cabeça.

"Costure direito, dessa vez! E você... vai descansar!"

"Sim, senhor. Mas pai?"

Ele, que já estava caminhando para a porta, parou e olhou por sobre o ombro.

"O que foi?"

"Amanhã Mel e eu nos casaremos no civil,"

"Certo."

A resposta curta e seca dele foi dada antes que a porta se fechasse atrás dele. Recostei minha cabeça no travesseiro enquanto Magno mantinha as mãos nos bolsos e me observava.

"O que foi, irmão? Admirando a beleza que você não herdou?"

"Você é tão engraçadinho!", Magno retrucou e suspirou. "O que te fez sangrar desse jeito? Você nem encostou no Cappa."

Revirei os olhos.

"Como você mesmo disse, eu estive com a minha noiva."

"E ela deixou você com o trabalho duro?", ele perguntou e eu notei o sarcasmo.

"Magno, Melanie e eu apenas nos beijamos, nada mais. O problema é que eu já estava mal desde a festa. Não tive um minuto de descanso,"

"Certo,"

Ele parecia não acreditar, mas eu não estava mentindo. Sinceramente, adoraria dizer que eu tinha aberto os pontos enquanto me deliciava com a bela loira que seria a minha esposa, mas não era esse o caso. Realmente foi apenas má sorte.

"O senhor precisa tomar os antibióticos, porque isso aqui não está nada bom," o médico me informou e seu olhar era sério. "O senhor não quer morrer por causa desse tiro, não é?"

"Não. Podem se retirar. Eu vou descansar, agora,"

Os dois saíram e eu finalmente pude ter um pouco de paz. Eu odiava dormir sem banho, mas francamente, pior seria me mover demais e abrir novamente aqueles malditos pontos. Que inferno! O desgraçado que tinha me causado aquele ferimento estava morto, mas o mandante dele... eu descobriria quem era. Algo me dizia que não era um indivíduo de outra máfia ou gangue, mas um dos nossos.

Pela manhã, Magno me ajudou a tomar banho. Eu não confiaria em mais ninguém, além do meu pai, porém, ele já estava mais velho e seria um absurdo ocupar o homem com isso.

Assim que coloquei uma roupa e me recostei na cama, sentindo-me um inútil, minha mãe entrou no quarto, cheia de preocupação.

"Mio bambino!", ela falou e eu apenas suspirei. Abri a minha boca para falar que ela não deveria me chamar assim, quando percebi alguém na porta. Droga! "Atanasia, meu bem entre!"

Se ela não fosse a minha mãe, teria ouvido uma boa grosseria. Aquele era o meu quarto!

"Mãe, este é o quarto do Cesare. Não acha que Atanasia, que não é mulher dele, estar aqui seja um tanto quanto... errado? Ela é solteira."

"Magno, fique quieto!", minha mãe ralhou com ele, que apenas deu de ombros e me olhou, como quem dizia 'eu tentei'.

Lancei a Atanasia um olhar de reprovação. Minha mãe podia não ter noção, já que queria forçar algo entre aquela mulher e eu, porém, Atanasia deveria compreender que eu não queria nada com ela. Se eu quisesse, inferno, já teria desposado a mulher! Teria me poupado muito trabalho! Mas não, ela era insuportável e mesmo Melanie sendo difícil, eu a escolheria mil vezes.

Atanasia, claro, ignorou o meu aviso visual e continuou a entrar no meu quarto, ficando logo atrás da minha mãe.

"E-eu fiquei preocupada, Cesare," ela disse e eu mantive o rosto sem expressão.

"É verdade, Cesare. Atanasia soube que você estava machucado e não conseguiu nem dormir direito! Ela é uma mulher muito sensível."

"Então por que a senhora contou a ela, se sabe que ela não aguenta?"

"Cesare!", minha mãe torceu a boca. "Atanasia é minha amiga, como eu não contaria a ela? Além disso, sabe o quanto ela gosta de você." Então, minha mãe olhou em volta."E a sua noiva? Você está machucado e ela não deu as caras! Humpf, isso mostra o quanto ela se importa!"

"Eu não disse a ela. Ela está grávida, e a última coisa que eu quero é preocupar a minha mulher e prejudicar o nosso bebê," eu não mentia. Quer dizer, Melanie não estava grávida, mas se estivesse, eu agiria assim.

Minha mãe continuou a colocar defeitos em Melanie, enquanto falava bem de Atanasia, que mantinha o rosto abaixado, como se fosse uma jovem tímida. Eu sabia o quão tímida ela era. Ha! Uma sonsa, isso era o que ela era!

Quando me vi sozinho com Magno, pedi ajuda a ele para trocar de roupa.

"Vai sair?"

"Sim. Eu vou me casar, Magno," eu disse e ele abriu a boca. "Não me olhe assim. Eu quase morri e... bom, Melanie está grávida. Se eu me for, seria terrível se ela e o nosso filho não fossem reconhecidos, não acha?"

"Hmm... isso é verdade. E o casamento religioso? Você sabe que os velhotes do Conselho não aceitariam um casamento meramente civil."

"Providenciarei isso. Mas ao menos legalmente, Melanie e a criança não ficarão desamparadas."

Estava ficando mais fácil mentir. Se eu continuasse nesse ritmo, eu mesmo acreditaria que estava com um bebê à caminho.

Magno foi comigo, pois seria uma das testemunhas. O motorista seria o outro.

"Hoje é domingo, irmão. Como vai se casar?"

"Eu falei ontem com um conhecido. Ele abrirá hoje, mais tarde."

"Mas é domingo. Por que não espera até amanhã, se de qualquer forma os papéis terão que ser processados amanhã?"

"Não. Porque precisamos do pedido. Hoje teremos o pedido, contabilizado como se tivesse sido feito na sexta-feira, e amanhã, o casamento será registrado. Não quero perder mais tempo. Amanhã preciso resolver alguns problemas e eu não quero arriscar."

Melanie, claro, não estava em casa. Eu pedi que um dos meus homens a vigiasse e ele disse que a minha querida noivinha estava no tal abrigo. Dirigimos até lá e, obviamente, quando ela me viu, seu rosto empalideceu.

Ela tentou puxar a mão, mas meu irmão abaixou o vidro da janela e sorriu para ela.

"Melanie!", ele disse e ela engoliu em seco, olhando feio para mim. Eu não dava a mínima.

"Magno!"

"Entre no carro, o que está esperando?"

Ela franziu a testa e me puxou para ela.

"Eu não vou casar!"

"Não force a minha mão, Melanie. O abrigo é logo ali,"

Pude ver a surpresa e, então, o ódio tomando conta dos olhos de Melanie. Eu não machucaria aquelas pessoas, mas ela não precisava saber daquilo, não é mesmo?

Ela me deu um leve empurrão e entrou no carro. Magno, ainda bem, tomou a frente para tornar o clima menos tenso. Eu amava o meu irmão!

Minutos depois, estávamos na frente de Mirco Licata, meu contato ali dentro.

Melanie assinou o nome dela, eu fiz o mesmo. Depois foi a vez de Magno e do motorista.

"Podem nos dar um momento?" pedi, assim que Melanie e eu saímos daquela sala, ela apertando a bolsa contra ela mesma como se a vida dependesse daquilo.

"Satisfeito?", ela perguntou com amargura.

"Claro que não," eu respondi e ela me fuzilou com o olhar. Inclinei meu rosto para ela. "Quem casa quer casa, meu amor."

            
            

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