Arrebatados no Amor
img img Arrebatados no Amor img Capítulo 9 I'm A Mess
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Capítulo 12 Cry img
Capítulo 13 Lucy img
Capítulo 14 Wide Awake img
Capítulo 15 Goodnight Goodnight img
Capítulo 16 Long Live img
Capítulo 17 Thinking Out Loud img
Capítulo 18 Crazy In Love img
Capítulo 19 The Way You Look Tonight img
Capítulo 20 Wildest Dreams img
Capítulo 21 You And I img
Capítulo 22 Miss Movin' On img
Capítulo 23 Photograph img
Capítulo 24 Love Me Like You Do img
Capítulo 25 When I Was Your Man img
Capítulo 26 Who Are You img
Capítulo 27 Wipe Your Eyes img
Capítulo 28 All I Ask img
Capítulo 29 It Will Rain img
Capítulo 30 The One That Got Away img
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Capítulo 9 I'm A Mess

CAPÍTULO NOVE (Enzo Cooper)

Acalme-se, amor, talvez eu seja um mentiroso. Mas por esta noite eu quero me apaixonar e fazê-la confiar em mim.

- Ed Sheeran, I'm A Mess

Depois de nos apresentarmos naquele programa aparentemente chato, Cristtine e eu, junto com nossos produtores voltamos ao hotel que estávamos hospedados. Nesta noite teríamos o nosso segundo show e eu estava extremamente tranquilo e animado. Como todos já apostavam, todos shows seriam recordes de ingressos, e o de hoje não seria diferente.

À tarde, quando o apresentador que nos enchiam de perguntas encerrou aquele papo e nos mandou cantar, uma paz interior brotou em minhas entranhas me fazendo relaxar e esquecer um pouco a tensão da ligação que eu recebi na noite anterior.

Balancei a cabeça no devaneio que meus pensamentos queriam seguir, porque no fundo, eu sabia que daria tudo certo. Saí do banho e ao me arrumar para o show, desejei naquele momento saber como a Cristtine estaria. Faltavam vinte minutos para o nosso horário quando eu saí do meu quarto e enquanto eu me aproximava do elevador, mudei minha rota e fui até o quarto de Cristtine.

Bati na porta e em segundos, ela apareceu terminando de passar algo brilhoso e vermelho nos lábios. Vestida com um short preto até a metade das coxas, e uma blusa quase transparente com as mangas até as curvas do braço e com alguns detalhes que eu não sei explicar. Ela estava extremamente linda. Com um chapéu preto por cima de seu cabelo, mas com aquela franja loira que a deixou tão... Tão desejável.

- Enzo. – Ela sorriu.

- Está pronta? – perguntei, ignorando o elogio silencioso no fundo da minha garganta.

- Estou. – Ela sorriu e cruzou as mãos em frente ao seu corpo.

- Você estava me esperando? - dei um pequeno sorriso porque ela não parecia nem um pouco surpresa por eu estar ali, parecia encantada.

- Estava esperando, mas eu não esperava. – Ela deu de ombros e eu franzi a testa. - Ah, esquece. - Ela sorriu nervosa e corando ao mesmo tempo.

Ela não podia simplesmente corar daquele jeito na minha frente sabendo que o corredor estava vazio. Eu tinha centenas de ideias em minha cabeça das diversas maneiras que eu poderia fazê-la corar naquele corredor inteiro.

- Então, vamos? - ofereci o meu braço e mais uma vez ignorei meus instintos porque eu não podia fazer aquilo.

Cristtine colocou o batom, (ao menos eu achava que era um porque sua embalagem tinha detalhe demais) na mesa ao lado da porta do quarto e aceitou minha mão.

- Atrevo dizer que você está me encantando, Cristal. - sussurrei no seu ouvido enquanto seu corpo se arrepiava e ficava trêmulo, sorri sobre sua pele.

- Hãm... Obrigada. - Sua voz estava baixa, desnorteada.

- Elevador ou escada? – eu perguntei parando em frente ao elevador.

Ela olhou para mim e em seguida para minha boca e sacudiu a cabeça rapidamente.

- A escada é melhor. - Ela tirou os olhos de mim, sorri ao compreender sua resposta.

- Escada então.

Inteligente, Cristtine. Seria impossível me manter controlado em um lugar fechado e abafado com ela. Ela precisava fugir o máximo que podia, porque eu estava quase prestes a entregar aquela luta.

- Enzo, eu não aguento mais. Você não tem relógio? O show é daqui a cinco minutos. – Viviane nos saudou assim que chegamos ao térreo do hotel.

- Boa noite, Viviane. - Sorri para ela e levei a Cristtine até a van.

- Ela é sempre assim? - Cristtine perguntou em meio a risos.

- Às vezes é pior.

Havíamos terminado mais um show e foi tão incrível quanto o primeiro. Eu nunca iria parar de me impressionar com tanta energia que o público transmitia. Fazia todo o esforço valer a pena.

- Eu quero participar de turnês com você por mais uns longos anos. - Cristtine falou enquanto bebia água, refletindo os meus pensamentos.

Ela estava suada enquanto tentava prender os cabelos e isso me fez recriar certas cenas em minha cabeça.

- Podemos repetir quantas vezes você quiser. – Eu sussurrei, ainda incapaz de tirar meus olhos dela.

- Cris! - Caroline, a empresária da Cristtine, apareceu dentro do camarim e me fez desviar o olhar.

- Oi, Carol. - Cristtine se levantou e a abraçou.

- Parabéns pelo show! Vocês arrasaram. - Caroline olhou para mim e sorriu logo em seguida. - E aí? - sussurrou algo para a Cristtine que a deixou com rosto todo vermelho.

- Aqui não, Carol. - Cristtine olhou nervosa pra mim.

Eu mordi o lábio e estava extremamente curioso em saber o que aquele "e aí?" significava. Eu sabia que tinha algo a ver comigo porque Cristtine era transparente demais e bem, eu era um cara atento aos sinais.

- O que eu estou perdendo? – outra voz feminina adentrou nosso camarim.

Uma mulher alta, de cabelos castanhos claros, um pouco mais acima da cintura e olhos cor de mel, tão parecidos com os da Cristtine, mas sem aquele brilho das estrelas em suas íris, a pele era levemente bronzeada e ela usava peças de roupas preta. E estava parada em nosso meio.

- Nada, Clara. Chegou no momento certo. - Cristtine a respondeu.

- Enzo - Caroline olhou para mim. - Essa aqui é a Clara. Minha namorada.

Eu fiquei surpreso por uma leve fração de segundos, mas provavelmente ninguém percebeu.

- Prazer, Clara. - Apertei sua mão.

- Prazer conhecer você. - Sorriu. – Amor, vamos? – ela soltou minha mão e agarrou a Caroline.

- Por favor, Clara. Leva ela embora agora. - Cristtine falou com convicção e logo em seguida, elas desapareceram.

- Eu não sabia. – Eu comentei com Cristtine quando ficamos a sós.

- Vi pela sua reação. - Ela sorriu e eu fiquei surpreso por ela ter notado. - O que achou da Clara?

- Ela é muito bonita. – Confessei.

- Tudo mundo fala isso. Só que ela nunca acredita. – Ela deu de ombros e parecia incomodada com alguma coisa. Provavelmente por estar a sós comigo e bem, eu gostava de provocar.

- Acho que isso me lembra alguém. – comentei, segurando o riso e me aproximei um pouco dela.

Cristtine semicerrou os olhos entendendo o que falei e logo em seguida sorriu. E naquele momento, eu já havia ganhado a minha noite.

- Acho que já vou indo. – Eu anunciei e enfiei minhas mãos nos bolsos.

- Já? - Cristtine me perguntou com surpresa e seus olhos perderam um pequeno brilho. - Vai dormir com outra fã. - Não foi uma pergunta e ela disfarçou seu incômodo encarando seu reflexo no enorme espelho em nossa frente.

- Não, Cristtine. Eu não vou. – Eu disse com sinceridade.

- E por que você vai embora? – ela virou-se para me encarar.

- Você não vai querer saber. - Olhei rapidamente para os seus lábios vermelhos.

- Eu não quero ficar sozinha de novo. Eu odeio a solidão. – Resmungou e soltou a respiração.

- Você não está sozinha. - Segurei seu rosto próximo ao meu e senti quando meu estômago revirou. - Quer ir comigo? - perguntei.

- Com você... É... Para onde? – sua respiração estava ofegante e ela parecia nervosa demais com a minha pergunta.

- Para o hotel. Comigo. – Eu disse, encarando os seus olhos

- Hum... Eu... - ela parecia desconcertada e incapaz de formar alguma frase coerente.

- Não, Cristal. - me afastei dela ao entender a razão de sua relutância. - Não iremos fazer nada. – Por mais que o meu corpo queimasse por isso. - A gente pode assistir filmes, se divertir, dançar, beber. E depois eu levo você de volta ao seu quarto. – Eu sorri, a tranquilizando.

- Se for filmes de terror, acho que não consigo dormir sozinha. – Ela comentou rindo e parecia tímida.

- Então eu me deito com você até você dormir. – Eu segurei sua mão. – Agora vamos, antes que a Viviane venha até nós.

            
            

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