Chama Proibida - O Amor Impossível de Nathaniel
img img Chama Proibida - O Amor Impossível de Nathaniel img Capítulo 4 Ele era... impossível de ignorar.
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Capítulo 7 Quanto mais eu tentava manter distância, mais ela se aproximava. img
Capítulo 8 Eu tinha um plano. img
Capítulo 9 E era isso que me assustava. img
Capítulo 10 Eu sabia que ele estava tentando se afastar de mim. img
Capítulo 11 Helena... img
Capítulo 12 Decepção. img
Capítulo 13 Trouxe lembranças. img
Capítulo 14 Não era como eu planejava img
Capítulo 15 Meu sangue gelou e ferveu ao mesmo tempo. img
Capítulo 16 Nada em mim conseguia desistir dele. img
Capítulo 17 Ricardo nunca seria suficiente img
Capítulo 18 A raiva me consumia img
Capítulo 19 A possessividade de Ricardo img
Capítulo 20 A tensão atravessou a rua como uma corrente elétrica invisível. img
Capítulo 21 Pelos olhos de Ricardo img
Capítulo 22 A agressão... img
Capítulo 23 Eu a defendi img
Capítulo 24 Está tudo bem agora. Ninguém vai te tocar img
Capítulo 25 Aquela menina ia acabar comigo. img
Capítulo 26 Há dias não o vejo img
Capítulo 27 Ecos do silêncio img
Capítulo 28 Mas o silêncio dói. img
Capítulo 29 Você é covarde demais pra admitir o que sente. img
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Capítulo 4 Ele era... impossível de ignorar.

Zoe Amira Nogueira

Eu nunca fui do tipo de garota que se impressiona fácil. Sempre tive a sensação de que já tinha visto de tudo - até que Nathaniel Alexander Montenegro apareceu na cidade. E não era só o fato de ser um homem alto, forte, com olhos azuis que pareciam enxergar através de você. Era tudo nele: o jeito sério, a postura confiante, e aquele sorriso que surgia de vez em quando, pequeno, quase despretensioso, mas capaz de fazer meu coração disparar.

Era impossível não reparar nele. Todos os dias, eu cruzava a frente da mansão ao lado da pousada, fingindo ir ou voltar da faculdade, apenas para vê-lo trabalhando. Shorts, tênis e boné. Sem camisa. E aquela postura firme enquanto carregava materiais pesados, martelava, limpava ou consertava algo. Eu sabia que era errado admirar alguém assim. Quase vinte anos mais velho, um homem que claramente tentava manter distância... e ainda assim, eu não conseguia olhar para outro lado.

- Zoe! - meu pai chamou de dentro da pousada. - Está olhando de novo para a casa do vizinho?

- Pai... - eu tentei disfarçar, mas ele não caiu. - Só passando.

- Claro. - disse, com aquele sorriso de quem sabe tudo. - Passando há uma semana inteira.

Suspirei, tentando ignorar o calor que subia pelo meu corpo toda vez que ele aparecia, cada martelada, cada gesto dele, era... hipnotizante. E, no fundo, eu adorava. Era errado, mas impossível de evitar.

Naquela manhã, decidi que não seria apenas espectadora. Caminhei até o portão da pousada, me aproximando um pouco mais da mansão, só para falar com ele.

- Bom dia, Nathaniel! - disse, tentando soar casual.

Ele levantou os olhos, limpando o suor da testa com a mão, e aquele sorriso que eu já conhecia surgiu, pequeno, mas marcante.

- Bom dia, Zoe. - respondeu. - Trabalhando duro como sempre.

- E você também. - falei, tentando disfarçar o quanto meu olhar se demorava em cada detalhe: os músculos do braço, a linha do peito, a força evidente em cada movimento. - Não cansa?

- Cansa, mas faz bem para a mente. - disse ele, arqueando a sobrancelha, com aquele tom que me fazia querer rir e suspirar ao mesmo tempo. - Além disso, ter companhia como a sua ajuda bastante.

Meu corpo inteiro esquentou com aquelas palavras. Ele sabia exatamente o efeito que tinha sobre mim. E eu sabia que estava provocando algo nele também. Um jogo silencioso, perigoso, irresistível.

- Companhia, é? - perguntei, me aproximando um pouco mais, sentindo o vento bater nos meus cabelos cacheados. - Então quer que eu fique por perto o tempo todo?

Ele sorriu, sem se afastar.

- Só quando você quiser.

Foi como se um choque passasse por mim. Aquela proximidade, aquele olhar, aquela tensão... e eu sabia que, cedo ou tarde, não seria apenas conversa. Algo maior estava se formando entre nós, e era impossível negar.

Enquanto me afastava, meu coração ainda batia acelerado. Senti o desejo de voltar, de tocar de novo, de provocar e ser provocada. Mas por enquanto, apenas observei, tentando guardar cada detalhe na memória. Cada gesto dele, cada olhar azul que parecia perfurar minha alma.

E naquele instante, percebi que algo havia mudado para sempre: Nathaniel não era apenas o vizinho ou o amigo do meu pai. Ele era... impossível de ignorar.

            
            

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