Chama Proibida - O Amor Impossível de Nathaniel
img img Chama Proibida - O Amor Impossível de Nathaniel img Capítulo 6 Ele seria meu.
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Capítulo 7 Quanto mais eu tentava manter distância, mais ela se aproximava. img
Capítulo 8 Eu tinha um plano. img
Capítulo 9 E era isso que me assustava. img
Capítulo 10 Eu sabia que ele estava tentando se afastar de mim. img
Capítulo 11 Helena... img
Capítulo 12 Decepção. img
Capítulo 13 Trouxe lembranças. img
Capítulo 14 Não era como eu planejava img
Capítulo 15 Meu sangue gelou e ferveu ao mesmo tempo. img
Capítulo 16 Nada em mim conseguia desistir dele. img
Capítulo 17 Ricardo nunca seria suficiente img
Capítulo 18 A raiva me consumia img
Capítulo 19 A possessividade de Ricardo img
Capítulo 20 A tensão atravessou a rua como uma corrente elétrica invisível. img
Capítulo 21 Pelos olhos de Ricardo img
Capítulo 22 A agressão... img
Capítulo 23 Eu a defendi img
Capítulo 24 Está tudo bem agora. Ninguém vai te tocar img
Capítulo 25 Aquela menina ia acabar comigo. img
Capítulo 26 Há dias não o vejo img
Capítulo 27 Ecos do silêncio img
Capítulo 28 Mas o silêncio dói. img
Capítulo 29 Você é covarde demais pra admitir o que sente. img
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Capítulo 6 Ele seria meu.

Zoe Amira Nogueira

Eu sabia que Nathaniel estava tentando me afastar. Cada resposta dele, cada silêncio pesado, cada olhar que se desviava quando eu me aproximava deixava claro que ele queria manter distância. Mas eu também sabia outra coisa: não era por falta de vontade.

Ele se controlava. Mas eu via nos olhos dele, na forma como o corpo dele ficava tenso quando eu chegava perto. Nathaniel queria, mas não se permitia.

E isso só me deixava ainda mais decidida.

Naquela tarde, fui até a mansão de propósito. Ele estava no jardim, sem camisa como sempre, trabalhando na parte da frente. Martelava uma tábua, mas parou assim que me viu.

- Zoe... - a voz dele soou em tom de aviso. - O que faz aqui?

Cruzei os braços, com um sorriso de canto.

- Não posso visitar o vizinho?

- Pode. - ele respondeu, voltando o olhar para o que estava fazendo. - Mas eu sei que não é só isso.

- Talvez não. - admiti, me aproximando um pouco mais. - Talvez eu só queira passar mais tempo com você.

Ele suspirou, largando o martelo e se voltando para mim. Aqueles olhos azuis me analisaram de cima a baixo, e por um segundo achei que ele ia ceder. Mas o que veio foi firme.

- Zoe, não faça isso.

- Isso o quê? - provoquei.

- Isso de me provocar. - ele disse, sério. - Você é jovem. Tem sua vida inteira pela frente. Não devia perder tempo comigo.

- Você não entende. - falei, dando um passo para mais perto. - Não é uma questão de idade. Não é uma questão de tempo. É sobre o que eu sinto.

Ele balançou a cabeça, desviando o olhar. - Não, Zoe. Isso não pode acontecer.

- Pode. - insisti, com firmeza. - E vai acontecer.

Nathaniel franziu o cenho, respirando fundo, como se estivesse reunindo toda a paciência do mundo para não explodir.

- Não fale assim. Eu sou amigo do seu pai. Eu respeito essa amizade.

- Meu pai não manda no meu coração. - rebati, sentindo a força daquelas palavras saírem sem medo. - E eu sei o que quero, Nathaniel. Você será meu, mais cedo ou mais tarde.

Por um instante, vi a expressão dele vacilar. Um traço de desejo, rápido demais para ser negado, cruzou o rosto dele. Mas logo se recompôs, erguendo uma barreira invisível entre nós.

- Zoe... - ele disse, baixo. - Você não sabe o que está dizendo.

- Sei, sim. - afirmei, encarando-o. - E não vou desistir.

Ele não respondeu. Apenas voltou para o trabalho, tentando encerrar o assunto. Mas eu não precisava de mais nada. Eu tinha certeza de que ele sentia também, mesmo que tentasse esconder.

********************

Naquela noite, meu pai percebeu algo. Talvez já estivesse percebendo há dias, mas decidiu falar só agora.

- Zoe. - chamou, quando estávamos fechando a pousada. - Quero conversar com você.

- Sobre o quê? - perguntei, tentando soar desinteressada.

- Sobre o Nathaniel. - ele disse, direto.

Meu coração disparou.

- O que tem ele?

- Não quero você se aproximando demais. - meu pai falou, sério, a voz grave e firme. - Ele é meu amigo. É um homem vivido, cheio de histórias que você não conhece. E você... você ainda é muito jovem.

- Pai... - comecei, mas ele ergueu a mão para me calar.

- Eu sei olhar para um homem e entender coisas que você ainda não entende. - ele continuou. - E eu sei que ele não é para você.

- Você está errado. - rebati, a voz mais alta do que pretendia. - Você não sabe o que eu sinto.

- Sei o suficiente para proteger minha filha. - ele retrucou, firme. - E vou proteger, mesmo que você não goste.

Cruzei os braços, sentindo o coração bater forte.

- Não pode me impedir de gostar de alguém.

- Posso impedir de se machucar. - respondeu ele, e virou as costas, encerrando a conversa.

Fiquei parada no meio da pousada, o peito subindo e descendo rápido, a raiva misturada ao desejo.

Nathaniel podia tentar se afastar. Meu pai podia tentar me proteger. Mas dentro de mim, a decisão já estava tomada.

Ele seria meu.

Não importava o tempo que levasse.

                         

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