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Capítulo 10 Curiosa sobre tudo

Capítulo 11 Caricias no ego


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Harrison Hendrix
Ouvi meu chefe me dizer que a garota no fim do corredor era, na verdade, a minha nova parceira, enquanto me estendia um arquivo como a cara mais lavada do mundo, me deixou muito puto.
- A garota é boa, a melhor da turma, quebrou recordes, Hendrix, ela é boa e você é o único que não está com um parceiro agora, convenhamos, não acho que vão pular candidatos para o cargo com a investigação em andamento - Depois de argumentar educadamente, o que poderia ter sido de maneira machista, descontrolada e aos berros, eu saí da sala dele com somente uma coisa na abeça.
Saber quais eram as intenções de Sophia Hayes.
Eu não matei seu pai, então o que ela quer comigo? Mandei que me seguisse e ela obedeceu, no momento eu não saberia dizer se era bom ou ruim, mas quando ela fechou a porta atrás de si, o cheiro de rosas e jasmins entrou pelo meu nariz como um soco, filha da puta.
A conversa não foi tão proveitosa quanto pensei, eu queria fazê-la desistir dessa ideia louca de ser minha parceira, afinal eu era um pária no departamento, mas ela não se importou. E ao que parece ela está aqui por um motivo que devo admitir: me agrada, investigar os erros que levaram a morte do meu parceiro e seu pai, pode me levar direto para o desgraçado que colocou a culpa em mim.
Difícil vai ser manter meu pau longe dela. Porque ela é muito fácil de provocar, e eu, como disse anteriormente, não sou santo.
Infelizmente para ela, eu passei dois meses em casa, o que tinha em minhas mãos agora, eram relatórios e mais relatórios, que como minha parceira e subordinada, ela iria preencher, não todos por que não sou um canalha, mas com certeza ela faria metade deles.
Direitos iguais.
Entreguei a ela metade do meu trabalho burocrático, dando um sorriso maroto quando ela me encarou como se eu fosse um filho da puta, mas minha mãe vive bem com o meu pai em Memphis e eu não ligo para o que a "bratz" pensa. Desde que ela faça o seu trabalho. Colton me olhou com uma risada conhecedora, seus dedos batendo na pilha de pastas na mesa dele.
- Nem pense nisso, maldito, a bratz ali é minha. - Claro que isso soou exatamente como eu me sentia no momento. Um caralho que eu ia mandar ela fazer os relatórios de Colton, eu só dei metade dos meus - Você está sendo egoísta. - acusou fazendo cena. Me virei para ver a minha nova e bela parceira, e para ser sincero - Olha para ela, como não ser egoísta com aquilo? - Colton entendeu o que eu disse, ele pode ser uns bons 10 anos mais velho do que eu e ainda assim, disputaria a atenção de Sophia se ela não estivesse ignorando a nós dois.
Seguimos em um silêncio confortável por quase seis dias. Ela fazendo o meu trabalho e eu enterrado na raiva de ter alguém fungando no meu pescoço. Conversamos o mínimo. Ela é diligente e enérgica, aprendia rápido e não era muito de reclamar.
Enquanto a mim, eu estava tentando voltar a minha vida normalmente, graças a Jenna, minha casa estava limpa e organizada. Fui a um barbeiro e estava usando cuecas limpas, a vida estava voltando ao normal finalmente, que beleza.
Cheguei pontualmente ao Hoover. Mesmo que fosse fim de semana, o dia estava ensolarado em Washington, estava quente de verdade nessa merda de manhã de sábado, onde eu tinha que trabalhar. Mas, que ficou muito melhor ao encontrar Hayes trabalhando arduamente usando uma regata nadador do tipo que usamos na fazenda e uma calça de alfaiataria que, eu juro, sentada a bunda dela tem o dobro do tamanho, parece que ela vai rasgar há qualquer momento. Porém, não tenho tanta sorte.
- Bom dia, você dormiu aqui? - Perguntei mesmo sabendo a resposta, e ela somente me lançou um olhar com uma sobrancelha arqueada. Sem nenhuma maquiagem no rosto, nenhum adorno além de uma corrente fininha e dourada, nada e ainda era uma das mulheres mais bonitas que já vi na vida. - Você fez a barba - Os olhos dela, enormes, como um cervo fixos em mim, duas bolas em chamas e eu me perguntando o que porra essa criança pode querer com um velho como eu? Eu poderia ser pai dela, afinal.
Mas, eu não sou!
Lutei para me desvencilhar daqueles olhos e voltar para minha mesa, uma semana de trabalho burocrático e eu estava sentindo que meu sangue estava se dissolvendo entre os papéis. Examinei todos os últimos relatórios que usei para montar a emboscada mal sucedida que planejei em busca de cada detalhe que deixei passar, cada pista, cada informante, cada maldito passo dado, nada era novo, nada era especial, nada era suspeito e isso era sufocante.
Como se a qualquer momento tudo fosse explodir na minha cara e mostrar o quão óbvio estava e eu, somente eu, não fui capaz de perceber. - Hendrix, você está bem? - A voz da minha parceira soprou atrás de mim, suave e venenosa - Estou bem, só me sinto um pouco preso. - Falei passando a mão pelo pescoço; tenso por toda a leitura e todos os relatórios que já li, nem mesmo percebi que passava das 14h da tarde, perdi a hora do almoço.
- Vamos, acho que já foi o suficiente por hoje, eu pago o almoço - Senti suas mãos leves nos meus ombros, massageando com cuidado, como se tivesse receio do que eu diria a respeito. Eu deveria afastá-la, mas acho que essa garota era a coisa mais cheirosa que já passei perto nos últimos anos. Claro que existiam muito agentes mulheres no FBI, no departamento haviam pelo menos umas 15, e mesmo assim eu me sentia numa bolha de masculinidade, machismo e misoginia, sem falar no cheiro de suor, cigarros, café requentado e spray de menta. e no departamento o cheiro ruim supera em muitos pontos o cheiro doce e floral das agentes femininas que gostam de xampus e perfumes.
Mas outras partes do meu corpo estavam reagindo e isso era embaraçoso. - Bem, se você vai pagar, eu dirijo. - Levantei ficando frente a frente com a minha jovem parceira, tentadora, mas proibida!