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Capítulo 10 Curiosa sobre tudo

Capítulo 11 Caricias no ego


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Sophia Hayes
Eu sabia quem ele era desde o momento em que ele passou pelas portas do elevador, todos tem uma opinião sobre ele e eu não era diferente. Harrison Richard Hendrix era um agente famoso na fazenda onde fui treinada, suas prisões foram e mais de uma vez objetos de estudos e questões em exames de proficiência, eu queria conhecê-lo, esperava conhecê-lo, mas não nessas circunstâncias.
Meu pai, o homem com quem eu quase não tive contato nos últimos 2 anos, foi morto na sua última tarefa. Ao lado do homem que agora estava saindo da sala do seu chefe depois de esbravejar coisas como: "Eu não vou andar por aí com uma colegial e você não pode fazer isso Brax". Bom, esse mesmo homem estava vindo em minha direção com as narinas tão dilatadas que ele poderia voar se um vento forte soprasse.
- Vem comigo - era uma ordem de quem agora acredito, era o meu novo parceiro. Respirei fundo, não queria ignorar o que ouvi sair da boca dele, mas imagino que durante os dois últimos meses esse homem estava vivendo como um leão enjaulado e isso deve tê-lo castrado um pouco.
Sem nem perceber que o segui, eu fechei a porta atrás de mim, meus olhos encarando o grande leão raivoso na minha frente, que a qualquer momento iria rugir ofensas na minha cara, e eu estava mentalmente preparada para isso - Parece que você não está feliz com o que aconteceu na sala do Sr. Braxton. - Ele riu, por um momento me peguei encantada, pelo sorriso dele. Harrison Hendrix, o deus das estratégias, o melhor agente de campo nos Estados Unidos, ex-inteligência militar, ex-ANS. Inteligente, rápido, e agora que ele está na minha frente, charmoso como o rei do submundo, e não parecia nada feliz.
Suspirei para afastar isso da minha mente, eu tinha um objetivo para estar aqui, e ele - Hendrix - era apenas um passo para eu chegar onde preciso.
- O que deu para o Braxton em troca de assumir o lugar do seu pai? - Idiota? Eu não tinha dúvidas. bonitinho, mas ordinário como diriam meus avôs. - Dei algo que ele não costuma receber muito por aqui: respeito - Ele passou a mão no rosto e arrastou pelos cabelos castanhos claros e arrumados para trás, estavam maior do que o da maioria dos agentes aqui, isso indicava que era vaidoso ou que estava desleixado com a própria aparência. - Você não sabe o que quer, garota, eu não sou o cara certo para estar conectado agora, você está se juntando a um leproso.
Claramente eu não esperava por isso, era preocupação isso na voz dele? Preocupação comigo? Sorri encarando o homem na minha frente, os olhos azuis e espertos com poucas rugas em volta, o nariz esculpido em mármore e lábios finos, mas limitadamente desenhados como se fossem feitos a mão. De repente, eu estava fascinada novamente na frente dele, olhando ele com cuidado. - Não me olha assim, babe, você não deveria se jogar no fogo desse jeito - Ele disse colocando uma mão no bolso da calça enquanto a outra se apoiava na mesa, atrás dele - Eu não preciso da sua preocupação, em nenhuma das suposições. - Disse levemente imitando a postura dele colocando as minhas mãos nos bolsos, e me inclinando, encostando na moldura da porta atrás de mim, mas sabendo que se eu não lhe desse uma boa razão para fazer o que estava fazendo.
O grande Hendrix não me permitiria segui-lo em paz, por isso resolvi ser franca e acabar logo com isso - Eu recebi um telefonema do meu pai, na noite em que ele morreu... - a atenção dele agora estava toda em mim, não que antes não estivesse, mas agora estava do jeito certo.
- Ele deixou um recado, porque na fazenda eu não tenho acesso ao celular o tempo todo. Bem, você sabe. - A postura dele mudou e ele cruzou os braços sobre o peito, era uma postura defensiva, mas mostrava o quão grande e definidos são seus braços, inferno, se concentra Sophia. - Ele estava estranho e disse que: algo estava errado, que sentia que deveria dizer que me ama antes que pudesse ser tarde demais, e que um coração que sangra é mais forte do que um que já parou de bater.
O homem cerrou o maxilar em minha direção, com seus olhos afiados me encarando, eu podia sentir seus dedos cutucando meu cérebro atrás das informações que eu estava escondendo.
Desviei os olhos e olhando em volta da sala, finalmente percebendo que estávamos em um depósito, uma sala desativada para ser mais exata. - Você traz todas as novatas para uma sala desativada? - Perguntei em tom de brincadeira para tentar fazê-lo largar meu cérebro, e funcionou bem demais - Só as que me olham com sede, como você fez - ele deu um passo pra frente, e eu deveria dar um para trás, mas as minhas pernas não obedeciam.
Ele se inclinou do alto dos seus 1,93 e eu pude sentir seus lábios na minha orelha: - Você não tem mesmo noção do perigo que corre olhando para homens como eu, com olhos como esses, tem? - Antes que eu pudesse sequer voltar a respirar, ele abriu a porta e passou por ela.
Esse é o meu parceiro, o homem com quem vou passar a maior parte do meu dia nos próximos anos, assim espero. E minhas pernas ainda estão tremendo.
Respirei até retomar o controle do meu corpo, e voltei para a mesa que me foi designada. As palavras que meu pai disse ao telefone não eram estranhas para mim, eram de uma história que ele costumava me contar, enquanto eu crescia eramos somente ele e eu, cresci acreditando que minha mão não estava mais entre nós, mas tudo mudou.
O pai adorado que me contava histórias inventadas para dormir, tremendo que eu sentisse falta de uma mãe que não estava lá, mentia e por isso fiquei longe nos últimos dois anos. A história não era comum, mas era uma das que eu mais gostava, talvez não fosse nada, mas se ele estava prestes a morrer e queria me dizer algo, isso era tudo o que eu tinha. Eu só não sei ainda o que isso quer dizer.