Capítulo 2 2- Doutora

Noronha

Encarei o Magrinho sorrindo pra tela do celular, viadagem do caralho. Me aproximei dele devagar e dei um tapa na cabeça dele.

Noronha: Tá falando com quem? – Ele sorriu e deu de ombros.

Magrinho: A Karolzinha tá perguntando se eu vou colar no pagode, tá ligado né? – Ele deslizou a mão pela barriga.

Noronha: Caô, a mina vai colar com a gente. – Fechei a cara na hora, salvou a minha vida, tô devendo um bagulho pra ela. – Quero pivete nenhum atrás dela não, a consequência tu já sabe qual é.

Magrinho: Qual é Noronha? Tá atrás da novinha? – Ele me encarava sério, dei de ombros.

Noronha: Segue a tua caminhada e deixa a mandada na dela.

Me levantei e peguei o fuzil em cima da mesa atravessando nas costas, sai da boca fazendo toque com os menor que estavam na atividade em frente a casa.

Subi na Xt e dei partida pra casa, parei a moto em frente ao lugar escutando o som no talo com uma funk proibidão. Porra de mulher surtada. Entrei no sapatinho e desliguei o som, Aline saiu da cozinha igual um furacão e já veio me xingando.

Aline: Tá me tirando? Liga essa porra aí parceiro. – Neguei. Ela bufou e veio ao meu encontro me dando um selinho. – Chato pra caralho.

Noronha: Meu dinheiro tu não acha chato né filha da puta?

Aline: Do jeito que você fala parece que eu tô com você só por interesse. – Sorri de lado. Meu lance com a Aline é maneirinho, ela é minha mulher, mas na nossa relação não cabe sentimento não.

Noronha: E não é não?

Ela se virou e entrou pra cozinha, revirei o olhos e passei pra o banheiro. Tomei um banho e vesti uma roupa da lala, passei o Malbec e calcei a Kenner. Sai do quarto e encontrei a Aline jogada no sofá, peguei a chave da moto na mesinha e ela já se levantou vindo atrás de mim.

Aline: Vai pra onde assim? – Bufei.

Noronha: Caçar uma puta Aline. – Ela jogou uma almofada do sofá em mim. – Vou bater um papo com o Magrinho, não é foda não?

Sai de casa e subi na minha bebê, meti marcha pra casa da Karol. Bati na porta escutando os xingamentos dela antes de abrir. Quando ela abriu a porta e viu quem era fechou na minha cara, sorri da coragem da filha da puta.

Noronha: Tu tem trinta segundos pra abrir se não eu arrombo essa porra. – Murmurei.

Ela abriu no mesmo instante com uma cara de bunda. Sorri e empurrei ela entrando na casa, me sentei em uma poltrona que estava no lugar do sofá e tirei o bolo de dinheiro do bolso.

Karol: O Magrinho já me pagou, muito obrigada, agora se você puder ir embora... – Ela apontou pra porta. – Eu vou ficar muito agradecida.

Noronha: Tu não é Doutora? Então, vai ajudar os mano quando estiverem do mesmo jeito que eu tava ontem e receber por isso. – Ela gargalhou me fazendo ficar boladão.

Karol: Eu ainda não me formei e eu estudo medicina veterinária, eu tô ligada que vocês são cachorros, mas não tem corpo de um também não. – Apertei as mãos controlando a vontade de socar alguma coisa, se tem uma coisa que me deixa puto é escutar um não.

Me levantei da poltrona e caminhei lentamente em direção a ela, empurrei o seu corpo na parede e passei as minhas mãos no seu pescoço a enforcando sem muita força. A mão dela foi pra cima da minha, mas ela me encarava como se não ligasse, como se não se sentisse intimidada e isso me deu um tesão da porra!

Me afastei dela antes que eu fizesse besteira. Coloquei o dinheiro em cima da mesa na cozinha e sai da casa dela. Mulher marrenta do caralho.

Peguei a moto e sai em direção ao bar, Magrinho tava lá com os crias. Me sentei na mesa deles e comecei a conversar, semana que vêm ia ter invasão em um morro inimigo junto com os aliados.

Tomei só duas latinhas e fiquei esperando anoitecer lá, não tava nos meus planos ficar em casa enchendo meu saco com os papo torto da Aline. Voltei pra casa só pra tomar um banho, me trajei e passei a essência do Malbec no corpo. O cheiro que atiça elas é esse.

Aline: Já vai sair de novo Kaio? – Nega chata da porra menor.

Noronha: Vai pra casa do caralho Aline, tá me estranhando é? Te devo nada não. – Ela abaixou a cabeça e bufou. – Para de estressar pra gente não começar a se dar mal, falou? – Segurei no queixo dela apertando com uma certa força.

Soltei ela e sai da casa, pagode em comemoração do aniversário da irmã de um vapor das antigas meu. O mano Jacaré patrocina tudo pra piveta dele desde menor, desde iPhone à roupas de grife.

Parti pra casa dele em alta velocidade, empinei a moto na descida do morro. 244 nunca foi crime. Estacionei na frente da casa deles vendo uma fila de motos e carros lá na frente, pagodinho rolava alto.

Entrei na casa e cumprimentei os manos, vi a mandada sentada do lado da Dayanna em uma das mesas e o Magrinho junto delas. Me sentei do lado do Magrinho na mesa deles, tirei a carteira do bolso e estendi cinco notas de cem pra pirralha.

Noronha: Parabéns dragão, que Deus multiplique os homens na sua cama. – Ela sorriu pegando as notas da minha mão.

Dayanna: Amém coração, amém. Cadê a sua mulher? – A garota sorriu falsa. Não era pra menos, Aline nunca foi de fazer muita amizade não.

Noronha: Curtindo o Mc lençol e o Dj travesseiro.

O Magrinho tava conversando umas paradas com a Karol e ela toda sorridente pra o lado dele. Não Demorou muito pra a piranha da Dayanna arrastar ela pra dançar, os mano ficaram tudo olhando e não era pra menos. A Karol tinha um corpo de cavalona e uma cara de anjo, toda ninfeta! Me diz qual homem resiste a uma mulher dessa? Eu fico duro na hora.

Vi um dos vapor se levantar e puxar a cintura dela pra dançar, me levantei da cadeira e fiquei observando de longe. Não dava nem pra chegar nele e afastar sem ganhar a atenção de todas as maria fifis que esse morro tem. Mas fiquei esperando com a paciência a mil, quando ele largou dela que ela entrou na casa eu fui atrás.

Quando a Karol ia fechar a porta do banheiro eu coloquei o meu pé no meio impedindo ela de fechar a porta, entrei junto com ela e a empurrei na parede. Coloquei o meu joelho no meio das pernas dela e a enforquei tentando colocar o mínimo de força possível.

Ela gemeu baixinho no meu ouvido, não sabia ao certo se era dor ou tesão, mas foi um combustível pra que beijasse ela. Segurei na sua nuca e colei a nossas bocas em beijo sedento. Puxei o seu cabelo para trás me dando livre acesso ao seu pescoço e chupei deixando algumas marcas vermelhas.

Karol: Não... Hmmm. – Ela me empurrou com força e ficou me encarando séria. – Você é casado!

Noronha: Vai dizer que não gostou?

Ela arrumou os cabelos e saiu do banheiro. Filha da puta gostosa! Eu vou ter ela na minha cama custe o que custar.

>>>

@aut.izzamarques

            
            

COPYRIGHT(©) 2022