Capítulo 9 Vou te levar comigo.

Elisa chega em casa as duas e meia da manhã, totalmente desanimada. Ela retira seus tênis na porta e joga seu trench coach e bolsa no sofá cama. Ela vai para a cozinha e toma um copo de água, quando ela fecha a geladeira, dá de cara com uma figura imponente no escuro.

Elisa: Ahhh... – Ela grita se afastando para a pia.

Nikolay: Te assustei ? – Ele fala em um sussurro.

Elisa: Por que está acordado, ainda ? – Diz ela tentando recuperar o fôlego.

Nikolay: Eu durmo tarde.

Ela passa por ele e diz.

Elisa: Bem, eu estou cansada.

Ela caminha em direção ao quarto de Khaled e entra fechando a porta. Ela dorme até tarde, sem expectativa para ir a universidade. Sem emprego, ela não pode pagar as mensalidades, ela levanta de nove horas e toma um banho demorado. Ela coloca um vestido de algodão fino e vai para a cozinha. Ela pega um pote de doce de leite e se senta no sofá, ligando a TV ela escolhe um filme triste " Sempre ao seu lado." E começa a assisti-lo, mais ela não derrama uma única lágrima. Nikolay sai do quarto e para na sala a observando, após alguns minutos ele se aproxima, enquanto ela está com uma colher muito cheia na boca.

Nikolay: Doce demais pela manhã, não faz bem.

Em outro momento ela sorriria de seu comentário. Mas agora não acha graça e também não sabe como está se sentindo. É como se ela fosse um zumbi, não está viva. Mais também não está morta. Ela o encara.

Elisa: Você disse que era de uma família distinta da Rússia ...

Nikolay: Sim!

Elisa: Me leve com você. Me arrume um emprego.

Nikolay: Por que isso de repente ? – Ele finge indiferença.

Elisa: Perdi meu emprego. Eu não fiz nada, mas mesmo assim eu perdi. Eu preciso pagar minha faculdade, mas agora estou sem expectativas.

Ela fala em uma calmaria. Qualquer outra pessoa em um momento desse, estaria desesperada, arrancando os cabelos. Ou correndo atrás, mas ela não. Está no seu canto e pedindo a um mafioso, para ajudá-la.

Nikolay: Partimos no final da tarde! – Ele diz isso e segue para o banheiro.

Ela o olha surpresa, mas ao mesmo tempo feliz. Aquele sorriso genuíno de volta ao seu rosto. Ela vai para a cozinha mas empolgada esquenta a sopa da noite e começa a preparar o almoço. Ele volta do banho e se senta na mesa, um prato para ele já está posto. Ele come silenciosamente e ela trabalha habilmente com a grande faça e ele continua a observar, depois de terminar, ele levanta colocando a louça na pia e ela o encara.

Nikolay: Preciso usar o seu celular, por um bom tempo.

Ele não pede, apenas informa que vai pegar e sai.

Elisa: Esqueça! uma pessoa centrada como eu, não deve discutir com um homem distinto feito você.

O almoço fica pronto por volta de uma hora e ela coloca a mesa e o chama. Eles almoçam e ela deixa tudo limpo e vai para o quarto, preparar uma mala. Ela olha tudo o que acha que vai precisar e muito indecisa de quais roupas levar e sapato também. Ela não tem muita coisa, mas também não quer parecer desleixada. Enquanto curte uma música e toma banho, ela passa correndo para o quarto para se trocar.

Ela escolheu uma calça skinny, em um tom escuro. Veste uma blusa na cor off whith, em viscose e elastano. Com um decote redondo manga longa com elástico no punho. Ela usa uma bota de veludo cano alto, preta e o look fica divino. Abraçando todas as suas curvas, ela amarra o seu longo cabelo preto em um rabo de cavalo frouxo. Quando uma voz grita na porta do quarto.

Nikolay: Está pronta ? Eu vou embora, não vou te esperar.

Elisa: Estou pronta.

Diz ela saindo do quarto, ele a olha de cima abaixo. Suas palavras simplesmente sumindo de sua boca. Ela arrasta uma mal preta, média e ele a encara.

Nikolay: Está trazendo a casa inteira ?

Elisa: Não a casa inteira, mas tudo o que vou precisar.

Nikolay: Esqueça. Não traga nada!

Elisa: Mas ... Eu ...

Nikolay: Providenciarei tudo quando chegarmos lá. Vamos logo!

Ele vai em direção a porta e ela deixa a mala no quarto de volta, o seguindo para a porta. Quando eles saem do prédio, um carro está parado na frente. É um Porsche Cayene, branco. Os olhos dela passam pelo carro e de volta para ele, realmente ele não é um pobre homem.

Elisa: Eu acho que te subestimei quando disse que você não era um CEO.

Ele dá um meio sorriso presunçoso e entra no banco de trás, ela também. O carro sai em um silêncio profundo e ela fica mexendo no seu celular. Ela adora jogar jogos de combinação de elementos e isso a distrai. Não demora trinta minutos, para o carro parar em frente a um grande prédio. Tem no mínimo uns vinte e cinco andares, ele desce e ela em seguida. Junto com dois seguranças, adentram a empresa. Como se conhecesse o caminho, Nikolay se dirigi ao elevador e juntos eles sobem para o heliporto. Onde um helicóptero os aguardam.

Elisa: Ele realmente é alguém de muito dinheiro. Espero conseguir um trabalho com ele. Eu estaria feita, estudaria e ainda por cima estaria em um país que eu admiro. – Ela pensa.

Eu a ignoro, já estamos pousando.

Elisa: Se demorar mais dez minutos, eu vou vomitaaar! – Ela dá um grito estridente. E eu a encaro para ver se ela está falando sério e ela faz uma ânsia de vômito, se virando para mim.

Nikolay: Se você vomitar em mim, te jogo para fora. E aí você terá que aprender a voar.

Falo firme, mas ela não me parece levar a sério.

Elisa: Eu realmente, estou pronta para vomitar.

A ânsia se intensifica, eu não acredito que ela vai vomitar aqui, com toda a agitação não me dei conta que estávamos parado no heliporto.

Sem cerimônia, ela entra no helicóptero. Nikolay coloca o cinto dela e aperta firme, ela o encara sorrindo. E ele se diverte com a empolgação dela. O helicóptero decola e ela fica com a cabeça pendida para o lado, olhando tudo. Ao ver as nuvens tão perto, ela só falta gritar de excitação.

"Nikolay Turgueniev"

Estou com meus olhos fechados, querendo ou não, ainda estou ferido e eu só me ferir assim quatro vezes. Ou seja estou me sentindo um nada. Quando abro meus olhos, observo a garota com a cabeça no vidro do helicóptero e uma mão também, como se ela fosse pular.

Elisa: Uau, como tudo é lindo. – Observo o seu lindo sorriso. Preciso afastar essa atração, daqui a pouco estarei igual a Konstantin.

Nikolay: Tome cuidado, se houver uma turbulência, você será arremessada por esse vidro.

Digo em um tom sério, mas ela não se parece se importar.

Nikolay: Se isso acontecer, eu não irei mover um dedo para encontrá-la.

Elisa: É a minha primeira vez, voando. Eu devo olhar bem para isso, para nunca esquecer. – Diz ela, com uma voz estridente.

Nikolay: Isso aqui não tem nada de bom, você é tão ignorante.

Ela segue sem me dar atenção. Olhando apenas para a imensidão azul e branca do céu. Não demora muito para ela adormecer e eu também cochilo um pouco.

Ele acorda com uma pequena turbulência, já estão na Rússia. Quando ele olha para Elisa, ela está com as duas mãos na barriga e os olhos fechados e ela murmura.

Elisa: Amigo, quando vamos descer ? Estou ficando tonta.

Thiago: Sr. Chegamos!

Diz Thiago olhando para nós. Eu a encaro e ela rapidamente respira fundo e expira, fazendo isso diversas vezes. Quando ela abre os olhos e olha pelo vidro. Um sorriso esplêndido se espalha por seu rosto.

Elisa: Chegamos ?

Ela sussurra em minha direção

Nikolay: Chegamos!

Eu tiro meu cinto e o dela. Thiago abre a porta e a ajuda a descer, ela corre ao redor olhando para a cidade de Moscou. E Thiago, me encara.

Thiago: Senhor, temos um problema. Alguns informantes disseram que os Damiani e Fornari, estão planejando um ataque a mansão. – Sorrio. Eles são muito rápidos.

Nikolay: Tudo bem! Veja onde estão, posicione homens e vamos lá. Quero tirar essa história a limpo agora mesmo.

Thiago: Sim, senhor.

Nikolay: Ninguém sabe que estou aqui, não é ?

Thiago: Não senhor. Fiz do jeito que me pediu.

Nikolay: Ótimo! Prepare alguns homens. Se querem guerra, vamos ter. Cadê meu celular ?

Thiago: Está aqui. – Ele retira do bolso e me entrega. – Já está configurado, com toda sua agenda e todos os aplicativos necessários.

Ouço atentamente.

Thiago: Os quartos estão reservados, para esta noite. Chamei um personal stilyst para a garota. Tudo será enviado até amanhã. Também já preparei uma ótima suíte para ela, em sua residência.

Nikolay: Perfeito! E a universidade de Lomonosov

Quero que ela inicie o quanto antes na faculdade. Agora ela estará sobre a minha proteção.

Thiago: Está tudo certo. Ela pode começar essa semana ainda.

Nikolay: Obrigado! Vamos cuidar agora desses forasteiros.

Thiago: Sim, senhor.

Ele sai primeiro e eu chamo a pequena caipira.

Nikolay: Pequena caipira, vamos! – Grito e ela vem correndo, atrás de mim.

Nós descemos o elevador e eu a deixo no seu quarto. E vou para o meu o verificar e falar com Paul.

Nikolay: Paul, estou na Rússia agora.

Paul: Você deve está sabendo, não é ? Júlio quem está incitando a Aníbal, a quebrar o tratado de paz.

Nikolay: Imaginei o mesmo. Esse Júlio é muito ambicioso, ele ainda vai aprontar com Aníbal, pode apostar.

Paul: Eu penso o mesmo. Estamos em Moscou já, eu estou com minha filha. Vamos nos reunir agora no restaurante do Four Seasons.

Nikolay: Que conveniência, estou no mesmo hotel. Vá para lá e aja naturalmente, eu irei daqui a alguns minutos.

Paul: Tudo bem!

Desligamos e eu acerto com meus homens para se posicionarem no prédio ao lado, qualquer movimento brusco de qualquer um dos dois, sua cabeça receberá o impacto da minha AK-47.

                         

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