A DOMADORA
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Capítulo 2 -1

NARRAÇÃO LÍVIA

Observo a paisagem em volta e cada vez fico mais apaixonada por essa pequena cidade. Será o local ideal para cuidar dos meus cavalos. Vejo em minha frente um cavalo trotando torto e o homem em cima dele tentando controlá-lo. Então o cavalo dispara e o pior acontece. O homem é jogado no chão com violência e paro o carro antes de acertá-los. Saio do carro correndo e sigo até o homem no chão.

- Você está bem?

Pergunto me aproximando e vejo que está um pouco tonto.

- Olha pra mim.

Seguro seu rosto analisando se teve algum ferimento.

- Sim.

Responde tentando se sentar, mas posso ver pela sua cara que está com dor.

- Eu te ajudo.

Tento envolver meus braços em seu corpo e com dificuldade o ajudo a se erguer. Seguro sua cintura o mantendo firme ao meu lado, vacila e então colo meu corpo ao seu.

- Você ainda está sem forças.

Sinto algo crescer em minha barriga e me seguro para não rir. De fato esses homens do interior são mais... assanhados.

- Estou bem!

Se afasta de mim de forma grosseira e isso me irrita. Acho melhor cuidar do cavalo do que do dono. Olho em volta e vejo o coitado incomodado. Ando com cuidado até ele para não o assustar.

- Não toque, ele não gosta.

Reviro os olhos e ignoro o grosseiro excitado atrás de mim. Ergo minha mão e vejo o belo cavalo negro se acalmar e buscar o meu toque como um pedido de ajuda.

- Vem aqui, coisa linda!

Sussurro e vejo bufar contente com o meu toque. Começo a acariciar seu focinho observando seu corpo, ele é bem cuidado. Então o que pode estar perturbando essa coisa linda? Vou seguindo com a mão pelo seu pescoço e ele recua.

- Ele apenas não gosta da sela.

Digo sentindo o peso dela e vendo que está muito apertado nas amarras.

- Como sabe?

- Ele não me deixa tocar essa parte.

Toco a região próxima a barriga e ele bate a pata com dor.

- Calma, garoto!

Digo desamarrando a sela e quando termino, bufa feliz.

- Evite selas pesadas, tenta usar aquelas mais macias com manta.

- Não acho que uma patricinha como você saiba alguma coisa sobre cavalos.

Fecho meus olhos ignorando o comentário idiota do caipira. Ele é um homem gostoso, tem cabelos cor de ouro, olhos verdes como uma esmeralda. Corpo escultural, mas pelo jeito é um idiota, apenas uma casca gostosa sem conteúdo.

- Acho que seu dono usa selas apertadas no meio das pernas também.

Sussurro o suficiente para que ele escute.

- Apenas conheço gente como você e sei que nada disso faz parte de sua vida.

Agora ele foi um babaca dos grandes.

- Defina gente como eu!

- Aposto que seu pai é rico e comprou uma fazenda para a família passar os fins de semana, esbanjando dinheiro.

- Você é o típico cara da roça que acha que uma mulher deve queimar a barriga no fogão e parir 20 filhos homens para você, né?

Digo rindo me aproximando dele.

- Você nem deve saber onde fica um fogão.

- Você deveria saber mais sobre cavalo sendo de uma fazenda, no mínimo saber sobre o seu.

- Riquinha mimada.

- Caipira machista.

- Desaforada.

- Arrogante.

Posso sentir o peito dele subir e descer de raiva. Meu celular começa a tocar e pela música é mensagem da Sabrina. Pego o celular do bolso me afastando e vejo a mensagem.

De: Sabrina

Para: Lívia

Muita bosta de cavalo. Socorroooooo!!!!!

Deve estar pirando com a chegada dos cavalos que comprei.

- Adoraria ficar aqui trocando ofensas maravilhosas, mas diferente do que imagina eu trabalho.

Digo já entrando no carro.

- Tchau, caipira!

- Tchau, riquinha!

Ele sorri e sigo para a fazenda, vendo pelo retrovisor o caipira tirando a sela do cavalo. Bom garoto!

*****************

Assim que entro na fazenda, uma Sabrina sorridente surge.

- Ainda bem que apareceu, não aguento mais sentir esse cheiro.

Abraço-a forte e beijo sua bochecha.

- Vai ter que se acostumar com isso, se quiser trabalhar aqui.

- Não vou mexer com os cavalos, vou apenas administrar seu centro de equitação.

- Ainda não sei se farei isso.

- O que pretende fazer com tantos cavalos?

Pergunta cruzando os braços.

- Quero cuidar deles.

- Só cuidar não da dinheiro.

- Posso cuidar, deixa-los calmos, dóceis, para vender e serem amados por outros.

- Vamos fazer os dois! Faz a parte de criação de cavalos e mostramos como são bons no centro de equitação.

- Pode ser!

Andamos até o pasto onde estão os cavalos.

- Já divulgou que vamos precisar de empregados?

- Sim.

Tem dois te esperando para entrevista.

- Certo!

Sigo para dentro do pasto e vejo dois homens próximos as baias.

- Boa tarde!

Falo me aproximando e eles sorriem.

- Sou Lívia, dona da fazenda!

O loiro simpático sorri e o outro senhor de idade me olha estranho.

- Você é a dona?

- Sim!

Ele bufa irritado.

- E desde quando mulher entende dessas coisas?

Respiro fundo e encaro o homem.

- Não acho que um homem tão antiquado como o senhor se encaixe no perfil da minha fazenda, está dispensado.

Me olha com raiva e sai chutando a grama resmungando.

- Perdoe o Sr. Góes, é um velho a moda antiga.

O simpático loiro diz e confirmo a teoria de que tem homem gostoso pra caramba no interior. Duas delícias no mesmo dia, mas esse pelo menos me pareceu mais amável. Seus olhos são cor de mel e seu sorriso é encantador. Esse é fofo!

- Seu nome?

- Inácio.

- Vamos andar um pouco?

- Sim.

- Não te incomoda o fato de sua chefe ser uma mulher?

Me olha pelo canto dos olhos, enquanto andamos.

- Posso ser sincero?

- Pode.

- Eu achei isso sexy, com todo o respeito!

Começo a rir da cara dele.

- Vamos esquecer essa parte.

Escuto um pouco mais sobre a história dele e explico minhas ideias.

- Apaixonada por cavalos, então!?

- Sim.

- É bom quando se trabalha com algo que ama, deixei de fazer uma faculdade para lidar com os bichos, essas mãos aqui foram feitas para lidar com eles.

Observo sua mão grande e calejada do trabalho braçal.

- Em que quer trabalhar aqui?

Inácio sorri e percebo que faz isso constantemente.

- Em qualquer coisa, onde me colocar farei o meu melhor.

Seguro sua mão firme.

- Você será meu braço direito então, quero que me ajude a realizar esse sonho.

Seus olhos brilham.

- Eu não sei se sou capaz disso.

- Eu sei que é, seu amor pelos bichos é o mais importante.

Me assusto quando me puxa para um abraço.

- Obrigado!

Sussurra em meu ouvido me arrepiando. Será que todos esses homens daqui possuem esse cheiro de macho... e de... sexo? Fecho meus olhos afastando esses pensamentos. Assim que os abro novamente, vejo-o me encarando com o rosto muito próximo. Sua boca se aproxima e deixa um beijo no canto da minha boca. Encaro seus olhos e vejo um sorriso safado surgir no canto.

- Amanhã.

Digo me recompondo.

- Preciso que me ajude a contratar mais pessoas.

- Pode deixar, vou mandar avisar o povo da região sobre as vagas.

- Obrigada!

- A senhora quer mais alguma coisa de mim hoje?

- Sim.

Ele me encara.

- Quero que não me chame de senhora, me chame de Lívia.

- Sim sen... Lívia...

Sussurra meu nome e sai me deixando no meio do pasto rindo.

            
            

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