A DOMADORA
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Capítulo 6 -5

NARRAÇÃO LÍVIA

- Nunca mais?

Pergunta sussurrando em meu pescoço me arrepiando toda.

- Nunca...

Meus olhos estão fechados e me sinto uma gelatina em suas mãos. Já não tenho certeza se fugiria de um beijo dele. Na verdade, nesse momento, é o que mais quero. Quero seus beijos, sua mão em meu corpo e muito mais. Sua enorme mão se espalma em minhas costas e ele me puxa firme colando nossos corpos. Que pegada é essa Deus!?!?!?! Seguro seus ombros em busca de equilíbrio e abro meus olhos encontrando olhos sedutores em minha frente. Desço meu olhar e vejo sua boca, muito beijável. Na verdade seria devorável nesse momento, visto que quero devorar ela todinha. Aproxima o nariz do meu e sinto seu hálito quente em minha boca. Sei que vai me beijar e dessa vez eu não quero lutar contra isso. Quero sentir aquele fogo de novo. Fecho meus olhos e espero ansiosa seu ataque. Sua mão está em meu cabelo e segura firme minha nuca. Já sigo para sua boca em busca de contato.

- Boa noite, branquela!

Diz beijando o canto da minha boca e me solta. O QUE ?!?!?!?!? BOA NOITE E SÓ !?!?!??! O encaro sem entender nada e vejo um sorriso de satisfação em seu rosto. FILHO DA MÃE ?!?!?!?

- Vou respeitar sua decisão.

Minha vontade é de gritar para ele ignorar minha decisão e me tomar a força como fez até agora. Respiro fundo e recupero meu juízo. Esse caipira vai ter o que merece. Vai baixar essa crina comigo.

- Boa noite, caipira!

Me viro e sigo a passos firmes para a minha casa. CAIPIRA IDIOTA!!!!! CAIPIRA BABACA!!!! CAIPIRA BESTA !!!!! Abro a porta de casa e entro fechando logo em seguida com força. CAIPIRA GOSTOSO!!!! Fecho meus olhos controlando esse tesão todo por ele. Esse desejo deve ser por causa do clima ogro e selvagem, aquele cheiro de macho. Merda! Devo estar igual uma égua no período fértil. Toda mulher tem uma queda por homens com pegada assim, mas eu não posso cair nessa tentação.

- Foco Lívia! Ele é só mais um gostoso no mundo que tem pegada deliciosa e que te deixa mole e molhada.

Digo baixinho para me convencer.

- Preciso de um banho.

Corro para o meu quarto buscando um banho quente e uma cama confortável.

************

Acordo cedo e amo a forma como o sol nasce perfeito na fazenda. É tão diferente da cidade grande. Me troco colocando uma calça, camisa e bota. Prendo meu cabelo e desço para o café. Assim que entro na cozinha vejo uma Sabrina descabelada e de pijama, jogada na mesa. Acho que a noite rendeu alguma coisa.

- O que houve?

Pergunto rindo do estado dela.

- Estou em estado fodástico ou seria talvez orgástico?

Começo a rir alto.

- Então a noite foi boa?

Ergue a cabeça e vejo um enorme sorriso.

- Boa é uma noite na balada, beijando um cara gostoso. Meu amor, minha noite foi alucinante.

- Sabrina, sossega pelo amor de Deus!

- Lívia, meu bem...

Se levanta e me abraça.

- Agora que eu descobri o paupira, eu não largo nunca mais.

- Paupira?

Pergunto com humor.

- O pau do caipira, meu bem. E que pau...

Diz se virando para sair da cozinha.

- Onde vai?

- Pra cama.

- Vamos trabalhar. Pode ir se arrumar.

Ela sorri, me encarando.

- Você acorda cedo com as galinhas para cuidar dos seus bichos. Eu administro, então acordo no horário padrão. Bom trabalho!

Pisca e sai em direção a escada. Um barulho surge na porta e me viro para ver o que é. Inácio sorri ao me ver.

- Bom dia, chefa!

- Bom dia, Inácio!

Ele entra e me beija no rosto. Um beijo carinhoso e calmo.

- Preparada para o dia?

- Sim.

- Daqui a pouco uns amigos meus vão vir para as vagas de emprego.

- Ótimo! Mas eles não são...

- Machistas?

Pergunta rindo.

- Isso.

- Não! Eles são como eu.

Encaro-o sem entender.

- Excitados em ser mandado por uma mulher.

Sussurra em meu ouvido e tenho certeza que estou vermelho pimentão, agora. Beija meu pescoço e sai me deixando ainda chocada.

*************

Assim que termino o meu café, sigo para o seleiro. Vejo alguns cavalos já soltos no pasto e Inácio com alguns homens.

- Bom dia!

Digo me aproximando e todos me dão um enorme sorriso.

- Bom dia, chefa!

Respondem rindo e olho para o Inácio.

- Você mandou todos me chamarem de chefa?

Ele ri e confirma com a cabeça.

- Me chamem apenas de Lívia, por favor!

- Chefa é mais legal.

Inácio diz parando do meu lado.

- Preferem chefa?

- Sim.

Todos confirmam e tenho certeza que tem algum lado sexual nisso, mas vou ignorar.

- Inácio, vou deixar para você a seletiva.

- Quantos serão necessários para o trabalho?

- Acho que mais dois por enquanto.

- Certo!

- Boa sorte a todos!

Digo seguindo para o seleiro. Vejo um cavalo preso na baia ainda.

- Chegou doente.

Olho para trás e vejo um senhor de idade avançada se aproximar.

- Estou vendo o olhar abatido dele.

- Sou Raimundo!

Diz estendendo a mão.

- Lívia.

Seguro sua mão e ele sorri.

- Os homens estavam bem agitados lá fora.

Começo a rir.

- Percebi.

- Vim para uma das vagas.

- Entende de cavalos?

Pergunto e ele abre um enorme sorriso.

- Desde sempre, acho que nasci no meio deles.

Inácio entra no seleiro.

- Contratei já os dois que precisava.

Olho para o senhor a minha frente e depois para o Inácio.

- Ótimo! Este é Raimundo, um dos nossos também.

O senhor sorri assim como Inácio.

- Boa escolha! O velho Mundão entende a alma de um cavalo como ninguém.

Me aproximo e com a mão percorro o corpo todo do cavalo.

- Oi garotão!

Coço seu focinho e ele suspira.

- Está com dor, né? Vou cuidar de você.

Beijo seu nariz.

- Vamos mantê-lo afastado dos outros. Manter água sempre limpa. Vou avaliando durante o dia, mas tenho certeza que não é ferida ou machucado. Deve ser algo interno.

Raimundo se aproxima e também alisa o cavalo.

- Ele já tem nome?

- Ainda não.

Avalio o grande cavalo com pelos dourados a minha frente.

- Você quer um nome fofo ou bem macho?

Pergunto e posso ouvir a risada dos dois atrás de mim.

- Acho que ele prefere um bem macho.

Inácio diz se aproximando e parando ao meu lado. Analiso seu rosto e vejo um brilho em seus olhos único. Esse brilho me lembra um certo caipira que possui também um olhar único.

- Seu nome será Beto.

Inácio começa a rir alto.

- Sério mesmo?

- Sim.

- Uma certa pessoa não vai gostar disso.

- E quem disse que é para gostar?

- Isso vai dar merda.

Abraço o cavalo e beijo seu pescoço.

- Vou amar montar o Beto.

            
            

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