A DOMADORA
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Capítulo 5 -4

NARRAÇÃO BETO

Assim que a branquela sai do banheiro, tento me levantar ainda com dor.

- Beto, meu amor!

Brenda surge ao meu lado e sua voz me irrita.

- O que houve?

- Nada.

Me solto de suas mãos irritantes e pegajosas.

- Foi aquela mulher nojenta que saiu daqui, não foi?

Encaro seus olhos escuros e algo dentro de mim não gosta da forma como ela chama a minha branquela.

- Sai daqui, Brenda!

- Eu só quero te ajudar, meu amor.

Toca em meu peito e acaricia. Pela primeira vez meu corpo rejeita seu toque.

- Não sou seu amor.

Me afasto e vou até a pia. Lavo meu rosto e após secar, me viro e vejo me encarando.

- O que foi?

- Você está mais grosso que o normal.

- Não estou com paciência para seus choros de menina mimada da cidade.

Quando tento sair, ela entra na minha frente, impedindo minha saída.

- Gosto de você grosso assim.

Me puxa para a sua boca e sinto nojo quando toco seus lábios.

- Para, Brenda!

Pega minhas mãos e leva aos seus seios. Não sinto nada, nenhum desejo ou fogo como era antes. Na verdade comparado ao que tive aqui com a minha branquela, sinto apenas nojo. E só consigo pensar em sua boca.

- Para, porra!

Grito empurrando seu corpo para o lado.

- Não estou na pegada.

- Você sempre está na pegada.

- Não hoje.

Abro a porta e saio do banheiro. Posso ouvir Brenda me seguindo bufando.

- Ótimo! Ela agora quer pegar o Inácio.

Viro e vejo Inácio com a "MINHA BRANQUELA", a raiva me domina.

- Beto!

Ele diz quando me encara e pega a mão dela. Me sinto um touro vendo tudo vermelho de raiva.

- Oi!

- Precisamos conversar.

Agora esse filho da puta quer conversar.

- Outra hora, vai se divertir com sua amiguinha.

Encaro o rosto dela e vejo seus olhos decepcionados com as minhas palavras.

- Continua um idiota.

Inácio diz se afastando, puxando a branquela e não consigo tirar da minha cabeça seus olhos de decepção.

- Vamos para um canto.

Brenda sussurra em minha orelha e me afasto.

- Preciso falar com o Sr. Silva.

Sigo para o fundo da tenda fugindo da Brenda e pego uma bebida. Viro de uma vez só a pinga para ver se aqueles olhos somem da minha cabeça. Depois de quatro doses seguidas decido ir para casa.

*****************

A noite está maravilhosa e sinto o vento em meu rosto enquanto corro com meu cavalo. Me aproximo de casa e vejo Inácio parado em frente a branquela, na porta de sua casa. Acalmo meu cavalo e desço dele observando os dois. Se aproxima dela e meu coração dispara.

- Não aceita o beijo dele, branquela.

Sussurro e então acontece. Um beijo estranho e sem vontade, mas ainda sim um beijo. Diferente do nosso que foi quente, mas ela está aceitando esse beijo e rejeitou o meu. Inácio se afasta e diz alguma coisa, passando a mão no rosto dela. Monta seu cavalo e segue pela estrada enquanto a branquela apenas observa a lua. Sem saber ao certo o porque ou o que estou fazendo indo até ela, caminho sem parar a passos rápidos.

- Chega por hoje, caipira.

Ela diz assim que me vê. Ainda posso ver a decepção em seus olhos e isso dói.

- Eu só...

Bufo e não sei como fazer isso.

- Só o que?

Fala brava e a bicha nervosa é gostosa pra caramba.

- Vai me ofender novamente e me tratar como uma dessas suas mulheres?

- Você é muito irritante, branquela. Estou aqui tentando pedir desculpas e você me atacando.

Fica sem graça e vejo sua bochecha ficar vermelha.

- Você veio se desculpar?

- Não vou mais.

Digo cruzando meus braços.

- Como assim?

Me viro pra ir embora e ela resmunga.

- Caipira idiota.

- O que você disse?

Viro encarando seus olhos e ela ri.

- Caipira idiota.

- Retira o que disse, branquela folgada.

Se afasta e me olha com um olhar desafiador.

- Caipira...

Sussurra e ergue um pouco o vestido. A filha da mãe vai correr.

- Idiota.

Diz e dispara para dentro da fazenda.

- Corre branquela...

Digo correndo atrás dela e posso ouvir sua risada.

- Quando eu te pegar, vou te fazer implorar pelo meu perdão.

- Caipira idiota.

Grita correndo ainda mais e sinto um desejo enorme de agarrar essa potranca e me perder nela até amanhã. Seu cabelo voa com o vento e seu vestido balança enquanto seu belo corpo corre. Me sinto um leão a caça e preciso desesperadamente comer essa carne. Corro mais rápido e vou me aproximando. Sinto seu cheiro e meu corpo já desperta, como se o fogo daquele banheiro não tivesse se apagado. Agarro seu corpo colando ao meu e ela começa a se debater.

- Me larga, caipira!

- Não.

Aperto ela mais firme e sinto seu coração acelerado. Meu nariz esta em seu cabelo e posso sentir seu cheiro delicioso.

- Eu sei domar égua fujona.

- Você me chamou de égua?

Diz se virando em meus braços e começa a me bater no peito. Ela vai parando quando me vê encarar seus belos olhos. Sua respiração acelerada bate em meu rosto e seus olhos descem para a minha boca.

- Me solta.

Sussurra e meu membro lateja colado em sua perna. Vou soltando aos poucos, mas ela não se afasta. Ergo minha mão e tiro com calma um cabelo grudado em seu rosto.

- Me desculpa!

Peço observando seu rosto.

- Me arrependi pelo que disse ao Inácio.

Abaixa o olhar e suspira.

- Tudo bem! Você devia estar com muita dor quando disse isso.

Reprime o sorriso mordendo o lábio e sinto ele pulsar mais uma vez. Levanta a cabeça e me encara.

- Acho que tem mais uma coisa que deve pedir desculpa.

- Não tenho não, era só isso.

Ela cruza os braços.

- Você me atacou no banheiro.

Me aproximo ficando perto de sua boca.

- Me desculpar de algo que não me arrependo?

Aproximo de sua orelha.

- Na verdade eu gostaria muito de repetir aquilo, mas sem a parte do seu joelho em certa parte do meu corpo.

- Aquilo nunca mais vai se repetir.

Toco com a minha boca de leve seu pescoço e ela suspira.

- Foi tão ruim assim?

Sussurro e vejo ela fechar os olhos.

- Foi...

Meu rosto está colado ao dela e beijo seu queixo.

- Nunca mais?

- Nunca...

Diz ofegante ainda de olhos fechados. Coloco minha mão em suas costas e a puxo com força para mim. Suas mãos seguram meus ombros e ela abre os olhos, encarando minha boca. Passo meu nariz no dela e aproximo minha boca. Sinto seu corpo amolecer em meus braços e ela fecha os olhos novamente, abrindo um pouco a boca. Minha branquela finalmente tirou a ferradura e está se entregando. Subo minha mão e seguro sua nuca. Ela busca a minha boca e tenho que me controlar para não a beijar.

- Boa noite, branquela!

Beijo o canto de sua boca e a solto. Me olha atordoada e piscando sem entender nada.

- Vou respeitar sua decisão.

Abre a boca e fecha sem conseguir raciocinar sobre o que aconteceu.

- Boa noite, caipira!

Se vira brava e sai pisando duro na grama irritada.Ando para a fazenda mais feliz que porco na lama. Ela queria meu beijo e isso é bom. Branquela eu vou te enlouquecer até te domar. Ela é o fogo e estou louco para me queimar

            
            

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