Capítulo 6 Em casa, ao mesmo tempo

Otis Andrews está ansioso, está desconfortável, está irritado. Ele não pode acreditar que existe tanta gente sem decência no planeta Terra; Jesse deve ter confiado nesse sujeito e ter feito acreditando que estava segura. Nem imagina o quão traída ela deve ser se sentindo ao ver suas imagens rodando na internet. O homem se despede de seus tios e dos seus primos e deixa a casa, entrando no seu carro, dando a partida e dirigindo pelas ruas de Nova York querendo chegar em casa e dormir o mais rápido possível pra ver se o tempo passava mais rápido ao pra poder ver Jesse novamente.

Ele realmente não entende o porquê de estar tão fissurado em uma garota que conheceu há 24 horas. Não tem sentido.

Finalmente chega em casa e joga a chave em cima da mesinha ao lado da porta, tirando os sapatos e os jogando no canto juntamente com seu casaco. É apenas segunda-feira, mas ele já se sente cansado e nem sabe o porquê. Vai em direção ao banheiro, tirando as roupas no corredor ainda e entrando no box nu. Finalmente sente a água quente descer pela costa e logo ele já está encharcado. Pensa que a água quente pode faze-lo pensar com mais clareza, mas tudo o que vê quando do fecha os olhos é o sorriso animado de Jessica sumindo de seu rosto e dando lugar a uma expressão de perdida. Seu banheiro é iluminado apenas por uma luz fraca que vem do espelho, ele gosta de tomar banho naquela luz fraca, apenas ele e seus pensamentos. Passa o sabonete pelo peito, barriga, braços, pernas, e quando chega na região da virilha, ele pensa em se aliviar, talvez consiga dormir mais rápido. Mas ele não gosta da ideia de se masturbar pensando em Jessica, por que ela é tudo o que ele consegue pensar nesse momento. Chega a subir e a descer algumas vezes – ele já estava duro antes mesmo de passar a ideia em sua cabeça –, mas tenta se controlar. Pelo menos naquela noite.

Assim, ele termina o banho, se enxuga e em menos de dez minutos, já está deitado na cama, em seu apartamento escuro. Ele não gosta de Nova York. É barulhento demais. Mas não é por isso que está acordado, e sim porque seu pau continua duro e latejando. Mas ele não vai fazer nada pra se aliviar e assim ele passa as horas seguintes, tentando dormir e não sonhar com Jessica Foster.

Em contrapartida, Jessica, durante o banho, é bem mais atrevida e não se importa de pensar em Otis Andrews e quando massageia o clitóris com vontade. Ela se segura pra não gemer embaixo da água quente, mas logo ela solta um gemido relativamente alto a se lembrar da sensação do pau do professor a penetrando com força naquela manhã, na mesa dele, logo depois da aula.

- Otis...

Ela não consegue deixar de gemer o nome dele quando chega a ápice embaixo da água quente. Quer senti-lo novamente e logo, ela se sente quente e não tem nada a ver com o banho. Já passa das nove da noite e Jesse está secando o cabelo para dormir; se olha no espelho, pensando em como pode fazer Otis mudar de ideia, porque existem inúmeros lugares na escola que eles podem trepar. Talvez na mesa do diretor?

Não se engane, Jesse não é uma exibicionista, mas a ideia de ter um professor a fodendo na mesa do diretor é tentadora demais. Talvez ele tenha descoberto o vídeo dela!

Jesse se olhou no espelho.

- Merda, e se ele tiver olhado? Droga!

A garota se lamenta. E mesmo que não tenha olhado, era só uma questão de tempo até que ele soubesse que ela tem um vídeo de sexo já internet e finalmente entendesse o porque que a chamam de Jesse Ninfo. Ela tenta tirar esse pensamento terrível da cabeça e termina de secar o cabelo; seus pais já estão deitados e logo ela desliga a luz e se deita na cama, mas não consegue tirar o homem da cabeça. Ela se vira, observa a pouca luz que passa pela cortina fina da janela; se vira para o outro lado. Não consegue dormir, ela não tem sono. O que ela sente é uma arrepio gosto. O mesmo arrepio que sentiu antes de Otis a penetrar com tanta força, nas duas vezes. Se ela fechar os olhos, pode ver a feição que ele fez enquanto fazia os movimentos.

Ela se ajeita novamente na cama, fica de barriga pra cima. De olhos fechados, ela passa a mão pela barriga de forma leve, sentindo o próprio tecido do vestido que está usando para dormir. Chega até a barriga e aos poucos, levanta a barra do vestido, sentindo o elástico da calcinha branca que está usando. Assim, ela o levanta e já pode sentir sua intimidade pulsando. Seu clitóris está sensível, pedindo por um toque. A buceta ansiando por aquele pau. Mas ela não pode tê-lo, pelo menos por agora, então ela desce os dedos até o clitóris e começa os movimentos com o dedo do meio. Ela sente, em sua memória, os braços, as pernas de Otis, seus dedos segurando seu cabelo pela nuca e os puxando, a fome dele. Ela se lembra e isso basta no momento, Jesse aumenta a velocidade dos movimentos e contorce os dedos dos pés. Ela quer gritar o nome dele, mas não pode, seus pais estão ao quarto ao lado, então ela apenas se contenta com a memória dele. E logo ela goza pela segunda vez naquela noite, podendo até mesmo sentir o gosto do gozo dele na boca, e ela já sente alguma saudade daquilo, não imaginando como ela vai conseguir convencê-lo a pelo menos se divertirem juntos. Ela rola de um lado para outro na cama, sem saber ainda o que exatamente ela vem sentindo.

Talvez seja só saudade da forma como ele a levou a loucura de uma forma que ela nunca sentiu em toda a sua vida.

            
            

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