Contrato com um gângster
img img Contrato com um gângster img Capítulo 5 Você não vai sair daqui!  
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Capítulo 11 Não mexa nas minhas coisas img
Capítulo 12 Os termos do acordo img
Capítulo 13 Uma loucura passageira img
Capítulo 14 O rival img
Capítulo 15 Seja boazinha img
Capítulo 16 Eu não dormirei com você img
Capítulo 17 Um gângster paranoico img
Capítulo 18 Você é casada img
Capítulo 19 Orgulhosa e ingênua img
Capítulo 20 Uma espiã img
Capítulo 21 Um pervertido img
Capítulo 22 Eu não sou uma ladra! img
Capítulo 23 Cooperação perfeita img
Capítulo 24 A confusão no hospital img
Capítulo 25 Não seja tola img
Capítulo 26 Entre a vida e a morte img
Capítulo 27 Um gângster apaixonado img
Capítulo 28 Um beijo apaixonado img
Capítulo 29 Eu cuidarei de tudo img
Capítulo 30 Um traidor img
Capítulo 31 Não precisa ter vergonha img
Capítulo 32 Eu vou te proteger! img
Capítulo 33 Estás belíssima, amore mio! img
Capítulo 34 Ti amo, bella mia! img
Capítulo 35 A moeda de ouro img
Capítulo 36 Amargas lembranças img
Capítulo 37 Dominado pela paranoia img
Capítulo 38 Raiva e desejo img
Capítulo 39 A sede de vingança img
Capítulo 40 A fuga img
Capítulo 41 O sequestro da médica img
Capítulo 42 Estou grávida! img
Capítulo 43 O teste de paternidade img
Capítulo 44 Encontre a traidora img
Capítulo 45 A magia do amor img
Capítulo 46 Enganando o capo img
Capítulo 47 Ela está morta img
Capítulo 48 Para onde ela foi img
Capítulo 49 Um refúgio img
Capítulo 50 Um vulto na janela img
Capítulo 51 Não confio em você img
Capítulo 52 Não te perdoo img
Capítulo 53 Detalhes sórdidos img
Capítulo 54 A médica destruiu a nossa família img
Capítulo 55 Um acerto de contas img
Capítulo 56 Epílogo img
Capítulo 57 Trecho do livro Tudo Por Ela - Amor & Vingança img
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Capítulo 5 Você não vai sair daqui!  

Após o incidente, Enrico estava mais atento aos movimentos da médica, para que ela não colocasse tudo a perder. Ele alisou o curativo do ferimento, o efeito do analgésico diminuía gradualmente.

De longe, Lívia observou o cenho franzido de seu paciente, era nítido que ele começava a sentir dor. Em certo momento, ele tirou o avental e gemeu baixinho ao tocar no curativo. Havia um pouco de sangue na faixa branca. Tinha certeza que um dos pontos havia arrebentado.

Intimamente, ela se recusava a cuidar daquele homem ingrato e perigoso. Fazia horas que ela estava presa com o mafioso. Enrico só entrou em sua vida para trazer mais problemas e ameaçá-la, então, por que deveria ajudá-lo? Ela continuou sentada, avaliando até onde ele suportaria a dor.

- Tenho pacientes agendados!

- O Hospital não abrirá hoje, diga que os funcionários estão de greve.

- Dependo desse trabalho para me sustentar.

- Pagarei a porra da dívida assim que estiver em segurança.

- Vou perder o dia de trabalho!

- Já disse que vou te ressarcir. - grunhiu de dor.

O efeito da medicação finalmente passou por completo. Lívia tinha que ter lhe dado um analgésico uma hora atrás, mas as coisas mudaram um pouco quando Enrico se tornou violento apontando uma arma em sua direção.

- Por que está doendo tanto?

- É comum existir dor ou incômodo no local.

- Você apertou demais esses pontos, - reclamou e mordeu o lábio inferior ao sentir outra pontada no ferimento.

- A inflamação é parte do processo de cicatrização da pele - explicou a voz serena. Lívia prendeu os cabelos num coque no alto da cabeça. - Nunca levou pontos?

- Já! - respondeu ele com os dentes cerrados. - Mas não doía tanto assim. Você apertou demais de propósito. - murmurou o tom rouco.

Enrico olhou para o armário de remédios. Cambaleou e averiguou as medicações.

- Você tem algo para dor? - inquiriu sem largar a pistola.

Lívia ainda estava assustada, qualquer movimento em falso e aquele homem atiraria. Ela se levantou bem devagar e deu poucos passos ao encontro do homem comprido.

- Licença! - Pediu.

Enrico deu um passo para o lado, não tirou os olhos da garota de estatura mediana. Aproximando-se um pouco, sentiu o aroma de pêssego nos cabelos sedosos de Lívia, que se assustou.

- O que está fazendo?

- Você está demorando demais para pegar a porra da medicação.

Lívia se virou, segurava um frasco com analgésicos e outro com anti-inflamatórios. Pegou um comprimido para dor e uma cápsula para aliviar a inflamação e os entregou ao gângster.

- Preciso de água. - Jogou os dois remédios na boca.

Lívia foi até a uma pequena geladeira no canto da sala em tons terrosos e retirou uma garrafa de água. Nunca se sentiu tão ultrajada por cuidar de um paciente.

- Tem alguma roupa que não seja aquela camisola de hospital?

Enrico virou a garrafa e bebeu o restante da água pelo gargalo.

- Aqui não é uma loja de grife. - retrucou enquanto fechava o armário de remédios.

As pupilas claras do jovem mafioso avaliaram o curativo sujo de sangue.

- Troque isso! - Apontou para a faixa branca com uma mancha vermelha.

Ele se jogou na poltrona reclinável onde Lívia estava sentada.

Girando os calcanhares, Lívia pegou o álcool, algodão e gaze, distribuiu o material para o curativo sobre a mesa e puxou a cadeira.

Na mira da pistola, ela começou a desenrolar o tecido que cobria a sutura. Reparou que dois pontos estavam arrebentados.

- Você costurou mal!

- Isso não é culpa minha, foi você que se esforçou. Fica apontando essa porcaria para mim, - indicou a arma de fogo com o queixo - e ainda me puxa de um lado para o outro como se eu fosse um brinquedo.

Enrico riu da comparação, se a doutora Lívia soubesse o que ele costumava fazer com os brinquedos na infância, não o enfrentaria daquela maneira.

- Au! - Berrou quando sentiu a ardência.

A médica encostou o algodão embebido em álcool sobre a sutura. Depois da assepsia, enrolou o braço esquerdo com uma faixa limpa.

- Você pode colocar o avental por gentileza! - Ela ergueu o rosto e fitou o homem seminu.

- Nunca viu o seu namorado nu?

Enrico acreditava que uma médica tão bonita quanto Lívia, devia ter alguém esperando por ela em casa. O pensamento gerou uma preocupação, no momento em que dessem falta da doutora Ricci, poderiam acionar a polícia.

- Trabalho demais. - empurrou a cadeira para trás, afastando-se. - Na maior parte do meu tempo, eu fico cuidando de pessoas e salvando vidas.

- Você é solteirona! Não entendo como uma mulher tão linda vive para o trabalho e não curte a vida.

Lívia tencionou o lábio. Poderia ter um namorado se desse uma chance ao melhor amigo, mas não correspondia ao sentimento de Matteo. Ignorando o paciente, ela pegou o controle e apertou o botão para ligar o ar condicionado. Em poucos minutos, a sala ficou mais gelada.

- Desligue isso! - A voz rouca ordenou.

- Está abafado aqui dentro. Eu não ficarei suando só porque você quer passear de cueca.

- Você também pode tirar a roupa.

- Caspita!

Enrico deu alguns tapas no braço da poltrona, não sentia mais dor e estava mais relaxado. Saindo do sofá, pegou a roupa hospitalar e vestiu.

- Tenho um cachorro!

- É mesmo! - exclamou, desinteressado.

- Sempre coloco comida e água pela manhã... passei a noite aqui e o Bob deve estar com fome.

Retornou e se acomodou no estofado de couro. Estava mais preocupado que Lívia chamasse a polícia do que com um animalzinho esfomeado.

- Está achando que sou estúpido? - Ele tocou na pistola prateada e contemplou o rosto pálido da doutora. - Você não vai sair daqui!

            
            

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