Contrato com um gângster
img img Contrato com um gângster img Capítulo 9 O capo da máfia
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Capítulo 11 Não mexa nas minhas coisas img
Capítulo 12 Os termos do acordo img
Capítulo 13 Uma loucura passageira img
Capítulo 14 O rival img
Capítulo 15 Seja boazinha img
Capítulo 16 Eu não dormirei com você img
Capítulo 17 Um gângster paranoico img
Capítulo 18 Você é casada img
Capítulo 19 Orgulhosa e ingênua img
Capítulo 20 Uma espiã img
Capítulo 21 Um pervertido img
Capítulo 22 Eu não sou uma ladra! img
Capítulo 23 Cooperação perfeita img
Capítulo 24 A confusão no hospital img
Capítulo 25 Não seja tola img
Capítulo 26 Entre a vida e a morte img
Capítulo 27 Um gângster apaixonado img
Capítulo 28 Um beijo apaixonado img
Capítulo 29 Eu cuidarei de tudo img
Capítulo 30 Um traidor img
Capítulo 31 Não precisa ter vergonha img
Capítulo 32 Eu vou te proteger! img
Capítulo 33 Estás belíssima, amore mio! img
Capítulo 34 Ti amo, bella mia! img
Capítulo 35 A moeda de ouro img
Capítulo 36 Amargas lembranças img
Capítulo 37 Dominado pela paranoia img
Capítulo 38 Raiva e desejo img
Capítulo 39 A sede de vingança img
Capítulo 40 A fuga img
Capítulo 41 O sequestro da médica img
Capítulo 42 Estou grávida! img
Capítulo 43 O teste de paternidade img
Capítulo 44 Encontre a traidora img
Capítulo 45 A magia do amor img
Capítulo 46 Enganando o capo img
Capítulo 47 Ela está morta img
Capítulo 48 Para onde ela foi img
Capítulo 49 Um refúgio img
Capítulo 50 Um vulto na janela img
Capítulo 51 Não confio em você img
Capítulo 52 Não te perdoo img
Capítulo 53 Detalhes sórdidos img
Capítulo 54 A médica destruiu a nossa família img
Capítulo 55 Um acerto de contas img
Capítulo 56 Epílogo img
Capítulo 57 Trecho do livro Tudo Por Ela - Amor & Vingança img
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Capítulo 9 O capo da máfia

Sozinha naquele cubículo frio, Lívia se deitou no banco reto onde se encolheu, por um instante pensou no pobre homem agredido por Enrico sem piedade, o pobre homem nem ao menos pôde ver a filha recém-nascida.

Ela enfiou as mãos no meio das pernas para tentar se aquecer do frio. As pálpebras já estavam quase se fechando quando ela ouviu o barulho da porta se abrindo.

A médica se levantou, enquanto os passos pesados ecoavam pelo corredor.

Lívia segurou as grades da cela tentando espionar, mesmo sem conseguir ver, imaginou que fosse Enrico, então começou a esbravejar sobre a demora para liberá-la e a julgá-lo por sua tamanha ingratidão com as pessoas que lhe ajudaram.

- Você nem mesmo o agradeceu! - Ela repreendeu - Vi o que fez com o pobre homem! Tratou os seus seguranças com tanta grosseria e violência. - disse, indignada. - Você nem mesmo deixou o homem ver a filha recém-nascida! - berrou.

O corpo de Lívia ficou paralisado e a voz falhou quando viu o homem robusto, apenas alguns centímetros mais baixo que Enrico, ao se aproximar da cela.

- Buongiorno!

O rosto enrubesceu ao fitar o homem que tirou o chapéu fedora preto. Lívia notou o anel de ouro que reluzia no dedo indicador capo. A calça de linho preta de Don Bianchi combinava com o blazer.

- Bom... bom dia! - gaguejou. - Me desculpe, pensei que fosse Enrico.

- O meu sobrinho está descansando um pouco. - Ele olhou-a de cima a baixo. - O médico da família cuidou dele. Meu sobrinho é duro na queda, Enrico sobreviverá.

A médica recuou no momento em que o tio de Enrico chegou mais perto das grades. Lívia tinha um belo rosto anguloso e seu corpo tinha curvas que chamavam a atenção.

- O meu sobrinho não é bobo! - Massimo esboçou um sorriso malicioso, revelando um dos dentes de ouro. - Una bella ragazza!

Com medo, ela decidiu não enfrentar o homem que parecia mais cruel do que Enrico.

- Seu rosto não me é estranho! - Ele coçou o queixo, estava pensativo. - Não tem como esquecer um rosto tão lindo como o seu.

- Eu acho que o senhor está me confundindo com outra pessoa! - murmurou.

- Você é casada com um dos nossos colaboradores? - Os grandes olhos inquisidores avaliaram Lívia do alto da cabeça até o par de calçados que escondiam seus pés.

- Não!

- Você parece familiar.

- Eu trabalho num Hospital no Centro de Florença.

O tio de Enrico ainda estava surpreso com os traços delicados de Lívia.

- Não sei! - Lívia respondeu rapidamente. - Não me lembro de muita coisa.

- E quanto ao seu pai? Poderia me dizer o nome do artista que fez essa bela obra de arte! - Indicou o corpo de Lívia com um aceno.

- Sou órfã! - respondeu com veemência.

Lívia não tinha o que falar sobre os pais que a abandonou no orfanato. Assim como as outras crianças, ela foi deixada no cilindro mais conhecido como a Roda dos Excluídos.

Don Bianchi continuou questionando a refém, que se mantinha sucinta em suas respostas. Lívia estava atenta e só lhe deu informações insignificantes.

- Onde você nasceu?

- Na Itália.

- Em que orfanato você ficou?

- Santa Maria. - Lívia mentiu.

O rosto impassível de Don Bianchi se concentrou nas pupilas tão escuras quanto uma pedra de ônix. Não havia nenhum resquício de emoção no rosto do Capo da máfia.

Don Bianchi se virou. Seguiu em passos rápidos até a saída. Ainda pensava naquela bela garota com um olhar sombrio.

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No escritório, os dedos tamborilavam no tampo de madeira da mesa. Don Bianchi refletia sobre a garota enjaulada. Ele lembrou do rosto sombrio de Lívia no momento em que perguntou sobre a sua família.

- Mandou me chamar, Don Bianchi? - O consigliere cruzou a porta.

- Quero que descubra tudo sobre a médica que Enrico trouxe para a minha casa!

- Ah, sim! A doutora Lívia.

- Você a conhece? - Massimo olhou para o conselheiro com desconfiança.

- Não!

- Como sabe o nome dela?

- Me entregaram a bolsa com a documentação e os aparelhos eletrônicos da doutora.

O conselheiro abriu o zíper e virou a bolsa, despejando todo o conteúdo sobre a mesa. Massimo puxou o documento de identificação e observou o CRM da doutora Ricci.

- Investigue o passado dela e me traga respostas o mais rápido possível.

- Sim, Don Bianchi!

Pensativo, o tio de Enrico continuou observando a foto de Lívia no documento.

- Como está o meu sobrinho? - indagou antes que o conselheiro se retirasse.

- Ele despertou, está comendo.

- Isso é tudo! - Dispensou o funcionário.

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A toalha de linho branco envolvia a cintura de Enrico enquanto ele caminhava pelo enorme quarto decorado de maneira clássica, abriu o guarda-roupa e retirou a camisa branca de manga longa e a calça preta. Após se vestir, modelou os cabelos com o gel e dobrou a manga da camisa até a altura do antebraço.

- Vejo que já se recuperou.

- Sim, tio Massimo!

- Deveria descansar um pouco mais.

- Vou conversar com aqueles incompetentes. Eu quase morri!

- Não foi o que eu soube! - Massimo riu. - Fiquei sabendo que você matou dez.

Enrico fechou os botões da blusa e ergueu o rosto para o tio que sentou na poltrona.

- Eu não tive outra opção a não ser lutar.

- Você foi treinado para vencer. Lembre-se de que deve se vingar do assassino de seus pais.

- Não há um só dia em que eu não pense nisso.

Massimo se levantou e caminhou até a porta aberta.

- Tenho que sair para uma reunião, cuide de tudo enquanto eu estiver fora.

Enrico apenas observou o tio deixar o quarto. Colocou o relógio de ouro em torno do pulso esquerdo e seguiu em direção ao local onde ainda mantinham Lívia presa.

            
            

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