Contrato com um gângster
img img Contrato com um gângster img Capítulo 10 Acordo Perigoso
10
Capítulo 11 Não mexa nas minhas coisas img
Capítulo 12 Os termos do acordo img
Capítulo 13 Uma loucura passageira img
Capítulo 14 O rival img
Capítulo 15 Seja boazinha img
Capítulo 16 Eu não dormirei com você img
Capítulo 17 Um gângster paranoico img
Capítulo 18 Você é casada img
Capítulo 19 Orgulhosa e ingênua img
Capítulo 20 Uma espiã img
Capítulo 21 Um pervertido img
Capítulo 22 Eu não sou uma ladra! img
Capítulo 23 Cooperação perfeita img
Capítulo 24 A confusão no hospital img
Capítulo 25 Não seja tola img
Capítulo 26 Entre a vida e a morte img
Capítulo 27 Um gângster apaixonado img
Capítulo 28 Um beijo apaixonado img
Capítulo 29 Eu cuidarei de tudo img
Capítulo 30 Um traidor img
Capítulo 31 Não precisa ter vergonha img
Capítulo 32 Eu vou te proteger! img
Capítulo 33 Estás belíssima, amore mio! img
Capítulo 34 Ti amo, bella mia! img
Capítulo 35 A moeda de ouro img
Capítulo 36 Amargas lembranças img
Capítulo 37 Dominado pela paranoia img
Capítulo 38 Raiva e desejo img
Capítulo 39 A sede de vingança img
Capítulo 40 A fuga img
Capítulo 41 O sequestro da médica img
Capítulo 42 Estou grávida! img
Capítulo 43 O teste de paternidade img
Capítulo 44 Encontre a traidora img
Capítulo 45 A magia do amor img
Capítulo 46 Enganando o capo img
Capítulo 47 Ela está morta img
Capítulo 48 Para onde ela foi img
Capítulo 49 Um refúgio img
Capítulo 50 Um vulto na janela img
Capítulo 51 Não confio em você img
Capítulo 52 Não te perdoo img
Capítulo 53 Detalhes sórdidos img
Capítulo 54 A médica destruiu a nossa família img
Capítulo 55 Um acerto de contas img
Capítulo 56 Epílogo img
Capítulo 57 Trecho do livro Tudo Por Ela - Amor & Vingança img
img
  /  1
img

Capítulo 10 Acordo Perigoso

A cela ficava a poucos passos da entrada da masmorra e, lá dentro, ela estava encolhida, dormindo feito um anjo. Puxando uma cadeira, ele se sentou enquanto a observava, a doutora devia estar realmente cansada para dormir daquele jeito em um lugar como aquele, sem qualquer conforto.

Mesmo dormindo, a sensação de estar sendo observada era crescente, as pálpebras tremeram. Lívia abriu os olhos, a visão estava um pouco embaçada.

- Buongiorno! - disse a voz rouca. - Dormiu bem?

Lívia abriu mais os olhos e então reparou que Enrico não usava mais a faixa, os olhos se concentraram no inchaço na testa do mafioso. Percebendo o olhar clínico da médica, ele passou a ponta dos dedos sobre o hematoma.

- O médico da família disse que vou sobreviver.

Ela desviou o olhar, ajeitou o corpo e ao se levantar e se aproximou da grade.

- Me solte agora mesmo! - Exigiu. - Salvei você e cuidei dos seus ferimentos. Se há um pingo de gratidão em algum lugar nesse coração de pedra, você deveria me deixar ir! - A médica projetou o queixo, enfrentando o mafioso.

Embora ele não recusasse diretamente, Enrico riu da ousadia de Lívia. A palavra gratidão não existia em seu dicionário pessoal.

- A senhorita me salvou e, por isso, quero propor um acordo.

- Não é desse jeito que as coisas funcionam, senhor Bianchi. - Disse o sobrenome dele em alto.

- Então, a senhorita já sabe! Os empregados falam demais!

Lívia afastou as mãos quando ele tentou tocá-la.

- Seja boazinha, doutora Ricci! - fitou o rosto exausto de Lívia. - Você prefere escutar a minha proposta ou quer passar mais uma noite aqui?

Era desse jeito que as coisas funcionavam no orfanato onde ela cresceu. Depois de passar um dia inteiro de castigo no guarda-roupa, sua cuidadora abria a porta e perguntava se ela estava pronta para pedir desculpas aos colegas ou se preferia ficar mais um dia presa dentro daquela caixa de madeira embolorada.

Com os braços cruzados, ela alisou a pele arrepiada. Estava tentando se aquecer do frio.

- O que você quer? - Ela torceu os lábios.

- Vou deixar você sair daqui apenas sob uma condição...

- Não vou contar nada à polícia, prometo! - Lívia interveio antes que Enrico terminasse de falar.

Enrico passou as mãos no rosto, nervoso. Se Lívia abrisse a boca, seria o primeiro a caçá-la, sua família nunca aceitou traidores e delatores.

- Você só vai sair daqui se casar comigo! - Enrico alterou o tom da voz para que ela o escutasse de uma vez por todas.

Houve um longo silêncio entre os dois. Enrico esperava receber uma resposta rápida, mas Lívia apenas franziu o cenho enquanto apertava as barras de ferro.

- Vai ao diavolo, maledeto!

Lívia chegou a imaginar que Enrico poderia estar sob efeito de um surto, já que aquela proposta lhe pareceu extremamente estúpida e sem sentido.

- A pancada que você levou na cabeça foi tão forte que comprometeu o seu cérebro? - Ela questionou com um ar de deboche. - Você só pode estar louco, Farabutto!

Inclinando o torso, olhou para as mãos unidas. Esperou até que a médica se cansasse. Quando ela finalmente se acalmou, Enrico tornou a falar:

- Será um casamento falso. - acrescentou em voz baixa para que ninguém ouvisse.

Ela ainda refletia sobre a proposta do mafioso quando ouviu os passos de dois dos capangas que se aproximavam. Um dos homens falou algo que ela não compreendeu e Enrico apenas meneou a cabeça.

- Já decidiu? - Manteve o olhar fixo em Lívia.

- Preciso de um tempo para pensar em sua proposta. - Ela tentou ganhar tempo. - Poderia devolver o meu celular?

- Pegue o telefone da doutora. - Enrico ordenou a um dos seguranças.

- E se ela ligar para a polícia? - O capanga indagou.

- Devolva imediatamente. - Deu a ordem aos berros.

Por um momento, a médica se sentiu numa daquelas obras cinematográficas de Francis Ford Coppola. Nunca imaginou que, um dia, ela seria prisioneira do subchefe da máfia e que seria pressionada para aceitar um acordo perigoso. Ela olhou para o homem que retornou e entregou o aparelho telefônico para Enrico.

- Abra! - O sottocapo ordenou ao subordinado.

Lívia deu um passo atrás assim que Enrico entrou na cela, ele estendeu a mão e lhe entregou o celular. Mesmo se concordasse com a proposta, ela não saberia como enganar o mafioso para escapar, já que Enrico era extremamente forte e bastante inteligente.

De olho na médica, o gângster se aprumou enquanto Lívia retornava a ligação perdida dos pacientes e pedia desculpas por sumir de repente.

Ao se sentar, ela ergueu o rosto para o homem que ainda estava parado à sua frente.

- Quero a minha privacidade de volta.

Enrico lançou a cabeça para trás ao gargalhar do pedido inusitado da doutora.

- Você poderia sair, por favor!

- Não! - Balançou a cabeça de um lado para outro. - Tenho que ter certeza de que você não vai ligar para a polícia.

Aquele homem exalava desconfiança. Ela não teve outra opção a não ser ceder. Continuou retornando as ligações perdidas de seus pacientes enquanto as grandes pupilas azuis de Enrico esquadrinharam a sua reação.

                         

COPYRIGHT(©) 2022