Contrato com um gângster
img img Contrato com um gângster img Capítulo 3 A médica
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Capítulo 11 Não mexa nas minhas coisas img
Capítulo 12 Os termos do acordo img
Capítulo 13 Uma loucura passageira img
Capítulo 14 O rival img
Capítulo 15 Seja boazinha img
Capítulo 16 Eu não dormirei com você img
Capítulo 17 Um gângster paranoico img
Capítulo 18 Você é casada img
Capítulo 19 Orgulhosa e ingênua img
Capítulo 20 Uma espiã img
Capítulo 21 Um pervertido img
Capítulo 22 Eu não sou uma ladra! img
Capítulo 23 Cooperação perfeita img
Capítulo 24 A confusão no hospital img
Capítulo 25 Não seja tola img
Capítulo 26 Entre a vida e a morte img
Capítulo 27 Um gângster apaixonado img
Capítulo 28 Um beijo apaixonado img
Capítulo 29 Eu cuidarei de tudo img
Capítulo 30 Um traidor img
Capítulo 31 Não precisa ter vergonha img
Capítulo 32 Eu vou te proteger! img
Capítulo 33 Estás belíssima, amore mio! img
Capítulo 34 Ti amo, bella mia! img
Capítulo 35 A moeda de ouro img
Capítulo 36 Amargas lembranças img
Capítulo 37 Dominado pela paranoia img
Capítulo 38 Raiva e desejo img
Capítulo 39 A sede de vingança img
Capítulo 40 A fuga img
Capítulo 41 O sequestro da médica img
Capítulo 42 Estou grávida! img
Capítulo 43 O teste de paternidade img
Capítulo 44 Encontre a traidora img
Capítulo 45 A magia do amor img
Capítulo 46 Enganando o capo img
Capítulo 47 Ela está morta img
Capítulo 48 Para onde ela foi img
Capítulo 49 Um refúgio img
Capítulo 50 Um vulto na janela img
Capítulo 51 Não confio em você img
Capítulo 52 Não te perdoo img
Capítulo 53 Detalhes sórdidos img
Capítulo 54 A médica destruiu a nossa família img
Capítulo 55 Um acerto de contas img
Capítulo 56 Epílogo img
Capítulo 57 Trecho do livro Tudo Por Ela - Amor & Vingança img
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Capítulo 3 A médica

Naquela noite chuvosa, as ruas estavam vazias. Enrico seguiu o homem de capa preta por um longo caminho sem ser notado. Queria ter certeza de que não havia testemunhas à sua volta antes de cumprir a sua missão.

Ele cresceu sabendo que os traidores eram raças da pior espécie e que deveriam ser liquidados o quanto antes. Parado num beco mal iluminado, esperava que o contador chegasse mais perto, nesse ramo a paciência é indispensável. Em um movimento súbito, Enrico passou a corda no pescoço do homem que, instintivamente, lutou para sobreviver.

- Seu traidor de merda! - ele impôs toda a sua força apertando a corda cada vez mais, o homem buscava freneticamente pelo ar sem conseguir se desvencilhar de seu algoz - Vou te ensinar a não se meter com a minha família!

Segurando entre o queixo e a cabeça, ele virou o pescoço do traidor para o lado oposto e quebrou-lhe o pescoço. Enrico soltou o corpo do homem sem vida no chão e cuspiu sobre ele, não satisfeito, desferiu chutes contra o corpo estirado no chão. Abaixou-se e vasculhou a capa até encontrar o livro e um pen drive.

- Hei!

Enrico se virou após guardar os objetos recuperados, viu dois homens vindo em sua direção e então tentou fugir, mas um deles venceu a distância e o agarrou pelo braço. Enrico desferiu uma cotovelada no queixo do homem, fazendo-o perder os sentidos.

- Menos um, - mostrou os dentes alinhados num sorriso branco. - Venha! - Ajeitou a luva preta e enxugou a água da chuva que começava a embaçar a sua visão.

O homem comprido tirou uma faca da cintura e correu para cima de Enrico, ele se esquivou do primeiro golpe, mas segundo, acertou o seu braço esquerdo. Segurando a cabeça do seu rival, chocou o rosto dele contra o joelho e o jogou no chão, a faca caiu longe.

Enrico estava pronto para executá-lo, quando foi surpreendido por uma pancada violenta contra a sua cabeça. Sentiu a visão turva e o corpo pesado, mas sabia que se caísse ali seria o seu fim. Reunindo as poucas forças que tinha, ele cambaleou até um muro baixo que havia ali e pulou com dificuldade.

Do outro lado, o cão que guardava a propriedade rosnou ferozmente ao ver o homem invadir o local, Enrico correu o mais rápido que pôde e, em um último esforço, escalou o portão para o outro lado.

Ao pisar na calçada, conseguiu ainda dar alguns passos até que sua visão escureceu por completo e ele tombou inconsciente no chão molhado pela chuva.

Flashes dos momentos de sua infância pareciam bem claros em sua memória. Havia um lindo sorriso no rosto de sua mãe quando ela o acordava pela manhã para ir à escola. Fazia tempo que não sonhava com a imagem terna e bela.

As pálpebras abriram lentamente e se fecharam. Apesar da visão turva, ele vislumbrou a mulher de cabelos molhados, ela tinha uma aparência que recordava a mãe de Enrico.

- Mamãe - Enrico sussurrou.

- Não se mexa, - a médica ordenou enquanto o homem ferido delirava, - vou cuidar de você!

Lívia arrancou a manga de sua camisa branca e enrolou no braço ensanguentado do homem desconhecido antes de arratá-lo para o carro.

Pelas ruas molhadas, ela estava dirigindo em alta velocidade para socorrer o homem que permanecia inconsciente no banco de trás do veículo. A médica freou bruscamente em frente ao hospital. Seria complicado carregar aquele homem alto e musculoso até uma das salas com materiais de suturas. Pelo inchaço que se formou na cabeça dele, provavelmente, ele teve uma concussão.

Após tirá-lo do carro, ela o arrastou até uma maca com certa dificuldade e conseguiu levá-lo até a sala onde encontraria o material necessário para cuidar daqueles ferimentos. Por um instante, julgou a si mesma por estar sozinha ajudando um homem que nem conhecia.

- O juramento de Hipócrates! - Lembrou-se de sua promessa no dia da cerimônia de formatura. - Cumprir segundo meu poder e minha razão.

Ela respirou profundamente, pegou a tesoura e logo rasgou a manga do blazer para examinar melhor o ferimento no braço ensanguentado.

- Ferimento de facada! - murmurou para si mesma.

Lívia deu início ao procedimento de sutura após a limpeza do ferimento e aplicação de anestesia local. Passou o quinto, e último, fio de seda e então fechou antes de dar o nó. Examinou o inchaço na testa de Enrico, ele fez um muxoxo quando ela pressionou os dedos sobre o hematoma. Precisaria fazer uma tomografia e limpar o pequeno corte no supercílio. Toda aquela agitação a fez lembrar da época em que exercia o trabalho braçal, durante a residência no hospital da Francês.

            
            

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