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A distração em seu celular fez ela esquecer tudo a sua volta, em minutos as conversas no WhatsApp ficavam cada vez melhores, as fofocas dos seus antigos colegas de classe estava a divertindo muito, vídeos e mais vídeos de seus amigos mais próximos bêbados na praça no centro da cidade a fez esquecer completamente o clima pesado de mais cedo. A porta bateu a assustando, por cima do celular viu seu irmão entrar no quarto apenas de toalha na cintura, e ali mais uma vez viu o quanto seu irmão não tinha um pingo de pudor. Ele arrancou a tolha a jogando em umas das poltronas e lá estava, branco...
Rosado na ponta... Grande... Mas muito grande. Do tamanho que tinha, viu raramente em filmes pornô. Seus olhos ficaram vidrados na grande peça mole, que palancava de acordo que o seu dono se movimentava. Ah que maravilha, ela imaginou ter seu primeiro contato pessoal com um pênis de varias formas, mas nunca! Jamais, que seria o do seu irmão. Ele gargalhou vendo a curiosidade e perplexidade de sua irmã.
-Quer pegar nenenzinha, pelo visto nunca viu um pau na vida! Brincou provocativo.
-Já vi muitos... Respondeu seria sua provação.
-Mais como é que é? Sua surpresa o fez colocar as mãos na cintura indignado. -what the fuck is this story? Ele sempre falava em inglês quando estava nervoso.
Trad: que porra é essa história?
-Por vídeo claro! Terminou rindo da reação do seu irmão e o mesmo suspirou aliviado. -Mas prefiro que minha mão caia ao tocar nesse seu pau sujo, você pega qualquer uma.
-Me respeite! Afinou a voz ofendido. -Apenas não sou exigente. Completou gargalhando, Nalay o acompanhou.
A única coisa que ela pensava era, coitada das namoradas desse garoto, o jegue tem nome e se chama Victor Natan, o sabre de luz branco.
Ele vestiu uma calça moletom cinza para dormir, ela já estava devidamente trocada e esperando que o mesmo se deita-se para apagarem as luzes. Logo o sono veio e ambos adormeceram.
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Aos olhos de Nalay:
Sim... Acordamos e infelizmente pai não havia esquecido do castigo. Assim que ameaçamos por o pé para fora de casa ele já estava em nosso encalço nos mandando voltar. O tédio se instalou naquela casa, nos primeiros dias, o vídeo game, filme, banhos de piscina e fastfood eram bem mais que satisfatórios. Depois disso não aguentávamos mais nem olhar para cara um do outro, passamos o resto da semana na força do ódio, e graças a Deus já era sábado, por que se passasse mais um dia trancada com aquele branquelo piadista iria jogar ele da escada, estilo Nazaré Tedesco. E por Deus eu amava meu irmão, mas o garoto era feliz demais ao ponto de se tornar irritante, ele vivia no mundinho colorido de super modelo, além de ter virado estrela em seu Instagram, quando o mesmo me apresentou pela primeira vez como sua irmã gêmea, e a partir dai suas fã me perseguiam mandando mensagens desesperadas para eu ajuda-las a conhecer ele. Além das varias comparações físicas onde muitas vezes diziam que mal nos pareciam pois ele era muito mais bonito. O que dizer de suas fã loucas não é? E ainda queriam minha ajuda me humilhando em rede global.
-Estão liberados. Pai nos liberta depois de ver nossas caras de desespero na mesa da cozinha.
-Deus é Bom... Choraminguei.
-Thank you, God! Hallelujah...Gritou Victor em pulos.
Trad: Obrigado Deus! Aleluia.
Graças ao pai, o carma não foi tanto e o castigo terminou no sábado e pelo o que entendi no grupo a avenida estava lotada e alguns bares estava tendo shows ao vivo. Não que eu gosta-se de beber, longe disso, entretanto o que eu gostava mesmo era de movimento e isso teria de sobra, o bom de ser uma sóbria no meio dos bêbados é ter plena consciência de tudo que acontece, e pode ter certeza! Sempre acontece muitas coisas.
Um calafrio percorreu minha espinha, aquela velha sensação de que tinha alguém me observando. Escorada no balão da cozinha olhei em direção ao corredor de passagem para as duas salas e não tinha nada! Provavelmente era mais uma visão da minha mente. Voltei minha atenção para o celular vendo o restante das fofocas e respondendo as meninas que conversavam empolgadas no nosso grupo privado. Novamente aquele frio na espinha e quando volto minha visão para olhar o corredor, batendo de frente com Mirian que se andasse mais dois passos estaria colada no meu corpo. O susto veio misturado com um infarto e meu corpo não teve reação além de congelar e empalidecer, o esforço para voltar a respirar foi grande, não estava esperando aquela miserável em minha casa. Ela não me mandou nenhuma mensagem e muitos menos a ouvi bater na porta, isso que significa intimidade?
-Jesus amado! Peguei em meu coração no intuito de acalma-lo assim que voltei a sentir meu corpo.
-Oxi tava fazendo o errado é? Se assustando assim do nada. Ela rir de minha cara obviamente mais branca do que ela costumar ser.
-Vou fingir que não ouvir isso. Me acalmei
-Ta empolgada, vai sair?
-Vou! Vamos da uma volta na rua, simbora? A chamei já indo me arrumar.
-É né fazer o quê? Ela confirmou me alcançando nas escadas, olhou Victor que mexia entretido no celular no sofá da sala e voltou sua atenção a mim.
✥------- † -------✥
-Vitor está pronto? Bate na porta de seu quarto recebendo o silencio como resposta.
-Perai, ele vai com a gente. Os olhos esbugalhados de Miriam me fizeram rir de sua surpresa.
-Não é como se ele tivesse muita escolha de com quem sair né?!
-Exatamente! Ele abriu a porta abruptamente nos dando um leve susto. -Ou é com minha irmã anã ou é ficar em casa. Dei-lhe um soco no braço ouvindo um protesto de dor do mesmo, sua mão esfregava o local atingido.
-Sinceramente se fosse por mim não via sua cara por um mês.
-I tell you the same! Concordou fechando o olhos.
Trad: Te digo o mesmo!
Mirian nos olhou confusa, ela não sabia falar inglês! No colégio ela optou por estudar espanhol já que era a língua de origem de parte de sua família. Ela é descendente de espanhóis e Índios, já nossa família vem de uma linhagem direta de Alemão, tendo a mistura de outra raça apenas a partir dos filhos de minha avó, meu pai e seu irmãos. A principio os casamentos eram arranjados, e nossa família sempre tinham casamentos com alemães que vinham para o Brasil e ou, no caso dos homens iam para a Alemanha. O inglês se tornou uma lingua mãe para nossa família assim como o Português. Era essencial ensinar as duas línguas para os mais novos, pois, como na família o contato com pessoas de fora do país era inevitável o diálogo entre os membros da própria família era de fato importante.
-Foi tão ruim assim esse castigo? Ela ria de nossas caras de profundo desespero.
-Demais! Respondemos em uníssono, nos olhamos e rimos. -Bem só depois da metade do tempo. Rir e o mesmo confirmou com a cabeça.
-Então para que bar vamos? Ele bateu as mãos empolgado, nós duas rimos, coitado.
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-Eu nem acredito. Os olhos de Victor lacrimejava enquanto olhava para seu copo de refrigerante. -Oh... Judiação! Ele tombou a cabeça para trás derrotado, apenas riamos de seu desespero.
Estávamos na lanchonete "Gosto Caseiro", os lanches eram os melhores da cidade além de ser a melhor lanchonete da cidade, bolos, tortas e salgados. Não tinha lugar melhor... A grande questão era, a lanchonete se localizava ao lado do bar mais popular da cidade o "Caminho da roça" estava tendo musica ao vivo. Os olhos de Victor lacrimejavam olhando paras as pessoas que riam e gritavam enquanto entornavam copos e copos dos mais variados tipos de bebida, ele olhava desolado para seu humilde copo de refrigerante. Como Mirian é Evangélica, jamais poderia ser vista em um bar, não só por sua doutrina, mas também pela boca maldosa das pessoas. Por mais que Deus nos tenha dado o livre arbítrio na pratica não é bem assim, pise em falso e você é julgado, apedrejado e excluído. A grande piada da sociedade, é a liberdade! Só pode ser praticada se for de acordo com a expectativa dos outros. É ambíguo e imoral, beirando o ridículo.
Mesas modernas em sua maioria ficam na parte de fora da lanchonete que tinha um tema mais sofisticado, ao contrario do bar que dispunha de uma pegada mais rustica, mesas de madeira por todo o estabelecimento e também na calçada, do lado de fora um enorme pergolado de madeira que cobria de uma ponta a outra do terreno, lâmpadas amareladas balançavam com o vente no pendente. Era aconchegante e torna o clima mais agradável para a bebida.
Na mesa externa observávamos alguns rostos conhecidos. E sim eram de menos, mas cidade de interior é assim, e cai entre nós, é Brasil! Idade mínimo para beber, treze anos caso os pais tenham iniciado o vício, se não a partir dos 15 para se enturmar na sociedade adolescente. Sexo, drogas e bebida eram mais comuns nos dias do hoje, a liberdade nesses casos era respeitada a finco, apesar que a maioria eram influenciados a usar, e nesse momento de nossas vidas que devemos ter cuidado nas nossas amizades, pois um passo em falso e você cai nos perigos da vida por pura influencia. E pior ainda acha que é por escolha própria, a nossa mente é nosso principal aliado nessa fase de nossa vida, fortaleça sua mente ao máximo e tenha autonomia de suas escolhas assim ninguém fará de você um boneco te incentivando a se destruir por dizer que é só um trago!
-Eu não sabia que vocês não bebiam. A derrota de Victor era nítida, claramente ele era mais um dos que bebia, porém por sua cara ele era mais a influencia do que o influenciado.
-Ainda não está na hora!
-Eu sou evangélica.
-Opa! Victor nos olhou surpreso pelas resposta. -Meu fim de semana vai ser uma delícia, quando voltam as aulas mesmo? Seu sarcasmo deixou claro para nós que ele iria atrás de novos amigos para seus fins de semana.
-Ah... Muito obrigado pela consideração. Bradei me fingindo ofendida, ele apenas riu e me abraçou, estava ao seu lado e Mirian na nossa frente.
Victor além de ser recém chegado na cidade tinha aquele porte de galã de novela, chamando a atenção de todos que passavam de homem a principalmente mulheres. Todos passavam e encaravam nossa mesa encarando ele com curiosidade, uma mesa ao lado onde tinha algumas mulheres cochichavam e riam olhando o sorridente branquelo, que volta e meia me abraçava empolgado rindo de algumas historias de suas bebedeiras, Mirian apenas olhava ora maravilhada ora horrorizada pelas historias loucas e devassa de meu irmão. E não demorou muito, lá vinha o trio que conhecia bem.
-Não sabia que a lanchonete já estava permitindo a entrada de animais... Debochei esboçando meu melhor sorriso assim que elas chegaram próximo a mesa.
-An? Como assim? Mirian me olhava confusa.
Lerda como sempre! A cutuquei para que olhasse para o lado.