Capítulo 8 Uma péssima filha

Não adiantava correr, Nalay sabia que seu pai não cairia em mentiras, afinal ela já tinha soltado três e seu pai a advertiu que na próxima lhe daria uma bela surra. Nunca havia apanhado dele, e não queria começar agora. Victor descia as escadas com passos pesados e semblante abatido, ele com toda certeza não queria está ali.

-Comecem. Guilherme cruzou os braços ríspido assim que o mais novo se sentou a mesa.

-Então... Começou Nalay indecisa.

Minutos depois Nalay havia contado toda a história, se vitimizando o máximo que pôde, Victor adquiriu um coloração rosada de vergonha com as olhadas de seu pai para com si, seus olhos vagavam pelo teto buscando ao máximo não encarar os olhos amedrontadores do mais velho.

-Desculpa pai, mas ela quis! Tentou assim que seu pai soltou uma respiração pesada.

-Ok... Ok... Ele suspirou mais uma vez massageando suas têmporas com os dedos, de olhos fechados para absorver tudo aquilo, seu filho mal havia chegado e o que ele mais temia tinha acontecido, os gêmeos juntos era um perigo e isso não mudou mesmo depois de tantos anos separados. Lembra dos dois crianças, enquanto Nalay era o celebro maléfico Victor era o executor dos planos mais loucos que se não fosse o pai de ambos, duvidaria muito que duas crianças tão angelicais fossem capazes de tal proeza. Lembrou-se de umas das aventuras de seus pequenos, não foi a mais pesada entretanto foi a mais memorável, quando sua pequena miniatura de confusão, não queria ir para a escola e após ser forçada, se juntou ao irmão e juntos colocaram uma mistura em pequenas quantidades nos bebedouros, de água sanitária, cloro e laxante, o efeito foi catastrófico, não demorou 10 min para todos que beberem correrem para os banheiros, a situação ficou tão seria que a escola teve que ser fechada por uma semana para manutenção e limpeza do local. E eles tinham apenas 6 anos! Nunca descobriram quem foi, mas Victor por remorso contou ao pai, como castigo os dois ficaram trancados em casa sem poder brincar durante todo o tempo que o colégio ficou fechado, ele nunca entregou os filhos por que isso acarretaria em expulsão e aquele era o melhor colégio para ambos, Mas tanto ele quanto Catarina começaram a ter mais cuidado com a pequena, ensinando alguns princípios básicos da sociedade.

-Pai apenas agi como achei certo!

-Nalay você agiu com prepotência e maldade, não era motivos e você sabia disso, você só queria uma desculpa para demiti-la desde que notou as investidas dela em mim uma vez. Encarou a mais nova e Victor o olhou cumplice.

-Um... Garanhão... Brincou soltando uma piscadela.

-Calado Victor! Que já chego em você pirralho. Falou grosso, Victor rapidamente calou a boca e baixou a cabeça como um cachorrinho acuado.

-Mas pai, ela...

-Nalay! A interrompeu altivo. -O que passou, passou, irei procurar uma nova ajudante agora, procurarei as mais velhas, para ver se meu caçula deixa o zíper fechado na calça. Olhou firme para o mesmo que corou violento, e escondeu suas partes com a mão, era constrangedor ter aquela conversa com seu pai, por Deus. Nalay ria com a insinuação e desconcerto de seu irmão. -E você mocinha, mude seu temperamento se não irei te internar num convento de freiras para ver se Deus amolece seu coração de gelo. Agora foi a vez de Victor rir da cara estupefata de sua irmã, como ele teve coragem de dizer aquilo de sua caçula linda? -E... Encarou os dois. -Pela próxima semana vocês estão de castigo.

-O que?

-Why?

Ambos se olharam tristes, Nalay estava indignada, fazia anos que não era colocada de castigo, ele mal tinha chegado e já os meteram nisso, ah que ótimo! Tinha até medo com o que poderia acontecer no decorrer dos dias. Os dois subiam as escadas bufando.

-Culpa sua que demitiu ela. Empurrou com o corpo a menor que tombou na parede.

-Ah! Sorriu sarcástica. -Quer dizer que você come ela... E eu que levo a culpa? Ela retribuiu o empurrão que bateu no corrimão e o mesmo gargalhou com a resposta, arrancando risos dela também.

-Shit! That sentence was hilarious... Ele gargalhou mais alto, ela não conseguia se conter olhando para ele e caiu na gargalhada junto.

Trad: Merda! Essa frase foi hilária.

-Nem tinha pensado em como sairia, na minha cabeça ia sair algo bem serio! Eles se entreolharem mais uma vez e voltaram a rir alto.

O restante do dia foi basicamente os dois jogando as centenas de jogos que Nalay tinha em seu vídeo game. Ela jamais tinha se sentido tão humilhada como ali na poltrona de seu quarto, após perder miseravelmente mais de 50 vezes para seu irmão que ria vitorioso, quando os jogos eram de corrida e luta ainda conseguia vencer algumas, agora quando o mesmo o convenceu em jogar futebol, nessa perdeu miseravelmente, sua cabeça doía era com certeza odioso perder, suas veias pulsava em nervos pelas perdas consecutivas, em alguns momentos perdeu tanto que sentiu vontade de chorar de ódio.

-Que merda velho, não dá pra jogar com você. Ele ria da carranca irritada.

-Isso se chama não saber perder sister.

Logo o jogo se tornou entediante, não só por ela só perder, quanto por ele só ganhar, a emoção acabou e só restou o tedio. Ambos decidiram que era melhor conversar do que continuar jogando, a cabeça de Nalay doía, aqueles jogos não tinham muito sentido logico, por ser estrategista ficar ao acaso e habilidades motoras a irritava de muitas formas.

            
            

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