Capítulo 7 Se fud...

Praguejando em inglês ele desceu, queria da uma volta e respirar um pouco de ar puro que só sua cidade tinha. Usando apenas um short moletom e uma sandália de dedo, bateu de frente com a jovem Jaqueline, que terminava de organizar os pratos recém lavados.

-Sorry! Ela soltou um pulinho com o susto, deixando cair o pano de prato ao qual pegou rapidamente, seus olhos vagaram vagarosamente por todos os músculos bem definidos do homem que era quase o dobro do seu tamanho. - Não sabia que ainda estava aqui, não estou apresentável. Ele completou rindo do seu nervosismo.

-Ah! Eu fico aqui até as 15 horas. Respondeu nervosa, tentando desviar o olhar. -O senhor é Victor o irmão de Nalay não é? Eu não esperava que o senhor fosse as...sim... Falou com a voz tremula, o olhar predatório de Victor a desconcertava.

-Esperava um moleque magrelo, baixinho e com óculos? Ironizou escorando no balcão que separa os dois, seu corpo apoiado pelos antebraços na pancada, suas veias saltavam nos braços pelos esforço, o que não passou despercebido pelo o olhar da mulher.

-Quase isso. Sorriu sem graça, encarando o sorriso perfeito do mais jovem, ela estava ficando excitada e olha-lo era como olhar o amanhecer do sol, lindo, brilhando e quente.

-Então acho que superei as expectativas?

-E muito! Ele gargalhou satisfeito, ela o olhou assustada após perceber que falou em voz alta seus pensamentos.

-Ah não precisa ficar envergonhada. Ele deu a volta no balcão ficando em sua frente. -Se bem que você fica adorável com vergonha. Sua voz saiu baixa e sensual, sua mão cuidadosa alcançou uma mecha de seu cabelo cacheado colocando atrás de sua orelha. -Linda... Completou olhando seu rosto corado. -Posso lhe dar um presente? Pelo delicioso almoço? Ele apenas recebeu um aceno afirmativo de cabeça, a tenção sexual foi surgindo quando seus lábios se encontraram, o beijo lento e tímido logo foi substituído por um quente e faminto, ela agarrou seu pescoço dominando o beijo com uma experiencia que a princípio o surpreendeu. -Não estava esperando por isso. Ele confessou com sua voz grave e sensual assim que se separaram para pegar ar.

-Eu não sou uma guria. Ela o olhou faminta. -Me beija... Agarrou novamente seu pescoço trazendo sua boca até a sua.

Seus corpos se encontraram e em instante ele a suspendia enlaçando suas pernas em sua cintura fina. A porta do banheiro logo foi aberta e ambos adentraram em chamas fechando a porta logo a seguir.

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Seu banho demorou cerca de 20 minutos, se distraiu ouvindo algumas musicas em seu celular, sua voz pouco afinada entoava algumas melodias. Entrou em seu quarto e procurou um vestido leve, fazia calor e para ficar dentro de casa nada melhor que algo leve e confortável, penteou o cabelo e novamente olhou algumas mensagens no celular, o grupo da sala estava bombando com algumas fofocas, Miriam tinha dado sinal de vida e mostrou a frustração por está na chácara de seu pai, lá estava mais para um povoado, chácaras grandes, porem perto uma das outras, fazendo uma vila, todas eram cercadas por madeira e arame, ao total tinha em torno de 40 cacharas, algumas mais chiques e outras mais humildes todos tinham amizade, os mais velhos costumavam passar mais tempo lá, entretanto fins de semanas e nas duas vezes ao ano onde tinha as festividades da carne, onde todos matavam bichos de sua criação e faziam um grande churrasco no espaço ao meio de todas as casas, onde fizeram uma área gourmet com piscina para comemorar o bom desenvolvimento e multiplicação de sua criação. Nalay tinha ido algumas vezes para lá, principalmente por seu padrinho cumpadre de seu pai ter uma casa lá, que por coincidência era ao lado da casa dos pais de Miriam, nas duas vezes ao ano seu pai fazia questão de ir beber e comer carne até o amanhecer do dia, e por vezes o viu flertar com algumas solteiras de lá.

Desceu as escadas lentamente, a cada estava tão vazia como nunca, provavelmente seu pai tinha saído, ela odiava aquele silencio o vazio daquela casa, sempre a fazia lembrar de momentos ruins de sua vida. Lembrou de seu irmão, ela afinal não estava mais sozinha. Já havia passado por seu quarto e viu que estava vazio, passando pela sala de jantar entrou na cozinha a vendo completamente vazia, era estranho, Jaqueline deveria está ali. Se assustou com o barulho que de coisas caindo vindo do banheiro.

-Mas o que diaxo é isso? Se questionou encarando a porta.

-Ahh... Um gemido abafado saiu do banheiro.

-O que merda est... Ela estagnou quando sua mente processou a possível causa, corou violentamente com o barulho a seguir.

Um tapa estalado e mais um gemido, o barulho das peles se chocando foi ficando cada vez mais alto, mais dois tapas fortes, e um gemido ainda mais alto tomou conta da cozinha. As peles se chocando com violência e o interior de Nalay queimou em chamas. Merda eles estavam transando no banheiro, era inacreditável, se tinha duvidas agora não mais, seu irmão era um pegador promiscuo da mais baixa índole. Ele mal tinha conhecido a coitada e já a abateu com chibatadas violenta diga-se de passagem.

-Que merda! Nalay sorriu com a ultima parte, ele era realmente de outro mundo.

Nalay não soube contar quanto tempo mais teve que esperar, tentou se distrair com o facebook, ver alguns vídeos e memes, por seus cálculos mais um dez minutos se passaram ou um pouco mais, o chuveiro foi ouvido, e mais alguns minutos a porta fora aberto por seu irmão de expressão neutra e tranquila uma toalha preta presa em sua cintura e um pau visivelmente ereto marcado nela e nossa... Coube? Logo após uma Jaqueline de cabelos molhados e expressão cansada saiu. Ele acabou com ela literalmente! Ela levou um susto assim que notou a presença da mais nova, que em seu rosto mantinha uma expressão sacana.

-Não me olhe assim... Nalay andou suavemente ate um cesto de frutos. -Você estava aos berros sendo comida por meu irmão e não queria que ninguém ouvisse? A voz sarcástica fez Jaqueline tremer, ela sabia muito bem quem era Victoria Nalay, uma garota calculista e fria.

-Joga uma para mim. Victor pediu observando da porta com atenção a conversa. Nalay jougou-lhe uma maça e o mesmo mordeu com gosto.

-A senhorita deseja alguma coisa? Tentou desconversar e Nalay riu com o cinismo.

-Sinto muito Jaqueline, mas isso não pode passar... você é mais velha... meu irmão pobre menino indefeso. Só tem 15 anos e você se aproveitou... Ela falava com ironia entre caras e bocas de incredulidade fingida, seu irmão segurou o riso com suas palavras. Ela obviamente não precisava fazer isso, sabia muito bem que seu irmão não era santo, entretanto, Jaqueline já havia desafiado algumas vezes e por assim dizer foi bastante cruel consigo, quando seu próprio pai a deixou responsável algumas vezes por si, sem contar que já notara o quão grande safada ela era por se insinuar algumas vezes para o seu pai, hoje seu pai conseguia ter uma boa vida, sua casa é só um reflexo de anos e anos de sofrimento e exaustão, trabalhando 10 até 16 horas por dia, só soube o que realmente era ter luxo depois dos 10 anos de idade. Entretanto o seu caráter não a deixava armar alguma coisa para demiti-la, mas, acreditava nas voltas que o mundo dá, e olha só ele deu mais rápido do que esperava. -O que você acha em Jaque... Ela encarava com bravata. -Meu pai tem um nome a zelar, o que ele dirá com uma funcionaria que abriu as pernas e coagiu seu filho de 15 anos a trepar com ela na pia do banheiro?

-No vaso também. Ajudou seu irmão que se divertia, a mesma o olhava perplexa ele estava piorando sua situação.

Seu Guilherme era um senhor muito reservado e preservava por sua imagem, sempre deixou bem claro os limites entre funcionário e empregador. Ele com certeza poderia denuncia-la por estupro a menor de idade, se isso fosse lhe causar um escanda-lo ele não deixaria sua família ser ridicularizada, sem contar que poderia perder a guarda dos filhos por abandono e não está sempre presente permitindo assim seu filho ser violado. A senhora Catarina não deixaria isso passar. Quanto mais ela pensava mais o desespero se apossava de seu interior, os olhos marejados, suas mãos começaram a tremer com o leve pensamento de ser presa.

-Sem contar que permitiu que sua amada e inocente filhinha presenciasse tudo, ouvisse tudo. A encenação de está ofendida e magoada ganhou mais forças quando um lagrima escorreu de seu olho esquerdo.

-Não senhorita, por favor eu imploro. Ela se ajoelhou em sua frente. -O que quer que eu faça eu faço qualquer coisa. As lagrimas rolavam pelo rosto da morena, Victor apenas observava ansioso pelo o que viria a seguir, sua irmã era assustadora.

-Demita-se! Sua expressão apática e fria assustou a mais velha que a olhava incrédula.

-O quê?

-Demita-se, vá embora e não fale disso a ninguém, não tenho nada contra você mas ninguém tem permissão de se impor sobre mim. Nalay proferiu as ultimas palavras e como um flash, ela lembrou de quando não permitiu que Nalay viajasse no fim de semana e nem saísse, quando ficou responsável por ela.

Ela se levantou limpando os seus joelhos. -Sabe Nalay, você é ainda mais mimada do que pensei, eu só quis te mostrar que você não pode fazer tudo pirralha. Ela olhava a mais jovem com desdém.

-Sim eu posso! Por que eu sou melhor e mais inteligente que você, então pegue essa sua cara de puta safada e caí fora daqui!

-Eu nunca fiz mal a você, sua garota fria e sem sal.

-Pare de se fazer de inocente, nós duas sabemos quem você é. Suma antes que eu mesma a denuncie. Um sorriso presunçoso brotou em seus lábios, ela pegou sua bolsa e correu para o corredor lateral da casa.

-Porra!

-Você não a ajudou de forma alguma não é? Você é cruel, a jogou no fogo e tirou seu corpo.

-Não mais que você? Afinal quem acendeu o fogo? Ambos começaram a rir, ela não sabia dizer se estava agradecida ao seu irmão por não se meter, ou assustada pela falta de sensibilidade dele, afinal ele deixou bem claro que apenas a usou.

-Podem me dizer o por que da Jaquelina ter passado correndo por mim em prantos enquanto dizia que se demitia? Guilherme apareceu na porta de saída da cozinha, seu semblante era assustadoramente serio.

-Shit!

-Merda!

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