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Ben
Quando Olivia chega com seus pais. Eu vejo que ela não está bem, compartilhamos sentimentos intensos ontem e hoje estamos aqui, em casa e com a nossa família. Eles vão perceber, tenho certeza que Kevin e Sheila já perceberam.
- Tá tudo bem cara? - Meu irmão mais velho, me pergunta.
- Sim está - Nesse momento os Diaz se juntam a nós - Oi Kevin - digo o cumprimentando com um abraço que ele retribui me dando dois tapinhas nas costas e vou abraçar a Sheila - Tudo bem Sheila? - Ela retribui o abraço, eu estou precisando muito desse abraço. Ela sabia, tenho certeza que foi esse o conforto que a Olivia foi buscar, esse abraço maternal.
Olho para minha esposa, assustado e com os olhos cheios. O que estava acontecendo comigo? Eu não era muito de chorar. Olivia sorri de canto.
- Estou sempre aqui para você também, ok? - O "também" me deu certeza. Ela sabia. - É o meu menino favorito e eu te amo.
- Você não sabe como é bom ouvir e sentir isso Sheila. Eu também te amo - Falo me afastando e tentando limpar os olhos - E eu a amo demais mesmo - Ela entendeu que eu estava falando de Liv - Não comenta nada com a minha mãe, por favor - Ela riu
- Vocês são iguais mesmo. Não vou contar, mas ela é esperta para o governo de vocês - Olivia se aproxima de mim nesse momento e beijo sua têmpora. Ela sorri sem graça.
- Vamos subir para eu te ajeitar - Concordo e a sigo. Meu quarto ainda estava intacto, mas com o novo bebê de Erick, ele vai ser desmontado logo. Como o do Tom, que agora pertecia ao gêmeos.
Olho ao redor do meu quarto, as lembranças com a Olivia me inundam. Minha cama, minha escrivaninha e até a poltrona que tenho no canto do quarto. Amei essa mulher em todos os metros quadrados desse quarto.
- Minha mãe perguntou se eu estava bem, mas acho que minto mal igual a você - Ela limpa meus olhos. Eu dou um sorriso seguro as mãos dela que estão no meu rosto.
- Tudo bem. Foi reconfortante o abraço da sua mãe - Ela concorda com a cabeça.
- Ben, porque não me contou da gravidez da Pamela? - Ela me encara e eu abaixo para beijar seu ombro. Ela está usando uma blusa de alça fina.
- Eu esqueci mesmo - A beijo outra vez e já sinto ela mole nos meus braços.
- Quando você recebia certas notícias de casa, eu era a primeira pessoa para quem você contava - Ela está coberta de razão - Eu não ia ficar triste pela gravidez dela. Ela consegue e eu não, grande coisa - Ela disse cheia de mágoa.
- Ei, nós vamos conseguir ok? - Eu confiava nela. Ela balança a cabeça em afirmação. Eu beijo sua boca, desço para o pescoço e vou beijando. Ela segura meu cabelo com força, como sempre fazia.
Tiro a blusa da Olivia, deixando-a só de sutiã. Me ajoelho tirando a calça dela. Ela fica parada só de calcinha e sutiã. Nesse momento ela sorri de um jeito sexy e provocativo e eu continuo.
A coloco em cima da escrivaninha, ajoelhando novamente e abaixo sua calcinha. Ela já está molhada, mesmo assim levo minha boca até sua vagina e chupo. Ela geme alto e segura meus cabelos marcando o ritmo. Olho para ela sorrindo.
- Shh, a casa tá cheia.
Ela se controla um pouquinho e eu continuo. Lambida a lambida, ela fica mais molhada, eu agarro o seu clitóris e sugo de maneira que sei que a enlouquece. Ela coloca as pernas nos meus ombros e eu mergulho a minha língua nela. Eu beijo, mordo e chupo e quando está quase gozando, eu levanto dou um beijo nela, fazendo ela provar o sabor dela. Abaixo as calças e a penetro. Nesse momento não existe nada no mundo, só nós dois.
Ela tira a minha blusa buscando o contato com a minha pele e eu tiro seu sutiã. Chupo o seu mamilo enquanto vou metendo nela. Quando sinto que vou gozar, coloco um dedo no clitóris de Olivia aperto. Um orgasmo incrível toma conta de nós dois.
- Estamos uma bagunça - Ela ri para mim - Eu subi para te ajeitar. Todos vão perceber o que estávamos fazendo - Eu sorri.
- Claro, temos uma pessoa muito escandalosa aqui - Nós rimos alto e nos beijamos. E que momento bom, isso não acontecia conosco há meses.
Tomamos banho juntos e a Olivia resolveu que era uma boa ideia me chupar no chuveiro. Foi uma excelente ideia.
Descemos e nos juntamos à família. Olivia me dá uma cerveja e senta no meu colo. Minha mãe nos olha com desconfiança, não porque acho que ela saiba o que estamos passando, mas porque deve ter ouvido alguma coisa lá de cima.
- Estavam no banho? - Ela diz, com aquele olhar de "peguei no flagra". Eu conheço esse olhar desde que fomos realmente pegos.
- Sim, tomei um banho com a minha esposa. Não pode? - Olivia já ia se explicar.
- Claro que pode, só é engraçado que mesmo depois de anos, vocês dois ainda tem a mesma paixão da adolescência - Elas disse feliz. Aquilo não era verdade, o que aconteceu lá em cima foi um evento isolado, não transavamos daquela maneira há um bom tempo.
Sorrimos para ela e Olivia foi ajudar Pamela e a Sheila na cozinha. Vou para fora ficar um pouco com meu irmão.
- E aí Erick? E esse projeto do novo escritório aqui na cidade?
- Ah, a mamãe não guarda nada. É incrível - Eu e Kevin sorrimos concordando - Eu estou cansado de ir para a cidade, para ser advogado de porta de cadeia. Vou me especializar em compra e vendas de imóveis, contratos e casos de família. É o que dá dinheiro em cidades pequenas.
- Eu acho uma ideia boa
- Não é glamuroso como ser promotor do estado - Ele diz se referindo à mim.
- Cara, é incrível. Você vai poder ficar mais tempo com a sua família, principalmente agora com o terceiro bebê - Digo para tranquiliza-lo e ele concorda. Meu pai odiaria o rumo que ele está tomando. Mas pelo menos ele estava feliz.
Meu pai decidiu que todos nós íamos ser advogados, antes mesmo de aprendermos a falar. Tom foi o único que se livrou desse destino e Erick era o único que realmente queria isso. Eu nem me lembro o que queria fazer, nunca foi uma possibilidade fazer outra coisa que não fosse direito. Quando contei para Liv a faculdade que iria, ela quis ir também para ficarmos juntos. Mas aos 18 anos ela tinha certeza de que queria aquilo e eu era um bônus que ela tinha, era a melhor aluna da faculdade. Por isso trabalha em um dos melhores escritórios de advocacia do país. Ela é reconhecido e temida, é muito boa.
Eu trabalhei uns anos em um escritório mediano e quando abriu concurso, fiz para ser promotor de justiça, nem lembro se a ideia tinha sido minha. Mas meu pai foi aos céus com isso e 1 ano depois ele morreu.
Nesse momento ouvimos uma buzina, Tom estacionou e todos saíram para falar com ele. Ele sai do carro animado e abre a porta do carona, uma mulher muito bonita sai do carro.
- Oi família - Todos estavam do lado de fora, assim como fizeram quando chegamos - Ben, cara quanto tempo - Ele morava na capital e nos vimos semana passada. Tom tinha acabado a faculdade e tinha começado a trabalhar numa empresa de arquitetura. Ele fez um projeto legal de um prédio, mas ainda estava começando.
Ele cumprimentou todo mundo e todos estavam olhando para a mulher que chegou com ele.
- Que bom te ver meu filho - Minha mãe disse e olhou para a mulher - Sou a Carol, eu te prometo que eduquei bem os meus filhos - Tom percebeu e sorriu.
- Desculpa galera - Ele se aproximou e tocou as costas da mulher - Essa é a Laura - Disse apresentando a mulher que o acompanhava - Minha, minha - Ele pigarreou - Minha noiva.
Olivia
Meu cunhado chegou em grande estilo, ele pegou a família inteira de surpresa quando anunciou que estava noivo.
- Noiva? - Perguntou todos em uníssono.
- Laura e eu decidimos nos casar. Provavelmente em 2 meses - Isso sim foi uma surpresa, considerando que ninguém sabia desse namoro. O Ben estava com ele semana passada, com certeza já sabia e não me disse nada - Eu a pedi em casamento ontem e ela disse sim - Ele disse muito feliz. Isso me provava que o Ben não sabia do casamento.
- Uau, isso foi repentino - Minha sogra tenta reagir com indiferença, mas a conhecemos, ela está surtando.
- Eu te vi semana passada, como do nada você está noivo. E nada contra Laura, prazer em conhecê-la inclusive - Ela estava muito sem jeito - Mas nem sabíamos que estava namorando.
- Não foi "do nada", nós conversamos e decidimos que era o melhor para nós - Ele segurou a mão dela, um fofo. Todos olhavam incrédulos - Laura vai ter um bebê, tá legal. Nós queremos fazer isso juntos, como uma família. Quero o que o Erick e a Pamela têm, um relacionamento sólido e filhos perfeitos - Ai, essa me atingiu. Não somos um exemplo de casal para Tom.
- Eu quero isso para você também, mas tudo precisa ser pensado. Ninguém faz nada no impulso - Carol ainda tentava.
- Já sabem aonde vão morar? - Perguntou Erick.
- Que tal todos entrarmos, temos mais para conversar lá dentro - Diz minha mãe intervindo.
Lá dentro todos os Mendes coagiam o Tom, enquanto Pam, minha mãe e eu fazíamos companhia para Laura. O resto da família estava na cozinha conversando, inclusive meu pai. Não ouvíamos nada, mas imaginávamos.
- Então Laura está tudo bem com você? - Perguntei, pois parecia que ia explodir a qualquer momento, e ela está grávida de um sobrinho meu - Eu sei que tudo parece intenso agora, mas vai melhorar. Está de quantos meses?
- Eu imaginei isso, na verdade todo mundo reagiu até que bem. Eu estou com 2 meses, ainda é recente e o nosso namoro também é - Ela me pareceu triste
- Vocês vão ficar bem querida, nessa família amamos todo mundo e esse bebê vai ser muito mimado - Minha mãe disse a abraçando. Ela aceitou o abraço e sorriu.
- E vamos poder criar nossos filhos como amigos. Carol vai ficar animada em ter 2 netos de uma vez - Ela ia ficar mesmo, Carol ama crianças.
Nesse momento Carol, meu pai e Erick entram na sala.
- Laura me desculpa, foram muitas informações ao mesmo tempo e reagi mal - Ela disse sorrindo para a nova nora - Eu quero que saiba que você é muito bem-vinda nessa família. Meu filho mais novo está formando a sua própria família e isso me faz perceber que não tenho mais nenhum bebê. - Laura levantou e a abraçou.
- Espero que possamos ser amigas, você é essencial na vida do Tom e todos formam um família linda e grande. Eu nunca tive isso e quero fazer parte.
- Vocês já fazem, querida.
Foi um lindo momento, eu fiquei feliz por Tom, eu conheci esse menino com quase 1 ano de idade e agora já ia se casar. Logo todos estavam ao redor de Laura e ela contou que conheceu Tom através de um trabalho que estava fazendo na empresa que ele trabalha, ela trabalha com marketing digital e é 2 anos mais velha.
Tom e Ben, ainda não tinham se juntado com o resto de nós e então fui atrás deles. Eles ainda conversavam na cozinha.
- Ben, eu de verdade não te entendo - Escutei quando Tom falou, ele parecia bravo - Vocês fizeram exatamente a mesma coisa, tirando a parte do filho. Mas a pediu em casamento com 23 anos - Eu sorri com a lembrança, foi um dos dias mais felizes da minha...
- E foi um erro tá. Fiz o que todos esperavam que eu fizesse na nossa formatura, tinha sido um ano difícil. - Ben disse quebrando meu pensamento - Casar tão jovem assim não é uma boa ideia, me escuta caramba. Não quero que você chegue aos 34 anos se perguntando como seria se tivesse sido diferente. Você engravidou sua namorada, que seja, assume suas responsabilidades e é isso, você não precisa casar para ser um bom pai. Você nem a ama.
- Mas vou amar, eu vou me esforçar por ela todos os dias. E pelo meu filho também. Eu sei que vamos ser felizes, acredita em mim.
- É difícil amar a mesma pessoa para todo o sempre Tom, você precisa estar firmado nisso desde o começo. Você vai ser obrigado a amá-la até quando o amor não estiver mais ali. - Eu paro de ouvir, eu nem tinha que ter começado. Eu vou correndo para a rua e resolvo caminhar.
Nosso casamento andava ruim, mas nunca me arrependi do caminho que traçamos. Eu achava de verdade que o nosso problema era falta de paixão, mas percebi nesse momento que era algo mais sério. Ben não me ama mais.