Uma família de mentirinha
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Capítulo 5 5

KATHLEEN

A

previsão não declarou chuva para hoje, mas os céus se abriram e a multidão começou a se afastar da cerimônia.

Tinha muitos rostos desconhecidos, pessoas de fora da cidade. Talvez fossem curiosos e mórbidos. O fogo e a tragédia se espalharam nas notícias:

"O casal tinha uma loja de lembranças da pitoresca cidade de Hawk Valley. Eles deixaram para trás um filho ainda criança. Agora é com você, George, para as novidades do trânsito."

Um noticiário de alguma das estações de Phoenix estava rondando o estacionamento. Eu me perguntava se seria a mesma repórter que topou com Nash essa manhã. Ele mandou ela se foder antes que ela terminasse a frase.

Enquanto as pessoas que estavam no cemitério começavam a recuar e olhar de relance para o céu ameaçador, Nash permaneceu no lugar com a cabeça inclinada e as mãos grandes dos lados.

O pastor terminou a cerimônia e tocou Nash no ombro antes de seguir a multidão. Ele pareceu dizer algo, mas eu estava tão longe e parecia não ser importante de qualquer forma. Nash o ignorou.

Meu salto esquerdo vacilou no chão escorregadio enquanto eu ia até Nash. Evitei olhar os dois caixões cobertos de flores. Não queria pensar no que havia dentro.

Nash não olhou quando me aproximei e eu não pude olhar seu rosto.

― Nash. ― Eu disse enquanto a chuva se intensificava. ― Você está bem?

Agora ele olhou. Um trovão alto marcou o momento. A expressão nos seus olhos azuis era tão angustiada que eu tentei consolá-lo. Mas Nash não era o tipo de homem que apoiaria a cabeça no ombro de alguém para chorar.

― Acabou. ― Ele disse e pareceu surpreso. Eu me questionava se ele tinha ouvido o culto ou se estava muito perdido em pensamentos. Esse não seria o primeiro funeral que ele passaria, não era a primeira vez que alguém que ele amava morria de forma tão brutal.

― Sim. ― Eu disse. ― Acabou.

Era verdade. Pelo menos essa parte tinha acabado. As autoridades tinham recuperado os corpos rapidamente e o funeral pôde acontecer apenas 4 dias depois do incêndio. Muitas pessoas na cidade tinham oferecido ajuda, mas Nash insistiu em resolver tudo ele mesmo. Talvez ele gostasse de ter a cabeça ocupada.

Talvez por isso ele estava tão ocupado passando tempo com o Colin.

Faltava pessoas felizes para preencher o vazio e cuidar do bebê, cedo ou tarde, seria uma decisão difícil. Eu sabia o que Heather e Chris iriam querer. Minha prima me contou sobre a visita a Steve Brown há uns meses. O advogado provavelmente estava esperando o funeral para compartilhar o testamento.

As pessoas se perguntavam e sussurravam entre elas. "E o bebê? O que vai acontecer com ele? " E eu permaneci em silêncio porque eu não tinha o direito de fofocar, especialmente quando Nash ainda não tinha sido informado sobre o papel que seu pai pretendia dar a ele.

De repente o olhar de Nash assumiu um significado mais profundo. Sim, o funeral tinha acabado. Mas agora ele tinha que descobrir o que viria.

Nash andou ao meu lado em silêncio enquanto passávamos pelo mar de figuras de preto a caminho do estacionamento. Mesmo com a chuva constante, nós não ligamos. Segurei minha bolsa acima da cabeça como um guarda-chuva inapropriado, com o estrondo do trovão. Nash não pareceu notar que estava ficando encharcado.

Nós nos esbarramos algumas vezes desde que ele voltou à cidade, mas nunca tínhamos ficado sozinhos juntos nem tivemos uma conversa pessoal. A energia entre nós não era exatamente esquisita, mas também não era confortável. Pelo que eu sabia do Nash, ele não foi embora pelo bem das boas maneiras.

― Seu carro? ― Ele disse, apontando para a estrutura velha do Ford que estava a um passo da morte súbita.

― Sim. ― Eu destranquei a porta do motorista. ― Vejo você na casa da Nancy? ― Perguntei a ele.

Nancy Reston, frequentemente chamada de Santa Nancy, tinha sido prefeita de Hawk Valley por duas décadas e saiu no último outono, porque amava crianças e queria abrir uma creche. Ela tinha se voluntariado para realizar um encontro na sua casa depois do funeral para que a família não precisasse se preocupar com isso. A própria Nancy perdeu o funeral porque está cuidando do Colin e da

Emma.

Nash não respondeu e estava com o olhar perdido, então eu pensei que ele não tivesse escutado a pergunta.

― Vai ter comida. ― Eu disse, sentindo que eu precisava completar o silêncio com palavras. Mesmo que estúpidas. ― Nancy contratou um bufê. Foi legal da parte dela.

Nash não disse nada. Ele poderia ser uma estátua. A mandíbula quadrada, uma escultura absurdamente linda do lado do capô do meu carro.

Eu limpei minha garganta.

― Eu queria perguntar o que você quer fazer essa noite. Nancy pegou Colin noite passada, mas eu ainda não sei se ela vai ficar duas noites seguidas. Posso cuidar dele essa noite se você quiser...

Minha voz falhou porque eu finalmente percebi o que ele estava encarando. Daqui as Montanhas de Hawk eram apenas sombras irregulares. O cheiro de fumaça tinha desaparecido e de longe não havia nenhuma pista sobre o tipo de desastre que tinha acontecido lá. Você teria que olhar mais de perto para ver as cicatrizes deixadas pelo fogo.

A dor me inundou. Tinha sido uma companhia constante ultimamente, mas agora o sofrimento se tornou devastador. Heather era nove anos mais velha do que eu, então nós não éramos tão próximas. Na minha humilde opinião, minha alegre e loira prima era um tanto vaidosa e superficial. Mas quando eu voltei para Hawk Valley há quatro anos como uma estudante grávida que largou tudo, tinha acabado de sair de um relacionamento tóxico e não sabia de nada, Heather colou em mim e se tornou minha maior campeã. Ela me ajudou a encontrar emprego. Ela estava lá no hospital segurando minha mão quando Emma nasceu. E quando ela viu o tão esperado positivo no teste de gravidez da farmácia, foi para mim que ela ligou para contar a novidade.

As lágrimas que eu tentei segurar durante todo o funeral agora ameaçavam me engolir.

De repente braços me envolveram, braços fortes me levantaram da queda e me apertaram contra seu peito largo. Envolvi meus braços em volta de seus ombros e inspirei o aroma amadeirado de sua loção pós-barba. Nash não disse nada quando me segurava e estava tudo bem. Durou pouco e naquele momento éramos apenas duas pessoas angustiadas e agarradas uma na outra no estacionamento de um cemitério enquanto a chuva fria caía. Eu não me lembraria da última vez que eu tinha sido segurada por alguém e eu ficaria agarrada nele por mais tempo com muito prazer. Mas Nash recuou.

― Te vejo mais tarde. ― Ele disse antes de se dirigir à caminhonete.

Eu não tinha uma ideia clara se ele apareceria na Nancy ou se ele preferiria que eu cuidasse de Colin essa noite. De qualquer forma, eu não queria insistir por respostas, então suspirei e entrei no meu carro. Me livrei do blazer molhado, aliviada que a blusa de baixo estava quase completamente seca, antes de fazer uma visita rápida a casa de Nancy Reston.

A casa ficava na parte mais velha da cidade, apenas duas ruas de onde Nash e eu crescemos. Anos atrás minha mãe vendeu sua casa antiga que ficava nessa vizinhança e se mudou para um novo condomínio do outro lado da cidade. Como um grande apreciador do estilo vitoriano, Chris Ryan tinha passado anos restaurando sua casa, e eu poderia presumir que a casa pertencia a Nash agora. Bom, Nash e Colin.

Nancy tinha convidado apenas os amigos e a família de Chris e Heather, então não havia um número grande de pessoas para lidar. A antiga prefeita de cabelos prateados me cumprimentou na porta com um abraço caloroso e providenciou uma toalha rosa bordada para meu cabelo úmido. Eu ainda estava parada na entrada, secando meu cabelo bagunçado, quando o pequeno furacão que era a minha filha me encontrou.

― Oi, amorzinho. ― Eu disse, tentando pegar a garota risonha nos braços.

Emma não era uma criança que gostava de colo. Ela se revirou.

― Olha o que a vovó me deu. ― Ela anunciou, segurando uma nota de cinco dólares triunfantemente.

A última vez que minha mãe deu dinheiro a Emma, minha filha decorou a cara do Abraham Lincoln com giz de cera vermelho e embrulhou a nota numa bola de barro. A lição que deveria ter sido aprendida era evitar dar dinheiro a uma menina de três anos de idade, mas às vezes minha mãe era uma aprendiz lenta.

― E onde está o vovô? ― Perguntei a ela. Emma apontou.

― Ali. ― Ela franziu o rosto e meu coração saltou porque ela parecia exatamente como seu pai. Eu deveria ter me acostumado com a semelhança, mas, por alguma razão, isso ainda me pegava desprevenida.

Emma resistiu quando a peguei pela mão, mas eu não poderia deixá-la solta em uma casa com todos os tipos de problemas. Nancy tinha as mãos ocupadas cumprimentando os convidados que chegavam.

Minha mãe fez um aceno de onde estava, perto da janela, ao lado do tio Ben, o membro vivo mais velho da família. As mãos magras e o rosto dele pareceram confusos quando minha mãe falou algo em seu ouvido entre as mordidas da torta de limão.

Emma parou de tentar tirar minha mão quando eu a levei até a mesa de comidas e enchi seu prato de fruta. Emma amava morangos do jeito que crianças amam barras de chocolate.

Jane sentou no pequeno sofá com o Colin cochilando em seus braços. A postura dela era meio dura e ela mantinha os olhos no bebê. Jane não se voluntariou para segurar o sobrinho e nunca se ofereceu para tomar conta dele. Primeiro eu achei que Jane tinha medo da criança, mas observando-a nos últimos dias eu não acreditava mais nisso. Jane não estava com medo do bebê. Ela estava com medo dela mesma, talvez da sua habilidade de segurálo apropriadamente. Heather uma vez a descreveu como

'terrivelmente frágil' e essa era uma descrição perfeita. Eu sabia dos rumores sobre sua história. Os términos. Ela aparentemente tinha se mantido estável por um tempo, mas desde o incêndio ela parecia estar mais reservada. Heather e Chris tinham tomado a decisão por uma razão. Jane nunca teria jeito para cuidar de Colin.

Eu coloquei Emma com seu prato de morangos numa cadeira perto, que ficou muito à vontade perto de Jane.

― Quer que eu segure ele?

Sua reação de alívio foi imediata.

― Sim, obrigada.

Colin acordou quando veio para os meus braços.

― Oi, homenzinho. ― Eu disse e ele sorriu. Eu o coloquei numa posição mais ereta, imaginando se já era hora da mamadeira, mas por um momento ele parecia feliz por colocar a cabeça no meu ombro e eu tentei pegar meu pesado cordão turquesa.

― Ele te ama. ― Jane disse, meio melancólica.

Eu não falei que Colin era um bebê e não sabia como amar alguém. Bebês precisavam de coisas. Conforto, comida, troca de fralda, afeto. Eles ainda não tinham nada para oferecer em troca.

Kevin Reston apareceu com um cardigã pesado. Ele delicadamente cobriu os ombros de Jane.

― Você está bem, querida? ― Ele perguntou com uma ternura que fez meu coração parar um pouco. Jane não tinha tido sorte em muitos aspectos da sua vida, mas ela tinha sido sortuda o bastante para encontrar o amor. Muitos de nós procuraremos para sempre e só encontraremos algumas imitações baratas.

― Estou bem. ― Jane disse, mas qualquer um que olhasse para ela duvidaria. Havia círculos escuros embaixo de seus olhos e seu corpo parecia mais fraco do que nunca. Eu duvidava se ela estava dormindo realmente. Ou comendo.

― Mamãe? ― Emma chamou. ― Podemos ir para casa agora?

― Ainda não, amor.

― Eu quero cuidar do Bruno.

― Ele ficou preso no quarto de trás. ― Kevin disse, se referindo à esperta mãe da raça terrier. Ele sorriu para Emma. ― Senão ele estaria pulando em todo mundo e roubando toda a comida.

Emma considerou e depois mudou de tática.

― Eu queria ir no quintal.

― Está chovendo, Ems. ― Eu disse a ela.

Ela cruzou os braços e pareceu infeliz. Os dias depois do incêndio têm sido confusos para ela.

Kevin limpou a garganta.

― Na verdade, eu estava lá fora e a chuva parecia diminuir. ― Ele piscou para Emma. ― O que você diz? E se a gente resgatar Bruno e levá-lo para correr pelo quintal? ― Kevin me olhou de relance. ― Se estiver tudo bem com a sua mãe.

― Mais do que tudo bem. ― Eu disse. ― Obrigada, Kevin.

Kevin tentou levar Jane para acompanhá-los até o quintal, mas ela sacudiu a cabeça e enrolou o suéter mais ainda pelo corpo.

Depois que a Emma saltou, ao lado do chefe de bombeiros de Hawk Valley, Jane esticou a cabeça ao redor.

― Onde está Nash?

Eu ia admitir que não tinha certeza se ele viria quando a campainha tocou. Nash entrou parecendo ligeiramente menos encharcado do que no cemitério. Eu precisava admitir, ele combinava com o estilo desarrumado.

― Aqui está ele. ― Jane disse e um sorriso tímido se abriu em seus lábios.

Nash se esquivou da tentativa da Nancy de secá-lo e depois ficou estranhamente parado na porta do salão, analisando a reunião silenciosa. Seu olhar parou em Colin, que ainda estava bem aninhado no meu ombro esquerdo. Eu desejei que tivesse uma janela na cabeça de Nash Ryan para ver o que ele estava pensando.

― E Steve Brown está aqui. ― Jane percebeu e havia surpresa em sua voz. O advogado era o tipo de cara que se mantinha nos cantos de qualquer sala e era fácil de perdê-lo de vista. ― Me pergunto o motivo.

― Steve e Chris eram bons amigos. ― Eu disse gentilmente, pensando se ela já deveria saber da verdade. ― Eles estudaram juntos.

Steve Brown se aproximou de Nash. Ele tinha a aparência típica de um advogado: ligeiramente careca, acima do peso e muito sério. Ele tem trabalhado no andar de cima de um prédio de tijolos na Avenida Gardner desde que eu me lembrava e solenemente mantido os segredos legais de muitos dos moradores mais antigos de Hawk Valley.

― Oh. ― Jane suspirou. ― Certo. Esqueci.

Mesmo com os murmúrios suaves de Steve, captei as palavras 'amanhã' e 'meu escritório'.

Nash parecia irritado.

― Vamos conversar agora. ― Ele disse, um pouco mais alto que o necessário.

Steve obviamente não gostou da ideia, mas suspirou e acompanhou Nash para fora do cômodo, provavelmente para um lugar privado.

― E agora? ― Jane questionou.

― Não tenho certeza. ― Disse eu.

Claro que não era verdade. Eu sabia exatamente por que o advogado e amigo de Chris se sentiu obrigado a encurralar Nash apenas uma hora depois do funeral de seu pai. Não havia apenas a questão da loja, da casa e das posses. Essas coisas podiam esperar. Mas a criança não.

Colin balbuciou perto do meu ouvido e eu acariciei suas costas pequenas, sentindo uma emoção maternal intensa. Ele não era meu filho, mas eu o amava. Eu lutaria para protegê-lo.

Na minha cabeça, comecei a catalogar tudo que sabia sobre Nash Ryan.

Solitário.

Imprevisível.

Desapegado.

Perversamente gostoso.

Imperdoável.

Não parecia uma boa receita para um pai. A relação entre Nash e Chris sempre foi tumultuada. Ainda assim, Chris escolheu acreditar no melhor do primogênito. Depois de tudo que ouvi sobre Nash Ryan, Chris e Heather deviam ter suas razões para acharem que ele seria o melhor guardião.

Minha opinião ainda pairava no ar. Até agora, Nash não tinha passado confiança em relação a Colin.

Jane optou por dar uma olhada no quintal, depois de tudo. Colin começou a se agitar depois de alguns minutos, então decidi preparar uma mamadeira para ele. Felizmente Nancy tinha uma pronta na geladeira.

Havia uma cadeira de balanço aconchegante na cozinha, então eu sentei e deixei Colin à vontade com a mamadeira. A janela na minha frente tinha uma bela vista do quintal. Emma parecia viver o melhor momento de sua vida, correndo pelo gramado da Nancy com o cão terrier atrás, o rabo fofo balançando animadamente. Jane também estava lá agora e Kevin colocou um braço protetor ao seu redor enquanto eu observava. Emma jogou uma pequena bola vermelha no ar e depois gritou com alegria quando o cachorro pulou e a pegou. Sorri. Era bom sorrir depois de tantos dias tristes seguidos.

Uma sombra na porta me fez virar a cabeça e parei de sorrir. Nash estava lá, aparentemente chocado e mais do que um pouco pálido. Ele observava Colin, que estava mamando feliz e inconsciente dos olhares.

― Você quer segurar ele? ― Perguntei. Esperava que Nash se recusasse.

Eu estava certa.

― Agora não. ― Ele disse.

― Então quando? ― Minha pergunta foi afiada. Não era a intenção. Mas eu não vi Nash segurar o bebê uma única vez.

Ele respondeu minha pergunta com outra:

― Onde está a Jane? Apontei para a janela.

― Lá fora.

Nash abaixou a cabeça e se direcionou para a porta dos fundos.

― Ele te contou, né? ― Eu deixei escapar. ― Steve te contou sobre o testamento.

Nash me encarou.

― Você sabia?

― Sim. ― Tentei ler sua expressão. ― Aonde você está indo?

Mas Nash já tinha provado que ele não responderia as perguntas que não quisesse.

Talvez ele ainda não soubesse as respostas.

Ele saiu da cozinha e eu observei pela janela enquanto ele falava com o tio. Ele passou a mão pelo cabelo escuro e olhou de relance para a janela. Nossos olhos se encontraram e um desconforto passou pela minha coluna.

Eu me perguntava, e temia, qual teria sido a reação de Nash quando soube que tinha sido nomeado o guardião do seu irmão mais novo.

Pela expressão em seu rosto, ele não parecia estar digerindo bem a notícia.

            
            

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