Riyad era o tipo de homem que ela nunca tocaria nos Estados Unidos. Havia uma aura de perigo em volta dele e, apesar de todo o charme, suas intenções eram óbvias.
Danielle sempre foi uma romântica. Ela queria um homem estável, alguém com quem ela pudesse construir um futuro, e Riyad claramente não era esse homem.
A questão era que, para começo de conversa, buscar esse homem estável era a razão pela qual ela estava se escondendo em um pequeno reino no Oriente Médio.
- Minha amiga estava certa - ela disse suavemente, ao sentir a mão dele roçar na sua. - Haamas é lindo. Misterioso. Exótico.
Mágico. Eu consigo entender porque ela se apaixonou pelo lugar.
- Mágico, hein? Eu ficaria mais do que satisfeito em te mostrar o quanto esse lugar é mágico - ele sussurrou.
Danielle riu. Nas últimas horas, ela não tinha aprendido nada importante sobre ele, e ele também não tinha feito nenhuma pergunta pessoal. Era exatamente o que ela precisava.
- São quase três da manhã. As noites são sempre tão animadas, assim tão tarde?
- Não, pelo contrário. A maioria obedece ao toque de recolher, mas uma grande festa está acontecendo hoje, no palácio. Muitos nomes importantes estão no nosso pequeno reino no momento, e todo mundo está na rua, com a câmera na mão, esperando ver alguma coisa ou tirar uma foto que vai valer algum dinheiro.
Abraçando a si mesma, ela olhou para ele e examinou seu perfil. Tinha algo estranhamente intenso nele, e ela meio que esperava que ele se fundisse com as sombras e desaparecesse.
- Você parece um pouco ressentido com isso. Você não aprova?
- Não entendo a fascinação. São só pessoas. A única coisa distinta a respeito deles é que nasceram na riqueza. Um parêntese, um pequeno passo dado em outra direção, e eles poderiam ser pessoas diferentes. As estrelas se alinharam e, por algum motivo, isso faz com que todos percam a cabeça.
Eles pararam em um cruzamento e ela observou os olhos dele percorrendo tudo ao redor. Ele parecia absorver o ambiente sem precisar mexer a cabeça.
- Você não acredita em destino? As estrelas se alinharam pra que eles pudessem fazer a diferença. Eles têm influência e poder, e é isso que os torna fascinantes. - Ela bocejou. - Desculpe. Foi um dia longo.
- Vou acompanhar você até o hotel.
Ela tinha a sensação de que ele a acompanharia direto até a porta do quarto, e não pretendia impedi-lo. Se decidisse, no último minuto, não convidá-lo a entrar, por alguma razão confiava que ele respeitaria sua vontade.
- Meu hotel está a poucas quadras daqui. O Rose Towers.
Riyad fez uma careta.
- Aquele muquifo? Se conseguir ficar mais um tempo acordada, pegue as suas coisas e eu coloco você no Gardens Downtown.
- Eu pesquisei esse lugar quando cheguei aqui, mas está um pouco além do que eu posso pagar. E quando eu digo um pouco, quero dizer que teria que pedir carona e nadar até a minha casa, depois das férias, porque estaria completamente falida.
Ele deu de ombros.
- Considere um presente de boas-vindas da minha cidadezinha pra você. Eu tenho muitos negócios na área e mantenho uma reserva permanente lá. Economize o seu dinheiro, e pode voltar pra casa de primeira classe.
Danielle estava sem palavras. Este homem, que tinha falado com tanta amargura sobre os ricos, tinha uma reserva permanente no hotel mais caro do reino. Não era nem um pouco estranho.
- Estou lisonjeada, eu acho? Nunca um homem se empenhou tanto pra passar a noite comigo.
Riyad parou subitamente e se virou para encará-la. Ela prendeu a respiração e esperou que ele negasse seu desejo, mas ele simplesmente abriu um sorriso malicioso e estendeu a mão para ajeitar uma mecha desgarrada do cabelo dela.
- Eu não preciso pagar pra levar uma mulher bonita pra cama, e eu certamente não pretendo passar só uma noite com você.
- Ah.
Qualquer raciocínio lógico abandonou a mente dela e, quando ele se virou e começou a andar em direção ao hotel, ela só conseguiu segui-lo. De uma coisa ela tinha certeza: quando ele pedisse para entrar, ela não o impediria.
A suíte do hotel era linda. Um sofá de canto de tamanho considerável enfeitava uma parte rebaixada do piso que exigia três degraus para acessar. Uma TV grande estava instalada na parede, acima de uma bela e enorme cômoda de carvalho. Uma cama kingsize estava arrumada com as cores azul escuro e caqui e, atrás dela, várias janelas grandes tinham vista para o reino.
- Uau - Danielle murmurou ao entrar. - É lindo. Não acredito que alguém queira sair daqui!
Riyad riu ligeiramente e deu uma gorjeta ao homem que carregara as malas dela. Danielle não tinha intenção nenhuma de ficar com o quarto quando eles se separassem, mas, por essa noite, estava contente em ficar ali, apesar do seu nervosismo.
- Champanhe ou vinho? - ele ofereceu, indicando o frigobar no canto.
Ela realmente queria uma bebida para acalmar os nervos, mas balançou a cabeça.
- Não, mas obrigada por oferecer.
- Então que tal um beijo? - De repente, ele estava parado na frente dela, o dedo acariciando abaixo do seu queixo. Sem pensar, ela olhou para cima e abriu os lábios. - Por mais convidativo que isso seja, eu preciso ouvir você dizer, Danielle. Diga que sim.
- Sim - ela sussurrou.
Ele inclinou a cabeça e a beijou. A hesitação dela derreteu na mesma hora. Esse homem tinha alguma coisa, um mistério, um charme obscuro, e aquele beijo... Ela não tinha a menor chance contra ele.
Envolvendo o pescoço dele com seus braços, ela se rendeu e pressionou o corpo contra o dele. Ela conseguia sentir seu calor mesmo através das roupas. Era escaldante, e ela arquejou ao sentir as mãos dele acariciando as suas costas.
Ele segurou a barra da camisa dela e, em instantes, a removeu; o beijo foi interrompido só por um segundo antes de Riyad voltar a arrebatar sua boca. Os dedos dele se tornaram muito mais delicados e sensuais enquanto dançavam por sua espinha e alisavam sua pele.
Danielle também precisava senti-lo. Ela agarrou o paletó dele e deu um passo para trás, até que houvesse espaço suficiente para que ele o tirasse. Ele removeu as abotoaduras e as guardou no bolso, e então concentrou a atenção nos botões da camisa. Impaciente, ela rapidamente se juntou a ele na tarefa de desabotoar a camisa e abri-la para revelar, para suas próprias explorações, sua pele firme.
Ele era forte e macio, e ela se deliciou ao tocá-lo. O corpo dele estremecia enquanto seus dedos vagavam e, por um momento, ela se sentiu poderosa. Riyad a desejava.
- Mais - ela sussurrou. - Por favor.
- Só um momento. - Ele desabotoou a calça dela com habilidade e a puxou para baixo, ficando de joelhos. Seu rosto convenientemente encarou o fundilho da calcinha roxa dela e ele olhou para cima, os olhos se derramando nos dela. - Tire o sutiã, Danielle. Quero ver você.
Quase sem respirar, ela desengatou o sutiã. Nunca na vida ela tinha se sentido bonita, mas o olhar dele transmitia apenas desejo e antecipação. Sentindo que era qualquer coisa, menos comum, ela deslizou o sutiã pelos braços, liberando seus seios.
Sob o olhar dele, ela se sentia incrível.
- Maravilhosa - ele murmurou. - Você é maravilhosa.
Ele beijou a barriga dela e, subindo lentamente, traçou um caminho de beijos enquanto voltava a ficar em pé. Como uma pluma, roçou os lábios sobre o topo dos mamilos dela e lambeu a curva do seu pescoço antes de agarrar sua bunda e levantá-la do chão.
As pernas dela imediatamente envolveram seu quadril, e ela gemeu ao se esfregar contra a ereção que pressionava sua calcinha.
- Paciência, querida - ele riu, com a voz baixa, ao deitá-la no colchão. - Temos a noite toda.
- Está quase amanhecendo - ela lembrou. - Não tem muita noite sobrando.
- Não se preocupe. Eu prometo que vai ser igualmente bom durante o dia, mas, pra garantir, vamos testar - ele disse com um sorriso voraz. Ficando em pé, ele levou as mãos até a cintura da calça, e a boca de Danielle secou ao vê-lo desafivelar o cinto antes de desabotoar a calça e tirá-la.
Lambendo os lábios, ela avidamente absorveu a visão dele. O homem era absolutamente perfeito. Aquelas panturrilhas bem torneadas e coxas musculosas. A cavidade em forma de V que guiava seu olhar para baixo até...
Ah, Deus.
Ela engoliu em seco. Ele não vestia nada embaixo da calça, e seu pênis era impressionante. Subitamente, ela não se importava se era noite ou dia. Só sabia que o desejava.
Deslizando para trás, sobre os travesseiros, ela ergueu os quadris e retirou a calcinha, então se sentou antes de ficar de joelhos.
- Rápido – ela o apressou. - Por favor.
A noite toda tinha sido uma preliminar, e ela estava completamente molhada pensando no que sentiria quando ele escorregasse para dentro dela.
Ele se aproximou e ela esticou a mão para tocá-lo. Circundando o comprimento de seu membro duro, ela apertou, sugando o lábio inferior enquanto o observava. Os olhos dele escureceram e ele se moveu imediatamente contra a mão dela com um gemido. Ela se inclinou e passou a língua sobre o mamilo dele e ele, grunhindo, rapidamente a jogou de volta sobre o colchão.
Mergulhando os dedos nela, ele os moveu delicadamente, provocando-a enquanto se acomodava em cima dela.
- Você está tão molhada, Danielle.
- Molhada demais pra você continuar brincando comigo. - Ela ergueu os quadris em um convite. - Me coma.
- Quem diria que alguém tão doce teria uma boca tão suja - ele sibilou, chegando mais perto. Ele se ajeitou no meio das pernas dela, e ela envolveu o corpo dele com suas pernas no mesmo instante.
Sentindo-se atrevida, ela se lançou à frente e mordeu a orelha dele.
- Você não tem ideia do quanto minha boca pode ser suja.
Deslocando o membro pela abertura dela, ele empurrou gentilmente até que os dois estivessem gemendo.
- Bom assim? - ele grunhiu, pressionando sua testa na dela.
- Mais do que bom - ela sussurrou, lançando seu corpo contra o dele. Em uma inspiração abrupta, ele começou as estocadas e ela se perdeu no prazer que disparava através do seu corpo.
A antecipação deste momento já a tinha deixado no limite, e não demorou muito para que ela perdesse o controle. Mas o primeiro orgasmo não fez nada para aplacar seu desejo. Empurrando Riyad para trás, Danielle fez com que ele se deitasse de costas para que ela pudesse montá-lo, e o ângulo mais profundo era ainda mais inacreditável.
Com ela tomando o controle, as mãos dele ficaram livres para perambular. Elas beliscaram e brincaram com os mamilos dela até que a tensão se acumulasse nela mais uma vez.
- Goze, Danielle - ele grunhiu. - Goze de novo no meu pau, querida.
Não havia nada que ela pudesse fazer, a não ser obedecer. Com um grito, ela desmoronou em cima dele e ele tomou conta do corpo dela, agarrando seus quadris enquanto dava a última estocada, seus gemidos de prazer misturados aos dela.
Tinha sido o sexo mais incrível da vida dela e, ainda assim, esse homem era um completo estranho. Por um breve momento, ela imaginou se esta seria a última vez em que ela se sentiria tão livre.