Capítulo 4 4

CRUZ

Harlow, a Princesa. Porra. Eu ouvi falar sobre ela desde que me tornei um prospecto, dois anos atrás. Ela era tudo em quem os irmãos podiam pensar por muito tempo. Eles estavam morrendo de preocupação por ela ter que ficar um tempo na prisão. Não havia nada que o advogado pudesse fazer. A vadia responsável realmente usou a cabeça e fechou um caso sólido contra Princesa, afirmando que ela estava chantageando o prefeito por ir ao Studio X, ameaçando contar para todos na cidade. Como se ela fosse fazer uma merda dessas. Eu a conhecia há apenas algumas horas e já pude ver o jeito que ela era com os caras. Ela faria tudo por eles... e eles por ela.

Pops e GT estavam loucos nos primeiros meses em que ela esteve presa. Eles viviam ansiosos para descobrir se ela estava bem. Eu era apenas um prospecto na época e não tinha os privilégios de saber tudo. Então eu só observava, e você ficaria impressionado com o que era possível ver.

Eu sei que a vida na prisão era dura, e quando você tem um clube como o Ravage nas suas costas, a merda é ainda mais difícil. Tudo que precisou foi uma mulher descontente e irritada porque matamos o seu homem para fazer da vida de Princesa um inferno na terra.

Diamong e Pops colocaram muito esforço e dinheiro para garantir que ela ficasse segura lá dentro. Ela não sabe tudo que eles tiveram que fazer, mas eu sei que eles fariam tudo de novo sem hesitar. Vendo-a abraçar a sua mãe, eu totalmente podia ver porquê.

Ela era tudo que eu sabia que queria em uma mulher. Ela era forte, feroz, esperta, carinhosa. E descobri tudo isso em apenas algumas horas. Quando diabos eu me tornei um viadinho?

- Vou vigiar o portão, - eu estava ali para fazer guarda e proteger. E era exatamente o que eu estava planejando fazer.

- Você quer uma cerveja? - Ma perguntou. Todos nós a chamávamos de Ma. Ela era a mãe oficial do clube. Ela não aceitava comportamentos de merda e deixava isso bem claro, mas sabia seu lugar no clube, e todos nós a respeitávamos por isso. Sua filha tinha aprendido muito com ela. Eu podia dizer, aliás, que ela estava com Diamond.

- Sim, senhora.

- Droga, Cruz. Não me chame assim. Me faz sentir velha, - ela sorriu. Era tudo menos velha. Ela era loira, pernas compridas e um corpo de matar. Aos quarenta e três, ela ainda era muito gostosa. Não era de se admirar que Pops nunca pulasse a cerca.

- Desculpe, - respeito. Era tudo sobre respeito, e ele corria dos dois lados. Eu tinha o mais elevado respeito por Ma. Ela me alcançou uma cerveja e eu me acomodei confortável na cadeira. Era inacreditavelmente pacífico aqui fora. Não passavam muitos carros, e aqueles que passavam sabia quem morava aqui e que era um local fora dos limites. Todos nessa cidade sabiam com quem não deveriam mexer.

O Ravage MC estava no comando desde 1953, graças ao pai de Pops, Striker. Striker era o presidente e tinha muito tino para os negócios. Ele começou seccionando o grupo e criando novas facções ao longo do caminho. Agora nós temos um nome forte e facções por todo o país. As pessoas não mexem com a gente. Nós matamos primeiro e pensamos depois. Se você é uma ameaça, vai ser tratado como uma. Nossas ameaças se tornaram mais numerosas quando outros começaram a querer o que nós tínhamos. Dinheiro. Tudo se resumia a dinheiro. Mas, principalmente, nós tínhamos uns aos outros.

Nossas corridas se tornaram mais longas e mais frequentes. Mas o dinheiro corria bem, nos mantendo em uma vida muito confortável. Também sempre fazíamos nossas corridas de caridade. Nós amamos nossa comunidade e a protegemos com tudo que temos. É por isso que a maioria das pessoas que vivem aqui nos deixam ficar e não se metem nos nossos negócios. Elas recebem a nossa proteção, vivem suas vidas felizes e nós vivemos as nossas. É um ganha-ganha.

Para mim, entrar no clube foi uma corda de salva-vidas. Depois de passar muito tempo no mar em um buraco do inferno lutando por esse país, voltei para uma mãe muito doente com somente mais um mês de vida. Câncer de mama. Ele se espalhou como um incêndio na floresta, e não havia tratamento que pudesse ajudar. Infelizmente, ela não tinha plano de saúde, e em vez de gastar o dinheiro, ela esperou... tempo demais. Essa foi uma das razões pela qual eu optei por sair cedo da vida militar. Eu amava cada segundo com ela, mas sua morte me rasgou por dentro. Assim que a uma vez linda Clara Cruz morreu em meus braços, parte de mim morreu junto com ela.

Meu velho foi embora quando eu era criança, e eu nunca mais o vi ou ouvi falar dele. Eu nem saberia dizer como ele se parece. Minha mãe dizia que eu era muito parecido com ele, mas eu espero que ela esteja errada. Não queria ser nada como ele. Supostamente, ele tinha outra pessoa por quem nos deixou. Isso acabou com a minha mãe, mas ela sempre foi forte e nunca deixou que isso a derrubasse.

Minha mãe ralava muito, tinha dois empregos como garçonete, um em uma lanchonete, outro em um bar, para manter um telhado sobre nossas cabeças e comida na mesa. Quando eu era velho o bastante, comecei a dar duro cortando a grama, limpando merda e fazendo absolutamente qualquer coisa que podia para arranjar dinheiro. Me matava ver ela chegando em casa todas as noites e desmaiando no sofá de exaustão. Ela geralmente tirava uma soneca rápida, então se levantava no "modo mãe", arrumava a casa e preparava o jantar. Ela sempre dava o seu melhor.

Assim que fiz dezoito anos, me juntei aos Fuzileiros Navais para tentar ganhar a vida. Dar duro para cuidar da minha era realmente tudo que eu sabia. Pensei que comigo longe ela respiraria um pouco aliviada e não teria que se matar tanto. Eu podia mandar dinheiro sem ser um fardo, e talvez fosse para a faculdade depois. Esse plano se perdeu no vento enquanto segurava minha mãe nos braços.

Minha raiva tirou o melhor de mim depois que minha mãe morreu. Eu voltei ao "modo de luta" de quando estava no mar e ficava irritado o tempo todo, o que me fez ser preso. Foi por pouco tempo, apenas seis meses, por agressão. Mas o bastardo mereceu. O filho da puta tentou me roubar dinheiro. Aposto que ele nunca mais fez uma merda assim de novo... pelo menos não comigo.

Eu tinha um amigo, Steeler, que era um faz-tudo no Ravage MC e não pensava muito sobre isso na época. Eu estava muito perdido, e minha única salvação era dirigir. Quando Steeler me falou sobre virar um faz-tudo com ele, eu zombei da ideia. Mas no fim me juntei a ele, conheci os caras e a coisa foi em frente. O que eu mais gostava era que esses homens não levavam merda de ninguém. Eles seguiam suas próprias regras e tinham seu próprio estilo de vida. Não respondiam a ninguém. Era exatamente assim que eu me sentia naquela época. E com tanta boceta ao redor, esse era um maldito bônus. Ser prospecto, no entanto, foi um inferno. Limpar as merdas dos caras, limpar seu vômito depois das festas... acredite, não era glamoroso. Mas eu tive a minha cota. E quando eles votaram para eu ganhar meu patch, eu fui às nuvens. Não podia imaginar minha vida sem o clube.

Eu me perguntei quanto Princesa sabia sobre o que acontecia no clube. Eu tinha certeza que ela sabia mais do que as outras mulheres, considerando a merda que todos nós votamos para ela fazer enquanto estava na prisão. Uma vadia que tivemos que cuidar, depois que nós transamos e eu desmaiei. Aparentemente, ela encontrou o meu livro. Era onde eu mantinha informações importantes sobre o clube. Não havia muitos documentos, só números. Quando descobri que ela tinha essas informações, ela já tinha sido presa com acusações de drogas.

Foi aí que a Princesa entrou. Ela fez isso silenciosamente, e todos lá dentro fizeram vista grossa.

Eu não posso dizer que nosso primeiro encontro foi agradável. Podia sentir pelos seus movimentos na loja que ela estava planejando tirar a minha arma, mas o fato dela ter parado tão abruptamente assim que viu meu colete foi impressionante. Respeito. Ela tinha muito disso.

Então me desafiou para o ringue. Eu não bato em mulheres, não é meu estilo. Eu ouvi histórias dos caras que a Princesa tinha derrubado ali dentro, ela inclusive chutou o traseiro de Dagger, e eu vou admitir que amaria vê-la dando uma surra em alguém. Só de pensar nisso, meu pau fica duro.

Quando ela subiu na sua moto e gozou na frente de todos os irmãos, eu quase fiz o mesmo nas minhas malditas calças. Foi a coisa mais quente que eu já vi na vida, seu longo cabelo preto caindo sobre o corpo curvilíneo. Eu sabia que seus seios eram de verdade, aliás; eles balançavam sob a camiseta, cheios e pesados. Aqueles jeans rasgados deixavam pouco para a imaginação, e a sua camiseta justa da Harley mostrava um pouco de uma tatuagem sob a manga. Eu sabia então que tinha que estar dentro dela. Ela me deu uma desculpa fajuta de não dormir com os irmãos, mas isso não me irá deter. Verdade seja dita: eu gostava do fato dos meus irmãos nunca terem estado com ela.

Ela seria realmente minha. E estaria debaixo de mim.

Aqueles lábios eram incrivelmente macios. Eu ainda podia sentir o gosto de cereja na minha língua. O jeito como a sua língua duelou com a minha me fez querer atirá-la no bar e foder duro, ali mesmo. Eu mal podia esperar para estar entre as suas pernas. Quando ela gozou na moto, foi tão silenciosa. Mas não quando eu acabasse com ela. Ela ia estar gritando a porra do meu nome.

E então...

Pop... pop... pop... uma arma saiu atirando de um carro preto que passou com a porta aberta. Agarrando a minha arma, eu atirei numa reação rápida e me joguei atrás da cerca. A porta da frente se abriu e Princesa se lançou para fora, a arma apontada com uma boa mira, e acertou o carro várias vezes. Os tiros continuavam vindo, e Princesa não se deteve ou se encolheu. Ela desviou algumas vezes, mas continuou se movendo.

Nós dois começamos uma corrida mortal em nossas motos, sem parar de atirar no carro. Desviando entre os carros, mantivemos o ritmo, disparando uma e outra vez. Eu não pude evitar uma ereção ao ver Princesa atirando com uma mão e conduzindo sua moto com tanta facilidade com a outra. Não é hora para essa merda.

Parando ao lado do carro, comecei a atirar sem parar, acertando um dos caras. Princesa acertou outro, que caiu para fora do veículo, mas teve que parar abruptamente, incapaz de sair do caminho a tempo. Atirando de novo, eu mirei nos pneus, mas errei por pouco. De jeito nenhum eu ia deixar ela sozinha aqui.

Me virando, voltei até onde ela estava, abaixada no chão verificando o atirador.

- Morto?

- Sim... - pegando meu telefone, liguei para Dagger e dei a ele nossa localização e um pedido de limpeza. Eu sabia que só demoraria cinco minutos até a cavalaria aparecer.

- Você está bem? - olhando para ela, podia ver que estava tudo bem, nada de sangue, mas nós nunca sabemos como as mulheres reagem a uma merda dessas.

- Eu estou bem, - ela sorriu. - Lar, doce lar. Você conhece esse cara?

- Parece alguém da gangue de Rabbit - Droga. Rabbit era conhecido por traficar drogas pelo Estado e nós estivemos lutando com eles. Isso não pode ser bom.

- Acho que ele era o todo mundo que Diamond queria que eu estivesse de olho, ein? - ela parecia estar estudando o corpo na sua frente, levantou sua camisa, inspecionou todas as tatuagens e marcas, absolutamente como se não estivesse olhando para um cadáver.

- Tipo isso, - o rugido das motos ao longe me colocou em ação. - Pegue a sua moto e volte para a casa da sua mãe. Eu vou enviar uns caras até lá.

Se um olhar pudesse matar, eu estaria caído morto ao lado do homem na estrada. - Eu sou tanto parte disso quanto você, - ela rosnou. Isso foi sexy como o inferno, mas as suas tentativas de tomar o controle tinham que parar logo.

- Eu não vou dizer de novo. Vai, porra. Agora, - eu ordenei.

- Se você não lembra, fui em quem deu a porra do tiro que matou esse infeliz, - ela se levantou e foi até à moto. Eu podia ver em seu rosto que a estava matando deixar a cena, mas ela ouviu e foi pelo caminho de onde veio. Eu segurei a risada. Maldita mulher.

- Pops e GT estão em casa. Que porra aconteceu? - Dagger falou, olhando para o corpo morto aos meus pés.

- Atiradores. Carro preto. Cinco homens dentro. Dois de trás foram baleados; esse aqui caiu. O carro fugiu, - eu resumi.

- Porra. Esse é um dos caras de Rabbit, - Zed disse, se ajoelhando para ver os ferimentos. - Ela atirou nele, não foi? - ele me olhou com desconfiança.

- Sim. Ela saiu quando as armas começaram a atirar e eu não tive tempo de discutir com ela para ficar em casa. Ela acertou ele, eu peguei o outro, - enfiei as mãos nos bolsos.

- Tenho certeza que você pegou o outro, - Rhys disse, rindo. Porra. Eu não precisava dessa merda.

- Vocês cuidam disso? Quero ter certeza que está tudo bem na casa.

- Vai. Nós cuidamos disso, - quando Dagger, Guns, Zed e Tug começaram a trabalhar, eu dirigi rapidamente até a casa de Ma.

* * *

- Porra, eles atiraram nela, Pops! - a voz de Princesa estava furiosa, a raiva escorrendo de cada palavra que saía de sua boca. Eu percebi manchas de sangue em uma das paredes, enquanto entrava na casa. Ma estava segurando seu ombro e parecia estar morrendo de dor, mas não proferiu uma queixa. - Chame o Doc aqui agora! - ela latiu.

Princesa começou a rasgar as roupas de Ma, encontrando a entrada da bala. A virando com cuidado, ela pareceu também encontrar o ferimento de saída.

- Eu vou encontrá-los. Não se preocupe com isso, porra, - GT rosnou, correndo para fora da sala.

- O que você precisa? - perguntei, uma vez que ficar ali parado observando não ia ajudar em nada.

- Preciso de toalhas e uma fita adesiva, - Princesa ordenou.

- Aqui, - GT veio à frente e entregou tudo para ela. Observar Princesa trabalhar como uma máquina bem treinada era lindo. Ela não se intimidou pelo sangue ou deu aqueles chiliques que a maioria das mulheres davam. Ela se atirou nisso e fez seu trabalho. Eu estava um pouco impressionado. Cada movimento que essa mulher fazia me deixava com mais vontade de afundar o pau nela. Merda.

Pops parou a minha admiração. - Cruz, leve Princesa e Ma de volta para o clube. Ligue para Breaker e Buzz trazerem o carro. Ligue para Doc e o leve para o clube agora, - eu assenti enquanto ele se virava para GT - Nós dois vamos dirigir.

* * *

O clube estava zunindo enquanto Doc trabalhava em Ma. Ela parecia estar bem, mas uma mulher não estava. Princesa não tinha parado de andar desde que Doc começou a cuidar de Ma. De vez em quando ela parava para virar uma dose de uísque e voltava a caminhar.

Todos a deixaram sozinha, não querendo ser o alvo da sua raiva, eu assumi, mas não podia me importar menos em irritá-la. Parando na frente dela, agarrei gentilmente os seus ombros.

- Não, - ela latiu para mim.

- Vamos lá, - ela olhou para Ma deitada e sendo costurada na mesa de sinuca, e balançou a cabeça. - Só vai levar um minuto. Confie em mim, - ela olhou nos meus olhos como se estivesse em uma batalha interna, então suspirou.

Ela acenou. - Certo. Alguns minutos, então eu volto.

Sorrindo, eu a levei para fora da casa e na direção da academia nos fundos. Já estive no seu lugar antes, vendo alguém que eu amava sendo ferido e não sendo capaz de fazer droga nenhuma sobre isso. Quando Steeler foi baleado fora do clube, eu não sabia que porra fazer. Os irmãos assumiram e cuidaram de tudo, e naquele exato momento eu soube que essa vida era para mim.

- O ringue? - ela perguntou, olhando para o grande espaço quadrado no centro da academia, seus olhos arregalados.

- Sim. Vamos relaxar.

Ela sorriu. - Você quer lutar comigo? - eu podia ver suas engrenagens esquentando.

- Eu não vou lutar com você. Só quero que você coloque um pouco dessa frustração para fora, - de jeito nenhum eu queria bater nessa mulher. Ela aceitasse ou não, eu ia protegê-la até minha última respiração. Deus, eu conhecia essa maldita mulher há um dia e ela já estava grudada sob a minha pele.

- Ah, vamos lá. Você só vai me deixar bater em você como uma mulherzinha? - o brilho perverso em seus olhos me deixou completamente intrigado.

- Eu vou enfaixar as mãos, mas não vou atacar.

- Viadinho.

Depois de nos ajudarmos a enfaixar as mãos e tirarmos nossas botas, subimos no ringue. Ela prendeu o cabelo em um coque enquanto inclinava o pescoço de um lado para o outro. Eu tinha ouvido histórias sobre a habilidade de Princesa no ringue, e admitia que estava intrigado. Os caras supostamente a ensinaram a lutar, e ela sempre acabava com a cabeça erguida, mesmo que estivesse sangrando. Pelo menos foi o que me disseram. Agora eu ia ter minha própria experiência pessoal.

Quando começamos a nos mover, meu pulso acelerou. Eu desviei de um golpe atrás do outro até que ela me acertou direto na boca, fazendo sangue voar. Limpando meu rosto, começamos uma dança de luta. Eu nunca atacava, somente bloqueava.

- Vamos lá. Lute comigo, droga! - ela rosnou para mim, atacando com força, me chutando na barriga.

- Não, - eu disse, recuperando a compostura e me levantando. Eu não ouvi a porta da academia ser aberta, somente as vaias e vivas de todos os meus irmãos e Ma já dentro do lugar. Merda.

- Ei, garotos. Esse viadinho aqui não vai lutar, - ela zombou de mim. Eu sabia o que tinha que fazer. Não queria, mas sabia que precisava. De jeito nenhum eu deixaria meus irmãos me verem sem reação.

Ela lançou vários ataques, mas fiz contato com o punho direito na sua bochecha e ela tropeçou para trás. Parei o que estava fazendo e corri até ela. Princesa me deu um soco de direita sorrindo, o que me fez perder um pouco do equilíbrio para trás.

Isso se seguiu por uma eternidade. O sangue escorria dos nossos rostos. O sino ao lado começou a tocar quando Dagger o bateu com força. Nós sabíamos que tinha acabado. Foda-se se essa vadia não tinha as maiores bolas que eu já tinha visto.

Caminhei até ela, e seus olhos se arregalaram. Eu não tenho certeza de como meu rosto parecia, mas tudo que podia sentir era meu pau latejando de necessidade. A agarrando, bati meus lábios nos seus; eu ia tirar o máximo possível dela. Quando seu corpo derreteu no meu, continuei o beijo, não dando a mínima para a multidão ao nosso redor. Sentir o gosto de suor e sangue na minha boca me excitou.

Princesa se afastou, estremecendo. Assim que olhei para o seu lábio, pude ver que ele estava rasgado. - Doc ainda está aqui? - eu gritei.

- No clube! - Rhys respondeu alto.

- Vá dar uma olhada nisso, - eu disse olhando para o seu lábio, sem acreditar no que eu tinha feito, um pouco envergonhado de mim mesmo.

- Eu estou bem, - ela argumentou e deu um tapinha no lábio com a mão.

- Eu não perguntei. Vá, - eu ordenei. Parando bem na sua frente, - Leve seu rabo até lá e veja isso. Agora, - minha voz era mortalmente calma e absolutamente séria, e quando seus olhos brilharam com aceitação, eu sabia que ela tinha entendido.

Princesa desceu do ringue, e eu fui atrás. - Você tem certeza que quer essa aí, irmão? - Dagger perguntou. Ele estava sempre na defensiva. Eu não achava que ele tivesse qualquer outro modo de ser.

- Porra, sim, - eu disse, limpando o sangue do meu rosto com uma toalha.

GT parou na minha frente. - Se você a machucar, eu vou enfiar uma bala na sua maldita cabeça, porra.

- Eu não esperaria menos, - e não esperava. Ela era seu sangue. Você protege seu sangue e sua família a todo custo. Eu respeitava isso em GT

- Eu estou falando sério, caralho. Ela não é boceta livre, - a raiva irradiando do meu irmão era tangível. Eu entendia, mas ele estava me irritando.

Ficando cara a cara com GT, nunca pensei que iria querer tanto arrancar fora a cabeça de alguém. - Você acha que eu não sei disso, porra?

- Estou começando a me perguntar. Você se esquece que eu vejo as mulheres saindo do seu quarto.

- E eu vejo as que saem do seu, - eu atirei de volta, sabendo que ele não queria que sua irmã soubesse dos seus negócios.

- Apenas não foda com ela, - GT me deu um encontrão no ombro ao passar em direção ao clube. Foda-se essa merda. Quando comecei a caminhar na direção dele para lhe mostrar o que eu pensava com os meus punhos, as palavras de Dagger me fizeram parar.

- Cruz. Você precisa trazer seu garoto para cá. Nós estamos em bloqueio.

Porra. Essas palavras fizeram tudo girar. Eu sabia que se Cooper viesse para cá, a vadia da sua mãe faria disso um ponto para vir também.

            
            

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