Ceo Cruel
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Capítulo 8 8

Por horas Domênica limpou a casa, estava se sentindo péssima, emocionalmente e fisicamente, quando foi chamar o pai para ir se limpar, deitar na cama, se lembrou porque aceitou ir com Ragnar, tudo ficou muito difícil depois de perder a mãe.

Por dias Domênica não foi a escola, passou a semana sendo ofendida pelo irmão, ignorada e ameaçada pelo pai, Abílio disse que levou uma surra por causa dela, porque não fez o que devia fazer, algo bastante fácil, assim disse ele.

Ela evitou o pai o quanto pode, cansada do que ele fazia todas as vezes que estava bêbado, Abílio voltou a trabalhar quando os hematomas diminuíram, foi colocado para lavar banheiros na empresa, Ragnar pessoalmente, fez questão de ir supervisionar e o humilhou, dizendo que ele era uma vergonha, um homem fraco.

Falou que não se divertiu o suficiente com Domênica e por isso, ia abater das dívidas só um pequeno valor.

Completamente revoltado Abílio foi embora imaginando o que iria fazer, para punir a filha, chegou bêbado avançando para cima dela, a pegou na cozinha e arrastou para o quarto, lhe deu alguns tapas no rosto, a jogou na cama, começou tentar tirar a roupa dela, para tê-la a força.

Resistindo Domênica começou implorar, pedindo para parar, já não era a primeira vez que ele fazia algo, rasgou a blusa e o sutiã, Domênico estava brincando na rua, chegou de surpresa, entrou no quarto ouvindo barulhos, começou gritar o mandando parar, se aproximou querendo bater no pai.

Abílio a soltou, para tirar Domênico do quarto, ela aproveitou a oportunidade para fugir, pegou a mochila, algumas peças de roupas, pulou a janela do quarto, correu para longe de casa, com muito medo de contar qualquer coisa as pessoas.

Foi andando até a casa de Ragnar, que era bastante longe, disposta a aceitar qualquer coisa, em troca de proteção, preferia muito mais as ma ldades dele, do que as coisas que o pai fazia.

Já era quase meia noite, quando ela chegou e tocou o interfone, a luz do portão acendeu com o sensor de movimento, nervosa chorando, ela começou apertar várias vezes, imaginou que ele não estava em casa.

Sentou encolhida no canto do portão, de shorts jeans, tênis e moletom, passou a noite toda acordada com medo.

Ragnar estava em casa e a viu desde que chegou, ficou curioso, imaginando o que ela queria, passou a noite a olhando pelas câmeras, teve receio de ser exposto pelas coisas que fez a ela.

Quando amanheceu, ele se preparou para sair, quando abriu o portão eletrônico, ela se levantou, entrou na frente do carro, irritada

- Achei que não estivesse aí.

Se aproximou da janela, ele abaixou o vidro

- Não quero mais nada com você, não importa quantas vezes, seu pai te mande vir aqui.

Ia fechar o vidro, ela enfiou a mão antes

- Eu quero!

Teve a mão presa

- Aiiiii.

- Por favor, me deixa voltar.

Ele abaixou o vidro novamente

- Não! Te falei para não me procurar novamente.

- Vá embora, menina!

- Não gosto de meninas!

Foi tirando o carro da calçada e fechou o portão, não a deixou falar nada, foi para a empresa ainda curioso, mas sem cabeça para lidar com ela.

Abílio não foi trabalhar cedo, no horário de almoço Domênica foi espiar, viu o irmão brincando na rua e o chamou de longe, ele correu até ela chorando, entendeu um pouco do que viu, disse que o pai tinha batido nele também, implorou para ela voltar.

Os dois voltaram para casa, ela disse que ia dar um jeito de saírem de casa, quando ela fizesse dezoito anos e até lá, ele ia precisar ser forte, pediu para ele não contar nada a ninguém, se não iriam separar os dois.

Abílio estava dormindo ainda, quando levantou Domênica estava servindo o almoço para o irmão, ficou cabisbaixa envergonhada, como se tivesse culpa de algo, Abílio saiu sem falar com eles, foi trabalhar.

Ela achou melhor dormirem trancados juntos, nem viram o pai chegar, ela voltou ir a escola, para evitar de ficar sozinha em casa, só ficava sentada sozinha no fundo, olhando suas antigas amizades de longe, não fazia mais tarefa nenhuma e tinha a certeza de que perderia o ano.

No intervalo ia fumar atrás da caixa d'água, a meses havia se afastado de todos e era julgada por isso, por não saber lidar com o luto.

Por alguns dias, Abílio apenas ignorou os dois, bebeu menos, mas após saber que iria perder o carro, tomou um porre e foi para casa procurando confusão, Domênico estava jogando vídeo game, quando viu já havia sido trancado.

Domênica estava assistindo no próprio quarto, foi pega de surpresa porque não era para o pai chegar aquele horário, se levantou no susto, o viu abrindo a calça, cambaleando bêbado, quando ele chegou perto tentando a agarrar, ela pegou uma faca debaixo da cama e se defendeu, o cortando como deu.

Acabou derrubando a faca, mesmo machucado ele continuou avançando batendo nela, ela o chutou com toda sua força, ele caiu e bateu a cabeça na cômoda, suja de sangue, com muito medo nervosa, ela só foi pegar o irmão, mandou ele pegar a mochila e roupas.

Saíram as pressas fugindo sem ter para onde ir, ele viu o pai caído inconsciente, perguntou se ela tinha o matado, andando sem rumo, ela disse que não sabia, foi para a casa de Ragnar, não dava para ver nada da rua, ela tocou o interfone, começou falar que precisava de ajuda, imaginando que ele estava lá e que podia ouvir.

Domênico estava junto chorando, disse que a polícia ia pegar eles, achando que queriam roubar, falou que não podiam ficar lá esperando, ela tocou mais vezes e desistiu, foram saindo da frente do portão, passaram a rua abraçados.

Ragnar estava ouvindo tudo, até foi para a sala assim que os viu chegando, saiu já de pijama e abriu o portão, os dois voltaram rápido, ela parecia transtornada desesperada, o olhou desconcertada

- Preciso de ajuda!

- Eu não sei se...

Domênico a abraçou assustado

- Não chama a polícia pra gente, vão levar minha irmã.

- Ajuda a gente.

Ela começou chorar, totalmente diferente de antes, estava suja de san gue, com as mãos trêmulas, Ragnar os observava confuso, foi voltando para dentro

- Entrem. Preciso saber o que aconteceu!

            
            

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