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Capítulo 5
O homem era impossível! Por um instante eu achei que ele iria me empurrar contra alguma parede e me beijar. Eu não podia negar que o pensamento de que ele me beijasse ali me encheu de desejo e fez meu coração disparar, ao mesmo tempo que me deixou com medo de que alguém me visse e isso me custasse meu emprego.
Mas ele pareceu entender minha ideia sobre o destino, se fosse para conversarmos íamos nos encontrar, era no que eu acreditava, afinal não foi por acaso que nos conhecemos daquele jeito no primeiro dia.
Eu só tinha que manter em mente tudo o que Miriam tinha falado, ele partiria em breve e com toda certeza só estava procurando uma diversão de verão.
- Está distraída Aurora! - A voz de Teresa foi o que me trouxe de volta. - Eu estava falando da sua escala de hoje, vai ficar aqui mesmo no bloco A, seus andares aqui.
Ela me estendeu a mesma folha que Alice e Miriam já seguravam, memorizei os andares mais altos do prédio principal, que era onde estávamos.
- Porque elas iriam nos mudar? Nem lembro da última vez que teve alguma alteração assim. - ouvi às duas meninas conversando enquanto colocávamos os carrinhos no elevador.
- Alguém deve ter aprontado alguma coisa, uma das meninas com certeza deu em cima de algum hóspede. - Alice falou plantando medo em minha mente.
- Ou como no mês passado, que aquela mãe pegou o filho escondido vendo a Janice limpar o quarto e surtou.
Às duas caíram na gargalhada, mas tudo o que eu conseguia pensar naquele instante era que alguém tinha nos visto no corredor e estavam me mudando para evitar problemas.
Eu deveria ter sido mais esperta, havia câmeras em todos os lugares do prédio, com toda certeza iriam me ver em algum momento. Mas bastou eu entrar no terceiro quarto do andar para que esses pensamentos fossem por água abaixo.
- Acho que o destino está mesmo ao nosso favor. - a voz dele chegou aos meus ouvidos me fazendo pular e derrubar o balde que segurava.
- Ai meu Deus! - gritei levando as mãos ao peito. - Você quer me matar do coração ou o quê? Não deveria ter ninguém nesse quarto, como... como você está aqui?
- Devagar, se acalme e fale devagar, não consigo entender sua língua assim tão depressa. - ele pediu se levantando e vindo para perto de mim.
Mas eu não conseguia pensar devagar, não quando finalmente abri a boca depois de passar a última meia hora remoendo sobre a mudança inesperada e como eu estaria ferrada se perdesse esse emprego.
- Não consigo pensar devagar e muito menos falar. Eu posso perder meu emprego por isso, você nem devia estar aqui. Mas como eu ia saber que tinha alguém aqui? Já mudaram o meu bloco, coisa que aparentemente não costuma acontecer e eu tenho quase certeza de que foi porque nos viram no corredor, mas eu não posso perder...
Eu estava falando sem parar e no instante seguinte ele tinha me calado, os lábios cobrindo os meus enquanto suas mãos seguravam meu rosto.
Nem conseguia entender como ele tinha se aproximado tão rápido sem que eu percebesse, mas ele estava ali de olhos me beijando no meio do seu quarto de hotel.
Meu espanto durou apenas o segundo que levei para olhar melhor para ele, observando toda a confiança e tranquilidade em sua expressão, como se estivesse fazendo exatamente o que tinha planejado. No instante seguinte eu estava relaxando em suas mãos, abrindo meus lábios e deslizando minha língua para fora, ansiosa para aprofundar nosso beijo.
Ele pareceu surpreso com o toque repentino contra a boca fechada, mas rapidamente a abriu me deixando invadir e sentir seu gosto. Nossas línguas se enroscaram buscando desesperadamente por mais uma da outra e eu gemi baixinho quando ele me puxou para perto.
Espalmei minhas mãos no peito largo, coberto com a camisa social, sentindo o calor emanar dele, desenhava os músculos e abdômen com as pontas dos dedos, enquanto ele devorava minha boca.
Aquele beijo era a coisa mais erótica que já experimentei na vida, o encaixe certo, a sintonia perfeita. E tudo se tornou ainda mais intenso quando ele desceu as mãos para o meu pescoço, tombando minha cabeça e arrepiando minha pele com a força com que seus dedos me apertavam.
Não paramos nem mesmo para tomar fôlego, nem quando ele começou a andar para trás.
Ele desceu as mãos por meus ombros, me puxando contra seu corpo, antes de contornar as curvas do meu corpo, sem se demorar em nenhuma delas, até chegar a cintura, onde me apertou com possessividade me arrancando um arquejo, parecendo querer fundir nossos corpos, eu podia sentir o peitoral duro contra meus seios, enquanto minhas mãos se abrigavam em suas costas.
Mas bastou que eu sentisse as mãos grandes me puxando para o seu colo, para que voltasse a realidade da vida, quebrando todo o encanto do beijo.
- Ai meu Deus, o que estamos fazendo? - levei a mão à boca questionando, mais a mim do que a ele.
- Estamos nos beijando e adorando isso. - ele agarrou minha mão livre e tentou me puxar novamente para o seu colo, mas eu dei um passo para trás, precisando colocar uma certa distância entre nós.
- Eu não posso fazer isso, não posso perder meu emprego, não posso me envolver com ninguém! - repeti como um mantra e voltei para a entrada do quarto.
Me curvei pegando o balde que deixei cair na entrada, precisava sair e só voltar quando ele não estivesse ali. Tinha que focar no meu trabalho e apenas nisso. Mas quando me levantei senti o calor dele atrás de mim, as mãos rapidamente seguraram minha cintura e me puxaram, colando minhas costas em seu peito.
- Você não vai perder o emprego. - A voz grossa e profunda contra minha nuca me arrepiou por inteiro.
- Eu não posso ser vista com você ou... - ele deslizou o nariz por meu pescoço, descendo e subindo em uma lentidão que me fez suspirar. - Não posso...
- Detesto essa palavra. - ele me interrompeu com a boca sobre minha orelha, antes de sugar o lóbulo da minha orelha, me arrancando um gemido. - Chega de dizer não quando nós dois queremos isso!
Ele envolveu a minha barriga com as mãos, traçando um caminho até meus seios enquanto espalhava beijos e chupões por meu pescoço.
Eu estava ridiculamente excitada, sentia minha calcinha ficar ainda mais molhada a cada segundo e não conseguia nem ao menos me desvencilhar dele porque era impossível resistir aquilo.
Minha cabeça estava tombada para o lado, dando a ele livre acesso e mesmo assim ele não se dava por satisfeito. Sua mão cobriu meu seio, apertando minha carne com força mesmo com o bojo.
- Eu tenho que ir, não podemos fazer isso... - os dedos dele encontraram meu mamilo e eu não pude evitar o arquejo que tomou meu corpo, empurrando meu seio ainda mais contra sua mão. - Ao menos não aqui. Não posso correr o risco de ser demitida.
- Ok, então vamos nos ver fora do hotel. Onde você quiser! - a oferta sussurrada ao pé do ouvido soou tentadora demais para que qualquer mortal conseguisse resistir.
- E mais uma coisa, eu ainda não sei o seu nome, mas você sabe o meu. Não acho que isso seja muito justo. - murmurei e ele me girou em seus braços, ficando cara a cara comigo novamente antes de responder.
- James Perseu Wayne. - estávamos tão próximos que nossas respirações se misturavam, ele não perdeu tempo e sugou meu lábio inferior. - Para agradar.
Eu estava mesmo ferrada!