- Ah, que ótima notícia! Posso passar mais tempo com o Luigi. - falo animada. É maravilhoso o dia em que eu não tenho que fazer muita coisa.
Vou em direção a minha mesa e me sento. Logo pego a pena e a molho um pouco no tinteiro, e começo a escrever.
- Mais uma coisa, imperatriz. Concede a permissão para falar? - ela pergunta passando seu olhar sobre alguns papéis.
- Sim, concebo. Comece a falar. - falo ainda mantendo a minha atenção no que estou fazendo.
- O Imperador, deseja ter uma audiência com a Vossa Majestade. - Ao ouvir aquilo eu fiquei um pouco descontrolada. Acabei borrando o papel de tinta. Quando percebi o que fiz, lamentei. Não acredito que terei que escrever de novo! Culpa do Leon!
- Avise para o Imperador, que eu estou muito ocupada. Não poderei ter uma audiência com ele. - ordeno. Naw se curva e em seguida ela se retira da sala, me deixando sozinha.
Amasso o papel que eu estraguei e o jogo no lixo. Pego um novo e começo a escrever do início.
Queria muito saber o que diabos, Leon está pensando em pedir uma audiência comigo. É muito repentino. Ele raramente faz estes movimentos audaciosos. Mas parece que agora está criando asas. O que será que deu nele?
Leon Barueri:
Com a retirada de Stephanie e Luigi da mesa, ficou somente eu nela. Fiz minha refeição e me dirigi até o meu escritório. Preciso rapidamente terminar de assinar estes documentos. Todo dia é uma pilha. Acabo exausto no fim do dia.
No começo quando eu me casei com a Stephanie, eu terminava meus trabalhos esperando sair dos lábios dela "Obrigada pelo trabalho duro." Mas depois de um tempo, nós ficamos tão distantes que nem ao menos trocamos as saudações mais comuns.
Entro em minha sala, e me sento rapidamente. Começo a fazer o meu trabalho. Logo, após um tempo ouço batidas na porta.
- Entre. - falo. A porta, logo é aberta e revelando um homem de cabelos pretos, altura mediana, com uniforme de guarda.
- Saudações, Majestade. O que devo fazer? - ele vai direto ao ponto.
- Quero que você diga à assistente da Imperatriz, que desejo uma audiência. - paro um instante de escrever, e olho para o homem na minha frente. Que após ouvir minhas ordens apenas assenti, se curva e se retira.
Fico novamente sozinho em minha sala. Pensando bem, eu queria muito ver a cara da Stephanie quando ela ouvir que desejo uma audiência. E estou muito ansioso pela sua resposta. Riu em vão quando imagino.
Stephanie Bellucci:
Ah, mais que inferno! Eu não consigo parar de pensar, o que diabos aquele homem queria comigo. E se foi um assunto importante de estado? Foi burrice a minha ter recusado assim por impulso e sem pensar muito. Sou uma Imperatriz e devo agir como tal!
Não devo misturar minha relação pessoal e profissional. Eu sou a Imperatriz e Leon é o Imperador. Isso nunca irá mudar. Se bem, que pensando melhor meus instintos me dizem não haver nada de muita importância. Então acho, que tudo bem. Mas eu queria muito ver a cara dele quando recebeu a minha resposta! Dou tanta risada só de imaginar.
Ah, Leon Barueri você é um homem um tanto imprevisível. Nunca passou pela minha cabeça que você iria pedir uma audiência comigo.
Leon Barueri:
- O quê?! Pode repetir, por favor? - Altero um pouco um tom após ter ouvido uma coisa totalmente absurda. - Pode repetir a resposta dela?
- Vo-Vossa Majestade, a Imperatriz diz que está muito ocupada para ter uma audiência com o senhor. - Alguns dos meus assistentes falam tremendo a mandíbula. Devo ter ficado assustado quando me levantei e bati meu punho contra a mesa. Foi uma reação natural do meu corpo. Faz tanto tempo que nunca mais fiz isso, que cheguei a pensar que já havia parado com esta mania.
- Me desculpe, por ter o assustado. - me desculpo, me sentando novamente e suspiro derrotado em seguida. - Pode se retirar. - falo para o homem e ele se retira após se curvar.
Stephanie Bellucci, você ainda não me escapará!
Coloco os cotovelos sobre a mesa e fico pensando, mas não por muito tempo. Porque lembrei das minhas obrigações. Bom, por hora não posso fazer nada. Mas ela não pode escapar de mim por muito tempo. Moramos sob o mesmo teto.
Stephanie Bellucci:
Largo a pena da minha mão, e olho para a janela. Percebo que o sol já está desaparecendo. Estou sentada na cadeira. Finalmente terminei os meus deveres. Ah, que coisa boa. Agora poderei ver Luigi.
Antes mesmo de eu me levantar, ouço batidas na porta.
- Entre. - falo em tom sério e um pouco com raiva. Já que pensei, que era outro assunto chato para ligar. Mas estive enganada. Logo aparece um pequeno travesso correndo para a minha direção.
- Como prometido, eu estou aqui! - ele pega na minha mão e sorri com as bochechas avermelhadas. Ah, que fofo.
- E como prometido, eu darei o seu prêmio e ficarei com você o resto da tarde. - falo me agachando para ficar à altura do meu filho. Acaricio a sua cabeça, e em gesto natural ele fecha os olhos. Pego ele no braço, e olho para a servente parada na porta. - Por favor, mande preparar um chá, alguns doces e leve depois para o jardim. Estarei no aguardo com o meu filho.
- Entendido, senhora. - ela se curva e sai da sala. Em seguida eu também saio e vou direto para o jardim.
Segurando ainda Luigi, em meus braços eu já estou caminhando sobre a trilha do jardim. O ar fresco e o perfume das plantas é tudo o que eu precisava agora. Chegando na construção que fica bem no meio do jardim. Eu subo alguns degraus, e coloco o Luigi na cadeira. Em seguida, eu me sento.
Bom, como eu estou muito cansada eu espero que eu não caia no sono enquanto converso com o meu filho. Seria vergonhoso.
- Mama, hoje o professor disse que fui muito bem na lição. - Luigi começa a falar animado e balançando as pernas.
- Vejo que se divertiu muito. - falo sorrindo.
- E a senhora? - Luigi pergunta curioso.
- Hum, deixa eu ver. - eu finjo que estou pensando. - Só coisas chatas, que não valem a pena levar a um assunto. - falo e ele dá risada.
- E o papai, o que ele faz? - Oh, isso me pegou de surpresa. Nunca pensei que ele fosse perguntar do pai.
- Bem, seu pai faz quase as mesmas coisas que eu. Entretanto, as dele são muito mais chatas e ele costuma ficar mais cansado que eu. - eu o explico e ele suspirou, parecendo não estar muito satisfeito.
Quando eu vou lhe explicar, de uma maneira mais convincente. Luigi toma a minha frente e pergunta:
- É por isso, que é raro ver vocês dois juntos? - eu arregalei um pouco meus olhos. Não pensei que Luigi havia percebido a distância entre mim e Leon. Será que isso o afetou de alguma maneira? Não, não, penso que não.
- Sim, isso mesmo. Nossos horários tendem a não se cruzar. - pigarrei disfarçando o meu nervosismo.
Luigi parece satisfeito com a minha resposta de agora, e sem esperar muito o nosso chá chegou.
Mas o pensamento de pensar que minha má relação com Leon, pode ter afetado o meu filho de alguma maneira não sai da minha cabeça. Mas mesmo que fosse o caso, eu não iria mudar. Tentaria ser uma mãe melhor do que sou agora e assim poderia cobrir a ausência do pai.
Levo a xícara de chá, até a boca e antes de tomar aprecio o cheiro do chá. Inspiro e finalmente sinto o gosto do chá.
Ah, mais que relaxante. A melhor hora do meu dia.
Leon Barueri:
Ah, hoje o dia rendeu. Fiz tudo e acredito que ficarei mais leve a semana toda. Adiantei os trabalhos de amanhã. Só sobrará pouquíssimo papéis para revisar.
Olho para a janela, e percebo que o dia já estava acabando. Não entendo, mas sempre que a noite chega eu tenho um terrível medo de que algo acontecerá e eu perderei alguém ou algo precioso para mim. Desde aquela época, eu detesto a noite. Apesar dela ser tão linda.
Levanto-me, e me retiro da oficina. Passando pelo corredor, lembrei-me do jardim. Apreciar o final da tarde com o vento fresco é uma ótima ideia.
Mudo o meu curso e me dirijo ao jardim. Chegando lá, percebo a presença de vozes. E se eu não me engano são de Stephanie e Luigi.
Oh, estou chocado em poder encontrá-la agora. Estava pensando em conversar com ela só no nosso quarto, mas já que a encontrei aqui isso facilita as coisas.
Aproximo-me do local e vejo lentamente o sorriso de Stephanie desaparecer e ela fica me encarando. Eu não desvio o olhar, apenas fico prolongando o nosso contato. Além, de que estou sorrindo agora.
- Que coincidência, minha Imperatriz. - falo me aproximando e me juntando à mesa. Tiro minha atenção de Stephanie e olho para Luigi. - Como foi às aulas, Luigi? - pergunto.
- Foi maravilhosa, pai! Diverti-me bastante! - me responde alegre.
- Isso é uma notícia. Amanhã quando eu tiver tempo irei lhe visitar em sua aula. - falo
- Leon, querido, pensei que você estaria a caminho dos nossos aposentos. - Stephanie fala para mim, em tom doce. Oh, ela sabe muito bem minha rotina.
- Sim. Era para eu estar em nossos aposentos, contudo tive vontade de tomar um ar. Tem algum problema com isso? - concordo a fala dela e pergunto.
- Não. Claro que não. - responde tomando mais um gole de chá. Ela parece um pouco nervosa.
Ah, Stephanie, hoje você me paga. Irei lhe dar um pequeno surto. Isto só é o começo. Não pense que darei muito espaço para você me controlar. Farei as coisas do meu modo agora!
Stephanie Bellucci:
Penso que este maldito está brincando comigo! Como eu posso ter o encontrado mais vezes do que normalmente! E não quero ouvir, amanhã minha assistente me falando ser o destino!
Eu olho-lhe, que agora está sorrindo cinicamente. Ah, ele está se divertindo bastante sobre as minhas custas. Mas que desgraçado!
Calma, Stephanie! Onde já se viu uma imperatriz falando palavras tão desagradáveis. Manter a calma e a cabeça no lugar!
- Luigi, já está ficando tarde. E a hora do jantar se aproxima e antes você precisa se aprontar para ele. - falo para Luigi e ele fica cabisbaixo. - Mas amanhã, quero ter a sua companhia. - completo para consolá-lo. Ele fica brilhante novamente e em um sinal eu ordeno a sua dama o acompanhar.
Ele me dá a mão, e o observo até sair das minhas vistas. E Leon, parece fazer o mesmo.
- O que você quer? - eu sou direta na pergunta.
- Querendo ou não, este palácio também me pertence. E é claro, que nós vamos nos encontrar. - Leon fala indiferente, mas sinto sarcasmo em sua voz. Além de que, não se deu o trabalho de olhar para mim. Estará evitando contato?
- Sim, eu sei disso. - respondo e bocejo em seguida. Ah, que sono.
- Sabe? E por que você fica evitando se encontrar comigo? - agora ele olha-me. Um olhar furioso. - Então, o que tem para falar sobre isso, Stephanie?
Eu fico surpresa com isso, ele nunca até agora me olhou desse jeito. Eu ouvi os rumores, sobre que ele era terrível quando estava com raiva. Mas isso é mais aterrador do que eu pensei.
Eu engulo a seco, e tento organizar meus pensamentos. O que irei falar agora?
- Vamos, Stephanie. Estou ansioso para ver qual será a sua desculpa, dessa vez. - Leon, fala me pressionando mais ainda.
Eu respiro fundo e mantenho o meu olhar firme.
- Eu lhe devo explicações? Não tenho nada a dizer sobre este assunto. Não estou o evitando, deve ser apenas coisa da sua cabeça. - falo em meu tom normal. Ah, glória! Pensei que não iria sair.
Não sei o que eu falei foi uma boa ideia ou não, mas julgo que é a segunda opção. Porque estou sentindo o olhar afiado de Leon sobre mim e aparece que ele quer me matar. Será que isso o irritou muito?