Casamento Falido
img img Casamento Falido img Capítulo 5 A FUGA FRACASSADA!
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Capítulo 10 QUE A GUERRA COMECE! img
Capítulo 11 Câmara img
Capítulo 12 Que a proteção de Deus estejam com eles! es img
Capítulo 13 Começando a se mover! img
Capítulo 14 Pequeno machucado! img
Capítulo 15 Febre! img
Capítulo 16 Lembranças img
Capítulo 17 Estalagem! img
Capítulo 18 Rejeição! img
Capítulo 19 Ataque surpresa! img
Capítulo 20 Reunião desnecessária! img
Capítulo 21 Visita Esperada! img
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Capítulo 5 A FUGA FRACASSADA!

Stephanie Bellucci:

Hoje novamente trabalhei igual uma condenada. Peguei alguns dos trabalhos dos Leon, e penso que ele não gostou muito.

Ingrato!

E eu aqui querendo-me redimir. Não faço ideia do que falei ou fiz, para ele ficar tão nervoso mais cedo. Não apareceu na hora do almoço, nem na hora do chá. Se trancou na sua oficina, sozinho e ficou a trabalhar sem parar. Espero que ele apareça na hora do jantar. Até mesmo, Luigi estava preocupado por seu pai. Trabalho demais não faz bem e eu sei bem como é. Muitas vezes fiquei doente por isso.

Suspiro cansada, levanto-me e vou até a enorme janela que fica bem atrás de mim. Fico admirando o pôr do sol alaranjado e fico a observar as folhagens das árvores se mexendo devido ao vento. Observo dois pássaros no topo de umas das árvores e os fico a encarar curiosa. Quando eles terminaram de pegar alguns frutos eles voaram para longe. Ah, como eu queria ter asas. Coloco umas das minhas mãos no vidro e fico a desejar mais do que tudo aquilo que não me pode ser possível.

- Invejo vocês. - murmurei baixinho.

Ouço leves batidas na porta e saio rapidamente dos meus devaneios.

- Estou-me retirando por hoje. Obrigada pelo trabalho duro. - fui em direção a porta e a abri em seguida. Avisei e agradeço à Naw em seguida. Ela curva-se assentindo e antes que eu me esqueça, perguntei. - Ah, e sobre aquele assunto que lhe mandei averiguar. O que descobriu?

- Senhora, perguntei aos servos e as pessoas mais próximas, mas todas elas falaram a mesma coisa. Ninguém sabe. - ele responde-me ainda curvada.

- Vejo que o mau-humor atacou mesmo. - suspiro. - Bom, ainda sim. Obrigada pelo esforço, Naw.

- Não há de quê. Apenas fiz o que me foi ordenado. - Naw fala em tom quase alegre. Fico muito feliz em vê que ela realmente gosta de ajudar-me.

- Por favor, Naw. Vá para casa e descanse. Amanhã termina de arrumar os documentos. - peço gentilmente. Naw se esforça demais e fica a fazer hora extra. Não gosto nada disso. Se ela não me obedecer, terei que aumentar o seu salário e arrumar um quarto para ela. Já que ela gosta tanto de morar no castelo.

- Entendido, minha senhora. - ela assentiu novamente e retirou-se em seguida.

Mesmo o dia sendo tão longo, ainda tenho uns assuntos pendentes. Em passos apressados vou até à oficina de Leon.

.........................

Chegando no local, eu vi dois homens guardando a porta.

- Saiam. Quero passar. - falei em tom firme e os guardas chegaram até estremecer, mas ainda não deixaram eu passar. Posicionaram as suas lanças ao mesmo tempo, e impediram de eu atravessar. Olho de canto e suspiro. - É uma ordem da Imperatriz! deixem-me passar ou então preferem suas cabeças arrancadas? - os ameaços subtilmente. Não quero fazer alvoroço. Leon tem uma audição apurada. Irá saber que estou aqui e possivelmente fugirá pela janela. Como fez na última vez. Fiquei pasma em ver que ele fugia da minha pessoa. Não sou tão insuportável assim! Ele que é! Relaxa, Stephanie, relaxa.

Os guardas trocaram olhares entre si. E assentiram com a cabeça.

- Pode passar, Vossa Majestade. - ele fala enquanto abrem a porta. Passou e ainda lançou uma mirada assassina para os dois guardas.

Adentro na sala e eles fecham rapidamente a porta. Primeira coisa que a minha visão alcança é Leon segurando uns papéis numa mão e outra ele está a escrever. Nossa, ele leva o trabalho bem a sério.

Pigarreio a tentar passar a sua atenção. Ele olha-me por cima dos papéis e ignora-me em seguida. Piso o pé no chão irritada.

- Minha senhora, eu não sou cego. Estou-lhe vendo, então por favor não quebre o chão da minha oficina. - ele fala ainda prestando atenção nos papéis. - Ao que devo a honra da sua graciosa presença? - ele pergunta frio. Não sei se ele está com sarcasmo ou está a falar sério. Bom, pouco importa. Não vim aqui para isso.

- Então, eu não lhe vi no almoço e muito menos na hora do chá. O que estava a fazer de tão importante que nem se pode dar uma pausa? - perguntei curiosa, e mesmo assim ele não parou de mexer nos papéis e muito menos de escrever.

- Minha senhora, sinto em dizer-lhe que não é da sua conta o que eu faço ou deixo de fazer. E tampouco necessito da sua preocupação. - Leon responde-me frio. Ah, eu entendi. Eu entendi tudo. Então, ele quer jogar este jogo, é? Ele quer usar as minhas falas contra mim mesma. Que ótimas cartas o senhor tem Leon Barueri, mas as minhas são melhores.

Eu aproximo-me da sua mesa, pego os papéis da sua mão e os jogos numa parte qualquer da mesa. Mesmo assim, ele não para de escrever. Estalo a língua e bato na mesa. - Leon Barueri, preste atenção agora mesmo! Quem você acredita que é para ignorar a Imperatriz! - grito nervosa elevando o tom. Ainda sim, ele insiste em ignorar-me. - Olha aqui, Le- - foi interrompida por Leon que bateu o punho contra a mesa.

- Minha senhora, não está a ver que eu estou ocupado? Se não venho para ajudar, por favor saia! - ele grita a apontar o dedo para a porta. Mas que atitude é essa de Leon? Deste de quando ele ficou tão rebelde? - Parece que a minha querida senhora está confusa. Então, deixarei mais claro. Saia imediatamente da minha sala! - ele fala pausadamente a última parte.

Ele virou-me de costas para ele e vou em direção a porta. Parou e apertou mais os meus punhos. Não, não. Eu não irei sair daqui assim. viro-me bruscamente e novamente vou na direção de Leon. O puxei pela gola da sua roupa e aproximei-me um pouco.

- Leon, querido, não tente de achar demais. Nunca que o senhor poderá controlar-me. Não tente mandar em mim! Senão, farei com que este seja o seu pior erro! - o ameacei o encarando mortalmente. Trincei a mandíbula com raiva e apertou mais forte a sua gola. Ele olha-me de cima, e fica-me analisando. Segundos depois, ele fica com quase a mesma visão que eu. O que ele estará a pensar?

Leon Barueri:

Cala a boca! Cala a boca! Não quero escutar! Fique quieta! O quê quer? O quê quer?! deixe-me em paz!

- Minha senhora, esta oficina é minha! Eu mando nela. A senhora interpretou mal a minha fala. Mandei a senhora fazer o favor de se retirar, já que não iria-me ajudar em nada. Estou errado? - a perguntei e ela parece que raciocinou um pouco e soltou-me.

- Desculpe, parece que eu exagerei. - ela passa a mão sobre o vestido, como se estivesse o arrumando. - Não deve ser tão grosso, Leon. Se o que quer é ajuda. Eu posso oferecer-lhe. Como esposa, devo preocupar-me pelo bem-estar do meu marido. - agora foi que deu! Que bela desculpa! Suspiro cansado e sento-me.

- Já que você quer me ajudar tanto. Se aproxime, por favor. - ela aproxima-se e paga os papéis que jogou mais cedo e os arruma em ordem. A fico a observar e mordo o lábio inferior. Aperto forte a cadeira. - Não disse ser para me ajudar nisso. - falei em tom provocador. Stephanie pareceu se irritar um pouco, mas apenas relaxou e soltou um suspiro baixo.

- Então, o senhor quer que eu o ajude com o quê, exatamente? - ela fala a abaixar os papéis que acabou de organizar.

- Com isso. - murmuro baixo. levanto-me e puxo Stephanie pelo braço. Rapidamente tomei os lábios dela. Ela debate-se, mas logo desiste. Numa tentativa falha, ela tenta o máximo possível não deixar que eu entre em contacto com a sua língua. Patético. A puxei com força pelo pescoço e ela inconscientemente abre a boca. Continuo com o que estava a fazer antes, porém um pouco diferente. Brinco um pouco com a língua dela, mas logo abro a boca para deixá-la respirar. E reinicio novamente o beijo. Desta vez, não dura muito. Ela acaba mordendo a minha língua. - Que cruel, minha senhora. - falei quase num sussurro. Limpando o risco de sangue que descia da lateral da minha boca.

Stephanie retrocede alguns passos sem fôlego e com a cabeça baixa. Só dava para ver estar com o rosto bastante vermelho. Fiquei na dúvida. Foi devido ao beijo de agora pouco ou ela está com raiva?

- Nunca mais... - ouço ela murmurar baixo.

- Ah, eu não consegui ouvir. - coloquei a mão sobre o ouvido a provocando Sinceramente, eu diverti-me bastante. É engraçado mexer com a Stephanie dessa maneira. Se eu soubesse ser tão fácil. As coisas seriam diferentes.

- Nunca mais toque em mim dessa maneira sem a minha permissão! - ela grita cheia de ódio. Eu quase soltei risos, mas paralisei quando ela levantou o rosto e havia lágrimas caindo. O que eu fiz de demais? Foi apenas um beijo. Uma brincadeira.

- Stephanie, eu... - eu comecei a falar com receio. Agindo dessa maneira, parece até que eu sou o vilão. - Eu... - algo estava-me impedindo de falar. Eu nunca vi a Stephanie chorar. Estou-me sentindo horrível agora. Que agonia é essa que está a crescer no peito! É desesperador! Mas eu não sei o que falar ou fazer!

- Estou-me retirando. aguardo-lhe no jantar. - ela limpa as lágrimas e se retira em seguida.

- Stephanie, espere, por favor..... - eu ergui o braço na sua direção, mas ela ignorou-me e saiu. Não, Não. Por favor, volte e irei desculpar-me propriamente. Eu apoio uma das mãos na mesa e a outra eu coloco sobre o meu rosto. Me xinguei por fazer algo que fez que Stephanie se distanciar mais de mim. Idiota! Como eu fui burro! Mas não irei mentir que achei bom. Pude tocar nela novamente, mas, por outro lado. Pode ser que nunca mais poderei tocá-la. Já que não pensei nas consequências do meu ato impulsivo. Só rogo que ela não me mate ainda. Conquistar o ódio da Imperatriz simplesmente significa morte. Mas acredito que não. Ela precisa de homem ao seu lado, mesmo que seja de fachada. Então ainda posso garantir que ela não irá matar-me, mas com certeza irá fazer a minha vida um inferno em terra.

Stephanie Bellucci:

Leon beijou-me tão de repente que eu fiquei sem reação. Mas eu não entendo, naquela hora quando ele me toco eu sentir um enorme desconforto. Fiquei aterrorizada. Ele estava-me tocando de forma brusca e eu odeio isso mais do que tudo.

Odeio! Odeio! Odeio! Odeio!

Porquê? Porque me recordo de lembranças más. Tenho bem pouca experiência com homens. Já que eu sou muito ocupada com os meus deveres de imperatriz. E essas poucas experiências foram desagradáveis. Aqueles nobres nojentos tiveram a coragem de tocar em mim sem a minha permissão. Antes eu não podia fazer nada para quê isso não acontecesse, mas agora eu sou imperatriz. Ninguém pode trocar em mim sem a minha permissão! A palavra da imperatriz é absoluta! E nem mesmo Leon, o meu marido legal, pode desobedecer-me e tocar-me sem permissão.

Mas eu fiquei surpresa em vê que chegou a cair lágrimas dos meus olhos. Eu estava tão assustada assim? Ou o meu corpo simplesmente reagiu?

Não entendo. Só sei que não quero que isso se repita. Eu saí tão rapidamente que não cheguei a ver a expressão de Leon. Será que no mínimo ele ficou arrependido? Se não. Eu vou ter que admitir que me casei com um homem descarado.

Soltei um riso fraco. Claro que Leon não é esse categoria de homem. Eu conheço bem a sua honra e como ele sabe que nunca deve mexer com uma mulher. Quem será que o ensinou tão bem?

Bom, devo admitir que o beijo foi ótimo. Não ainda sim, não o perdoou. Não gostei da sua ousadia. E na noite passada ele foi tão fofo. Nunca imaginei que hoje iria se comportar como uma fera. Estou indignada!

Bufando eu vou até o meu quarto para me arrumar para o jantar. As damas preparam o banho rapidamente e eu entro. Eu relaxo um pouco e logo saio. As damas ajudam-me a arrumar-me e peço novamente roupas leves. Pretendo dar uma escapada hoje a noite. Será que hoje a noite tenho que fazer aquilo? Espero que ele não dê fé de que eu não estou. Mas penso que ele estará muito cansado essa noite, então não tem problema. Quando as damas terminam eu me retiro do meu cómodo e vou direto para salão.

Passo pelo corredor e desço as escadas. Percebo que Luigi já está a comer.

- Luigi, meu raio de sol, como foi o seu dia? - eu pergunto feliz. Ah, como me sinto bem em ver o rosto do meu querido filho. Eu aproximo-me da mesa e uns dos mordomos puxam a cadeira para me sentar. Agradeço e ele afasta-se. Sem perder muito tempo, olho na direção de Luigi e espero ele terminar a sua refeição para me responder. Ele engole às pressas. Que fofo!

- Mama! O meu dia foi ótimo! E o da senhora? - ele responde-me animado.

- O meu? Bom, foi o de sempre. - falei simples, mas ainda com um sorriso no rosto. Mas lembrei do que aconteceu minutos atrás e não consegui conter a minha expressão de desgosto. - É, mas aconteceram umas coisas que não foram do meu agrado. - eu falo a desviar o olhar do meu filho.

- Mama é forte! E estou aqui quando a senhora quiser descansar! - ele fala a abrir um enorme sorriso. Ah, que fofo. Ele falou isso para me consolar. O meu filho nunca me dececiona.

- Muito obrigada! Luigi. Lembrarei disso quando eu estiver no fundo do poço. - o agradeço e as suas bochechas vermelhas coram mais ainda. E ele começa a comer novamente.

- Minha senhora, você irá comer? No almoço a senhora mal tocou na comida e na hora do chá, apenas tomou uma xícara de chá. - Donatello falou. Como sempre este homem é muito afiado. Esteve a observar minimamente deste a hora do café.

- Eu acredito que não irei comer. Infelizmente, hoje não acordei com muito apetite. - falei e Donatello apenas assentiu, mas quando estava prestes a se retirar ele para e olha para mim firme.

- Minha senhora, você tem certeza que está bem? Devo chamar um médico? - nossa, Donatello se preocupa bastante com a minha saúde. Não acredito que ele está preocupado desde o café, mas ainda preferiu não tocar no assunto. Já que, sabe muito bem como eu odeio que as pessoas tratem-me como frágil.

- Não. Estou-me sentindo muito bem, apenas preciso descansar um pouco. - o respondo. - Mas agradeço a sua preocupação, Donatello.

- Mama não vai comer? - Luigi pergunta-me olhando com preocupação.

- Não, não irei. Mas só irei-me retirar quando você terminar a sua refeição. - sorrio e ele parece que gostou da ideia. Tanto que começou a comer bem lentamente.

...................................

Após Luigi terminar de comer, eu retirei-me e fui direto para o meu quarto. Abri a porta e ele não estava. Não acredito que ele está a trabalhar até agora?! Bom, eu não posso fazer nada quanto ao vício do Leon. Ele tem uma compulsão em trabalhar. E não entendo o porquê disso!

Mesmo assim, é até bom para mim que ele esteja bem cansado hoje à noite.

Troco de roupa. Visto uma roupa fina e confortável, mas é claro que já separei a minha de sair. jogo-me na cama e durmo um pouco.

Leon Barueri:

Fiquei o tempo todo trancado na minha oficina trabalhando. Preciso a todo custo distrair-me. Não quero pensar sobre a Stephanie e o meu erro de mais cedo. E fico a perguntar se ela irá perdoar-me? Ela já é difícil de lidar assim, imagine quando ele tiver ódio da minha pessoa.

Não posso continuar a fugir, então o jeito é encarar a fera.

Suspiro e olho de canto para o relógio no canto da sala e percebo que já está tarde. Hora dessas Stephanie e Luigi terminaram de comer. Então, eu não preciso comer. Não estou com vontade também. Só irei tomar um banho e ir dormir.

levanto-me e vou direto para o quarto. Encontro Stephanie deitada dormindo profundamente, então caminho um pouco mais devagar para não acordá-la.

Tomo o meu banho. Visto roupas leves e deito-me na cama. Do outro lado da cama e bem longe da Stephanie. Sinto as minhas pálpebras pesadas e adormeço ou assim eu pensava... ...

Estou tão cansado.

Stephanie Bellucci:

Acordo e levanto-me rapidamente. Olho para o lado e vejo que Leon adormeceu. Muito bem! Agora o caminho está livre.

Vou até onde guardei as minhas roupas. Troco rapidamente de roupa e vou até à porta. Quando coloco a mão na maçaneta e abri a porta sinto que alguém está atrás de mim. Sem a menor oportunidade de virar-me para frente a porta é fechada bruscamente.

- Tentando novamente fugir Stephanie? Já estava a um tempo pensando sobre isso, mas preferi esquecer. Agora estou muito curioso. Aonde pensa que irá, a minha querida esposa tarde da noite? - Leon fala em tom grave e sério. Parece que ele está irritado. Ah! mas que droga. Nem fugir em paz posso! Eu viro-me para encará-lo e o encarou firme. E ele está a esperar explicações minhas.

- Ah, mais que saco. - eu murmuro e suspiro em seguida, virando levemente a minha cabeça para o lado. - Olha, Leon... - eu começo a falar. E percebo que ele está com as sobrancelhas juntas. - Eu nem posso mais dar um passeio? Eu não estou a conseguir dormir. - falo uma desculpa qualquer. Leon terá que me deixar sair de qualquer maneira mesmo.

- Mentira. - eu ouço ele murmurar. Hã? Que isso agora? Mentirosa? Eu? Ele puxa ar e continua. - Stephanie, para onde exatamente iria? - seus olhos estão um vermelho mais intenso ou é impressão minha? Só sei que nada de bom virá se eu não responder certo. Engoli a seco. Enquanto, eu estou a pensar estou a dar conta da posição em que estamos. Ele está a apoiar um dos braços na porta e está um pouco inclinado. Estou encurralada! Como eu só fui perceber agora?! Céus!

- Eu sou... - eu travo no começo. Minha mente está um branco e não consigo pensar direito. Essa aproximação é perigosa. Como ele pode estar tão próximo depois do que eu disse?! Deve estar a duvidar do que eu consigo fazer. Ele fica-me olhando tão intensamente e é como se estivesse a ver por mim. É assustador. Não gosto que me leiam! Eu preciso... Eu preciso fazer com que ele pare de olhar-me. Mexo os meus olhos nervosamente e tive uma ideia nada agradável, mas fazer o quê?! A situação aqui está difícil!

Eu praticamente atiro-me nos lábios de Leon e beijo de uma forma lenta. Nada violenta, mas no começo foi sim. Compreensivo. Já que eu estava desesperada. Ele demora para reagir. Arregalou os olhos, mas logo recuperou-se e retribuiu-me o beijo. Ergueu os braços para tocar em mim, mas parou. Desistiu e apenas ficou no beijo. O que eu fui fazer. Tenho quase certeza de que eu irei arrepender-me.....

Leon vai ficar uma fera se descobrir a real intenção desse beijo. Rezo, rezo, mais rezo que nunca descubra. Será ridículo da minha parte desejar? Eu acredito que não...

            
            

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