Capítulo 7 Primeiro Encontro I

Ainda no prédio de Emelly, Nicolas conduzia a mulher ao seu lado para fora. Estava tenso e ao mesmo tempo impressionado com a beleza que aquela garota tinha. O vestido vermelho colado ao seu corpo a deixava sexy mesmo que não percebesse. Estava esbelta e Nicolas não conseguia deixar de olhá-la. Seu sorriso bobo nos lábios, o riso que ele tanto queria ver; puro e inocente que chegava a ser infantil. Quando chegaram à portaria, ele pediu para que fossem buscar seu carro, depois voltou a olhar Emelly, que o olhava da mesma forma.

Nicolas estava muito bonito, estava vestido adequadamente para um encontro, para o seu primeiro encontro.

Seus cabelos estavam arrepiados, Emelly apertou suas mãos que segurava a bolsa, queria tanto mexer naqueles cabelos e puxá-los, trazê-los para perto de si e beijá-lo. Não que ela fosse o tipo de menina que faria isso com qualquer homem bonito que via por aí. Mas Nicolas a deixava fora de órbita e, pensava ela, em fazer coisas arrebatadoras.

- Tudo bem? – Ele perguntou notando o olhar dela sobre si. Emelly empertigou-se e virou para frente, olhando tudo o que se passava na rua.

- Não é nada. – Respondeu corada e tornou a olhá-lo - Você está lindo. – Sussurrou ruborizada.

Nicolas riu, a maneira como ela mexia os lábios; delicadamente e tão sensual, que deixava seus pensamentos libidinosos pairar em sua mente banal.

- Você também está estonteante. Nunca pensei que sairia com uma mulher tão maravilhosa como você. – Disse sem pensar e Emelly corou mais ainda, desviando o olhar. Porém, Nicolas continuou a olhá-la.

Notou o sorriso singelo que ela deu.

O carro chegou fazendo-o despertar de seus pensamentos doces em relação à menina parada ao seu lado. Pegou a chave do carro quando o manobrista lhe entregou e olhou para a mulher que estudava cada canto de seu automóvel.

- Esse é o seu carro? – Perguntou ela olhando animadamente para Nicolas e tornou a olhar o carro.

- Sim, algum problema?

- Um R8 Spyder? – Ela levantou as mãos para os céus - Meu Deus, eu sempre sonhei em entrar no carro desses! – Emelly desceu um degrau admirando o carro. - Você é mesmo um filhinho de papai.

- Que bom que gostou. – Ele riu abrindo a porta para ela entrar - Quer ver como é por dentro?

- Claro! – Quase gritou pulou dentro do carro, Nicolas riu.

O sorriso doce o comovia.

Deixava-o excitado e ao mesmo tempo pleno, era uma sensação desumana que o deixava desconexo sobre Emelly. Contornou o carro e entrou para ver o sorriso que ela mostrava.

- Pronta? – Perguntou. Eles se encararam por um breve momento antes dela desviar o olhar sentindo sensações maliciosas por seu corpo.

- Estou.

O lugar do encontro que Nicolas escolheu desviou bastante do local que ela imaginava, mas foi do agrado dela; um lugar distante de Tóquio, em um restaurante ao céu aberto. Logo ao lado, o mar azul que refletia na luz da lua que brilhava no céu. Emelly se impressionou com o bom gosto de Nicolas e admirou o mar por muitos minutos. Adorava a água, e aquele lugar era esplêndido, radiante, maravilhoso.

Emelly voltou sua atenção para Nicolas por uns minutos e admirou o moreno falar com o garçom que lhe mostrava o cardápio. Sorriu de canto quando reparou na beleza que ele carregava. Um sorriso maravilhoso, másculo e deslumbrante, ele era realmente um homem que não podia ser dela. Imaginou logo de primeira ao notar as expressões dele, Nicolas era um homem mais velho, isso estava na cara, sua pele não mostrava, seu rosto não denunciava mais de vinte anos. Entretanto, Emelly conhecia muito bem o mundo em que a cercava, a postura que ele exibia, mostrava quem ele era verdadeiramente.

Terminando de falar com o garçom, ele voltou sua atenção para ela, e notou o olhar curioso que ela lhe lançava. Sorriu também, deixando Emelly corada e ainda mais nervosa pelas descobertas recentes.

- Tudo bem? – Ele perguntou e aproximou sua mão da dela, Emelly ruborizou-se ainda mais vendo as mãos juntas. Puxou a sua rapidamente e tornou a olhar o mar ao seu lado.

Nicolas não disse nada, apenas se encantava mais com toda aquela timidez e sensualidade ao mesmo tempo. Emelly parecia uma criança com um corpo de uma mulher, uma pessoa com atributos maravilhosos e, com certeza, da sua laia, talvez possa assim dizer. Notando o olhar que ela dava ao mar, um esbelto e esperançoso, ele riu e se aproximou da mesa novamente.

- Ei, Emelly? – Ela o olhou, curiosa e ele riu - Gostou da paisagem?

- Sim, eu amei essa paisagem. Na verdade, eu estou amando tudo isso aqui. – Disse olhando em volta e ele riu.

Se ele queria agradá-la, havia conseguido.

- Achei que você poderia gostar desse lugar. – Sibilou animado.

- Por que você achou isso? – Perguntou com um sorriso e os olhos brilhando, cada vez mais encantadores.

- Ele tem tudo a ver com você. – Sussurrou ainda mais bobo ao lado dela - Se quiser, depois podemos dar uma volta na praia.

Emelly abriu um sorriso belo, o deixando fascinado por sua beleza. Seus cabelos da nuca se arrepiaram, seu corpo todo entrou em um tesão desumano, mas se controlaria.

- Eu adoraria, se você me acompanhar, é claro. – Sussurrou decidida e ele abriu um sorriso.

O garçom chegou com um vinho para que tomassem antes do jantar, Emelly pensou duas vezes se poderia beber tal vinho, pois, como Emelly Carmichael, uma garota de dezessete anos nunca se deveria tomar tal coisa. Entretanto, Emelly já fazia muitas coisas que uma garota de sua idade não fazia. Aceitou a bebida e voltou a mirar sua atenção para o brilho da lua na água do mar à sua frente.

O jantar que passou em seguida foi encantador. Nicolas escolheu as refeições com muito bom gosto, o que agradou bastante Emelly, pois teve medo de pedir algo que não fosse conveniente para a ocasião. Depois do jantar, como planejado, Nicolas levantou-se e estendeu uma das mãos para que Emelly a pegasse, e pela primeira vez naquela noite, eles tiveram um contato corpo a corpo. Eles se encararam quase que imediatamente, a eletricidade que tinham passou marcando presença no corpo de ambos.

- Tudo bem? – Ele perguntou desviando o olhar para encarar sua face precisava de muito autocontrole, o que já estava se esgotando em Nicolas Harrington.

- Sim, eu estou bem. – Ela riu. Ele deixou-a passar na frente e apalpou suas costas. Emelly quase tropeça quando sentiu seu toque.

Era consequentemente arrebatador. Quando chegaram à porta, Emelly soltou um riso animado, estava a centímetros longe de uma praia maravilhosa sob a luz de uma lua cheia.

- Você adivinhou que hoje seria noite de lua cheia? – Ela perguntou enquanto colocava uma mecha de seus cabelos para trás da orelha.

- Tudo fica perfeito quando estamos com pessoas certas. – Emelly fechou o sorriso e corou. Cada segundo que passava perto de Nicolas, ela descobria coisas que seu corpo ainda não estava pronto para saber. - Quer ajuda?

- Hm? – Emelly frisou os olhos em sua direção, meio confusa ela deitou sua cabeça para o lado - Ajuda com o que?

- Os saltos. Você não pretende andar nessa areia com salto alto, não é?! – Emelly desviou o olhar do dele para seu peito largo e depois desceu para si própria.

- Eu não percebi. – Emelly fez menção de abaixar, mas ele a impediu.

Nicolas ajoelhou-se sutilmente, tocou em sua canela, descendo lentamente pela panturrilha até chegar aos saltos amarelos. Tirou de um pé e depois do outro. Bem devagar. Emelly arfou quando seus pés tocaram no chão frio. E depois riu ainda encabulada pelas atitudes dele.

Quando ele levantou, Emelly o olhava um tanto quanto surpresa. Admirou para seus pés, relutante, e tornou a olhá-lo espantada com tamanha gentileza que ele estava mostrando. Novamente, ele estendeu sua mão, demasiadamente trêmula, e Emelly aceitou com um sorriso no rosto. Começaram a caminhar na praia bem devagar, conversavam sobre coisas animadas, como bandas, músicas favoritas e outras coisas. A conversa chegou até o carro do moreno que explicou ser seu bem mais precioso, ninguém o tocaria sem sua permissão.

Chegaram ao um ponto da praia onde ficaram bem à frente da luminosidade da lua sob a água. Emelly soltou as mãos dele, dando pulinhos de alegria sobre a areia. A vista estava deslumbrante, completamente maravilhosa. Logo em sua mente veio uma ideia absurdamente louca. Ela voltou-se para Nicolas e deu um de seus sorrisos infantis.

- Vamos dar um mergulho? – Perguntou. Nicolas franziu a testa e olhou para o mar, estava de noite e ele tinha certeza que aquelas águas estavam muito geladas.

- Tem certeza? Essas águas devem estar congelantes. – Afirmou.

- Só vamos saber se dermos um mergulho. – Ela insistiu.

- Como você quer dar um mergulho... – Ele suspirou, olhando diretamente para ela. - Se você não trou... – Se calou no mesmo momento em que deleitou da visão de Emelly seminua de costas para si. Nicolas arfou olhando cada curva do corpo feminino.

Logo ela virou-se para ele com um sorriso gélido, e botou as mãos na cintura. Sua postura o fez imaginar o quão inocente aquela mulher era e, com certeza, o deixou ainda mais encantado com sua pessoa.

- Sua vez! – Ela disse. Ele deu um passo para trás.

- Sem chances, não vou entrar lá. – Disse ainda sem conseguir encará-la, estava satisfeito com o corpo maravilhoso diante de si.

- Não me faça te obrigar! – Ela deu um passo à frente, sem ter medo do perigo que a cercava - Não dá para nadar de noite se não tiver um parceiro, e você me trouxe aqui.

- Certo... – Nicolas suspirou, caminhou para trás da garota onde ela havia deixado seu vestido. Colocou os saltos dela no chão e virou-se para a garota parada com um sorriso malicioso - Eu não acredito que estou fazendo isso. – Disse enquanto tirava os sapatos.

- Você nunca nadou de noite? – Perguntou, ele balançou a cabeça negando e tirou a camisa. Ela arfou - Que tipo de pessoa, nunca esperim...

- Eu. – Ele não esperou ela completar a frase quando percebeu a dificuldade que ela estava tendo. Ele sorriu tirando a calça por último, quando a olhou, Emelly estava vermelha, mas com um olhar satisfeito e os lábios entreabertos. - Pronto.

- Ótimo. – Ela riu novamente. Segurou uma das mãos dele e o puxou para a água, ignorando os pedidos de Nicolas para irem mais devagar.

Emelly entrou na água sendo seguida por ele, logo se colocou para nadar pelo mar congelante. Realmente a água estava mega gelada, mas estava ótima. Quando ela voltou à superfície, notou o quão longe estava do moreno que apenas ajeitava os cabelos molhados. Emelly parou um pouco para observar Nicolas de longe. Ele era incrivelmente lindo, seu corpo era um pedaço de mau caminho que ela estava louca para pôr a boca. Notou o peito definido de Nicolas e seus braços fortes. Seu cabelo, agora molhado, atiçava ainda mais o desejo de puxá-los com força.

Sentiu novamente um formigamento em seu íntimo e riu à toa. Sabia exatamente que estava excitada com tanta beleza que ele transbordava, mas não podia se sentir assim. Emelly fechou os olhos para se acalmar, ela era uma adolescente e não podia sentir aquelas coisas, não é?

Bem lentamente, ela se aproximou novamente dele. Notou o olhar curioso que ele lhe lançava, certamente estava na mesma forma que ela: excitado. Porém, o autocontrole que notava em Nicolas era de surpreender até ela mesma. Nem seus amigos mais próximos ficaram em seu juízo perfeito quando iam à praia e viam-na somente de biquíni. Sempre tinha uma pegada ali e outra lá que Emelly odiava, mas sabia que causava esse tipo de olhares entre os meninos.

Agora, diante dele, percebia que o mesmo não ia agarrá-la, assim como na outra noite, era notável o interesse dele em si própria, mas se controlava e a respeitava como devia. E isso contribui muito para Emelly admirar aquele ser perfeito. Completamente perfeito.

- Tudo bem aí? – Emelly perguntou debochada, ele riu novamente.

- Está gelada como eu disse. – Ele ajeitou os cabelos - E é legal nadar de noite, como você disse.

- Eu avisei. – Emelly virou-se para volta a nadar, quando sentiu seu pé dormente e afundou rapidamente.

- Emelly? – Ele gritou indo em sua direção. - Droga! – Ele nadou buscando-a rapidamente e a trouxe para a superfície ainda em seu colo - Tudo bem?

- Acho que foi cãibra. – Ela tossiu um pouco - Obrigada. – Emelly levantou suas mãos rodeando no pescoço dele para se apoiar e somente quando os olhares se cruzaram ela notou a situação em que estava metida.

Lentamente, ela desceu do colo dele, mas não tirou suas mãos do pescoço do moreno, subiu suas palmas para os fios negros e chegou aos cabelos que tanto desejava tocar. Ainda olhando seus olhos, ela mesma se aproximou mais do corpo dele, desceu as mãos para o rosto, fazendo um leve carinho. Ele riu e aproximou seu corpo do dela também. Suas mãos, que antes não seguram nada, passaram a apertar a cintura dela. Ele encostou suas testas e arfou sentindo o cheiro de seu perfume doce, o deixando embriagado com o aroma de cereja.

Os polegares de Emelly massagearam ao redor dos lábios carnudos de Nicolas, e ela mesma encostou os seus nos dele. Ambos de olhos fechados se entregaram ao beijo rapidamente. Emelly subiu suas mãos para os cabelos dele novamente, o puxando com força para perto de si, induziu-o a aprofundar o beijo que trocavam. Nicolas segurava sua cintura com força, alternando entre suas costas, e descia novamente para o quadril da garota. Não passaria dali, pois respeitava aquela mulher. Não que ele não tenha respeitado outra antes. Só que aquela em seus braços era completamente diferente das outras. Emelly não tinha um sorriso safado, e nem malicioso como muitas mulheres com quem ele se relacionava carregavam no rosto.

O sorriso da dançarina era único, animado, infantil, formoso, esbelto, tímido, e sensual sem ser vulgar. Era inteiramente superior a qualquer outro. Quando ele a beijou, sentiu que ela também queria beijá-lo tanto quanto ele queria experimentar seus lábios.

A entrega foi imediata da parte dela.

Quando o ar faltou para os dois, se afastaram minimamente, mas suas testas permanecem coladas. Nicolas a pegou no colo, forçando-a a rodear as pernas em sua cintura e caminhou devagar para a praia que não estava tão longe. Chegando na mesma, lentamente, debruçou-a sobre a areia molhada e deitou-se de lado, sem tirar suas mãos de cima dela.

- Desculpe. – Ele disse, desceu seu olhar analisador pelo corpo dela rapidamente e voltou a encará-la nos olhos.

- Não precisa pedir desculpas. – Ela riu - Eu também quis te beijar. – Afirmou o que ele sentiu.

Emelly ainda o fitava com um brilho no olhar. Fez um leve carinho no rosto dele, Nicolas fez o mesmo com sua cintura e novamente voltaram a colar suas bocas, só que desta vez com mais vontade. Ainda deitados na areia, se beijavam loucamente.

Não conseguiram se separar e nem esconder o que o coração de ambos queria. Os pensamentos dos dois voaram para longe, os deixando livres para viver o momento que a vida os tinha dado. As mãos de Emelly subiam sempre pelas mechas negras, puxando, bagunçando-as, como sempre teve vontade de fazer desde primeiro dia que o vira naquela boate, desde o momento em que ele segurou seus braços para que não caíssem.

As deles percorriam todo o corpo exuberante que Emelly tinha. Delineava as curvas com suas próprias mãos, sempre respeitando os lugares onde tocava. Jamais faria alguma coisa que ela não quisesse. Seu autocontrole pedia para que o jogasse fora e a fizesse sua. Mas não. Apenas aprofundou o beijo trazendo-a para mais perto de si.

Quando o ar faltou para os dois outra vez, eles se separaram lentamente. Abrindo os olhos alguns segundos depois, Emelly pôde se deleitar da visão daquele homem maravilhoso à sua frente; seus cabelos ainda bagunçados por sua culpa; lábios inchados, por sua culpa também; o olhar sobre si, seu rosto delineado pela luz do luar vinda de trás. Ele estava fabuloso.

- Confesso que queria muito te beijar, desde momento em que você deu as costas murmurando um "Tchau". – Disse ele, encantando com os olhos dela, e deu-lhe um selinho.

- Eu percebi, e talvez tenha me perguntando por que não fizera. – Sussurrou depois do beijo, provocando-o. - Você beija bem.

- Você também. – Brincou, arrancando um sorriso que iluminava até seu coração escuro. O mais belo riso que ele tinha visto em toda sua vida.

Passou os polegares com cuidado pelo rosto dela, temendo tamanha perfeição se desfazer entre os dedos e acordar de um sonho que nunca chegará a alcançar. Desejou seus lábios róseos para sempre colados aos seus. Desejou-a para sempre presa a si.

- Estou com frio. – Ela sussurrou puxando-o para mais perto de seu corpo, deixando que o calor do corpo dele aquecesse o seu. - Muito.

- A ideia de nadar a luz do luar foi sua. – Ele disse brincalhão, ela riu beijando seu pescoço lentamente.

- Você tem um cheiro gostoso. – Ela inspirou o aroma vindo dele, e fechou os olhos para guardá-lo em sua mente.

- O seu também. – Ele a beijou nos lábios e desceu pelo pescoço dando leves mordidinhas, voltou aos lábios dela, beijando sua boca que pedia por mais. - Vem!

Ele levantou-se de cima dela rapidamente, assustando até a garota, que ficou sem graça. Estendeu sua mão, e levantou-a colando novamente seus corpos. Emelly enlaçou suas mãos em seu pescoço e atacou sua boca com volúpia, era o que mais queria: beijá-lo.

Beijá-lo até não poder mais.

Beijá-lo sem interrupções.

Seu beijo doce era como mel, suas línguas travavam uma briga entre elas, seus corpos, suas mãos, suas mentes se encaixavam perfeitamente como se tivessem sido feitos um para o outro.

Uma coisa extraordinária.

Excitante.

Louca.

Quando ar lhes faltou novamente, Nicolas segurou sua mão a levando até onde tinham deixado suas roupas. Emelly soltou sua mão da dele apenas quando fora pegar seu vestido. O Harrington sentou na pedra, vendo-a de costas enquanto espremia os cabelos molhados, longos e sedosos. Emelly colocou o vestido de volta no corpo sob os olhares do Harrington, que não seria capaz de piscar um segundo para não perder nada. Não notara nesse momento, embora soubesse que ele estava atrás de si. Quando se virou, o viu virar o rosto para o mar na mesma hora. Ela riu e aproximou-se depositando um pequeno beijo em sua bochecha.

- Eu nunca pensei que um encontro fosse tão especial. – Ela sussurrou, enquanto sentava ao lado de Nicolas.

O Harrington lhe olhou de súbito. Como assim um anjo daquele nunca estivera em um encontro antes? Imaginou que, com tanta beleza que ela carregava, haveria uma fila grande para cada dia da semana. Sua revelação o deixou intrigado, levando-o a perguntar:

- Esse é seu primeiro encontro?

- Sim. – Ela respondeu prontamente, olhando as estrelas do céu. - É meu primeiro encontro.

            
            

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