Apaixonado pela primeira-dama do morro
img img Apaixonado pela primeira-dama do morro img Capítulo 4 Heroísmo
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Capítulo 10 Vai passar... img
Capítulo 11 Conhecendo a área img
Capítulo 12 Apenas essa vez img
Capítulo 13 Ciúmes img
Capítulo 14 Fabiele img
Capítulo 15 Tentando me distanciar img
Capítulo 16 Traição img
Capítulo 17 Erros img
Capítulo 18 Sentir novamente... img
Capítulo 19 Não vá img
Capítulo 20 Queria que as coisas fossem diferentes img
Capítulo 21 Teatro img
Capítulo 22 Julgamento errado img
Capítulo 23 Teste img
Capítulo 24 Alívio img
Capítulo 25 Dúvidas img
Capítulo 26 A verdade começa a aparecer img
Capítulo 27 Revelação img
Capítulo 28 Reencontro img
Capítulo 29 Comemorar img
Capítulo 30 Euforia img
Capítulo 31 Não temos nada um com o outro img
Capítulo 32 Mais do que devia img
Capítulo 33 Jantar diferente img
Capítulo 34 Ainda insatisfeito img
Capítulo 35 Perdendo o controle img
Capítulo 36 Rompimento img
Capítulo 37 Nova oportunidade img
Capítulo 38 A verdade veio à tona img
Capítulo 39 Pesadelo img
Capítulo 40 Visita inesperada img
Capítulo 41 Indo às compras img
Capítulo 42 Angel img
Capítulo 43 Sem mais mentiras img
Capítulo 44 De frente com o inimigo img
Capítulo 45 Novamente em casa img
Capítulo 46 Novos problemas img
Capítulo 47 Relaxar um pouco antes da tensão img
Capítulo 48 Superando as expectativas img
Capítulo 49 Surpresa img
Capítulo 50 Ligação Inesperada img
Capítulo 51 Oportunidade img
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Capítulo 4 Heroísmo

Linda

Eu estava apavorada. Todos aqueles tiros me lembravam do dia da morte dos meus pais. Por mais que o Bruno me garantisse que não tivesse polícia na área, não consegui evitar a crise de pânico de acontecer.

Eu não gostava de ficar naquele esconderijo, mas pelo menos tinha certeza de que estava segura ali.

Quando o cara que o Bruno deixou de cão de guarda ao meu lado começou a conversar comigo, fui ficando mais calma. Tive até a sensação de que ele estava jogando algumas indiretas para mim, mas devia ser coisa só da minha cabeça. Quando finalmente parei de ouvir os barulhos de tiro através do rádio, senti que o pior estivesse passado e me tranquilizei e só então o meu corpo começou a reagir aquele homem que estava na minha frente. Não era apenas por ser bonito, o Renato, que agora eu sabia o nome, tinha uma masculinidade forte e sexy e ao mesmo tempo parecia ser doce. Ele era misterioso, além de várias vezes ter o visto me devorando com os olhos. No fundo, eu não sabia ao certo, mas tinha algo naquele homem de diferente, muito diferente.

Renato

Fiquei aliviado quando o Pivete passou o rádio dizendo que a gente podia sair do esconderijo, pois o ataque já tinha terminado. Não que eu estivesse com medo do que estava acontecendo lá fora, mas sim no que estava acontecendo no meu corpo diante daquele monumento de mulher, que nada parecia com as outras mulheres de traficante que eu já vi e estudei sobre. Havia dor no seu olhar e por incrível que pareça, eu queria consolá-la.

Como fomos liberados para sair, abri a porta do esconderijo e saí primeiro, sendo seguido por Linda, que parecia sentir um grande alívio por deixar o lugar.

Linda olhou nos meus olhos e disse com a voz rouca:

__Obrigada por estar ao meu lado.

Eu ia dizer que apenas estava cumprindo ordens do macho dela, mas, por algum delírio de vaidade, apenas agradeci.

Eu senti o olhar de Linda percorrendo todo o meu corpo e confesso que não me importaria em jogá-la naquela cama que há poucas horas ela dividia com o Coringa. Naquele momento o meu desejo era todo dela, mas eu não podia ser irresponsável, eu sabia que se caísse nos ouvidos do meu pai que eu me disfarcei para prender um traficante e perdi o disfarce porque comi a mulher dele, seria ainda mais desprezado pelo meu velho.

Dei um jeito de sair logo daquele quarto e depois que me certifiquei que estava tudo bem, saímos do quarto rumo ao corredor.

Linda estava falando com o Coringa no rádio, que queria saber se estava tudo bem com ela enquanto eu seguia em silêncio ouvindo aquela melação dos dois. De repente, um homem pula atrás da Linda, vindo de não sei aonde e a ameaça apontando uma arma na sua cabeça.

Linda

Eu já estava mais calma e conversava com o Bruno pelo rádio. Ele estava preocupado comigo porque sabia como eu ficava quando tinha os tiroteios, por isso, fazia questão de conversar comigo até me encontrar pessoalmente e me acolher em seus braços. Eu gostava disso, pois me sentia segura com ele, mas naquele dia estava sendo diferente, pois eu não estava mais com medo, o Renato passava um segurança e tranquilidade que eu nunca havia sentido antes.

A gente seguia pelo corredor, enquanto eu ainda falava com o Bruno, quando um louco me agarrou por trás e apontou uma arma na minha cabeça. Ele não parava de gritar que ia me matar e que era para o Coringa sofrer, já que ele tomou a boca dele, que era o seu bem mais valioso, ele iria me matar, para ele sentir a dor que ele havia o cara passar.

Eu sabia como funcionava as coisas no morro e não tinha mais jeito para mim, por mais que o Bruno gritasse com o cara do outro lado do rádio, tentando negociar algo, que no final das contas não ia dar em nada, o lunático permanecia dizendo que ia me matar. Eu fechei os meus olhos e tentei ir para um lugar tranquilo na minha mente. Não queria que a minha vida acabasse assim, mas esse era o fim escrito para mim. Minha vida foi no meio da violência, não seria diferente na minha morte. Essa história de morrer velinha ao lado do amor da minha vida nunca passou na minha cabeça. Eu não merecia isso.

Um último aviso foi dado e não consegui segurar as lágrimas em meus rosto. De repente eu ouvi um barulho de tiro. Ele veio em minha direção, foi tão alto que parecia que havia me acertado, mas não. Quem estava caído não era eu e sim o cara que me ameaçava. Quando olhei para o chão, vi o cara abatido com um tiro no meio da testa. O cara que consertava celular salvou a minha vida, o estranho era que ele disse que não sabia atirar direito. De qualquer forma queria agradecê-lo, mas nem consegui, pois o Bruno e o Pivete chegaram correndo e quando o Bruno me viu viva, caiu no choro, não se importando que estava sendo visto por outras pessoas.

Renato

Eu estava ferrado! Mas quando vi aquele homem prestes a matar a primeira-dama, que parecia conformada com o seu destino, não pensei duas vezes antes de meter uma bala na cabeça dele.

Agora ia ter que relatar aos meus superiores, além de ter que explicar para o Coringa como eu consegui acertar no meio da testa do cara com precisão, sem nem ao menos esbarrar na Linda. Mas a questão é que eu não podia deixá-la morrer. Além de ser uma mulher indefesa, era uma inocente. Droga, quem eu estou querendo enganar. Ela não tem nada de inocente, mas eu precisava protegê-la, que isso me rendesse alguns problemas, eu não me importava.

O Coringa mandou sumir com o corpo do cara e limpar toda a área. Eu devolvi a arma para o Pivete e disse que ia para casa, mas ele disse que não era seguro e que eles iam passar a noite ali. Ele ia ficar no quarto de hóspedes e era para eu me arranjar no sofá. Apesar de ter insistido para ir embora, o Pivete disse que era uma ordem do Coringa e que era para obedecer.

            
            

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