Apaixonado pela primeira-dama do morro
img img Apaixonado pela primeira-dama do morro img Capítulo 5 Encontro
5
Capítulo 10 Vai passar... img
Capítulo 11 Conhecendo a área img
Capítulo 12 Apenas essa vez img
Capítulo 13 Ciúmes img
Capítulo 14 Fabiele img
Capítulo 15 Tentando me distanciar img
Capítulo 16 Traição img
Capítulo 17 Erros img
Capítulo 18 Sentir novamente... img
Capítulo 19 Não vá img
Capítulo 20 Queria que as coisas fossem diferentes img
Capítulo 21 Teatro img
Capítulo 22 Julgamento errado img
Capítulo 23 Teste img
Capítulo 24 Alívio img
Capítulo 25 Dúvidas img
Capítulo 26 A verdade começa a aparecer img
Capítulo 27 Revelação img
Capítulo 28 Reencontro img
Capítulo 29 Comemorar img
Capítulo 30 Euforia img
Capítulo 31 Não temos nada um com o outro img
Capítulo 32 Mais do que devia img
Capítulo 33 Jantar diferente img
Capítulo 34 Ainda insatisfeito img
Capítulo 35 Perdendo o controle img
Capítulo 36 Rompimento img
Capítulo 37 Nova oportunidade img
Capítulo 38 A verdade veio à tona img
Capítulo 39 Pesadelo img
Capítulo 40 Visita inesperada img
Capítulo 41 Indo às compras img
Capítulo 42 Angel img
Capítulo 43 Sem mais mentiras img
Capítulo 44 De frente com o inimigo img
Capítulo 45 Novamente em casa img
Capítulo 46 Novos problemas img
Capítulo 47 Relaxar um pouco antes da tensão img
Capítulo 48 Superando as expectativas img
Capítulo 49 Surpresa img
Capítulo 50 Ligação Inesperada img
Capítulo 51 Oportunidade img
img
  /  1
img

Capítulo 5 Encontro

Linda

Eu estava tão assustada, que demorei para conseguir raciocinar novamente. O Bruno cuidou de mim por um tempo, mas depois ele apagou. Além de ter enchido a cara de droga, ele teve que enfrentar uma guerra para proteger o seu território. Toda vez que esse tipo de situação acontecia, ele apagava. Eu entendo, foi muita tensão e ele precisava relaxar.

Já era madrugada e o meu estômago reclamou de fome. Se fosse mais cedo, ligaria e pedia para entregar um fast-food, mas era tarde demais, por isso, resolvi que ia até a cozinha preparar alguma coisa rápida para eu comer.

Assim que deixo o quarto e passo pelo corredor onde há pouco tempo tinha um cara morto, sinto o meu corpo arrepiar. Tem horas que fico cansada disso tudo e desejo ter uma vida normal, longe de toda essa guerra, mas me lembro que esse é o meu destino e me conformo.

Para a minha surpresa, quando chego na cozinha, encontro o Renato tomando um copo de água, ele estava sem camisa e o seu corpo bem definido estava à mostra para quem quisesse ver. Como ele era bonito! Assim que ele percebeu a minha presença, se assustou, parecia que tinha visto um fantasma em sua frente. Eu me lembrei que nem tinha agradecido ele por ter me salvo e resolvi encerrar a minha dívida naquele momento em que ele começou a falar comigo.

__Desculpa, Linda. Não sabia que você ia vir aqui. Não queria atrapalhar, mas não consegui dormir direito e vim tomar um pouco de água.

__Você não me incomoda, também não estou conseguindo dormir. Está com fome? Vou improvisar alguma coisa para a gente comer, aí eu aproveito para te agradecer por ter me salvado hoje.

__Eu estou faminto, dessa vez não vou recusar, mas o agradecimento eu dispenso. Não é necessário, fiz mais que a minha obrigação.

__Eu não acho que é a sua obrigação me salvar, pelo menos deixa eu saciar a sua fome como agradecimento.

Quando eu percebi que o que eu disse estava carregado de duplo sentido e que o cara mal conseguia me olhar, fiquei vermelha. Droga! Eu não queria dizer que ia dar para ele e sim que faria um lanche para o estômago. De qualquer forma, ele se fez de desentendido, apesar do seu corpo gritar que me desejava.

Por sorte, havia sobrado bastante comida e eu dei um jeito de incrementá-la e em pouco tempo tínhamos um jantar.

Eu não pude evitar olhar para ele e por um momento os seus olhos se encontraram com os meus. Apesar de ser um ex-viciado e trabalhar para a boca, aquele homem tinha uma seriedade e firmeza de impressionar.

Renato

Eu estava com fome e resolvi tomar um copo de água para acalmar o estômago. Eu era um policial, passar uma noite sem jantar não era o fim do mundo para nós. A única coisa que estava me preocupando era que eu precisava acessar o sistema pelo menos duas vezes ao dia. Era uma espécie de ponto eletrônico, que garantia à corporação que eu estava bem. O meu medo era eles invadirem o morro atrás de mim, seria trágico e colocaria todo o meu trabalho no lixo. De qualquer forma, não tinha o que ser feito, pois o Coringa exigiu que eu ficasse ali naquela noite. De repente, para piorar a minha situação, aquela mulher maravilhosa, que estava acabando com o meu juízo, aparece na cozinha. Eu não nego que me imaginei jogando ela em cima daquela mesa e a possuindo. A cada momento que passava a minha vontade por ela crescia, assim como o meu corpo que dava sinais do desejo. Eu estava sem camisa e quase morri de vergonha que ela visse o meu estado em apenas vê-la, ainda mais depois que a gente se encarou.

Depois que ela começou a conversar comigo e tentou me agradecer por ter a salvo, fui ficando mais calmo e conseguindo controlar a tensão em meu corpo. Porém, depois que ela disse que iria matar a minha fome, eu pirei. Eu sei que a gente estava em uma cozinha, mas droga! Ela estava tão provocante com aquele shortinho e uma camiseta branca, que não tinha outra fome que ela pudesse matar que não fosse a do meu corpo, que a queria ardentemente.

Eu me esforcei muito, mas muito mesmo para não puxá-la pela cintura e lhe pedir um beijo, mas por fim consegui me controlar e ela se afastou para arrumar algo para a gente comer.

O cheiro da comida estava ótimo e depois que ela serviu os dois pratos e nos sentamos frente a frente e começamos a conversar sobre a vida e ela me contou um pouco do seu passado. Por mais que eu quisesse ela na minha cama, precisava saber mais dela, pois possivelmente ela também era tão criminosa quanto o marido e no fim também deveria ser presa.

Linda

Depois que a gente começou a conversar, me senti à vontade para contar para ele sobre o meu passado. Ele parecia curioso com o fato de eu ter ficado tão nervosa com aquele ataque, já que não era nada incomum na vida de mulher de dono de morro, que acabei dizendo:

__A minha vida acabou há três anos atrás, quando a polícia invadiu a favela e matou os meus pais. Eles eram pessoas boas, que me incentivavam a viver o meu sonho. Eles não tinham nada a ver com esse mundo, mas a polícia não se importou com isso e num confronto com o Coringa, atirou em tudo que estivesse vivo. Eu só lamento não ter ido com eles. É por isso que entro em pânico quando essas coisas acontecem.

__Eu sei que não ia resolver muito, mas por justiça, você poderia ter denunciado os policiais.

__Mas eu fiz isso, o problema é que não deu em nada. Eles saíram pela porta da frente do tribunal, inocentes, condecorados e eu não tive nem acesso ao processo. A partir daquele dia, eu jurei que se a polícia estivesse de um lado, eu estaria em outro. Tenho nojo de quando vejo os vermes subindo a nossa comunidade. Eu fiquei sozinha, o único que me ajudou e acolheu foi o Bruno, vulgo Coringa. Por isso, por mais que ele faça coisas erradas, permaneço do lado dele.

__Ele deve ser o amor da sua vida, né?

__Eu já disse que sou uma pessoa destruída, não sou capaz de sentir nada que não seja medo e dor. Eu respeito o meu marido e sou capaz de dar a minha vida por ele, mas...

__Mas e amor e prazer?

__Acho que isso está íntimo demais, coma e vá descansar, que eu vou fazer o mesmo, de qualquer forma, obrigada por estar ao meu lado quando eu precisei, além de ter sujado as suas mãos de sangue por mim. Nunca vou esquecer isso.

Renato

Assim que a Linda saiu da cozinha e voltou para o seu quarto, eu limpei a louça, pois não queria explicar para ninguém que estava sozinho de madrugada com aquela gostosa, que era mais perigosa que uma bomba e fui deitar no sofá para tentar dormir.

Porém, o que não saía da minha cabeça era a história de vida da Linda. Pelo o que eu entendi, ela só estava com o Coringa porque a polícia matou os pais dela e ela meio que foi adotada pelo tráfico e claro que o bandidão esperto deu logo um jeito de levar ela para a cama dele. Ainda assim, tem coisa estranha aí e eu vou descobrir.

Outra coisa que me atormentava era a possibilidade daquela maravilhosa ter se sentindo ofendida com a minha pergunta e contar para o marido, mas eu não resisti. Agora, dane-se! O que foi feito, foi. Não dá para voltar atrás.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022