Capítulo 9 O primeiro beijo

Linda

Eu não sei o que deu em mim, mas quando ele disse essas palavras, pulei no colo dele e o beijei.

Eu o senti tenso, mas logo ele retribuiu o beijo. Diga-se de passagem, que beijo!

Eu não sabia que o meu corpo ia reagir dessa forma a ele, mas eu queria mais.

Ele, ainda comigo em seu colo, me colocou em cima da mesa, com as pernas ainda travadas nele e rasgou a minha roupa íntima em um só puxão, deixando a área livre para o que ele queria fazer.

Ele inclinou o seu corpo, me deu mais um beijo, que me deixou toda mole e começou a abrir o botão da sua calça. Eu estava prestes a fazer a loucura mais consciente da minha vida. Eu queria muito, pois sempre achei que não era capaz de ter prazer com um homem, mas apenas o beijo dele já havia me dado muito mais do que eu já havia sentido o tempo todo que estava com o Bruno.

Quando senti que ele estava se aproximando, a campainha toca insistentemente e nós só tivemos tempo de levantar correndo da mesa.

Ele se ajeitou o quanto podia e foi atender a porta, enquanto eu procurava a minha calcinha pela sala.

__Droga, isso não pode ficar pior!

Doce ilusão. Não só podia, como ficou. A visita era ninguém menos que a Fabiele, irmã do Pivete. Ela disse que o irmão contou que eu estava chateada por causa das brincadeiras dos meninos e veio ficar comigo, mas ela não me enganava. Ela veio atrás do Renato, o que me deixou louca de ciúmes, ciúmes que eu não sentia nem pelo meu marido.

Renato

Eu tinha um plano e estava disposto a cumpri-lo, mas quando a Linda pulou no meu colo e me beijou, joguei a minha sanidade no lixo e retribuí o beijo.

Aquela mulher era fabulosa e tinha o beijo mais doce e ardente que eu já havia provado. Eu queria mais, muito mais e não pensei duas vezes antes de a deitar na mesa para experimentá-la.

Quando a campainha tocou e eu acordei para a realidade, só tive tempo de tentar disfarçar o meu desejo e pegar o pequeno pedaço de pano que estava no chão e guardar no meu bolso.

Eu nunca senti tanta raiva de uma pessoa como senti da Fabiele. Ela estava lá para para fazer companhia para a Linda, pelo menos foi isso o que ela disse.

__Renato, não sabia que era você que estava aqui.

__Sim, o seu irmão me pediu para acompanhar a primeira-dama.

__Você parece assustado com a minha presença.

__Eu acabei de chegar, ainda estava na agitação do baile e fiquei com medo de ser algum bandido quando a campainha tocou.

Além de estraga prazer, a garota ainda era incoveniente.

__Olha Beatriz, seu guarda-costas gato fala como se fosse policial.

__Não brinque com isso, ele não é meu guarda-costas e nem policial, se fosse, eu mesma atiraria nele. A propósito, não me chame de Beatriz, ela não existe mais, meu vulgo é Linda.

Uau! Eu sabia que ela tinha problemas com a polícia, mas não sabia que era para tanto. Preciso me lembrar de ver sobre o processo dos pais dela.

Depois do falatório desnecessário da Fabiele, a Linda pegou o telefone e pediu comida para nós.

Os entregadores não podiam transitar livremente pelo morro, mas havia alguns que desciam compravam o que eles queriam e entregavam em casa.

Como se tratava da casa do chefe, não demorou trinta minutos para que alguns lanches de fast-food chegassem.

Depois que a gente comeu, Linda disse que ia para o quarto tomar banho e dormir. Foi nesse momento que eu tive a certeza de que a minha brincadeira com a Linda já era.

A Linda subiu e chamou a Fabiele, que para a minha surpresa, não quis subir. Porra! Se ela veio fazer companhia para a amiga, por que ia ficar lá embaixo comigo?

Assim que a Linda sumiu sobre os nossos olhos, a Fabiele começou a atacar.

Ao contrário da Linda, ela tinha um ar de superioridade por ser irmã de bandido e achava que era a poderosa. Mas no fundo era apenas mimada e entediante.

Eu não sei o porquê, mas achei que ela estava desconfiando das minhas intenções com a Linda, porque além de jogar algumas piadas, quando ouviu ela descer as escadas, pulou no meu colo e me beijou.

Apesar de ter tirado ela de cima de mim na mesma hora, não consegui evitar da Linda ver a cena.

Por mais que eu soubesse que não poderia repetir a aventura de hoje e que possivelmente mandaria prender ela quando isso tudo acabasse, não queria que ela pensasse o pior de mim.

Linda

Eu estava zonza com aquele beijo. Por mais que eu soubesse que era errado, eu queria mais. Por isso, depois que tomei um banho e me revirei um tempo na cama, desci para ver se a Fabiele ainda estava lá e para a minha surpresa, vi os dois se atracando no sofá. Era para eu ter ficado quieta, mas não me segurei.

__Por que vocês não vão para um quarto?

__Ótima ideia, vamos gato? Disse a Fabiele para o Renato, que respondeu:

__Se você quiser ir vai ser ótimo, quem sabe assim você sossega e me deixa quieto. Caso contrário vou ligar para o seu irmão agora mesmo e dizer o que você acabou de fazer.

__Vai dizer que você não gostou?

__Não. Eu sou um homem e gosto de mulheres e não de meninas. Além do mais, respeito o Pivete.

__Eu não sou uma menina, mas você com certeza é um otário.

A Fabiele saiu batendo porta e foi para o quarto de hóspedes, me deixando sozinha novamente com o Renato, que me olhou e disse:

__Eu não estava ficando com ela. Acredite em mim.

__Não preciso acreditar ou desacreditar. Sou casada e não tenho nada com você.

__Nada disso importa, apenas quero que acredite que o meu corpo só quer você.

__Eu sou o grande amor da vida do Bruno. Ele foi o meu primeiro e único homem. Ele diz que me ama todos os dias e nem por isso deixa de sentir atração por outras mulheres e me trair. O que você acha que ele está fazendo agora?

__Ele eu não sei, mas eu queria estar ouvindo você gritar o meu nome agora.

Eu fiquei vermelha com as palavras dele e a única reação que tive foi sair correndo e me trancar no meu quarto.