Contrato com um gângster
img img Contrato com um gângster img Capítulo 1 Prólogo
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Capítulo 11 Não mexa nas minhas coisas img
Capítulo 12 Os termos do acordo img
Capítulo 13 Uma loucura passageira img
Capítulo 14 O rival img
Capítulo 15 Seja boazinha img
Capítulo 16 Eu não dormirei com você img
Capítulo 17 Um gângster paranoico img
Capítulo 18 Você é casada img
Capítulo 19 Orgulhosa e ingênua img
Capítulo 20 Uma espiã img
Capítulo 21 Um pervertido img
Capítulo 22 Eu não sou uma ladra! img
Capítulo 23 Cooperação perfeita img
Capítulo 24 A confusão no hospital img
Capítulo 25 Não seja tola img
Capítulo 26 Entre a vida e a morte img
Capítulo 27 Um gângster apaixonado img
Capítulo 28 Um beijo apaixonado img
Capítulo 29 Eu cuidarei de tudo img
Capítulo 30 Um traidor img
Capítulo 31 Não precisa ter vergonha img
Capítulo 32 Eu vou te proteger! img
Capítulo 33 Estás belíssima, amore mio! img
Capítulo 34 Ti amo, bella mia! img
Capítulo 35 A moeda de ouro img
Capítulo 36 Amargas lembranças img
Capítulo 37 Dominado pela paranoia img
Capítulo 38 Raiva e desejo img
Capítulo 39 A sede de vingança img
Capítulo 40 A fuga img
Capítulo 41 O sequestro da médica img
Capítulo 42 Estou grávida! img
Capítulo 43 O teste de paternidade img
Capítulo 44 Encontre a traidora img
Capítulo 45 A magia do amor img
Capítulo 46 Enganando o capo img
Capítulo 47 Ela está morta img
Capítulo 48 Para onde ela foi img
Capítulo 49 Um refúgio img
Capítulo 50 Um vulto na janela img
Capítulo 51 Não confio em você img
Capítulo 52 Não te perdoo img
Capítulo 53 Detalhes sórdidos img
Capítulo 54 A médica destruiu a nossa família img
Capítulo 55 Um acerto de contas img
Capítulo 56 Epílogo img
Capítulo 57 Trecho do livro Tudo Por Ela - Amor & Vingança img
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Contrato com um gângster

Yana _ Shadow
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Capítulo 1 Prólogo

Em passos apressados, Enrico continuou andando. Um de seus subordinados o cumprimentou, mas ele o ignorou. Estava com receio de que o nó se formando em sua garganta ficasse aparente em sua voz, afinal, era o sottocapo, precisava manter a postura.

Dentro do carro, ele tirou o blazer e afrouxou o colarinho, sentia a raiva sufocá-lo. Sentia-se estúpido por ter sido enganado por um rabo de saia.

- Ela vai ter o que merece!- Desferiu um soco contra o volante. - Isso não vai ficar assim!- Outro soco. Depois outro, e mais outro.

O carro deslizava tão rápido pela pista, que as árvores que ladeavam a estrada mais pareciam borrões vistas de dentro do automóvel. Enrico baixou os vidros, permitindo que o ar gelado condensasse sua respiração irregular, o vento frio açoitou o seu rosto. A voz do tio ainda reverberava em sua mente, as informações colhidas, junto com a moeda e o pendrive, confirmavam o que Enrico tinha tanto medo de admitir para si mesmo: ele estava errado sobre a própria esposa. A mulher que ele amava era uma farsa, mas Enrico estava cansado daquele casamento falso, estava na hora de dar uma lição na mulher que o enfeitiçou com os seus encantos.

O céu estava rosado quando Enrico saiu do carro, ele ergueu levemente a cabeça e acenou para os dois seguranças que vigiavam a entrada da propriedade.

Enrico entrou na sala, olhou para o sofá onde Lívia estava encolhida, envolta em um cobertor. Por breves segundos, ele se compadeceu da mulher com marcas de lágrimas no canto dos olhos, mas sua expressão se transformou quando as palavras do tio ecoaram em sua mente. Ele estava hesitante e angustiado, mas no final, foi dominado pelo ódio em seu coração. Não havia mais ternura em seu olhar.

Pisando duro contra o chão, ele foi até o sofá e puxou o cobertor tão bruscamente que Lívia despertou, assustada. Colocou a mão no peito, o seu coração batia mais rápido.

- O que houve?- indagou a voz trêmula de Lívia.- Eu fiquei a madrugada toda te esperando.

- O que houve?- Riu debochadamente. - Você não tem vergonha da maneira como interpreta esse papel de boa mocinha, não é?

- Não permito que fale dessa maneira comigo!- ela replicou e encolheu-se ainda mais quando Enrico avançou.

- Cale-se!- A sua voz estava carregada de ódio.

- Por que fica dizendo que estou encenando?

- Bravo!- Enrico começou a bater palmas - Hollywood está perdendo uma grande atriz. - Ele continuou aplaudindo. - Digna de um Oscar!

- Não entendo porque está tão chateado comigo...- retrucou.

- Não seja sonsa!- Ele aumentou o tom da voz. - Você não se cansa? Hâ!?

Lívia contraiu os ombros e engoliu em seco ao avistar a pistola na cintura de Enrico.

- Não sei como não desconfiei de você antes.- disse, negando com a cabeça.- Eu devia ter percebido que todos os seus movimentos e palavras foram bem ensaiados!- segurou-lhe o queixo e levantou o rosto de Lívia, os olhos negros estavam marejados.- A melhor parte disso tudo foi o seu ato de bondade para me salvar...- a mágoa repercutiu em sua voz

- Eu sempre fiz o que estava ao meu alcance para salvar vidas. Prometi que faria de tudo, segundo o meu poder e minha razão, para salvar até mesmo bandidos feito você!- Lívia replicou, cuspindo cada palavra.

- Ah!- Aplaudiu de novo, mas desta vez, mais alto. - O juramento de Hipócrates! Você tem uma resposta para tudo.

- Não tenho que ficar ouvindo isso. - levantou-se do sofá- Vou embora dessa casa.

- Você só vai sair daqui quando eu mandar!- Ele gritou. - Senta aí!

Enrico tirou a glock da cintura e colocou na mesinha de centro.

Naquele exato momento, Lívia recordou-se do que ele comentou sobre a mulher que matou por traí-lo. Pela fisionomia tenebrosa do marido, sabia que Enrico não hesitaria em fazer o mesmo com ela. Lívia foi para o lado oposto e sentou na poltrona de frente para o marido. Não sabia o que esperar, sabia apenas que não deveria baixar a guarda.

- Quer falar mais alguma coisa?- Ela tentou demonstrar segurança.

O jeito como alisava as costas das mãos trêmulas denunciavam o seu medo e nervosismo. Por um segundo, Enrico chegou a hesitar, mas rapidamente, ele tratou de reavaliar os sentimentos por aquela mulher.

- Você não tem jeito mesmo!- Ele teceu o comentário, sorrindo.

Houve um longo minuto de silêncio naquela sala. A tensão planava entre o casal. Estava amanhecendo, Lívia não tinha dormido bem naquela noite.

- Já brincou de roleta russa?- Ele olhou de Lívia para a glock.

- Não!- Ela se concentrou na pistola.

Enrico estava tão dominado pela paranoia que retirou a arma da mesa antes que Lívia fizesse o mesmo.

- Eu já brinquei de roleta russa com um colega.

Os lábios se contorcem num sorriso tenebroso enquanto Enrico alisava o cano da semiautomática.

- Não usei essa belezinha aqui - empunhou a glock - Foi uma 48 que o meu tio me deu em um dos meus aniversários. Naquele dia, o tambor tinha uma, apenas uma bala, e eu acertei a perna dele de primeira.

Lívia se remexeu no sofá, estava assustada com o tipo de educação que Enrico teve. Ele foi ensinado a odiar, a passar por cima e eliminar todos os problemas que estivessem em seu caminho.

            
            

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